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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Lei anticonversão em votação no Sri Lanka


SRI LANKA (36º) - Um comitê designado para estudar a minuta do ‘Projeto de lei para a proibição de conversões forçadas’ apresentou seu relatório ao Parlamento em 6 de janeiro, sugerindo pequenas correções que abram caminho para uma votação final em fevereiro. O projeto de lei criminaliza qualquer ato ou tentativa de conversão pelo uso da força, fraude ou aliciamento. Aqueles que forem considerados culpados de quebrar a lei podem ser presos por mais de sete anos ou ser multado a mais de 500.000 rupees (U$ 4,425).

Saiba mais sobre esse caso aqui.

Omalpe Sobitha Thero, membro do partido budista Jathika Hela Urumaya (JHU), propôs a minuta em 2004. Enquanto o JHU reivindica que o projeto seja designado para acabar com conversões antiéticas, grupos de direitos civis e igrejas cristãs dizem que ele infringirá os direitos constitucionais de liberdade religiosa e legitimizará o assédio às minorias religiosas.

Cumprindo promessas de campanha

O JHU, fundado e liderado pelos clérigos budistas, fez da legislação anticonversão a base de sua campanha eleitoral em 2004, quando venceu no Parlamento por nove votos. Com a possibilidade de uma breve eleição geral este ano, a minuta se tornou um assunto de sobrevivência política para o JHU.

Em um informe oficial à imprensa em 7 de janeiro, Ellawela Medhananda Thero, um monge budista e membro do Parlamento representando o JHU, convocou todos os partidos políticos para votar a favor da minuta.

“As pessoas esperam que cumpramos dois objetivos”, ele disse. “Um é acabar com as conversões antiéticas e o outro, libertar o país dos Tamil Tigers. Por isso entramos na política.”

A comunidade cristã do Sri Lanka e os grupos de direitos civis contestaram a minuta. Longe de acabar com as supostas conversões forçadas, eles alegam que o projeto de lei se tornará uma arma de assédio por meio do mau uso, limitando os direitos fundamentais de pensamento, consciência e religião. Esses direitos incluem adotar uma religião, praticá-la e ensiná-la.

Proibindo a compaixão

De acordo com a seção 2 do projeto de lei, a oferta de qualquer atrativo como troca, presente ou outro tipo de gratificação para converter uma pessoa de uma religião a outra é punível com mais de sete anos de prisão e uma multa de, no máximo, 500.000 rupees (U$ 4,425), o equivalente a quase 3 anos de salário para a média do cidadão cingalês.

Os cristãos cingaleses têm demonstrado preocupação de que as seções chaves da minuta do projeto de lei sejam abertas a uma vasta e subjetiva interpretação que poderia criminalizar, e não legitimar as atividades religiosas, ações sociais pelas organizações ou indivíduos baseados na fé.

“Uma senhora que lidera uma obra de caridade para órfãos perguntou se poderia ser acusada por essa lei, uma vez que é cristã e algumas das crianças que cuida não são”, um advogado contou ao Compass. “Muitas pessoas agora vão pensar duas vezes antes de ajudar os pobres ou necessitados, por medo de serem acusadas de cometer um ato criminal.”

Ironicamente, em 4 de junho de 2008, em sua indicação para o novo embaixador cingalês para o Vaticano, o papa Bento XVI agradeceu a consideração do governo cingalês pelo trabalho de caridade realizado pela Igreja Católica no país.

“Tal ação é um exemplo concreto da vontade da igreja e prontidão na resposta da missão que ela recebeu de servir os necessitados”, ele disse. “Eu elogio todas as medidas futuras que ajudem a garantir que hospitais católicos, escolas e agências de caridade possam continuar cuidando dos doentes, jovens e dos necessitados, independentemente da bagagem étnica ou religiosa.”

Ele prosseguiu para assegurar ao governo que “a Igreja continuará seus esforços para alcançar a todos com compaixão.”

Em 8 de janeiro, em sua tradicional reunião de Ano Novo com todos os embaixadores do Vaticano, o papa aparentou direcionar suas preocupações a respeito da legislação anticonversão.

“A Igreja não quer privilégios, mas a plena aplicação do princípio de liberdade religiosa”, disse. Ele também convocou os governos asiáticos para assegurar que “a legislação referente às comunidades religiosas garanta o pleno exercício desse direito fundamental.”

Desde que a primeira minuta do projeto de lei anticonversão foi apresentada ao Parlamento em 2004, o Conselho Cristão Nacional do Sri Lanka e a Conferência dos Bispos Católicos vêm pedindo por uma solução alternativa baseada em um diálogo inter-fé com justa representação de todas as comunidades religiosas.

“A aprovação das leis para regularizar algo tão intrinsecamente pessoal quanto as crenças espirituais não contribuirá com a resolução dos desacordos e promoção da harmonia religiosa”, disse Godfrey Yogarajah, diretor executivo da Comissão da Aliança Mundial Evangélica de Liberdade Religiosa. “Pelo contrário, criará desconfiança e hostilidade.”

Tradução: Vanessa Portella

Fonte: Compass Direct

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Missões evangélicas entre os índios reagem a acusações

Pra responder a quem diz que “a presença missionária é nociva à cultura dos povos indígenas em nosso país”, que é “questionável a legalidade da presença e ação missionária evangélica à frente de projetos sociais e na evangelização” e que os “projetos sociais, coordenados pelos movimentos missionários, servem de fachada para fundamentar sua presença entre os índios”, o departamento indígena da Associação Missionária Transcultural Brasileira (AMTB), formada por 32 agências missionárias de mais de 50 denominações evangélicas, está divulgando um manifesto. Segundo Cassiano Luz, da diretoria da entidade, trata-se de um documento oficial “em resposta às três principais acusações tradicionalmente feitas às missões que atuam em área indígena”.

Com o título “Presença e ação missionária evangélica entre os povos indígenas do Brasil”, o Manifesto busca mostrar o outro lado da discussão, “narrando com objetividade quem somos, nossos valores e ações”, e tratando de temas como: “O Evangelho e a Cultura Indígena”; “A presente realidade cultural indígena em relação aos processos de mudança social”; “Legalidade e presença missionária entre os povos indígenas no Brasil”; Detalhado histórico de relacionamento das missões evangélicas com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI); “A Essência da Legislação Indígena Brasileira Normativa da Questão Cultural e Religiosa”; e “Ações sociais coordenadas pela presença missionária entre os Indígenas do Brasil”.

No Brasil, mais de 250 etnias indígenas formam um universo pulverizado e heterogêneo, lingüística, cultural e socialmente.

Leia a íntegra do Manifesto da AMTB.
Fonte: Agência Soma




terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Quando a prosperidade gospel falha

A crença de alguns ícones evangélicos e prósperos de que Deus recompensa os sinais de fé com saúde, riqueza e felicidade tem ido de encontro as turbulências financeiras

(Craig Blomberg, autor de estudo sobre a teologia da prosperidade: “Alguns podem interpretar tud o que vem ocorrendo como um julgamento dos líderes que abusaram da sua posição”. )

Nem todos os problemas financeiros podem ser responsabilizados pela crise econômica da nação. É o que dizem críticos do movimento Nomeie e Reivindique, de algumas igrejas carismáticas.

“Eu acredito que o movimento carismático, do qual eu faço parte, é uma mistura de revisão dramática”, disse J Lee Grady, editor da revista Charisma. “Deus está nos agitando”, afirma. Grady prevê que o movimento ficará muito diferente dentro de pouco anos, com foco no evangelismo e na superação do que ele chama de “distração do materialismo, alto-promoção cintilante e carnalidade tola”.

Já Scott Thumma, sociólogo do Seminário de Hartford que estuda mega-igrejas, não está tão certo disso. “Muitos eclesiásticos que pregam a prosperidade evangélica interpretariam os conflitos ou questionamentos como um ataque do Diabo e a prova de que eles estão seguindo a Deus”, diz Thumma.

Algumas conseqüências da “prosperidade” - Em Fort Worth, Texas, uma funcionária do governo do Estado deliberou, no dia 7 de dezembro, que o jato de 3,6 milhões dos ministérios de Kenneth Copeland não estaria isento de imposto. O ministério é dono de um campus com 1,500 acres incluindo uma mansão de frente para um lago no valor de 6 milhões de dólares, sem falar dos salários de Copeland, sua esposa e outros.

Em Atlanta, Georgia, um oficial de justiça entregou uma notificação de despejo no dia 14 de novembro ao bispo Thomas Weeks da 3ª Igreja Global Destiny. Documentos judiciais indicam que o bispo, ex-marido da tele-evangelista Juanita Bynum, possui meio milhão de dólares em aluguéis. A igreja perdeu aproximadamente metade dos seus 3.400 membros desde a luta entre Weeks e Bynum num estacionamento de um hotel, na qual Weeks foi acusado de empurrar, asfixiar e espancar a mulher.

Em Tampa, Flórida, a Igreja Internacional Without Walls - que já atraiu 23 mil adoradores - encolheu drasticamente depois que os co-pastores Randy e Paula White anunciaram o divórcio em 2007. A igreja enfrentou o futuro incerto depois que a União do Crédito Cristão Evangélico começou a encerrar créditos e exigiu o pagamento de um empréstimo de 12 milhões de dólares, em nome da igreja.

Na suburbana Minneapolis, no dia 18 de novembro, o pastor Mac Hammond, do Centro Cristão Living Word, ganhou a primeira etapa de uma batalha judicial com o Serviço de Receita Interna para manter o salário privado. Ainda em 2008, ele foi forçado a vender o jato pessoal. Além disso, a hora da Living Word na televisão foi cortada pela metade para economizar dinheiro, já que suas contribuições estavam em queda.

Copeland e os White estão entre os seis tele-evangelistas cujas empresas são alvo de investigações do Comitê de Finanças do Senado, devido a alegações de gastos questionáveis e de contabilidade financeira relaxada. Todos os seis pregadores são exemplos de prosperidade gospel.

Como ficam os seguidores - Poderiam os seguidores da prosperidade gospel, encorajados por pastores a plantar a semente de fé gastando dinheiro, freqüentemente na forma de doações a ministérios de pastores, estarem desligados dos tumultos recentes?

Muitos seguidores podem ver as dificuldades financeiras como conseqüências dos pecados e falhas pessoais - do assalto convicto de Weeks ao divórcio dos White - e determinar que é muito mais difícil agradar a Deus do que alcançar prosperidade.

Craig Blomberg, autor de um estudo realizado em 2001 sobre a teologia da prosperidade, diz que espera que “o movimento atinja quem reconhece que não pode entregar o que promete”.

“Alguns podem interpretar tudo o que vem ocorrendo como um julgamento dos líderes que abusaram da sua posição ou provaram imoralidades em outros aspectos”, disse Blomberg. E muitos podem, simplesmente, assumir que é hora de chamar outros ou eles mesmos para uma verdadeira fé, na qual o sistema irá funcionar, como é suposto em suas mentes.

Na visão de Grady, a noção de “Deus te abençoe, por isso nós podemos ser abençoadores” é bíblica. O necessário é o deslocamento para um movimento mais altruísta, no qual as pessoas reconhecem que Deus quer nos abençoar porque nós podemos cuidar do pobre, levantar o quebrado e transformar a sociedade. “Nós precisamos desse tipo de prosperidade”, ele diz . “E eu acho que é para onde as coisas estão indo”.


Copyright © 2008 por Christianity Today International

(Traduzido por Sulamita Ricardo)

Fonte: Cristianismo Hoje

Três cristãos presos sem motivos no Irã


IRÃ (3º) - Três cristãos foram retirados de suas casas na quarta-feira, 21, e estão presos sem acusações.

As autoridades levaram Jamal Ghalishorani, 49, e sua esposa Nadereh Jamali de sua residência em Tehran, cerca de meia hora após ter prendido Hamik Khachikian, um cristão armênio que também mora em Tehran. Ghalishorani e sua esposa são cristãos convertidos do islã, o que é considerado como apostasia no Irã, e tem pena de morte.

Fontes cristãs contaram que Ghalishorani se converteu há 30 anos, e sua esposa recebeu a Cristo há 15 anos. Eles têm uma flha de 13, e Khachikian tem dois filhos: uma menina de 11 e um menino de 16 anos. As autoridades não contaram às famílias sobre as acusações ou paradeiro dos presos.

Os três cristãos presos frequentam igrejas domésticas, e têm empregos, portanto não são sustentados pelo ministério. A polícia também apreendeu livros e computadores das casas dos familiares.

“Não sabemos porque a pressão é tão grande, mas vemos que está aumentando”, disse uma das fontes. “O governo também pressiona os Baha’i – houve mais prisões nos últimos meses do que nos últimos 30 anos.”

Outra fonte declarou que “Temos quase certeza que essas prisões são parte de uma operação maior do governo. Mais de 50 pessoas foram presas. Só em Tehran, são dez, todas no mesmo dia, em 21 de janeiro.”

Os familiares temem pela segurança dos entes presos. A esposa de Khachikian está “muito confusa, ela não ideia de onde seu marido está”, diz. “Os parentes estão tomando conta da filha de Jamal e Nadereh, mas é claro que ela está muito ansiosa a respeito do que vai acontecer com seus pais.”

As prisões são particularmente perturbantes em relação ao novo código penal aprovado em setembro, que sentenciam à pena de morte os “apóstatas”, ou aqueles que deixam o islã.

De acordo com o código penal, os homens “apóstatas” devem ser executados, já as mulheres recebem pena de prisão perpétua. O último cristão convertido que foi executado pelo governo do Irã foi Hossein Soodmand, em 1990. Ele foi acusado de trabalhar como “espião americano”. Desde então, seis pastores protestantes foram mortos por assassinos desconhecidos.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Compass Direct

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Cristãos enfrentam forte perseguição na Índia


ÍNDIA (30º) - Cristãos no pequeno distrito de Dahod em Gujarat estão sendo perseguidos pelo grupo fundamentalista Hindutva desde o começo de dezembro. Houve, pelo menos, dois ataques confirmados na comunidade cristã em 13 e 26 de dezembro. Há cerca de 80 igrejas Shalom (que pertencem ao ministério Shalom) somente em Dahod. A maior parte reune-se em casas, e não são registradas como igrejas. Quando têm templos, são construídos com a permissão do proprietário da terra e do chefe do distrito. Os líderes da igreja são nativos e preferem a bhakti mandali (igreja doméstica indiana) do que uma típica igreja no modelo ocidental.

De acordo com um contato na missão Shalom, “Em 13 de dezembro de 2008, um programa de Natal chamado “Natal de compaixão” foi organizado por uma dessas igrejas na vila de Jeri. Jeri fica a 35 quilômetros de Dahod. Naquele dia, o RSS (grupo extremista hindu) bloqueou a estrada para essa cidade, e já esperávamos algum problema. Encerramos o programa por volta das 14 horas. Ficamos com medo de um grupo de defensores do RSS quando os vimos entrar na cidade. Felizmente, a polícia de Dahod chegou e foi ao nosso encontro”.

Em 25 de dezembro de 2008 outro incidente ocorreu na vila de Devalaya. Enquanto os convertidos estavam regressando do culto de Natal, o mesmo grupo que atacou os cristãos em Jeri, também os perturbou. As moças cristãs foram ofendidas pelo grupo. Por volta das três da tarde, um grupo de 40 defensores do RSS foram até Devalaya, entraram nas casas dos convertidos e os espancaram brutalmente. Mais tarde, os cristãos foram até a delegacia para fazer um boletim de ocorrência e informar a polícia sobre o que havia acontecido. Ao contrário do que se esperava, o encarregado, Sr. Abey Singth, ofendeu os convertidos e abriu um processo contra eles, sob a acusação de forçarem conversões.

A missão Shalom contou que “No dia 26 de dezembro, todos os cristãos da igreja foram presos. Nosso evangelista local foi convocado e incomodado pela polícia diversas vezes. Entretanto, no dia 28, pagamos a fiança de todos eles”. Esses acontecimentos não interromperam a pressão sobre os cristãos na área. Em dois de janeiro de 2009, a polícia prendeu outro evangelista local, juntamente com dois anciãos da igreja, e abriu um processo contra eles, sob o pretexto de um ato anticonversão. Eles foram afiançados novamente pela missão Shalom. A polícia local informou que a razão da prisão foi a pressão exercida pelo inspetor geral.

A missão Shalom relatou que “Em três de janeiro, quando o evangelista e os dois anciãos foram assinar o registro na delegacia, o senhor Abey Singth, inspetor local, já havia chamado a mídia local para cobrir o incidente. No mesmo dia, a TV local relatou o acontecido de uma maneira muito preconceituosa. Em quatro de janeiro, o RSS e seus afiliados realizaram uma reunião em uma vila próxima, chamada Salapada, e então ordenaram que os cultos cristãos da área fossem interrompidos e que todos os convertidos deveriam ser investigados.

O processo e a agitação duraram até o dia seguinte. A situação continua tensa. Os defensores do RSS ameaçaram destruir as igrejas da área. Pelo menos três igrejas são alvos imediatos e correm grande risco.

Existem cerca de 12 igrejas Shalom na área, mas a violência pode afetá-las também. Estamos certos sobre as intenções deles, mas não sobre os ataques. Pedimos suas orações para que Deus proteja os cristãos em Dahod. Ore também por Bundiya e Vesiya Bhai, os líderes locais do RSS que incitam o ataques aos cristãos.

Tradução: Deborah Stafussi

Missão Portas Abertas

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Cristãos de Gaza ligados pelo Espírito e pelo telefone


PALESTINA (42º) - “Na sexta-feira, recebemos notícias de que o prédio onde está localizada nossa livraria foi atingido por um míssil”, confirmou a Sociedade Bíblica da Palestina (SBP) na segunda, 12 de janeiro.

“O quarto andar do prédio foi atingido, mas a livraria e o centro comunitário, localizados no térreo e no primeiro andar, não sofreram danos. Ainda é necessário verificar se o ataque não causou nenhum dano estrutural interno. Não foi relatada nenhuma vítima ou pessoa ferida”.

Em uma conversa com a Portas Abertas pelo telefone, o pastor Hanna Massad, líder da igreja Batista em Gaza, mostrou que qualquer pessoa pode ser uma vítima. Ele compartilhou: “Há alguns dias, ouvimos sobre um cristão que estava sentado, tomando chá com seu vizinho em seu prédio. O cristão foi chamado por sua esposa. Alguns instantes, após ter descido, um míssil caiu, abalando o prédio e suas fundações. Quando o cristão voltou aonde estivera, viu que o lugar foi diretamente atingido pelo projétil. Seu vizinho morreu instantaneamente”.

“Normalmente, os andares mais altos do prédio são os mais danificados quando cai um míssil”, explica outro líder da igreja que é originalmente de Gaza. Ele freqüentemente entra em contato com sua igreja lá.

“Devido ao risco crescente, muitas pessoas se reúnem no andar térreo de seus prédios durante a noite. Amontoam-se em dúzias na escada; isso lhes dá uma sensação de segurança”.

A Portas Abertas soube por Labib Madanat, diretor de desenvolvimento da Sociedade Bíblica em Israel e Palestina, que o hospital anglicano em Gaza, localizado próximo à livraria da SBP, ainda está em operação.

Labib diz: “Ainda estão funcionando, mas falta remédios e itens de necessidade diária, basicamente precisam de tudo”.

A falta de energia elétrica em Gaza também é preocupante. No entanto, parece se estabilizar aos poucos, com aproximadamente quatro horas de fornecimento por dia.

Em declaração para o site www.j-diocese.org, o reverendo Suheil Dawani, bispo anglicano em Jerusalém, confirma a situação do hospital: “Todos os dias, desde o início das operações militares, o hospital anglicano al-Ahli Arab recebe de 20 a 40 pacientes feridos ou machucados, além de doentes não relacionados ao conflito. Cerca de 25% dos pacientes são crianças”.

Ele acrescenta: “O conflito criou um novo tipo de condição médica e cirúrgica. Pacientes com queimaduras e cortes, apresentando trauma psicológico, tornaram-se mais freqüentes. Por não ser possível que voluntários entrem em Gaza nesse momento, a equipe do hospital está trabalhando muito, lutando contra os efeitos da exaustão e recursos limitados em uma área de conflito e operações militares recorrentes. Eles precisam de muitos materiais médicos, principalmente curativos e suprimentos para queimaduras e traumas. As janelas do hospital quebraram-se devido aos impactos de bombas e mísseis. Faz muito frio no prédio”.

De acordo com um obreiro da Portas Abertas, a Igreja em Gaza não está mais se reunindo. Ele diz: “Por causa do perigo da situação, as pessoas ficam em suas casas e os cristãos não se reúnem mais para os cultos. Por telefone, eles tentam manter contato e orar uns pelos outros. Fora de Gaza, os cristãos tentam falar com a família e com os amigos pelo telefone para dar as últimas notícias, orar e encorajar um ao outro”.

A respeito da situação de Pauline Ayyad, viúva de Rami Ayyad, gerente da livraria em Gaza morto em 2007, Labib Madanat confirmou: “Pauline e as crianças chegaram bem e a salvo em Belém na véspera de Natal. Eles ficarão em Belém até as coisas se acalmarem”.

Tradução: Deborah Stafussi

Missão Portas Abertas

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Arqueólogos arriscam a vida para provar os fatos da Bíblia

Arqueólogos cristãos arriscam o próprio pescoço em busca de fragmentos que comprovem a fidedignidade da Bíblia. O professor Rodrigo Silva em um sítio arqueológico: “Corremos riscos, mas vale a pena”

O cinema popularizou a figura de aventureiros que enfrentam todos os perigos para desvendar os enigmas do passado. Quem nunca assistiu, por exemplo, um filme do herói Indiana Jones, vivido pelo ator Harrison Ford, que arrisca o próprio pescoço em expedições pelos quatro cantos da Terra? Mas na vida real, os pesquisadores levam uma vida bem menos glamurosa, palmilhando antigas ruínas e cidades perdidas em busca de vestígios de antigas civilizações. Um trabalho duro, que passa longe dos olhos do grande público – a não ser, claro, no caso de uma descoberta espetacular. Com a arrancada da arqueologia bíblica, cada vez mais estudiosos cristãos têm se dedicado a juntar peças e documentos que comprovam a veracidade das Escrituras Sagradas. Movidos pelo interesse científico e pela paixão religiosa, pesquisadores ligados a universidades confessionais ou mesmo autônomos vasculham sítios arqueológicos, sobretudo na Terra Santa, em busca de provas de que heróis bíblicos como Davi, Sansão ou Gideão tenham existido de fato. E, a exemplo do intrépido Jones, também eles já passaram por maus bocados – com a diferença de que, no seu caso, os riscos foram reais.

O doutor Rodrigo Pereira Silva, especialista em arqueologia pela Universidade Hebraica, tem mais de dez anos de experiência em escavações ao redor do mundo. Embora não se sinta um herói, ele admite que já correu risco de morte em algumas situações. Uma delas foi em Jerusalém. “Costumava sempre passar num mercado quando voltava do sítio arqueológico de Shaar ha Golan”, lembra. “Certo dia, não me lembro por quê, segui por outro caminho. Não demorou muito e alguns amigos vieram desesperados me contar que um atentado a bomba no mercado tinha feito 50 vítimas, entre mortos e feridos.” Silva, de 38 anos, é professor de Novo Testamento no Centro Universitário Adventista (Unasp) e curador do Museu de Arqueologia Bíblica Paulo Bork, instalado naquela instituição, no município paulista de Engenheiro Coelho.

Cada descoberta, claro, tem seu preço. Além de muito trabalho e perseverança, Rodrigo Silva, volta e meia, é envolvido numa situação de perigo. Em 2001, no auge da Intifada, o pesquisador alugou um carro com placa israelense e dirigiu-se a Nazaré, área sob administração palestina. “Errei o caminho e fui atacado com paus e pedras pelos moradores da região, que devem ter pensado que eu era judeu.” No sufoco, fez o que qualquer crente faria – pediu socorro a Deus. “A ajuda veio através de outro motorista, que acenou para que eu o seguisse. Nem sei de onde veio o sujeito, mas ele me indicou o caminho certo e fugi dali”, lembra, divertido. Há dois anos, Silva fazia escavações em Tel Dan, próximo ao Mar Mediterrâneo, quando estourou um conflito entre Israel e Líbano por causa do seqüestro de dois soldados israelenses pelo grupo radical Hizbolla. “Eu só ouvia os caças israelenses passando por cima da minha cabeça e depois o estrondo das explosões dos mísseis.” Por segurança, todos os arqueólogos foram retirados da região. Mesmo assim, Rodrigo Silva não desiste do trabalho: “O que me move é a paixão pela descoberta, pois confio no cuidado e proteção de Deus”, afirma, cheio de fé.

“Vale a pena” – “Temos descoberto tantas evidências que iluminam a parte histórica da Bíblia que isso tem tornado muitos céticos em crentes”, comemora o pesquisador Michelson Borges, citando as palavras do arqueólogo Paulo Bork, um dos mais respeitados arqueólogos bíblicos do Brasil. O estudioso hoje vive nos Estados Unidos, onde dá continuidade aos seus trabalhos. “Ele me dizia que sempre existirão aqueles que não crêem na Bíblia e a criticam. Muitos deles não vão mudar sua forma de pensar, independentemente das evidências arqueológicas”, reconhece. Segundo Borges, Bork escavou, em mais de cinco décadas de carreira, em diversos países, como Egito, Iêmen, Jordânia e Turquia, além, é claro, de Israel. Sob o patrocínio do Museu Arqueológico de Jerusalém, realizou entre 1975 e 1978 um trabalho inédito para traçar e definir a localização dos muros e portões da antiga Cidade Santa.

Outro que conhece bem os perigos do ofício de coletar peças antigas in loco é Jorge Fabbro, coordenador do curso de pós-graduação em arqueologia do Oriente Médio Antigo na Universidade de Santo Amaro (Unisa). Ele estava em Megido – local apontado pelo Apocalipse como cenário da batalha do Armagedon, que deve anteceder ao fim dos tempos – em busca de peças da época da ocupação cananita da região, por volta do século 10 a.C. Encantado com a descoberta de uma escama de bronze que provavelmente pertenceu a um guerreiro do período, nem percebeu os combates entre caças israelenses e bases militares do exército do Líbano. Apesar do risco que correu, Fabbro acha que o trabalho valeu a pena. “Os achados foram abundantes e incluem as bases de imensas colunas e os alicerces de um templo monumental do ano 3100 a.C. e muitos outros itens”, entusiasma-se.

De outra feita, caminhando pelas ruas do bairro árabe da Cidade Antiga de Jerusalém a caminho do Monte do Templo, o arqueólogo inadvertidamente já ia entrando no santuário islâmico pela porta de acesso exclusivo a muçulmanos. Ele passava distraído pelas barracas de mercadores que vendem toda sorte de produtos e quinquilharias quando foi agarrado pelo braço. “Fui puxado com grosseria por um soldado da Autoridade Palestina, muito bravo, e nem tive tempo de explicar o engano”, conta. Fabbro só teve tempo de olhar o fuzil do militar e sair rapidamente dali. “É pena que os tempos mudam mas os conflitos humanos permanecem”, comenta o estudioso.

Fonte: Cristiasnimo Hoje e Gospel+

Juiz expulsa advogado de cristão do tribunal

EGITO (19º) - O processo de um egípcio ex-muçulmano de mudar legalmente o status religioso de seu documento de identidade foi retardado em 6 de janeiro, quando o juiz pediu para que os guardas retirassem do tribunal o advogado do cristão.

O advogado Nabil Ghobreyal foi expulso do Tribunal Administrativo do Cairo, após uma calorosa discussão com o juiz Mohammad Ahmad Atyia.

A discussão começou depois que o juiz Mohammad se recusou a reconhecer a existência de documentos legais detalhando a vitória legal de um muçulmano que se converteu à fé baha’i.

Nabil havia planejado apresentar ao tribunal documentos sobre essa decisão para suportar seus argumentos.

O ex-muçulmano defendido por Nabil, Maher Ahmad El-Mo’otahssem Bellah El-Gohary, apresentou seu pedido de alteração do status religioso em seu documento em agosto de 2008. Depois de Muhammad Hegazy, Maher é o segundo cristão egípcio ex-muçulmano a pedir tal mudança.

Veja mais sobre o caso de Maher.

Maher converteu-se com pouco mais de 20 anos. Agora, com 56, ele decidiu mudar legalmente sua religião, preocupando-se com os efeitos que o “cristianismo não-oficial” que professa exerce sobre sua família.

Ele disse estar particularmente preocupado com sua filha Diná Maher Ahmad Mo’otahssem, 14 anos. Apesar de ter sido criada como cristã, quando completar 16 anos, Diná receberá um documento de identidade afirmando sua religião como islâmica, a menos que o apelo de seu pai seja bem-sucedido.

Na escola, Diná não pode freqüentar as aulas de educação cristã, oferecidas à minoria cristã egípcia, sendo forçada a freqüentar as aulas de islamismo. A religião é parte obrigatória do currículo estudantil egípcio.

Maher também declarou que seu sobrinho não pode ocupar um cargo em uma agência de segurança do Estado devido à “dupla” vida religiosa de seu tio.

“Por que minha família deve pagar por minhas escolhas?” disse Maher em um depoimento para a agência Free Copts.

Não foi marcada nenhuma data para a retomada do processo no tribunal. Devido à discussão entre o juiz Mohammad e o advogado de Maher, o caso será julgado por outro juiz.

O advogado Nabil disse que pretende prestar uma queixa no tribunal administrativo, pedindo sejam investigados sua expulsão do tribunal bem como o juiz Mohammad.

“Estou disposto a continuar a briga”, Nabil declarou ao Compass por meio de um tradutor, dizendo que continua esperançoso quanto a um resultado positivo.

Apesar de ter uma Constituição que garante liberdade religiosa, nunca foi aprovada a conversão legal do islamismo a outra crença.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Compass Direct

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Casal continua em busca da validação de seu casamento


MUNDO MUÇULMANO - No dia 23 de dezembro, pedimos oração por um casal de um país árabe que não conseguia validar seu casamento (relembre). O problema se deve ao fato de a mulher ser ex-muçulmana e o homem ser de origem cristã.

Perante a lei, a mulher continua sendo muçulmana, e a legislação de seu país proíbe que mulheres muçulmanas se casem com homens cristãos.

Tentou-se mudar o casal para um país fora do mundo árabe, onde pudessem se casar legalmente. Infelizmente, esse plano não deu certo, pois a empresa na qual a mulher trabalha transferiu-a para um país ocidental.

Espera-se que o homem consiga visto para ir ao mesmo país que sua esposa.

Uma igreja árabe emitiu documentos que atestam o casamento de ambos. Embora esses documentos não sejam aceitos pelos governos árabes, espera-se que sejam suficientes para que o casal faça um pedido de asilo no país ocidental para onde a mulher irá.

Pedidos de oração
1. Ore para que ambos consigam os vistos necessários para entrar nesse país ocidental.
2. Peça a Deus para restabelecer a saúde física e emocional de ambos, afetada por tantos anos de obstáculos.
3. Ore pelo processo que envolve o pedido de asilo. Que este seja concedido a ambos, e que, finalmente, o casamento deles seja validado.

Nota: Por se tratar de uma situação delicada, o nome e o país dos envolvidos não podem ser publicados.


Tradução: Daila Fanny

Fonte: Middle East Concern

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Ateísmo circula em Londres

Começa a campanha contra a fé em Deus na capital inglesa; cartazes estão expostos em 800 ônibus.
A polêmica campanha publicitária a favor do ateísmo foi lançada nesta terça-feira em Londres. A ideia é fazer circular, nos famosos ônibus londrinos, cartazes com dizeres como “Provavelmente Deus não existe. Então, pare de se preocupar e aproveite a vida”. A iniciativa, da Associação Humanista Britânica, visa acabar com o que chama de “discriminação” contra os ateus. A campanha vai utilizar cerca de 800 ônibus em Londres e outras cidades importantes da Inglaterra, além de divulgar as mensagens em locais de grande público, através de telões.

Os ônibus vermelhos também estão sendo utilizados como chamariz para levantar fundos para pagar a empreitada, A ideia nasceu da sugestão de uma roteirista de comédia de TV, que logo recebeu o apoio de setores da mídia e de intelectuais. O sucesso foi tão grande que em menos de 24 horas do lançamento já foram arrecadados 140 mil libras esterlinas (pouco mais de R$ 460 mil), excedendo em muito os gastos iniciais previstos com a campanha,que eram de apenas 6 mil libras – aproximadamente, 20 mil reais.

(Com reportagem da revista Veja)

Famílias Cristãs são desalojadas no Paquistão

Um poderoso líder muçulmano e seus sobrinhos despejaram 30 famílias cristãs de suas casas a fim de construírem no lugar um estábulo para seus animais. Isso aconteceu na vila de Kotla Punjubaig, distrito de Sheikhupura. Buta Masih, em entrevista à agência de notícias ICC, disse: “Essa propriedade foi dada aos nossos antepassados pelo governo britânico em 1947, e vivemos aqui desde então”.

A independência do Paquistão do domínio britânico se deu em 1947. Informações e documentos que datam de antes desse período não podem ser alterados.
Segundo Buta, o chefe muçulmano da aldeia, Muhammad Mansha, e seus sobrinhos Akbar Ali, Arif, Asgher Abbas e Muhammad Yousaf, portando armas de fogo, invadiram a casa dos cristãos e retiraram de lá objetos pessoais. Depois disso, as casas foram demolidas.

Segundo Buta e outras testemunhas, Mansha e seus sobrinhos haviam ocupado as casas dos cristãos com a permissão da Secretaria de Aquisição de Propriedades do local. Buta também afirmou que a polícia não agiu para deter ou processar Mansha, tampouco procurou abrigar temporariamente os cristãos. A comunidade cristã ameaçada havia apelado ao ministro-chefe de Punjab, Mian Shahbaz Sharif, pedindo sua intervenção e novas casas.

Ore em favor destas famílias para que elas possam encontrar um lugar seguro onde morar.
Fonte: Missão Voz dos Mártires/Editora RW e Gospel+

Líderes religiosos cobram de Obama reforma migratória

Líderes religiosos se concentraram ontem no Congresso de Washington para pedir ao presidente eleito americano, Barack Obama, que lembre as promessas feitas durante a campanha aos imigrantes e adote medidas nos primeiros 100 dias de seu governo.

A Coalizão Nacional Latina de Ministros e Líderes Cristãos, que reúne 20 mil igrejas evangélicas nos Estados Unidos, pediu que os manifestantes rezassem aos pés do Capitólio em favor de uma reforma migratória e pelo fim das operações de deportação.

Os religiosos, liderados pelo reverendo Miguel Rivera e o congressista Luis Gutiérrez, pediram às organizações de base que “sejam a voz do povo hispânico” e pressionem para que esta reforma se torne realidade.

“Unidos, vamos fazer com que nossa voz seja ouvida, para que os políticos - congressistas, senadores e o presidente de EUA - entendam que nossa comunidade decidiu votar, depositou seu voto de fé em promessas de Justiça, e levantará as vozes até que possamos atingir nossos objetivos”, disse Gutiérrez, democrata por Illinois.

O congressista assegurou que a organização da comunidade imigrante dentro da Igreja “é um ponto de partida para o sucesso”.

Gutiérrez afirmou ainda que, dentro da religião, é possível romper as barreiras étnicas, políticas e geográficas entre os imigrantes que vivem nas duas costas dos Estados Unidos, separados por milhares de quilômetros, mas com as mesmas preocupações.

Já Rivera afirmou que apesar da situação econômica e de outros problemas que o país enfrenta, a reforma migratória não deve ficar em segundo plano.

“Não podemos esperar até o fim de 2009, porque já vimos esse jogo anteriormente”, disse o reverendo.

Fonte: Terra e Gospel+

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Tribunal aceita processo de pastor contra órgão público

CHINA (10º) - No dia 25 de dezembro de 2008, a vara civil do distrito de Haizhu aceitou o processo feito pelo pastor Wang Dao contra o escritório da Administração Estatal de Assuntos Religioso (SARA) da cidade Guangzhou.

O órgão invadiu a Igreja Liangren, dirigida por Dao, em 14 de dezembro (leia mais)

É inédito o fato de um tribunal aceitar um processo feito por um pastor da igreja não-registrada, desafiando a penalidade imposta pela SARA.

Quatro dias após o ataque, o pastor Dao abriu o processo, pedindo ao tribunal que ordenasse a SARA a retirar sua nota de punição administrativa aplicada sobre a igreja Liangren. O tribunal aceitou o processo em 25 de dezembro.

A agência ChinaAid e outras igrejas não-registradas chinesas, estão acompanhando o caso.

Tradução: Daila Fanny

Fonte: China Aid Association

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Líder batista tem geladeira e fogão confiscados


CAZAQUISTÃO (*) - No dia 14 de novembro, o líder batista Aleksandr Kerker foi notificado da intenção das autoridades de confiscar duas vacas, geladeira e um fogão a gás de sua propriedade.

Aleksandr e sua esposa têm dez filhos, seis menores de idade.

A esposa de Aleksandr diz que o confisco desses bens privaria a família de meios de se alimentar. As vacas são "nossa principal fonte de sustento", ela disse, e acrescentou que, como geladeiras e fogões a gás são "itens de necessidade", eles não poderiam ser confiscados.

Aleksandr e sua família vivem em Tayinsha, norte do Cazaquistão. Ele é membro do Conselho Batista de Igrejas, que rejeita o registro de suas congregações.

Aleksandr foi condenado duas vezes por liderar um culto sem a permissão do governo. A investigação desses "crimes" foi feita pelo Departamento de Combate ao Extremismo, Separatismo e Terrorismo, uma divisão da polícia.

Apesar de violar os direitos humanos internacionais, a atividade religiosa não-registrada é processada no Cazaquistão – embora a lei cazaque atual não proíba isso formalmente.


Tradução: Daila Fanny


Fonte: Forum18 News Service (em inglês)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Os Moravianos e as Missões

Kenneth B. Mulholland


Wiliam Carey é considerado o pai das missões Protestantes, primariamente pelo fato de ter ele fundado a Sociedade Missionária Batista. Tal sociedade teve seu início em 1792, 275 anos após Martinho Lutero ter afixado as Noventa e Cinco Teses à entrada da Igreja de Wittemberg em 1517. Essa sociedade foi um veículo Protestante para o envio de missionários ao mundo não Cristão. Carey, contudo, não inventou o movimento missionário Protestante. Ele construiu a plataforma da qual o movimento missionário Protestante tinha lançado, de uma série de pranchas cortadas durante séculos, entre Lutero e ele. Uma dessas pranchas foi o Pietismo, um movimento evangélico interdenominacional e internacional, que procurava revitalizar a igreja existente, através de pequenos grupos dedicados ao estudo da Bíblia, oração, responsabilidade mútua e missões. August Hermann Francke definiu a agenda do Pietismo em apenas doze palavras: “uma vida mudada, uma igreja reavivada, uma nação reformada, um mundo evangelizado”. O Pietismo primeiramente despertou uma visão missionária entre os protestantes, enviando missionários para a Índia e Groelândia.

Duas outras pranchas significativas na plataforma de Carey foram a Igreja Moraviana e os Puritanos. Os Moravianos foram os primeiros Protestantes a colocar em prática a idéia de que a evangelização dos perdidos é dever de toda a igreja, e não somente de uma sociedade ou de alguns indivíduos. Anteriormente, a responsabilidade pela evangelização havia sido lançada nos degraus dos governos, através das atividades colonizadoras deles. Os Moravianos, contudo, criam que as missões são responsabilidade de toda a igreja local. Paul Pierson, missiólogo, escreveu: “Os Moravianos se envolveram com o mundo de missões como uma igreja, isto é, toda a igreja se tornou uma sociedade missionária”. Devido ao seu profundo envolvimento, esse pequeno grupo ofereceu mais da metade dos missionários Protestantes que deixaram a Europa em todo o século XVIII.

De fato a história dos Moravianos antecede à Reforma. Conhecidos originalmente como os Unitas Fratrum, ou a Unidade dos Irmãos, esses cristãos Checos foram os seguidores do mártir John Huss, um Reformador antes da Reforma. Ele foi martirizado em 06 de julho de 1415, e os Moravianos honram sua morte no calendário deles ainda hoje.

Após a morte de Huss, seus seguidores, que foram muitas vezes conhecidos como Hussitas, ou como os Irmãos Boêmicos, experimentaram um verdadeiro ressurgimento. Eles se reorganizaram no ano de 1457, e no tempo da Reforma havia entre 150 a 200 mil membros em quatrocentas igrejas por toda a Europa Central. Mas, no levante das guerras dos 1600, a Boêmia e Morávia (Repúblia Checa) foram dominadas por um rei católico romano, o qual desencadeou uma terrível perseguição contra os Moravianos. Quinze de seus líderes foram decapitados. Os membros da igreja foram mandados para os calabouços e às minas para trabalhos forçados. As escolas deles foram fechadas. Bíblias, hinários, catecismos e escritos históricos foram totalmente queimados. Foram todos espalhados. De fato, 16 mil famílias repentinamente se tornaram refugiadas. Por quase cem anos procuravam fugir da perseguição. Por causa disso formaram uma poderosa rede de cristãos “clandestinos” através de pequenas células.

Anos mais tarde, em 1722, um pequeno grupo desses refugiados estava à procura de algum lugar onde pudesse se sentir seguro. Quando cruzaram a divisa da Alemanha, ouviram de um lugar conhecido como Herrnhut, uma pequena faixa de terra na propriedade de Nicholas Ludwig von Zinzendorf. Pediram se podiam ficar ali. Zinzendorf não estava no momento, mas o administrador lhes permitiu acampar-se no sítio.

Zinzendorf, um aristocrata, tivera ligações anteriores com o movimento Pietista. Seu padrinho fora Philip Spener. Quando tinha dez anos foi enviado para estudar em Halle, onde seu professor fora August Hermann Francke. No período que lá estivera, seu mentor foi Bartholomew Ziegenbalg , o primeiro missionário Protestante para a Ásia, que estava de férias (tipo de ano sabático).

Zinzendorf descreveu sua vida em Halle da seguinte maneira: “Encontros diários na casa do professor Francke; relatórios edificantes concernentes ao reino de Cristo; conversa com testemunhas da verdade em regiões longínquas; contato com diversos pregadores; luta dos primeiros exilados e prisioneiros. A satisfação daquele homem de Deus e a obra do Senhor juntamente com várias provações que o envolveram, fizeram crescer meu zelo pela causa do Senhor de uma maneira poderosa”.

Enquanto Zinzendorf esteve em Halle, foi um instrumento na formação da primeira sociedade missionária de estudantes Protestantes chamada de a “Ordem do Grão de Mostarda”. depois disso foi para Wittemberg para estudar Direito devido seus pais não aceitarem a idéia de ele se tornar um pregador. Quando concluiu o curso de Direito, fez uma grande viagem turística pela Europa, o que era comum para os membros da aristocracia daqueles dias. Como parte dessa viagem, foi a um museu de arte em Dusseldorf, Alemanha, e lá viu um quadro do “Cristo de Coroa de Espinho”, com a seguinte inscrição: “Eu fiz isto por ti; o que fazes tu por mim?”.

Isso lhe causou uma profunda impressão e o levou a escrever em seu diário: “Tenho amado-o por longo tempo, mas realmente nada tenho feito por ele. De agora em diante farei tudo que me seja dado fazer”. Voltou para Herrnhut para onde os refugiados Moravianos formaram uma comunidade com cerca de trezentos membros. Zinzendorf assumiu a responsabilidade, não apenas supervisionando como dono da terra onde viviam, mas sim para lhes servir de pastor. Em 1727 um derramar do Espírito de Deus uniu a comunidade.

Cinco anos mais tarde, em 1732, Zinzendorf foi convidado a assistir a coroação do rei Dinamarquês (ele estava ligado à família real na Dinamarca). Enquanto lá, descobriu o produto das missões Dinamarca-Halle: alguns convertidos Esquimós da Groelândia e uma pessoa convertida do Oeste da Índia, um primeiro escravo cujo nome era Anthony. Tais pessoas fizeram um apelo a Zinzendorf: “Você não pode fazer alguma coisa para nos enviar como missionários?”. Seu coração ficou muito quebrantado. Voltou para a comunidade e lançou diante dela o desafio para o envio de reforços missionários para Groelândia, Índia e outras partes do mundo onde pessoas não conheciam a Cristo. Vinte e seis pessoas imediatamente se ofereceram como voluntárias, e assim o Movimento Missionário Moraviano foi lançado. Nos vinte e oito anos seguintes mais do que duzentos missionários Moravianos entraram em mais de doze países para implantação de trabalho missionário em torno do mundo.

O trabalho dos Moravianos foi guiado por um número de características que os distinguiram. Primeiro, eram profundamente dedicados ao Senhor Jesus Cristo. Eram extremamente cristocêntricos. Numa certa ocasião, quando eu ministrava na Nicarágua, os cristãos Moravianos me deram uma placa de madeira com o selo de sua igreja. Traz um Cordeiro triunfante do livro de Apocalipse. Diz assim: “Nosso Cordeiro venceu; vamos segui-lo”. Os Moravianos pregavam Cristo. Zinzendorf aconselhava os missionários que saiam: “vocês devem ir direto ao ponto e falar-lhes a respeito da vida e da morte de Cristo”. Os missionários primitivos tinham o costume de elaborar provas da existência de Deus, como se estivessem dando palestras teológicas. Zinzendorf apelou aos missionários para que simplesmente lhes contassem a história de Jesus. Há inúmeros relatos de como aquela história despertou corações dormentes que foram trazidos ao Salvador; segundo, os Moravianos, diferentemente dos pietistas primitivos, não eram altamente educados nem teologicamente treinados. Eram comerciantes. De fato, os dois primeiros missionários que foram enviados eram coveiros por profissão! As próximas duas pessoas que enviaram, um era carpinteiro e o outro, oleiro. Os Moravianos abriram o ministério ao leigo e a ministração às mulheres, antecipando J. Hudson Taylor nessa questão mais de cem anos antes; terceiro, criaram a estratégia missionária de fazedores de tendas (o missionário trabalhar e se auto-sustentar no país). Muitas pessoas pensam que o sistema de fazedores de tendas é coisa recente. Mas, o movimento missionário Moraviano se baseava nisto. Além do mais, como pode uma vila de seiscentas pessoas sustentar duzentos missionários? Resposta: Eles trabalhavam para a sobrevivência. Zinzendorf dizia que trabalhar em fazenda e indústria prende muito as pessoas, mas o comércio lhes daria mais flexibilidade. Ele sentia que a prática de trabalho e o ensino que podiam dar nesta área não apenas levantaria o nível econômico do povo para onde eram os missionários enviados, mas também proveria meios de se fazer contato com aquela gente. O livro ‘Lucro para o Senhor`relata como os Moravianos usaram o fazer tendas como estratégia para o trabalho missionário em meados de 1700; quarto, os Moravianos foram a pessoas que viviam na periferia da sociedade. Devido aos Moravianos terem sido pessoas sofredoras, podiam facilmente se identificar com aqueles que sofriam. Eles iam àqueles que eram rejeitados por outros. Dificilmente qualquer missionário seria mandado para a costa leste de Honduras ou Nicarágua. Essas partes da América Central eram inóspitas. Lá, contudo, estavam os Moravianos. Isso era característico da vocação missionária deles; quinto, eles se dirigiam a pessoas receptivas. Devido ao fato dos Moravianos crerem ser o Espírito Santo ser o “Missionário” primário, aconselhavam seus missionários a “procurarem as primícias. Procurarem aquelas pessoas que o Espírito Santo já havia preparado, e trazer-lhes as boas novas ”; sexto, eles colocavam o crescimento do reino de Cristo acima de uma expansão denominacional. Zinzendorf não pretendia exportar as divisões denominacionais da Europa. Ele se tornou um pioneiro ecumênico (entre cristãos), no melhor sentido do termo, 150 anos antes de qualquer um imaginar tal possibilidade; sétimo, a obra missionária Moraviana era regada de oração. Quando o avivamento espiritual ocorreu em 1727, começaram uma vigília de virada de relógio, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. O livro devocional conhecido como Lemas Diários, que ainda tem sido publicado pela Igreja Moraviana, era o devocional mais amplamente usado entre os cristãos europeus. O ministério Moraviano era fortemente regado por oração (tiveram uma vigília de oração que durou um tempo de 100 anos literalmente - nota do tradutor).

Os Moravianos tinham trabalho missionário no Estado da Geórgia devido ao General Oglethorpe ter sido influenciado por Zinzendorf, que fazia parte de um grupo missionário de estudantes que começou em Halle. Quando João Wesley viajou para os Estados Unidos, seu navio enfrentou uma terrível tempestade. Wesley ficou super abalado. Somente os Moravianos, que se mantinham num senso de paz com Deus, lhe encorajaram no pânico. Foram eles que lhe apresentaram a necessidade de um relacionamento pessoal com Cristo. Retornando para a Inglaterra, após um trabalho frustrado na Geórgia, disse: “fui para converter os índios, mas, quem, ó quem me converterá?” Ele foi para uma reunião num encontro de Aldersgate - um encontro dos Moravianos - durante o qual seu coração, segundo ele, foi “estranhamente aquecido” e assim encontrou segurança para a sua salvação. Foi para Herrnhut a fim de examinar o trabalho Moraviano, e, como resultado, ele padronizou a obra do Metodismo no modelo Moraviano. Assumiu como moto as palavras de Zinzendorf: “o mundo é minha paróquia”.

Os Moravianos também exerceram uma forte influência sobre William Carey, o qual teve grandes dificuldades em gerar sustento para a idéia de uma sociedade de missões. Aqui está um relato de como a fundação da sociedade missionária veio a acontecer. Numa noite, um pequeno grupo de 12 ministros e um leigo se reuniu com William Carey na espaçosa casa da viúva Wallace, conhecida por sua hospitalidade como a Hospedeira do Evangelho. Novamente, Carey fez pressão para a ação. Mas, novamente os irmãos oscilaram. Afinal, quem são esses homens? Ministros de Igrejas de pobres-feridos, para sustentar uma missão, tão assediadas de dificuldade, tão cheias de incertezas. No momento crucial, quando todas as esperanças pareciam se esvair, Carey tirou do bolso um livreto intitulado Periódico de Contos das Missões Moravianas. Com lágrimas nos olhos e com voz trêmula, afirmou: “se vocês apenas tivessem lido isto e soubessem como esses homens venceram todos os obstáculos por amor a Cristo, dariam um passo de fé”.

Foi a gota d’água! Os homens concordaram em agir. As atas da reunião registram a decisão deles de formar “A Sociedade Batista Particular para Propagação do Evangelho entre os pagãos”, também conhecida como a Sociedade Batista Missionária. Sua força repousa na motivação provida pelo relato dos missionários Moravianos.

Alguém, certa vez, perguntou a um Moraviano o que significa ser um Moraviano. Ele respondeu: “ser um Moraviano e promover a causa global de Cristo são a mesma coisa”.

(Artigo: The Moravians and Missions: de Kenneth B. Mulholland - Professor de Missões e Estudos Ministeriais, do departamento de Missões do Seminário de Columbia, Carolina do Sul. Fonte: Bibliotheca Sacra, Abril de 1999 - Tradução do Rev. José João de Paula - secretário da APMT).


Revista Alcance - 3º Trim. 2003

via Veredas Missionárias

Líder cubano é julgado por "comportamento ofensivo"


CUBA (28º) - Reverendo Robert Rodriguez, um importante líder, esteve sob julgamento em 29 de dezembro, acusado de “comportamento ofensivo”.

Segundo os membros de sua igreja, o julgamento é uma tentativa do governo de silenciar e desonrá-lo.

Robert é pastor da igreja Los Pinos Nuevos, na municipalidade de Sagua la Grande, e também presidente nacional da Aliança Interdenominacional de Pastores e Ministros Evangélicos de Cuba.

Ele e seu filho, o pastor Eric Gabriel Rodriguez del Toro, foram acusados de “comportamento ofensivo” por um vizinho, de acordo com a organização CSW. O vizinho tem assediado os pastores com o apoio das autoridades locais há alguns anos.

Em um julgamento anterior, em 8 de dezembro, Robert foi sentenciado a uma sentença entre três meses e um ano de liberdade condicional. Qualquer problema com as autoridades resultaria na prisão do pastor. A promotoria, entretanto, pede que o pastor Robert seja sentenciado a um ano de prisão.

Como em outros casos parecidos em Cuba, os líderes das igrejas no país dizem que as autoridades estão usando as acusações dos vizinhos como pretexto para pressionar e possivelmente aprisionar os dois pastores.

Acredita-se que o motivo real desse julgamento tenha sido saída da Aliança Interdenominacional, sob a liderança de Robert, do Conselho Cubano de Igrejas (CCC) em setembro de 2008.

Na época, a Aliança publicou uma carta apresentando suas razões para sair do CCC. Uma delas seria a interferência consistente e ilegal da liderança da CCC nos assuntos internos da Aliança ao longo do último ano.

Em outubro, autoridades governamentais tiraram o pastor Robert de sua posição como presidente da Aliança Interdenominacional, uma mudança considerada inconstitucional pelos membros da Aliança, uma vez que foi feita sem seu envolvimento ou aprovação.

Desde então, segundo os membros da Aliança, as famílias têm sido sujeitadas a uma campanha de acusações e assédio que culminou no julgamento.

A saúde do pastor Robert está abalada devido à situação. Ele teve problema nos rins e deve ter perdido cerca de 13 quilos nos últimos meses.

Foi dito que uma autoridade local, Rômulo Palácios, maltratou o pastor quando ele e seu filho se apresentaram na delegacia na municipalidade de Placetas.

Tradução: Vanessa Portella

Fonte: ANS

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Menina cristã mutilada perdoa seus agressores


ÍNDIA (30º) - Extremistas hindus queimaram o rosto de uma menina cristã de 10 anos, infligindo-lhe ferimentos com estilhaços em 40% de seu corpo e forçando sua família a se esconder em uma floresta e fugir para um campo de refugiados no Estado de Orissa.

Mas esse drama não abalou sua fé nem sua gratidão a Deus por esse tempo.

“Natal é tempo de agradecer ao menino Jesus que me salvou do fogo e salvou o meu rosto que estava ferido e desfigurado”, disse Namrata Nayak à agência de notícias Asia News.

O rosto de Namrata foi gravemente mutilado após um ataque com bomba de extremistas hindus na casa onde ela estava em 26 de agosto. Eles arrombaram a casa e a incendiaram enquanto Namrata e seus irmãos se escondiam em um pequeno banheiro. Antes de saírem da casa, eles deixaram uma bomba em uma cômoda, de acordo com o relato.

Enquanto a menina avaliava o que fora destruído, a bomba detonou e queimou seu rosto.

A explosão também alojou estilhaços dentro de seu rosto, mãos e costas.

A mãe de Namrata, Sudhamani, veio correndo da floresta, onde tinha se escondido.

“Nós vimos tudo queimado e tememos que alguém tivesse morrido nas chamas”, disse Sudhamani. “Em vez disso, graças a Deus, todos estavam bem. Apenas essa minha filha tinha se ferido. Mas Jesus cuidou dela. Nós a levamos para o hospital em Berhampur ainda inconsciente e gravemente ferida.”

Namrata passou 45 dias se recuperando no hospital. A despeito de todos seus problemas, ela está alegre e dando graças a Deus por tê-la curado.

“Há muita dor e sofrimento, e eu não sei por quanto tempo as forças especiais irão nos proteger”, disse ela ao Asia News. “Mas Natal é um tempo de gratidão. Estou com medo de que meu povo ainda seja atacado, mas essta é a nossa vida. Se Deus me salvou, ele também pode salvar outros cristãos.”

Os agressores hindus juraram outro ataque de grande escala contra os cristãos durante o Natal. A violência começou após os cristãos terem sido culpados pela morte do líder hindu Swami Laxmanananda Saraswati em 24 de agosto. Eles continuam a ser perseguidos embora os maoístas tenham admitido abertamente terem assassinado Saraswati.

Os hindus ofereceram dinheiro, comida e álcool para quem assassinar cristãos e destruir suas casas, especialmente os pastores. Milhares de casas e igrejas foram destruídas, e os cristãos foram forçados a fugir da violência. Muitos foram encharcados com querosene e incendiados após recusarem a renunciar sua fé em Cristo.

No entanto, Namrata encoraja os cristãos indianos a perdoar seus agressores hindus.

“Perdoamos os radicais hindus que nos atacaram e incendiaram nossas casas”, disse ela a Asia News. “Eles estavam loucos, eles não conhecem o amor de Jesus. Por esse motivo, agora eu quero estudar para que, quando for mais velha, possa dizer a todos quanto Jesus nos ama. Esse é o meu futuro.”

Namrata disse que o plano de sua vida é compartilhar a mensagem do amor de Deus.

“O mundo viu meu rosto destruído pelo fogo. Agora, ele deve conhecer o meu sorriso cheio de amor e paz”, disse ela. “Quero dedicar minha vida a difundir o evangelho.”


Tradução: Getúlio Cidade


Fonte: World Net Daily