Leia diariamente as mensagens aqui expostas, além de notícias em geral.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Cinco missionárias são expulsas do país por evangelizar


MARROCOS (40º) - Cinco missionárias européias foram expulsas do Marrocos por tentar converter muçulmanos nativos ao cristianismo. As cinco mulheres foram colocadas em um barco e enviadas para a Espanha – o país de origem de quatro delas. A outra é alemã.

O Marrocos se orgulha de sua tolerância religiosa, mas além desse fato, também tem pressionado muçulmanos xiitas nas últimas semanas.

É contra a Lei tentar converter muçulmanos marroquinos a outras religiões, e o ministro de assuntos internos disse que as cinco missionárias foram presas em flagrante.

Foram encontradas gravações em árabe com registros de quando a polícia invadiu a reunião em que elas estavam, descrita como evangélica.

Nos últimos anos, cristãos foram condenados por organizarem reuniões religiosas ilegais e ofensas parecidas na Argélia.

Os grupos de direitos humanos protestaram contra as últimas séries de acontecimentos promovendo a forma xiita do islã. O Marrocos é praticamente todo sunita.

O reino cortou as relações diplomáticas com o Irã no início desse mês, e acusou a embaixada iraniana de tentar converter marroquinos em xiitas.

Uma escola foi fechada e há relatos de livros e CDs que foram confiscados.

As autoridades marroquinas estão inflexíveis, afirmando que não há nenhuma ligação entre esses acontecimentos e a expulsão das cinco cristãs, mas uma fonte afirmam que isso não está convencendo a todos.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: BBC News / Via Missões Portas Abertas

Citação, Boice & Law

Boice nos lembra que "não podemos conhecer as Escrituras até estarmos dispostos a sermos transformados por elas." E o que William Law escreveu com sua pena incisiva há mais de duzentos anos ainda se aplica igualmente bem em nossos dias:

Boice, Foundations, p.101.

É primariamente por falta de uma intenção sincera de viver de acrodo com as orçações que fazem, e com a fé que professam, que uma mistura tão incongruentes de desatinos pecaminosos e devoção a Cristo enche as vidas de tantos que se denominam cristãos.
Leia mais em http://opensador2.blogspot.com/2009/03/citacao-boice-law.html

Igreja na linha de tiro

Milícia que controla favelas estaria por trás do despejo de Centro Pastoral de Rio das Pedras.


As milícias, grupos paramilitares que controlam mais de 150 favelas no Rio, estão começando a interferir também nas instituições religiosas. Há duas semanas, a Associação de Moradores de Rio das Pedras, em Jacarepaguá – zona oeste da cidade –, que seria controlada por milicianos, deu um ultimato à Igreja Católica: em dois meses, o Centro Pastoral que atua na comunidade e presta serviços sociais e espirituais aos moradores deverá ser fechado. A ordem foi entregue pessoalmente na pastoral pelo presidente da associação, Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba. Para reforçar o clima de terror, ele compareceu acompanhado por dois homens armados.

O imóvel, de 150 metros quadrados, foi cedido pela Associação de Moradores há nove anos, em regime de comodato – espécie de empréstimo por tempo determinado, sem custos para o beneficiário –, à Paróquia de Nossa Senhora do Loreto. A ordem de despejo do Centro Pastoral, segundo religiosos, seria uma retaliação dos líderes da milícia à Igreja Católica por não permitir o controle dos donativos e do trabalho social feito na comunidade. Nas favelas onde se instalaram, as milícias expulsaram o narcotráfico e impuseram o poder pela força das armas. Esses grupos criminosos, formados, entre outros, por policiais e bombeiros, cobram dos moradores por serviços prestados ilegalmente, como transporte alternativo, fornecimento de gás e sinal de TV a cabo – o popular gatonet.

A Igreja não recebeu nenhuma justificativa para a entrega do imóvel. A intimação fala apenas que o prédio será usado para “serviços comunitários”, embora tal ajuda já venha sendo prestada pela pastoral. Beto Bomba, que comenda a associações desde dezembro, é um dos indiciados pela CPI das Milícias da Assembléia Legislativa. Apesar da proliferação das atividades paramilitares no Estado do Rio, nos últimos anos, o poder público ainda não encontrou uma maneira eficaz de combater esse tipo de crime. “Não sei os motivos para o despejo. Mas é verdade que a Igreja não faz acordos com grupos quando percebe que o trabalho pode ser usado politicamente”, explica o padre Luís Antônio, da Arquidiocese do Rio. A luta da Igreja Católica agora é para concluir rapidamente as obras de construção da capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência e São João Batista, que está sendo erguida na comunidade e que poderá abrigar as atividades do Centro Pastoral.

(Fonte: Jornal O Dia) / Via www.cristianismohoje.combr

domingo, 29 de março de 2009

Igrejas enviam voluntários para colaborar para a paz


ISRAEL E PALESTINA - Essas pessoas são preocupação constante do Programa Ecumênico de Acompanhamento na Palestina e Israel (PEAPI), criado pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Através dessa iniciativa concreta, que começou em 2002, igrejas cristãs participam da luta por uma paz justa.

Igrejas do Ocidente enviam jovens e adultos voluntários para acompanhar as crianças, conviver com os pastores de cabras e ajudar a população palestina nos checkpoints. Os voluntários, que procedem de igrejas da Europa e dos Estados Unidos, permanecem durante três meses na Palestina e depois são substituídos por outro grupo de voluntários.

Esses voluntários marcam presença em comunidades vulneráveis próximas de assentamentos israelenses e nas barreiras. Monitoram a conduta dos soldados israelenses e denunciam violações dos direitos humanos. Eles estão em Hebrom, em Yanoun e em Belém.

“São os olhos e os ouvidos da família cristã em meio ao conflito”, descreveu o pastor Samuel Kobia, secretário-geral do CMI.

Hebrom é uma cidade palestina de 160 mil habitantes, cujo centro foi invadido recentemente por 400 colonos radicais israelenses. A presença dos colonos paralisou a vida comercial da cidade.

Belém é uma cidade cercada e asfixiada pelo “muro da separação” que o governo israelense está construindo ao redor da Cisjordânia. Ele terá 725 quilômetros de extensão (já foram construídos 415 km) e paredes de concreto de 8 metros de altura. Muitas vezes, ultrapassa a Linha Verde, uma espécie de fronteira estabelecida em 1949 entre Israel, Jordânia e Síria.

Yanoun, um pequeno vilarejo a 16 quilômetros de Nablus, teve sua população de 300 pessoas reduzida para 100 pessoas após um violento ataque de colonos judeus fundamentalistas à vila em 2002. Quarenta colonos fortemente armados invadiram o local, destruíram propriedades e ameaçaram a vida dos palestinos. Os judeus cobiçam sua terra fértil no vale de Yanoun. Mas, a partir da presença de voluntários do PEAPI (um suíço, uma americana, uma sueca e uma inglesa) na vila, não houve mais problemas. Os estrangeiros acabam inibindo a prepotência israelense.

Fonte: ALC notícias

quinta-feira, 26 de março de 2009

Pastor preso e esposa veem os frutos de seu trabalho


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida na China
CHINA (12º) - Depois que os colegas de cela do pastor Zhang Rongliang foram soltos da prisão, eles ligaram para a esposa dele, Chen Hongxian, para demonstrar gratidão pela nova vida em Cristo. Na prisão pelos últimos quatro anos, o pastor Zhang continua a testemunhar e falar de Cristo para muitos prisioneiros. Ele realizou uma Santa Ceia na prisão, depois que sua esposa contrabandeou suco de uva para ele. Agora, o casal vê o fruto de seu trabalho.

Sua esposa disse para os visitantes da Portas Abertas Internacional: “Todos me ligaram depois que saíram da prisão para agradecer por Zhang tê-los conduzido a Cristo. Eles me trouxeram notícias e saudações de Zhang e de outros prisioneiros que se converteram. Eles precisam de nossas orações. Meu marido me disse: “Não se desligue do Corpo de Cristo só porque estou na prisão!”

Chen Hongxian está morando sozinha porque as autoridades monitoram sua vida pessoal. Ela costumava ter sua “família” cristã vivendo perto dela, mas desde o ano passado, com o aumento da segurança para os Jogos Olímpicos, seus amigos foram interrogados e investigados pela polícia. Para a segurança deles, Chen se mudou para evitar o problema constante.

A Portas Abertas Internacional continua o ministério para encorajar Zhang Rongliang e sua esposa. O pastor, da igreja China for Christ (China para Cristo), foi condenado em 2006 a sete anos e meio de prisão por “cruzar ilegalmente a fronteira e obter um passaporte fraudulento”. Uma vez por mês, Chen Hongxian pode visitar o marido, viajando duas ou três horas para chegar lá. Ela é a única visitante oficial que pode ver Zhang em quatro anos.

Ore para que Deus fortaleça o pastor e sua família, e que ele continue a ganhar vidas para Cristo enquanto estiver preso.

Tradução: Texto traduzido pela fonte

Missão Portas Abertas

quarta-feira, 25 de março de 2009

Mais um líder cristão foi solto na Eritreia


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida na Eritreia
ERITREIA (9º) - A Portas Abertas Internacional foi informada de que as autoridades eritreias soltaram um líder da igreja Kale Hiwot preso em dezembro do ano passado durante uma campanha de duas semanas em que 49 líderes de igrejas foram presos. O Dr. Michel Mehari, diretor do hospital infantil em Asmara, foi mantido na delegacia pelos últimos três meses.

Fontes confirmaram o número de cristãos presos no centro de treinamento militar Wi’a. Entre os cerca de 2.900 prisioneiros em todo o país, existem 270 evangélicos, incluindo 135 mulheres. Fontes dizem que os prisioneiros enfrentam circunstâncias miseráveis porque se recusam a negar sua fé. Um irmão, que passou algum tempo no centro, chamou o lugar de “símbolo de miséria”. Um dos tipos de sofrimento inclui a falta de tratamento médico.

O centro de treinamento militar Wi’a também mantém 27 muçulmanos presos em Assab por se opor ao mufti (chefe religioso) indicado pelo governo. Eles estão no centro há um ano e seis meses. Eles são mantidos no andar subterrâneo, separados de outros prisioneiros religiosos e militares.

Também foi confirmado que o número de cristãos evangélicos mantidos na delegacia de Massawa é de 50, entre os quais, 15 mulheres. De acordo com fontes, os familiares e amigos dos prisioneiros podem levar alimentos uma vez por dia, mas não podem vê-los.

A Eritreia baniu todas as igrejas protestantes em 2002. Somente o islã e as igrejas ortodoxa, católica e luterana foram legalmente reconhecidos. Os templos de todas as outras denominações foram fechados e as reuniões particulares nas casas foram proibidas. Os membros que desobedeceram a essas restrições foram presos e torturados nos campos, conhecidos por suas terríveis condições.

Pedidos de oração

• Ore por todos os cristãos presos na Eritreia e que estão sofrendo por sua fé. Ore pela proteção e provisão para eles e para que recebam a sabedoria do Senhor para conviver com os outros prisioneiros.

• Ore pelo governo da Eritreia, para que o Senhor gere neles o arrependimento.

• Ore por todas as famílias dos prisioneiros, para que o Senhor os sustente em graça e provisão, pois muitos deles perderam seu sustento.

Tradução: Texto traduzido pela fonte

Missão Portas Abertas

terça-feira, 24 de março de 2009

Universidades como Harvard, Yale e Princeton foram fundadas por evangélicos

Uma Carta de Princípios divulgada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie sobre a contribuição do reformador João Calvino e dos cristãos evangélicos reformados para a educação dá informações pouco conhecidas na sociedade brasileira atual, que tanto aplaude universidades como Harvard e Princeton, e tanto critica os evangélicos. O documento informa que “muitas das maiores e melhores universidades do mundo foram fundadas por Reformados” e cita, além da própria Harvard e Princeton, a Universidade Livre de Amsterdam e Yale.

Leia os trechos do documento que mencionam os feitos reformados pela educação no mundo:

“A Universidade Livre de Amsterdam, uma das melhores do mundo, foi fundada em 1881 pelo reformado holandês Abraão Kuyper, que mais tarde se tornou Primeiro Ministro da Holanda”;

“A Universidade de Princeton, também considerada uma das melhores do mundo, foi fundada em 1746 como Colégio de Nova Jersey. Seu fundador foi o Governador Jonathan Belcher, que era congregacional, atendendo ao pedido de homens presbiterianos que queriam promover a educação juntamente com a religião reformada”;

“A conhecida Universidade de Harvard foi fundada em 1643 pelos reformados, apenas seis anos após a chegada deles na baía de Massachussets, nos Estados Unidos. Sua declaração da missão e do propósito da educação, sobre a qual Harvard foi erigida, foi redigida da seguinte maneira: "Cada estudante deve ser simplesmente instruído e intensamente impelido a considerar corretamente que o propósito principal de sua vida e de seus estudos é conhecer a Deus e a Jesus Cristo, que é a vida eterna, (João 17.3); consequentemente, colocar a Cristo na base é o único alicerce do conhecimento sadio e do aprendizado”.

“A Universidade de Yale, uma das mais antigas universidades dos Estados Unidos, foi fundada na década de 1640 por pastores reformados da recém formada colônia, que queriam preservar a tradição da educação cristã da Europa. Essa é a universidade americana que mais formou presidentes dos Estados Unidos. Em seu alvará de funcionamento concedido em 1701 se diz: “...que [nessa escola] os jovens sejam instruídos nas artes e nas ciências, e que através das bênçãos do Todo-Poderoso sejam capacitados para o serviço público, tanto na Igreja quanto no Estado”;

“No Brasil, os Reformados trouxeram importantes contribuições para a educação, com a fundação de escolas e universidades e a influência nos meios educacionais”.

A Carta de Princípios 2009, intitulada “João Calvino e a Universidade”, é assinada pelo Chanceler do Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, e foi elaborada com o apoio de outros estudiosos como Alderi Souza de Matos, Hermisten Costa Pereira e Franklin Ferreira.

Fonte: http://www.agenciasoma.org.br





segunda-feira, 23 de março de 2009

A coisa é séria

Pastor Valdemir A. da Silva
IBPSB – Campo Grande - RJ
Conheci pessoalmente o Senador Magno Malta numa de nossas convenções (ele é membro da Igreja Evangélica Batista de Vitória, Espírito Santo). Naquela ocasião ele foi lembrado como o “mocinho que andava pedindo oportunidade de cantar nas igrejas” e lembro-me de sua resposta ao mencionar a oportunidade que teve na Primeira Igreja Batista de Niterói então pastoreada pelo Dr. Nilton do Amaral Fanini. “Foi um atrevimento da minha parte “, disse ele, “chegar na PIB de Niterói e pedir uma oportunidade para cantar. Foi um gesto de coragem e de bondade do Dr. Fanini em abrir uma exceção para mim. Isso foi de vital importância para a minha vida!”.
Dependente de drogas, foi liberto e, esse passado de vícios o fez ser um dos principais personagens na luta contra o narcotráfico. Ele é fundador e mantenedor de três casas de recuperação de dependentes químicos. Preocupado com as drogas, chegou a ser presidente da CPI que prendeu 348 pessoas e indiciou outras 864 por envolvimento com o tráfico de drogas, o que custou a ameaça de Fernandinho Beira-Mar de seqüestrar uma de suas filhas. Com as filhas ele, mesmo senador, ainda canta, em rítmo de samba samba, pagode e também “tradicional”, os seus anseios por uma nação justa, plenamente amparada por Deus. Ele tem uma banda, a “tempero do mundo” e já gravou mais de 12 CDs. Acusado de estar entre os “Sanguessugas das ambulâncias”, pediu aos cristãos evangélicos para orarem no afã de Deus “livrar-me dessa calúnia”. Foi declarado inocente..
Não sou “cabo-eleitoral” do Magno Malta e de ninguém. Não sou contra quem é (dele ou de quem quer que seja) porque isso é necessário. O uso desse espaço no “O Boletim” é para que a gente conheça melhor “as brigas que esse senador resolveu comprar” e realmente oramos por ele e sua família. Repito, então, parte da entrevista feita com ele pela Revista “Igreja” desse mês de março.
1 – No dia 18 de dezembro, o senhor denunciou uma manobra para a aprovação do PLC 122/2006. O senhor acredita que essa lei vai passar pelo Senado e seguir todo o trâmite até a sanção do presidente Lula?
Eu não creio que essa matéria vá andar. Ela é complexa, a começar pelo título do projeto: lei contra a homofobia. O homofóbico quer matar,apedrejar, xingar o homossexual, e não se passa nada disso comigo, por isso posso falar sem problema . A discussão não é religiosa, porque a questão do homossexualismo não é problema meu. O homem é aquilo que ele escolhe. Se Deus deu livre arbítrio a ele, quem sou eu para dizer o que ele pode ou não fazer? A discussão é sobre o PLC 122/2006, que é ilegal, cheio de inconstitucionalidades. Por exemplo, ele reserva prisão, cadeia sumária para quem não der um emprego para um homossexual. Se você demitir um homossexual, vai preso. Se não alugar um imóvel a um homossexual, vai preso. Isso é absolutamente inconstitucional. Não está no estatuto do negro, do idoso, do índio, não está no estatuto da pessoa portadora de deficiência. É possível demitir um índio e não ser preso. Então, por que esse privilégio aos homossexuais? Eu duvido que ele passe nas comissões. E por entender que ele não passará nas comissões é que fizeram essa manobra nefasta, imoral, de tentar passar em uma madrugada, às seis horas da manhã, com sete senadores em plenário.
2 – Mas como um projeto pode passar dessa forma?
A coisa funciona da seguinte forma: se você tiver um projeto em uma comissão, fizer um requerimento de urgência urgentíssima e cosneguir a assinatura da maioria dos líderes partidários, esse projeto sai da comissão e vai direto para votação em plenário. A senadora percebeu que o PLC 122/2006 não passaria na comissão em que ele estava tramitando, conseguiu a assinatura de sete líderes e colocou para votação naquela madrugada em que fazíamos um esforço para entrar em recesso parlamentar. Tínhamos passado a madrugada no Senado, e às cinco da manhã votamos a última medida provisória. Quando eu estava saindo do Senado, um parlamentar me chamou e disse para eu ficar porque o PLC 122/2006 estava em pauta e seria votado. Voltei e constatei que o projeto estava realmente em pauta. Fui a cada um dos líderes partidários que haviam assinado o requerimento e nenhum deles sabia do que se tratava. Eles disseram que foram enganados e ficaram muito irritados. Agora mesmo é que esse projeto se complicou.
3 – Por que, em sua opinião, esse projeto é tão prejudicial para a sociedade brasileira?
Um projeto que não é do interesse da sociedade, é de interesse de um grupo minoritário que quer criar uma casta especial na sociedade brasileira, querendo ser diferente das outras pessoas. Se você não aceitar a opção sexual de alguém você tem cinco a sete anos de cadeia. Se o advogado do pedófilo disse que a opção sexual do seu cliente é essa, o juiz vai ser obrigado a aceitar porque a lei diz que comete crime quem não aceita a opção sexual de alguém. Então, essas sutilezas legalizariam a pedofilia, o sadomasoquismo, as bestialidades, a necrofilia. Por isso, creio que esse projeto vai contra tudo aquilo que a sociedade brasileira deseja.





4 – O que o senhor está fazendo para evitar que esse projeto de lei seja aprovado?
Eu sou a própria luta. Tenho trabalhado dia e noite contra esse projeto. E ele só está com dificuldades de passar nas comissões por causa de muito trabalho, muita luta e coragem também. Eu fiz e registrei a minha denúncia, e mostrei a minha indignação diante do fato, dessa manobra vil. Se eu lá não estivesse, esse projeto seria aprovado...
5 – Quais são seus projeto políticos para o ano de 2009 e para as próximas eleições?
A minha vida está nas mais de Deus. Eu não sei se serei candidato à reeleição como senador, as minhas bandeiras são nacionais. Estou levando a bandeira de um crime desgraçado, perverso, que por muito tempo esteve encoberto neste país. Os pedófilos não apareceram de repente, mas foram revelados agora. A bandeira contra a pedofilia está hasteada no mundo inteiro. Tenho a bandeira da luta contra o narcotráfico. No entanto, estou nas mãos de Deus. Ao9nde ele me enviar, irei...
6 – Como é para o senhor que é pai, presidir a CPI da pedofilia na qual precisa lidar com várias cenas deprimentes?
Oro e peço a Deus todos os dias que não me deixe ser movido pelo ódio...não quero perder minha capacidade de indignação, mas temo ser movido pelo ódio, pois vejo cena nojenta, revoltante...ver crianças na mais tenra idade sendo abusadas por mãe, pai, irmão...crianças de 2 anos de idade. Eu durmo com a cabeça inchada. Tenho pesadelos. Levanto de madrugada para orar e pedir a Graça de Deus pois chega uma hora que você tem vontade de matar um sujeito desses, um imoral, que traumatiza, mexe com toda a estrutura emocional e psicológica daquela criança. Mas só quem deu a vida pode tira-la. Cabe a mim criar leis, mecanismos para que esses monstros paguem pelos crimes de maneira severa. O meus coração de pai fica tão apertado que, ao fim dessa CPI, não quero nunca mais ver cenas como essas.
7 – O senhor e sua família já receberam ameaças de sequestro. Isso intimida?
Eu já me acostumei. Na CPI do narcotráfico, recebi muitas ameaças, mas aprendi que devo confiar somente em Deus. Se ele tem me dado essas causas duras para lutar, não posso olhar pra trás e devo confiar naquele que me colocou nesse lugar. A CPI da pedofilia, a gente recebe telefonemas anônimos, pessoas ameaçando fazer ataques físicos e morais. Esse é um comércio que rende muito dinheiro. A pedofilia no mundo hoje rende 115 bilhões de dólares, o dobro do narcotráfico. Quando você começa a ameaçar essa série de negócios, tirar os meios para que os pedófilos saciem a sua lascívia, a sua desgraça, eles ficam sem controle. Por isso, sou ameaçado. Tenho plena certeza de que sou uma pessoa coberta de oração. Existem milhões de pessoas orando por mim, pessoas que crêem em Deus. Até mesmo aqueles que não crêem torcem para que a gente tenha sucesso nessa empreitada. Eu não tenho medo e dou continuidade ao trabalho.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Igreja de pastor assassinado em culto diz em meio à dor: “Bíblia é caminho da paz”

Em nota oficial, a igreja batista nos Estados Unidos cujo pastor foi assassinado durante um culto matutino declara sua fé em Cristo e compromisso com a Palavra de Deus, mesmo em meio à dor do trágico acontecimento. Leia a íntegra da nota intitulada “Uma Mensagem Sobre a Perda de Hoje”: “Hoje (8/3), um pouco depois do início do nosso culto das 8:15 da manhã, um homem entrou no templo da Primeira Igreja Batista (de Maryville, no estado americano de Illinois) e disparou vários tiros contra nosso Pastor, o Dr. Fred Winters (na foto, com sua esposa Cindy - eram casados desde 87 - e filhas: Alysia e Cassidy). Pastor Winters foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer".
“Por favor, orem pela família de nosso pastor e pelos nossos dois corajosos membros que ficaram feridos, quando investiram contra o assaltante para imobilizá-lo. Orem também pelo assaltante e sua família, e pelos membros da igreja para que saibam como reagir a esta trágica perda. “Neste dia, onde a incerteza parece criar um ambiente no qual as pessoas se tornam vulneráveis para fazer coisas que não fariam em outra situação, uma coisa é certa, nós, como seres humanos, necessitamos de um alicerce sobre o qual possamos construir nossas vidas. “Nós da “First Baptist Maryville”, juntamente com outros cristãos, partilhamos a convicção de que este alicerce é a Palavra de Deus.
“Nas páginas deste livro que chamamos Bíblia, encontramos o caminho para a paz, esperança e uma qualidade de vida plena, em toda e qualquer circunstância em que nos encontrarmos. “Para aqueles que acreditam no poder da oração, nós pedimos suas orações agora. “Informação sobre o culto de oração. Devido ao tamanho limitado do auditório em que estaremos, o culto desta noite será reservado para os nossos membros apenas. Pedimos que continuem a orar por nós.” (assina a nota o pastor Mark Jones – Ministro de Adoração). Fred Winters era pastor da igreja de Maryville desde 1987, presidia a associação batista do estado e lecionava no seminário teológico batista Midwestern.


quinta-feira, 19 de março de 2009

Projeto de lei anticonversão é impedido devido a questionamentos


SRI LANKA (36º) - A controversa lei anticonversão no Sri Lanka sofreu um grande empecilho com a recente suspensão do projeto de lei pelo parlamento, como resultado da intensa oposição da população cristã.

Em um relatório, o comitê formado por parlamentares cristãos e líderes de partidos políticos examinou o projeto e concordou que ele traria grandes consequências para as atividades religiosas, incitaria conflitos inter-religiosos e possivelmente violaria a constituição do país.

O ministro de assuntos religiosos Pandu Bandaranayake, que confirmou que os cristãos pediram mais clareza em algumas palavras do projeto de lei, disse que apesar da oposição do partido budista Jathika Hela Urumaya (JHU), o projeto de lei será reexaminado pelo comitê religioso.

A mídia local disse que parte do projeto de lei rejeita o doação de presente, dinheiro ou qualquer outro incentivo à conversão ou tentativa de fazer uma pessoa mudar de uma religião para a outra, e é punível em até sete anos de prisão e uma multa máxima de 500.000 rúpias.

“Os cristãos temem que a redação esteja aberta ao abuso, e pode restringir muito as atividades cristãs no Sri Lanka”, afirma o relatório.

Segundo uma reportagem da BBC, a UNICEF no Sri Lanka informou que o conflito no país matou milhares de crianças e deixou muitos feridos. Há crianças em risco por causa da falta de comida, água e remédios e uma intensa disputa entre as tropas do Sri Lanka e os Tamil Tigers.

“Os Tigers foram retirados de grande parte do território que haviam tomado do exército. Agora, eles estão encurralados em um pequeno pedaço de floresta na área costeira de Mullaitivu”, declara a UNICEF.

A diretora executiva da UNICEF, Ann Veneman, disse que as crianças e suas famílias vivendo na zona de conflito correm o risco de morrer de doenças e desnutrição. “Precisamos de acesso regular e seguro para as agências de ajuda humanitária, para que possamos receber os suprimentos necessários.”

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: ANS

quarta-feira, 18 de março de 2009

Esposa de cristão preso há 14 meses fala sobre sua situação


CHINA (12º) - Fontes afirmam que o caso de Alimujiang Yimiti, um cristão uigur preso desde 12 de janeiro de 2008 por pregar o evangelho, foi levado para o comitê do partido comunista, nível mais alto do governo da região autônoma de Xinjiang. Esse comitê, que é o árbitro final em todos os casos entre os escritórios judiciais da região, dará a decisão para o caso de Alimujiang. O julgamento de Alimujiang foi em 27 de maio de 2008, e o veredicto foi que o caso deveria retornar ao escritório público de segurança (PSB em inglês), porque não havia evidências suficientes contra ele. Desde o julgamento, as autoridades não permitem que a família o veja, e têm passado o caso de uma agência para a outra, sem resolvê-lo. A ChinaAid recebeu uma carta de Guli Nuer, esposa de Alimujiang Yimiti. Ela escreveu: “Alimujiang [...] é um seguidor de Cristo já faz 14 anos. Crer em Cristo operou grandes mudanças em sua vida, e fez dele um bom cidadão, que ama seu país e seu povo.” “Já faz quase um ano e dois meses desde que Alimujiang foi preso. É difícil de descrever em palavras o que nós, familiares, sentimos. Nesses 14 meses não houve nenhuma notícia ou nenhuma comunicação com ele. Embora apenas uma parede nos separe, ainda nos sentimos tão distantes. Todos os esforços que fizemos não trouxeram nenhum resultado. Eles podiam pelo menos permitir que o víssemos, para termos certeza de que ele está bem. Não posso imaginar como ele se sentirá quando souber que fomos de um lado a outro para sempre acabar com nossas esperanças frustradas. Ele não tem nenhuma notícia sobre nós ou sobre o mundo exterior”, desabafa Guli Nuer. Logo os advogados viajarão de Pequim com um pedido para encontrar Alimujiang. Fontes afirmam que ele é muito respeitado na prisão e é elogiado pelas pessoas lá. Ele insiste que é inocente e reafirma seus valores cristãos. Desde a prisão, a esposa de Alimujiang está cuidando de seus dois filhos e negociando com as agências do governo na esperança de que o caso seja julgado com imparcialidade, de maneira eficaz e de acordo com a lei. Tradução: Deborah Stafussi
Fonte: China Aid Association / via portasabertas



terça-feira, 17 de março de 2009

Mudança de maré

Movimento Igreja Emergente chega à adolescência enfrentando oposição e questionando-se a si mesmo.

Um movimento surgido recentemente e que ganhou bastante força no segmento evangélico no final dos anos 1990 já começa a dar sinais de exaustão. É a chamada Igreja Emergente, anunciada por seus adeptos como uma espécie de resposta do Cristianismo pós-moderno a questões que há muito inquietam o povo de Deus, como “O que é ser cristão?”, “Qual a função da Igreja?” ou “O que significa fazer missão no mundo hoje?”. Depois de multiplicar-se pelo mundo principalmente pela via virtual, através de sites e blogs, o movimento chega à adolescência sem conseguir suprir as expectativas de alguns de seus mais entusiastas defensores. E ainda tem sido apontado como um caminho tortuoso que pode levar à secularização da fé e ao relativismo dos valores bíblicos. Há quem fale até numa “Nova Era” disfarçada. Em 31 de outubro do ano passado, o Conselho de diretores da Emergent Village, o guarda-chuvas que abriga o movimento, resolveu afastar seu líder, o pastor Tonny Jones. A decisão leva em conta o desejo de a organização manter seus propósitos originais, ou seja, a descentralização. A Igreja Emergente começou com um grupo de amigos que começaram a se reunir nos anos 1990, desiludidos com as instituições eclesiásticas tradicionais do século 20. Para eles, a vivência do Evangelho, desgastada pela suposta massificação das grandes igrejas, precisaria ser retomada informalmente, exatamente como ocorre numa conversa entre amigos. Com o tempo, outras pessoas se juntaram ao grupo. O movimento cresceu a ponto de gerar livros, eventos, sites e blogs. Em 2001, foi cunhada a expressão Igreja Emergente, já como contraposição ao chamado sistema eclesiástico. A mais marcante característica do movimento, sem dúvida, é a ênfase na vida comunitária. Por mais que reproduzir o ambiente em que se consolidou a Igreja Primitiva do primeiro século seja uma utopia perseguida de tempos em tempos pelos evangélicos, a Igreja Emergente surgiu com uma proposta nesta linha. “Os relacionamentos são muito valorizados entre nós”, destaca o pastor Sandro Baggio, dirigente do Projeto 242, uma iniciativa bem original que vem sendo desenvolvida em São Paulo há mais de dez anos. O grupo começou da mesma forma que os emergentes americanos, capitaneados pelo pastor Brian McLaren: um grupo de amigos se reuniu para buscar a Deus, mais gente se interessou e logo o espaço não suportou mais a quantidade de pessoas. Comportamentos heterodoxos – No exterior, existem igrejas que se denominam emergentes simplesmente porque adotam comportamentos heterodoxos, como velas nos cultos, cântico de músicas não-evangélicas e bate-papos sobre as coisas de Deus, no lugar das tradicionais pregações. E são estas inovações, e principalmente o que estaria por trás delas, que estão na raiz de boa parte dos detratores do movimento. “A onda emergente tem um caráter ecumenista, despreza as diferenças doutrinárias”, critica a escritora e teóloga pentecostal Mary Schultze. Segundo ela, a Igreja Emergente é filiada ao Movimento de Crescimento da Igreja. “Eles pregam o misticismo”, aponta. Mas para o pastor Baggio, o conceito de Igreja Emergente é muito maior do que isso. “Ela seria o lugar para quem está cansado da metodologia das igrejas atuais e quer buscar alternativas”, define. Para os emergentes, o rótulo não importa muito. “Não é esse reconhecimento que move as pessoas envolvidas com essa tendência, mas sim um desejo sincero de viver e comunicar a fé cristã neste mundo em transição”, explica. Segundo ele, o movimento no Brasil ainda não é forte. Entretanto, algumas ações dispersas pelo país começam a ser conhecidas, como a La Red del Camiño, que atua no sul do país, e o Tribal Generation, que já realizou várias conferências. “O que existe são pessoas em vários lugares que se interessam pelo tema e buscam saber do que se trata. As igrejas emergentes são mais famílias do que instituições, mais comunidades do que ajuntamentos”, conclui o dirigente. Líder da Organização Palavra da Vida, em São Paulo, o pastor Carlos Oswaldo diz que os princípios defendidos pela Igreja Emergente não são novos. “Algumas das propostas gerais do movimento já foram recicladas algumas vezes nos últimos 40 anos”, destaca. Ele preocupa-se com alguns métodos utilizados pelo grupo para a consecução de suas metas – inclusive, muitas concessões ao pensamento pós-modernista. “Alguns dos propagadores do movimento adotam uma atitude que poderia ser chamada de ‘agnosticismo evangélico’, por mais contraditória que seja esta expressão”, critica.“A Igreja Emergente terá pontos positivos se for considerada apenas como um movimento não institucionalizado, sem pretensão de oferecer respostas prontas ou apresentar novas verdades”, emenda, por sua vez, o pastor Ed René Kivitz, líder da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. Ele reconhece a simpatia que tem pelo movimento, mas lembra que prefere o contexto da teologia latino-americana, na qual tem caminhado. Para Kivitz, a plataforma de idéias que embasam essa corrente eclesiástica deve evitar as soluções aparentemente muito naturais, na base do modismo ou de receitas de “como fazer”. “Cansados” – O administrador Luís Fernando Batista, gestor do site Renovatio Café, que divulga conteúdo ligado ao movimento, ressalta que a Igreja Emergente não deve ser usada como pretexto para que o crente não se envolva com uma igreja local. “Muitos que falam sobre o movimento não têm nenhum envolvimento efetivo com a missão e agem somente por mágoas com alguma igreja tradicional, o que desencadeia observações equivocadas”, observa. “São apenas simpatizantes de qualquer coisa evangélica fora do modelo de igreja tradicional, do qual se dizem cansados”. Batista conta que viu no site de uma igreja nos Estados Unidos o anúncio da realização de três cultos no domingo pela manhã: o primeiro, tradicional, com hinário e órgão; o segundo, com enfoque contemporâneo, com apresentações em PowerPoint e dramatizações. O terceiro era o culto emergente, com velas e rock alternativo. “Congregações que fazem questão de se apresentar como emergentes querem se colocar assim para apresentar-se como as igrejas que têm a novidade do momento.”Todavia, ele aposta que surgirá em breve uma geração pós-evangélica que vai rejeitar a igreja sem abandonar o respeito à pessoa de Jesus. “É para atuar nessa área que surgem movimentos revolucionários, não preocupados apenas em mudar a forma da igreja, mas em deixar a marca de Cristo na sociedade.” Para Sandro Baggio, o desafio do movimento emergente é passar do estágio inicial, no qual, acredita, ainda se encontra. “A Igreja Emergente precisa passar da fase da desconstrução para a etapa da edificação”, assinala. Já o pastor Dan Kimball, outro líder dessa maneira alternativa de se fazer igreja, prefere nem usar mais a terminologia do movimento. Por esta razão, ele e o professor Scot McKnight formaram uma nova rede, provisoriamente chamada de Origins (origens). Em sua opinião, a Igreja Emergente desenvolveu-se em muitas vertentes teológicas. “A definição do que é ser emergente mudou”, sustenta. “Entretanto, continuarei defendendo e trabalhando pelos ideais da Igreja Emergente, pois ela representa evangelismo e missão para a nova geração que surge.”

Fonte:


Protestantes questionam acordo com Igreja Católica

O Colégio Episcopal da Igreja Metodista apelou ao Senado para que não aprove o acordo entre a Santa Sé e a República brasileira, uma vez que ele fere preceitos constitucionais, como a separação entre Estado e Igreja.

“Reafirmamos o direito da liberdade religiosa como um dos pilares indispensáveis de uma sociedade democrática”, diz pronunciamento dos bispos metodistas, que proclamam a importância constitucional do Estado laico.

Os termos do acordo entre o Brasil e a Santa Sé foram firmados no dia 13 de novembro de 2008 pelo ministro do Exterior do Vaticano, dom Dominique Mamberto, e pelo chanceler brasileiro Celso Amorim, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao papa Bento XVI.

O acordo versa, entre outros, sobre questões econômicas e administrativas da Igreja Católica no Brasil. Carta pastoral do presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Walter Altmann, entende legítimos e comuns acordos entre Estados.

Mas espera, na medida em que o acordo contenha direitos e prerrogativas para a Igreja Católica, que o governo brasileiro os estenda, com naturalidade, às demais confissões, pois trata-se de preceito constitucional que não pode ser ferido.

A carta pastoral reconhece a seriedade, profundidade e responsabilidade que a Igreja Católica imprime em suas ações em favor da missão no país, “inclusive em aguda percepção da responsabilidade social cristã”.

A IECLB ainda avalia, porém, a substância do acordo quanto às suas conseqüências e repercussões em relação à liberdade de culto, ao ensino religioso nas escolas públicas e ao reconhecimento dos ministros religiosos.

“São assuntos que dizem respeito não apenas à Igreja Católica, mas também às demais igrejas. Nesse sentido, lamentamos que o Acordo tenha sido elaborado, negociado e, por fim, assinado, sem que tivesse havido uma troca de idéias e um diálogo com outras confissões religiosas, bem como com a sociedade em geral”, afirma a carta.

Para ser ratificado, o Acordo entre a República Federativa do Brasil e a Santa Sé relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, assinado pelo governo brasileiro e o Vaticano, precisa passar pelo Congresso Nacional.

O documento tem 20 artigos e trata, entre outros, das isenções fiscais para a igreja e instituições eclesiásticas, indica que a atividade dos religiosos não caracteriza vínculo empregatício, confirma a proibição de livre acesso de missionários às áreas indígenas, obriga sacerdotes estrangeiros a solicitar o visto de permanência no país e estabelece que as igrejas históricas e obras de arte nelas embutidas pertencem também ao Estado brasileiro, e que ambos têm o compromisso de preservá-las.

Fonte: ALC/

Acordo sobre liberdade religiosa é declarado inconstitucional


FILIPINAS (*) - Em 2008, parecia ser a chance de Mindanao encontrar a paz depois de décadas de disputas. Oito anos de negociações entre o governo filipino e o grupo separatista Moro Islamic Liberation Front, ou MILF, resultaram em um acordo armado.

No início de agosto, representantes de ambos os lados se reuniram em Kuala Lampur para assinar um acordo de limites. Mas a assinatura nunca aconteceu. O documento enfrentou oposição, incluindo de líderes cristãos, que questionaram a legitimidade do acordo.

A queixa era de que o governo não discutiu o acordo adequadamente com a comunidade cristã – maioria na ilha – em Mindanao, e com o povo nativo, apesar de as duas comunidades serem diretamente afetadas.

O colapso final aconteceu quando o supremo tribunal em Manila declarou que o acordo era inconstitucional. Ele era temporário, mas abria caminho para uma grande área muçulmana expandir sua independência de governo.

O documento permitia que a região muçulmana tivesse uma força policial, de segurança e um sistema judicial próprios. Ele dividiria as pessoas de Mindanao do resto das Filipinas.

A possibilidade de novas conversas parece nula. Ambos os lados afirmam estar prontos para negociar, mas após a decisão do tribunal, qualquer acordo baseado nos mesmos princípios é improvável.

Enquanto não houver acordo, e a violência não terminar, as pessoas que fugiram e estão sem abrigo não poderão retornar para suas casas.

Ore para que a vontade do Senhor seja feita, que haja um acordo sem afetar a liberdade dos cristãos, e para que a população volte para suas casas.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: BBC News -

segunda-feira, 16 de março de 2009

Pastor é atacado durante o culto de domingo


ÍNDIA (22º) - O pastor K. Krupanamdam da Igreja True Wine em Gabbilalpet, distrito de Ranga Reddy, foi agredido no domingo.

A colônia em Shameerpet Mandal, sob a administração de Alwal, cedeu um terreno para uma igreja. Ela foi construída e aproximadamente 100 pessoas frequentavam os cultos. Recentemente, um grupo anticristão da aldeia quis tomar a propriedade da igreja. Os pastores abordaram várias autoridades sobre os problemas, por isso, a polícia destacou dois agentes policiais para proteger a igreja.

Em 22 de fevereiro de 2009, domingo, por volta de 11:30, o Pastor Krupanamdam iniciou o culto com uma oração. Após cantar algumas músicas, um grupo de pessoas lideradas por Rokalbanda Ramulu, um líder comunitário, interrompeu o serviço. Várias mulheres no grupo começaram a puxar a camisa e bater no pastor.

A polícia não podia controlar a situação e chamou apoio. Cerca de cinco a seis viaturas policiais chegaram e colocaram a situação sob controle. O inspetor chefe visitou o local mais tarde. O pastor foi levado à delegacia, e ele registrou uma queixa, mas nenhum boletim de ocorrência (FIR) foi arquivado.

Tradução: Gilmar Tsalikis

Fonte: All India Christian Council

domingo, 15 de março de 2009

Todos contra a pedofilia. Ato é realizado com sucesso na Capital

Com a presença de políticos, associações, Ongs. e igrejas foi realizado um ato publico na tarde desta quinta-feira (12), na Praça João Pessoa, centro da Capital. Todos Contra a Pedofilia foi tema do ato. A proposta do evento foi incentivar a sociedade paraibana à denunciar os crimes de abuso e exploração sexual a menores, pedofilia.

De acordo com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social de João Pessoa, em 2008 foram denunciados 66 casos de abuso sexual e 4 de exploração, só na capital, porém, estes atendimentos não devem refletir a realidade local já que muitos pedófilos não são denunciados por promoverem algum tipo de intimidação a vitima e a sua família.

O ato publico desta quinta fez parte de uma campanha contra a pedofilia, lançada no dia 13 de fevereiro no auditório do SESI com a presença do presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta, durante a Jornada Nacional em Defesa da Família. Na Paraíba a campanha tem sido desenvolvida pelo deputado Nivaldo Manoel e a vereadora Eliza Virgínia, ambos do PPS.

A programação que iniciou com a interpretação do Hino Nacional em LIBRAS, pelo deficiente auditivo Mauricio Marques Simões, teve a participação da curadora da infância e juventude, Soraya Scoreu, das vereadoras Eliza Virgínia (PPS) e Raissa Lacerda (Dem), do deputado Nivaldo Manoel (PPS), da presidente da Organização Mundial de Educação Pré-escolar, Maria dos Prazeres, do presidente do Fórum Nacional Cristão de Política e Ação Social, Pastor Arlindo Barreto e apresentações do Grupo Recreativo Creusa Pires, grupo de dança do Centro Helena Holanda e da cantora mirim Camila Gomes.

Helena Holanda ressaltou a importância do cuidado com as crianças deficientes mentais, para que elas não sejam vitimas de pedófilos. Maria dos Prazeres disse que geralmente as mães não denunciam por medo ou constrangimento pela proximidade do agressor, que na maioria dos casos são pessoas bem conhecidas.

O dep. Nivaldo Manoel disse que os pedófilos da Paraíba têm que ser presos “ a sociedade paraibana não pode se acovardar, vamos nos unir e colocar na cadeia esses covardes... o meu gabinete estar aberto para quem precisar de auxilio para denunciar os pedófilos” disparou o parlamentar que deve convidar a CPI para vir a Paraíba.

Dados Nacionais afirmam que durante uma vida, um pedófilo ativo, abusa em média 260 crianças ou adolescentes, o abuso pode ser caracterizado pela nudez parcial ou total, caricias na genitália, conversas obscenas e pornografia, 50% das vitimas se tornam abusadores no futuro.

Eliza disse que uma em cada três garotas e um em cada quatro garotos são abusados sexualmente antes dos 18 anos, ela afirmou que a campanha contra pedofilia continuará para que os casos sejam descobertos e, assim, os pedófilos presos e as vitimas tratadas. A vereadora alertou para importância da denuncia, que pode ser anônima, pelo numero 100.

Foram distribuídos cartilhas orientando a sociedade a identificar e denunciar o pedófilo e uma pulseira que tinha escrito “Todos contra a Pedofilia” , na cartilha a informação é que uma criança é abusada a cada 4 segundos.

Fonte: VINACC

quinta-feira, 12 de março de 2009

Lei anticonversão pode impedir trabalho social de cristãos


SRI LANKA (36º) - Líderes cristãos e budistas estão preocupados com uma nova lei anticonversão, pois alguns dizem que ela iria atrapalhar o trabalho social realizado pelos cristãos para ajudar a comunidade budista.

A Lei de Proibição à Conversão Forçada deverá ser votada no parlamento em breve.

A mídia local relata que, de acordo com a lei, oferecer um presente, dinheiro ou qualquer outro incentivo para converter ou tentar converter uma pessoa de uma religião para a outra é punível em até 7 anos de prisão e fiança máxima de 500.000 rúpias (cerca de $4.400 dólares).

No momento, um comitê do parlamento está examinando o projeto de lei para ver se ele infringe as atividades religiosas e viola a constituição do país.

O bispo Norbert Andradi organizou uma reunião em 4 de março para discutir o projeto. Padres, membros da diocese, líderes de movimentos budistas e oficiais do governo compareceram à reunião.

O pastor Tulin Colombage da Igreja Metodista Eppawela disse após a reunião: “Nós nunca falamos sobre religião quando ajudamos um morador de rua, mas agora, ajudar alguém de outra religião pode ser uma ofensa punível”. “Nós nos opomos a essa lei veementemente, porque não poderemos praticar a caridade sem sermos mal interpretados.”

O bispo Andradi concorda. “A caridade e a solidariedade formam uma parte essencial do cristianismo, e um dos nossos maiores mandamentos é ‘ame o próximo como a si mesmo’”, afirmou durante a reunião.

Os representantes budistas presentes na reunião disseram que apreciam o trabalho social da igreja, e se opõem ao projeto de lei. Koholanwala Karunapala, da associação budista Rajarata, disse que o país já está afetado pelos conflitos entre os Sinhaleses e o grupo Tamil. Então, “porque devemos trazer outro problema religioso para aumentar a disputa?”, questiona. “O que precisamos agora é de cooperação e colaboração de todas as raças e religiões.”

A constituição declara que todos têm o direito de praticar sua religião. Nunca foi estipulado que um indivíduo está preso à religião em que nasceu.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: UCA News

quarta-feira, 11 de março de 2009

Onda de violência causa mortes e destruição de igrejas na Nigéria


NIGÉRIA (26º) - Uma onda de violência que varreu a cidade de Bauchi, na Nigéria central, resultou na morte de pelo menos 11 pessoas e na destruição de oito vilarejos, e de muitas casas cristãs.

De acordo com uma reportagem da Christian Solidarity Worldwide (CSW, em inglês), centenas de cristãos estão desabrigados, e foi instituído um toque de recolher para tentar evitar mais destruição de vidas e propriedades.

A notícia afirma que a violência teve seu ápice depois que uma mesquita foi incendiada em um subúrbio de Bauchi, e tropas foram enviadas para restaurar a ordem e impor o toque de recolher para sete bairros.

Apesar da ação dos oficiais de segurança, os ataques à comunidade cristã continuaram, e pelo menos uma pessoa foi morta.

“Cerca de 4.500 pessoas foram forçadas a abandonar suas casas e procurar refúgio em quartéis militares”, disse o porta-voz da CSW.

Algumas fontes ligam os ataques em Bauchi a uma disputa local entre uma igreja e muçulmanos que freqüentam uma mesquita ao lado do templo – uma disputa aparentemente iniciada com a decisão dos cristãos de não deixarem os muçulmanos estacionarem no terreno da igreja.

No entanto, muitos outros relatos ligam os tumultos aos acontecimentos em Jos em novembro de 2008, em que centenas de pessoas foram mortas, grande parte muçulmanos.

A associação cristã da Nigéria (CAN, em inglês) entendia os ataques incessantes à comunidade cristã como “leve provocação”. Eles afirmam: “Devemos lembrar a nação que os cristãos sofrem todas as vezes que há ameaças de jihad. Em nossa história, os cristãos são massacrados, suas propriedades destruídas em diversas regiões”.

“A igreja não é responsável por nenhuma dessas crises. Não por covardia ou falta de saber o que fazer, mas porque nossa religião nos ensina a amar nosso próximo como a nós mesmos, e estar em paz com todas as pessoas, que se alguém bater em nossa face direita, devemos lhe oferecer também a esquerda.”

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: ANS

terça-feira, 10 de março de 2009

Pedidos de oração por um pastor preso há um ano na China


CHINA (12º) - Shi Weihan, dono de uma livraria cristã, continua detido após um ano de sua segunda prisão em março de 2008 (saiba mais). O tribunal rejeitou seu caso duas vezes, e de acordo com as leis chinesas, ele não pode ser julgado pelas mesmas acusações três vezes.

Depois que o caso retornou para a polícia pela segunda vez, por falta de provas, o advogado de Shi realizou diversos inquéritos sobre a soltura de seu cliente. A polícia ainda se recusa a dar qualquer informação.

A condição miserável de sua cela continua prejudicando a saúde de Shi. Ele está com muitas manchas vermelhas espalhadas pelo corpo, e, por causa da coceira, não consegue dormir direito.

A esposa de Shi, Zhang Jing, é seguida pelo escritório de segurança aonde quer que vá. A intimidação constante faz com que ela fique muito sensível.

Pedidos de oração

• Ore para que a justiça prevaleça, e que todos os oficiais do governo interfiram para solucionar o caso de Shi.

• Ore para que Deus dê sabedoria para o advogado de Shi, para que possa alcançar a liberdade de seu cliente. Ore também por proteção.

• Continue orando para que Deus fortaleça a saúde mental e física de Shi.

• Ore por Zhang, esposa de Shi, para que neste frágil estado emocional em que se encontra, possa prosseguir e liderar a igreja que ficou sem pastor. Ore por paz e fé.

• Ore por todos os membros da igreja, para que continuem fortes e firmes em sua fé, apesar do acontecido.

Tradução: Deborah Stafussi

A fonte pediu para não ser identificada

segunda-feira, 9 de março de 2009

Pastor é inocentado por falta de provas, mas continua preso


CHINA (12º) - O pastor Lou Yuanqi, da Região Autônoma Uigur de Xinjiang recebeu o veredicto de inocência por “falta de provas”, e seu caso foi enviado para o Escritório Público de Segurança pelo promotor público. O tribunal disse: “Os fatos utilizados no caso não estão claros, não há provas suficientes”. Apesar dessa decisão, o pastor Lou continua preso.

O pastor Lou foi a julgamento no dia 15 de dezembro de 2008, sob as acusações de “utilizar a superstição para questionar a lei”. Fontes afirmam que a verdadeira razão da acusação foi para acabar com a igreja não-registrada na casa de Lou. Depois do julgamento do pastor, sua filha Lou Tiantian, 18, foi agredida pela polícia quando tentou falar com seu pai que estava dentro de uma viatura. Lou Tiantian foi levada para o hospital, onde recebeu tratamento médico, sendo liberada na mesma noite.

Durante o julgamento de Lou, o juiz confessou que há perseguição em Xinjiang. No entanto, testemunhas afirmam que o juiz declarou: “Se os cristãos têm mais liberdade religiosa nas áreas fora de Xinjiang, eles deveriam considerar sair daqui, porque essa região é muito especial”.

O pastor Lou foi preso pela primeira vez em 17 de maio de 2008. No mesmo dia, ele foi transferido para o centro de detenção Huocheng. Ele sofre de hepatite B, e as condições na prisão pioraram seu estado de saúde (saiba mais).

A esposa do pastor, Wang Wenxiu, seus filhos e igreja continuam a se reunir apesar da prisão do líder. Quando soube que cristãos do mundo inteiro estavam orando por sua família, Wang pediu que amigos transmitissem essa mensagem para toda a comunidade internacional:

“Por favor, agradeçam a eles, porque a prisão de Lou é a vontade de Deus. É sua promessa. É a graça de Deus. Como podemos ser dignos de que tantos irmãos orem por nós? A cruz de Cristo nos encoraja a continuar. Estou muito feliz e cheia de gratidão por todo o apoio através da oração.”

Continue orando pelo pastor Lou Yuanqi e toda sua família, para que eles encontrem forças no Senhor e para que a justiça seja feita.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: China Aid Association

domingo, 8 de março de 2009

Cristãos nortecoreanos têm sofrido e precisam de nossas orações

COREIA DO NORTE (1º) - Na Coreia do Norte, os cristãos são vistos como subversivos políticos, pois adoram ao Senhor como único Deus, ao contrário do que é comum no país, ou seja, a veneração da família Kim como os divinos salvadores da Coreia.

Pelo ‘crime’ do cristianismo, três gerações de uma família serão presos em um campo de trabalho forçado, onde grandes crueldades, atos desumanos e fome garantem uma vida curta e atormentada.

Os refugiados afirmam terem visto cristãos sendo humilhados publicamente, agredidos e executados somente por possuírem uma Bíblia. Esse retrocesso do país é um vendaval devastador para a igreja.

Pedidos de oração

• Ore para que o país tenha sua herança espiritual restaurada, pois a capital Pyongyang foi o lugar de origem do avivamento coreano no início do século XX.

• Ore para que cada cristão nortecoreano que está preso ou que precisa cultuar clandestinamente. Que eles recebam sustento, consolo e forças para serem testemunhas do evangelho.

• Ore para que a Coreia do Norte seja livre, para que a perseguição aos cristãos no país diminua e que todos os cidadãos e autoridades conheçam o amor de Cristo.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: ANS

sábado, 7 de março de 2009

A graça de viver cada dia


Diante do drama da doença crônica da filha, a missionária Débora Kornfield encontra perspectivas espirituais para o sofrimento.
Costuma-se dizer que quem sofre adquire mais sensibilidade para perceber o sofrimento dos outros. Quando a relação envolve mãe e filha, então, a situação é muito mais delicada. Há 24 anos, a missionária Débora Kornfield, nascida nos Estados Unidos, criada na Guatemala e radicada no Brasil – mais precisamente, em São Paulo –, vive um drama familiar: a doença crônica de sua filha Karis. Ela nasceu com uma grave deficiência intestinal que paralisa seu trato digestivo. Desde seus primeiros dias de vida, ela tem convivido com um calvário de longas internações, delicadas cirurgias e desgastantes tratamentos. “É uma dor que não tem fim”, resume Débora.

A dura realidade tem afetado não apenas Karis e Débora, como também seus três outros filhos e o marido, e também missionário, David Kornfield. A vida da família tem girado em torno de um misto de provações e fé – muita fé, diga-se de passagem. Obreiros ligados à Sepal – Servindo Pastores e Líderes, entidade de origem americana sediada na capital paulista, David e Débora estão no Brasil desde 1990. Eles desenvolvem um frutífero ministério junto à liderança evangélica, o Mapi (Ministério de Apoio a Pastores e Líderes), baseado na mentoria espiritual. Débora, autora do livro Vítima, sobrevivente, vencedor (Editora Sepal), dedica-se ao ministério de restauração e especializou-se no aconselhamento a pessoas vitimadas pelo abuso sexual.

Agora, a missionária, de 54 anos, prepara-se para lançar um novo livro, onde conta os paradoxos entre a confiança na graça de Deus e a própria atitude diante de uma enfermidade que, apesar de algumas melhoras pontuais, não cede. “Reconheço que já nos sentimos injustiçados por Deus”, admite Débora. Em Karis – Adorando a Deus no deserto, que chega às livrarias em março pela Editora Mundo Cristão, ela faz um relato detalhado de como tem enfrentado a doença de Karis, os questionamentos acerca do amor de Deus, as dificuldades em família e o espectro sempre presente da morte. “O Senhor tem me desafiado a cada dia a lhe dar glórias, a perseverar e a crescer na minha fé”, diz. É uma luta que recomeça a cada amanhecer.

CRISTIANISMO HOJE – Como está sua filha hoje?
DÉBORA KORNFIELD – Ela está vivendo um dia de cada vez. Em novembro passado, ela passou por uma situação grave de rejeição e infecção [N.da Redação: na semana em que a entrevista foi concedida, Karis estava internada nos Estados Unidos, com obstrução intestinal e outras complicações]. Nestes últimos meses, ela passou por duas cirurgias de grande porte. Na verdade, ela não esteve bem durante o ano de 2008.

O livro é um desabafo?
O Salmo 145 nos manda contar os atos poderosos do Senhor. Senti que deveria escrever o livro por três motivos. Primeiro, para não me esquecer do que Deus tem feito por mim. Segundo, para encorajar outras pessoas em meio às suas dificuldades; e, em terceiro lugar, para que eu mesma pudesse entender melhor a nossa peregrinação – e, através disso, talvez ajudar a nossa família. Quando começamos a contar a história no site da Karis, recebi tantos e-mails de pessoas que de fato foram tocadas e encorajadas por Deus através do que lhe aconteceu que percebi que o Senhor queria usar isso para fortalecer o seu povo. Ora, a linguagem do sofrimento é comum a todos, independente do tipo de provação que cada um enfrenta.

A senhora diz várias vezes que sua própria filha pediu que não orassem mais por sua cura, entendendo que, como Paulo, deveria aprender a conviver com o “espinho na carne”. Como saber a maneira mais certa de orar nestas circunstâncias?
Creio que precisamos pedir a orientação de Deus em cada caso, pois o Senhor tem propósitos específicos em tudo que faz na vida de cada indivíduo. Não creio que a situação da Karis é modelo para outros, exceto na necessidade de procurar entender de Deus como devemos orar. Certamente, muitas pessoas continuaram (e continuam) a pedir cura para Karis, e estou muito agradecida por isso. Deus pode, a qualquer momento, responder dramaticamente a essas orações, como tem respondido tantas e tantas vezes de maneiras menos espetaculares, mas igualmente importantes para preservar a vida dela.

Se é assim, por que Deus não a cura definitivamente? Não seria um sinal muito mais poderoso do seu poder?
Penso que, se Deus curasse a Karis de vez, as pessoas dariam muitas glórias ao seu nome por alguns dias ou semanas; mas, depois, esqueceriam. Já por mais de 25 anos, Deus tem me desafiado a cada dia a lhe dar glórias, a perseverar, a crescer na minha fé, apesar dos momentos muito difíceis que temos passado. Pelas mensagens que recebo, acredito que outras pessoas têm a mesma percepção em relação à situação de minha filha.

Em algum momento, a senhora, sua filha ou sua família sentiram-se injustiçados por Deus? Como administraram este sentimento?
Claro que sim! Aliás, para descrever a luta de cada um de nós levaria muito tempo. Jamais, porém, ouvi a Karis expressar este sentimento. O que ela acha injusto é ser alvo de tantos recursos médicos e financeiros, dado o número de crianças totalmente saudáveis que morrem por fome ou por doenças fáceis de prevenir, especialmente em regiões pobres como a África. Quantas vezes ela tem chorado porque multidões não têm acesso às verbas gastas em favor dela. Como mãe, é claro, eu sofro junto com a Karis – muitas vezes, até pedi a Deus uma troca de lugares, passando para mim o sofrimento dela... Acho que qualquer mãe sentiria a mesma coisa. Confesso que, no início da vida de Karis, foi difícil para nós entender ou aceitar a situação dela, pois nunca havíamos nos imaginado passando por isso. Então, tentei escrever no livro um pouco sobre as minhas lutas – não tanto por me sentir injustiçada, mas por não entender o porquê de minha filhinha ter de sofrer tanto.

Mas um texto muito citado da Bíblia, no capítulo 53 do livro de Isaías, diz que Cristo tomou sobre si todas as nossas enfermidades. Como explicar, então, que a maioria dos crentes não recebe a cura divina? Falta-lhes fé?
Minha interpretação dessa passagem é um pouco diferente da de muitas pessoas. Jesus, por haver sofrido e passado o que passou, entende a minha dor, sente o que sinto, chora junto e me dá forças a cada dia. Por causa de textos no Novo Testamento, não creio que o de Isaías 53 significa que Cristo nos livra de todo sofrimento e enfermidade. Paulo diz que completamos em nossos corpos o sofrimento de Cristo. Os textos de Hebreus 2.14-18 e 4.14-16 destacam que podemos nos aproximar de Jesus confiantes de que ele sabe o que é sofrer, e se compadece de nosso sofrimento. Mas será apenas no novo Céu que Deus acabará com toda doença, morte, tristeza, choro e dor, conforme Apocalipse 21.4. Enquanto vivemos neste mundo caído, tais aspectos tristes da vida serão partes de nossa experiência.

Qual é o estado de ânimo de sua filha diante da doença?
É difícil começar a recuperar-se, por exemplo, de uma cirurgia, e logo enfrentar outro desafio, e mais outro, e mais outro, como ondas do mar que mal a permitem respirar. Essa tem sido sua rotina ao longo da vida. É claro que um processo desses impacta a vida emocional; não há como evitar isso. Um efeito colateral dos remédios que ela toma é a depressão. Até que a gente entendesse isso e a necessidade de tratamento específico – o que perdurará provavelmente pelo resto de sua vida –, sofremos muito. Por sua própria natureza, a Karis tem uma personalidade alegre, extrovertida, otimista. Por isso, esta depressão profunda causada pelos remédios foi talvez a mais difícil experiência de sua vida, pois ela sentiu que havia perdido até sua conexão com Deus. Mas nos últimos meses, desde que conseguiu sair do quadro depressivo, ela tem aguentado melhor. Acontece que minha filha tem sofrido uma série de perdas recentemente, inclusive a possibilidade de gerar filhos. E essas perdas precisam ser choradas, embora nem sempre achemos condições para este luto. No fim do ano passado, quando a possibilidade de morrer mais uma vez parecia próxima, a Karis sentiu a Presença de Deus muito perto dela. Estou grata ao Senhor por isso.

No livro, a senhora conta que sua filha recebeu várias supostas profecias e revelações dando conta de que seria curada – e tais previsões não se confirmaram. Quais os prejuízos emocionais e espirituais que isso acarretou à sua família?
Bem, nós aprendemos a usar de discernimento e cautela com as pessoas que queriam orar pela Karis ou entregar-lhe profecias, pois muitas deixaram-na muito mal. Minha filha é uma pessoa muito amorosa, mas quando disse que não estava conseguindo aguentar esse tipo de situação, tratamos de protegê-la. É difícil para uma menina num leito de extremo sofrimento, que apesar disso está seguindo a Deus com todo o seu coração, ouvir que está ali por conta de seus pecados ou de sua falta de fé. Creio que ninguém quis prejudicar a ela ou a nossa família; simplesmente, muitas pessoas não tiveram o discernimento adequado para nos abençoar da maneira que, sem dúvida, gostariam de haver feito.

Como fica o relacionamento familiar numa situação de crise permanente?
Tentamos equilibrar um dia de cada vez, às vezes conseguimos e outras vezes não – aí, precisamos pedir perdão e tentar restituir uns aos outros no que falhamos. Não acho que exista uma solução mágica ou fácil para isso. Tentei escrever no livro o suficiente sobre estes temas, para que outras pessoas, que também enfrentam esse tipo de pressões, pudessem pelo menos se sentir menos isolados e confusos nesta corda-bamba diária. Uma enorme bênção é o amor que existe entre nossos filhos, e eu e David, como pais, tentamos objetivamente valorizar cada um deles, mas muitas vezes não foi possível tratá-los igualmente. Por outro lado, outras famílias e a nossa igreja no Brasil têm ajudado a preencher lacunas inevitáveis, como minha ausência nos longos períodos em que precisei ficar nos Estados Unidos com Karis. Esse apoio tem sido precioso para nós.

De que maneira seus outros filhos têm reagido diante da inevitável prioridade que a senhora tem dado, esses anos todos, a Karis?
Os nossos filhos dizem que a minha disciplina era rígida em comparação com o que observaram entre os colegas. O fato é que eu simplesmente não tive recursos emocionais para aguentar brigas, queixas ou discussões; então, não permiti que agissem assim comigo ou na minha presença. Para brigar entre si, eles tinham que entrar num quarto com a porta fechada e sair apenas quando estivessem em paz. Não sei como teria sido se eu não tivesse tanto estresse sobre mim. Em contrapartida, tentamos ouvir os nossos filhos com respeito e, dentro de nossas possibilidades, atender às suas necessidades e desejos. Raquel, uma de minhas filhas, hoje com 23 anos, não entendia por que Deus permitia tudo que já aconteceu com Karis, e qual o motivo de tanta dor. “Que Deus de amor é esse?”, questionava. Mas com o tempo, esse coração endurecido simplesmente a levou à raiva e à amargura. Só quando Raquel procurou confiar mais no Senhor, apesar das dificuldades, reconhecendo sua bondade e entendendo que ele se importa como nosso bem estar e sente nossa dor, que as coisas começaram a melhorar na sua vida espiritual e emocional. Hoje, ela entende que Deus é bom e compassivo, digno de toda devoção. Já a Valéria, que tem 20 anos, chegou a duvidar até mesmo da existência de Deus. A solução foi a decisão de crer nele, mesmo sem perceber nenhuma evidência de seu amor para com Karis e sem garantia do futuro. Ela permanece firme nessa decisão até hoje, o que lhe dá força para enfrentar cada novo dia.

Tanto a senhora, atendendo sua filha, como seu marido, em suas tarefas ministeriais, passam longos períodos longe um do outro. A vida conjugal sobrevive diante dessa realidade?
Escrevi um pouco no livro sobre as nossas lutas ao longo dos primeiros vinte anos da vida da Karis. Conversas com outros casais com filhos doentes confirmam que a nossa experiência é comum. Aliás, isso faz sentido: dizem que a média de divórcios entre pessoas sem as pressões de uma doença crônica na família está na faixa de 40% a 50% – imagine então o desafio para os casais que, além de todas as demandas do dia a dia, precisam lidar com o estresse multiplicado pela enfermidade de um filho. É claro que isso afeta a dimensão do relacionamento conjugal. Parece que uma doença crônica é como um grande buraco escuro, onde é jogado tudo que se tem de tempo, energia, atenção, recursos financeiros e até criatividade, restando pouco ou nada para dar ao cônjuge. Além disso, nunca podemos contar com a realização de um plano. Muitas vezes tivemos que cancelar uma viagem em família por conta de uma crise de Karis ou passar as férias num quarto de hospital. Não tem sido fácil, claro. É uma tensão persistente. O tempo que temos juntos é precioso. Quando fico ciente das lutas de outros casais que enfrentam estresses mais, digamos, normais, fico admirada da determinação e compromisso que o meu marido tem com o nosso casamento. O que mais vejo entre os que lidam com doença crônica na família é o marido não aguentando a situação e pulando fora.

Hoje em dia, é normal que casais de obreiros desenvolvam o mesmo ministério. Até que ponto seu chamado é diferente do de seu marido e quais as interseções entre eles?
David trabalha mais com o Mapi, pastoreando pastores. Já eu tenho atuado com o Rever, um ministério de restauração da alma, especificamente com sobreviventes de abuso sexual. Meu marido ajudou na organização do Rever e dedicou bastante tempo ao início do ministério, mas agora dá pouca atenção a esta área diretamente. No Mapi, o que mais tenho feito é ajudar no aconselhamento de casais pastorais, onde é vantajoso trabalharmos como casal. Há muito mais que David e eu gostaríamos de fazer juntos, se Deus permitir.

Sua atividade missionária, bem como a de seu marido, obrigou sua família a constantes mudanças. De que forma a mulher deve enfrentar a situação, já que é delas a maior instabilidade nestas situações?
Em nosso caso, as viagens constantes de meu marido deixam para mim uma responsabilidade maior para manter a estabilidade em casa. Quando as crianças eram pequenas, eu praticamente não viajei com David – fiquei em casa para cuidar dos filhos e me envolvi em ministérios locais. Aliás, recebi críticas de pessoas que achavam melhor que eu acompanhasse mais o trabalho dele, mas não me arrependo. A vida da mulher tem fases, e a fase da infância dos filhos exige dela um compromisso específico por alguns anos. Quando nossos filhos estavam mais independentes, comecei a viajar uma vez por mês – às vezes com meu marido, às vezes sozinha –, mas tentei nunca ultrapassar este limite. Deixei claro que as necessidades de meus filhos eram a prioridade. Além disso, precisei manter os meus compromissos mais flexíveis do que seriam no caso de uma mulher sem filho doente. Felizmente, a nossa missão valoriza e apóia o cuidado da família como parte da vocação missionária.

Durante décadas, a Igreja brasileira tem sido influenciada por missionários estrangeiros, sobretudo americanos. A senhora acha que obreiros dos EUA ainda têm o que oferecer ao Brasil, que hoje é uma potência evangélica?
Na minha perspectiva, a Igreja brasileira amadureceu muito. Chegamos ao Brasil em 1990, e naquela época a Igreja parecia uma adolescente, com muito entusiasmo, mas sem tanta estabilidade ou profundidade. A falta de um discipulado adequado fazia com que muitos convertidos saíssem pela porta dos fundos. Poucas igrejas usavam grupos pequenos para aprofundar estudos bíblicos, incentivar relacionamentos ou evangelizar. Além disso, havia competição entre denominações; faltava um trabalho conjunto para alcançar as suas cidades e pouco se fazia para ministrar às gritantes necessidades sociais do país. Agora, quase vinte anos mais tarde, parece-me que a Igreja brasileira tem amadurecido ao ponto de assumir mais responsabilidade, não apenas para cuidar de si, mas de multiplicar-se, até mesmo em outros países. A firmeza espiritual da Igreja será revelada na qualidade de suas obras missionárias. Vejo trabalhos muito sérios e eficazes, maior cooperação e respeito entre as denominações e maior ênfase em ministérios holísticos, que cuidam de todas as dimensões da pessoa, e não apenas do aspecto espiritual. Se a Igreja brasileira se fechasse para missionários estrangeiros, continuaria muito bem, talvez até melhor, pois teria que assumir tudo para si.

Então, o tempo dos missionários estrangeiros já passou?
Não, acho que existem áreas em que essa participação ainda é bem vinda. Uma vantagem que os missionários estrangeiros têm a oferecer à Igreja do Brasil é o recurso de tempo integral e, na maioria das vezes, de sustento provido. Assim, alguém como o meu marido pode viajar pelo país afora, oferecendo-se de uma forma que seria difícil para a maioria dos pastores brasileiros, simplesmente por falta de condições. Veja o meu interesse em treinar líderes para grupos de apoio a vítimas de abuso sexual. Creio piamente na habilidade de brasileiros de fazer este trabalho muito melhor do que eu. Mas desconheço alguém que tenha condições para dedicar-se explicitamente para levantar este ministério – pelo menos, ninguém apareceu até agora. Se Deus permitir que eu volte para o Brasil, o simples fato de ter estas condições de tempo, recursos e disponibilidade para viajar, poderá, pela graça de Deus, resultar em um ministério eficaz a nível nacional, com aliados em todas as principais cidades brasileiras. A meu ver, as áreas mais importantes para este tipo de parceria são exatamente as de cuidado e treinamento da liderança brasileira, conforme diz o lema da Sepal: “Servindo aos que servem”.

Missionários dependem dos chamados mantenedores. Com a crise que, surgida nos EUA, alastrou-se pelo mundo, o que deve mudar em relação ao sustento dos obreiros no campo?
Em um sentido importante, nada mudou: a nossa dependência de Deus para suprir as nossas necessidades, através da boa vontade e a generosidade de seu povo. Talvez a crise econômica mundial faça de todos nós melhores mordomos de nossos recursos. Ainda estamos longe do tipo de sacrifícios que gerações passadas abraçaram pela causa de Cristo. Talvez, a crise traga como benefício o fato de a Igreja mundial ter que repensar suas prioridades e valores. Mas creio que Deus ainda proverá recursos para as pessoas que ele chama para vocações missionárias.

O Mapi se propõe a preencher uma lacuna cada vez mais evidente na Igreja Evangélica: o pastoreio de pastores. As carências nas famílias dos pastores têm aumentado?
Não sei se as carências têm aumentado, ou se estão apenas mais evidentes, devido à maior liberdade na Igreja para reconhecê-las e expressá-las. Acho que a saúde da família é alvo específico de Satanás, que usa de muitas artimanhas para destruí-la, especialmente entre a liderança. Falhas na liderança refletem-se automaticamente no bem-estar da Igreja. Também lidamos com valores mundanos que invadem a Igreja, especialmente na área sexual e na idéia de que “merecemos” ser felizes, mesmo se isso leva à destruição de nossos casamentos. Muitos pastores e líderes foram criados em famílias disfuncionais e as igrejas não têm sabido ministrar restauração para eles – e, consequentemente, para seus membros em situações parecidas.

A relação entre as igrejas e os pastores precisa ser mudada?
Efésios 4 indica que os membros do Corpo é que devem fazer o ministério, valendo-se dos dons e habilidades que o Espírito distribui para cada um. Aos pastores, cabe cuidar e nutrir suas ovelhas, capacitando-as para o desenvolvimento de seus próprios ministérios. É uma relação diferente do que vemos na maioria das igrejas.

Durante muito tempo, foi reservado às mulheres um papel secundário nas igrejas. Hoje, elas não apenas ocupam cargos eclesiásticos, como até lideram denominações. O que a senhora pensa a respeito?
Que os homens se levantem! Acho que as mulheres têm preenchido um grande vazio deixado pela liderança masculina.

O que a senhora pensa acerca do acesso de divorciados, ou mesmo de pastores em segundo ou terceiro matrimônio, ao ministério?
O peso da dor de um divórcio é enorme, uma tragédia com sequelas até a terceira e quarta gerações. Que os pastores cuidem primeiro de si e de seus lares, para depois ter algo valioso e íntegro com que contribuir à Igreja.

Como cidadã americana, qual sua expectativa em relação ao governo de Barak Obama? Qual deve ser sua relação com o segmento evangélico dos EUA, e particularmente a direita protestante, majoritariamente republicana?
Estou muito entusiasmada e otimista a respeito do presidente Obama. Espero que a direita protestante venha deixar de lado os seus preconceitos e trabalhe harmonicamente para sarar as dores do país. Espero que o governo democrata possa melhorar a imagem do país no exterior, pois hoje esta imagem dificilmente poderia ser pior do que está.

Fonte: Cristianismo Hoje

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cristão vence causa na justiça e recebe novo documento de identidade


MALÁSIA (*) - Mohammad Shah, que tentava alterar seu nome muçulmano e receber um novo documento de identidade, ganhou a causa na justiça. Ele apresentou seu caso ao tribunal Sharia, no estado de Negeri Sambilan, depois que o departamento nacional de registros se recusou a aceitar que ele era um cristão e a fornecer um novo documento de identidade.

O advogado Hanif Hassan disse que seu cliente de 61 anos foi criado pela mãe como cristão, mas seu nome muçulmano foi escolhido por seu pai, que abandonou a família quando ele tinha apenas dois meses de idade. Gilbert Freeman, nome de cristão escolhido por Mohammad Shah, é casado e cria seus filhos no cristianismo.

“O tribunal Sharia declarou que ele não é muçulmano. Ele não pratica o islamismo e não estudou para ser muçulmano”, diz Hanif.

Freeman está muito feliz. Seu advogado afirma que esse é um caso muito raro, mas mostra que os tribunais Sharia não são tão rígidos e estão dispostos a resolver disputas religiosas.

A Malásia tem um sistema judicial duplo. Os tribunais islâmicos Sharia governam os muçulmanos, enquanto os tribunais civis têm sua jurisdição sobre os não-muçulmanos. No entanto, as disputas religiosas normalmente são decididas nos tribunais Sharia, e a decisão favorece os muçulmanos.

As questões religiosas são muito delicadas na Malásia, onde 60% dos 27 milhões de pessoas são muçulmanos. Budistas, cristãos e hindus aceitaram o domínio islâmico, mas recentemente notou-se que os tribunais são injustos quando tratam da supremacia do islã, que é a religião oficial da Malásia.

Freeman procurou a ajuda do tribunal pois disse que estava velho e não queria confusões quanto a seu velório ser cristão ou não.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: International Herald Tribune

Novos incidentes com pastores na Índia


ÍNDIA (22º) - A polícia de Madhya Pradesh prendeu dois pastores supostamente ligados à venda do livro “Secularism and Hindutva” (Secularismo e hinduísmo), que fere os sentimentos religiosos dos hindus.

De acordo com o pastor Akhilesh Edgar, a polícia levou Kailash Masih para a delegacia em 19 de fevereiro, alegando que o código penal condena “atos maliciosos e propositais que insultam os sentimentos religiosos”. Ele foi mandado para a cadeia no mesmo dia.

O pastor Sharda Prasad Muthel também foi levado para a delegacia, interrogado e liberado. No dia seguinte, foi intimado a retornar, e depois de uma investigação, foi solto por volta de 20h.

Um caso judicial foi aberto contra o pastor Paulose Venkatarao, organizador de uma convenção cristã que aconteceu de 16 a 18 de janeiro, onde supostamente, o livro foi vendido. O pastor também foi preso sob as mesmas acusações de Kailash Masih, e, no mesmo dia, foi mandado para a prisão.

Em 26 de fevereiro, os pastores foram soltos sob fiança.

Ore pela situação em Madhya Pradesh e para que o ministério desses pastores seja bem sucedido.

Extremistas hindus atacam reunião de oração

Extremistas interromperam uma reunião de oração, acusaram os cristãos de conversão forçada e os agrediram.

O pastor Akhilesh Edgar relatou que 30 convertidos estavam na reunião liderada pelo pastor Joseph Toppa na residência de um dos cristãos. A casa foi invadida, e as pessoas agredidas.

Todos os cristãos presentes foram levados para a delegacia, e liberados em seguida.

Ore pela tolerância religiosa em Chhattisgarh. O estado tem testemunhado muitos atos de violência anti-cristãos.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Evangelical Fellowship of India

quinta-feira, 5 de março de 2009

Presidente Omar al-Bashir recebe ordem de prisão


SUDÃO (30º) - O presidente do Sudão é um líder sem misericórdia, cujo regime é responsável por milhares de mortes de civis em Darfur e milhões de cristãos e animistas no sul do país.

O International Criminal Court (tribunal internacional de crimes) emitiu uma ordem de prisão para o presidente do Sudão sob as acusações de crimes de guerra e contra a humanidade. O tribunal chegou perto de acusar Omar al-Bashir de genocídio. Ele nega todas as acusações e não dá nenhum valor à sentença dada pelo tribunal.

Milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital Cartum, após o anúncio, em meio à agitação. A ONU estima que 300.000 pessoas morreram durante os seis anos de conflito, e muitas outras foram desalojadas.

A porta-voz do tribunal, Laurence Blairon, anunciou a sentença dada por um grupo de juízes, baseada nas acusações apresentadas pelo promotor público. Ela afirma que o Sr. Bashir é suspeito de “ataques intencionalmente direcionados contra uma parte importante da população de Darfur, e assassinatos, extermínios, estupros, torturas, e transferência forçada de um grande número de civis para o governos pudesse se apropriar de suas terras”.

Blairon afirma que a violência em Darfur é resultado de um plano organizado pelo nível mais influente do governo, mas não há evidências de genocídio.

O tribunal expediu o pedido de prisão de Bashir, e entregará o quanto antes para o governo sudanês.

Em reação às acusações, Mustafa Othman Ismail, assistente do Sr. Bashir afirmou que os juízes foram preconceituosos. “Essa decisão é exatamente o que esperávamos do tribunal, criado para atingir o Sudão e para ser parte de um novo mecanismo de neocolonialismo”.

Em um pronunciamento, o presidente Bashir disse que o tribunal poderia “comer” o mandado de prisão, pois não valiam nem “a tinta com que era escrito”.

Em Cartum, milhares de apoiadores do governo se reuniram, declarando: “Amamos você, presidente Bashir”. Muitas embaixadas aumentaram a segurança, e alguns ocidentais ficaram em casa com medo de retaliações.

Ore para que a justiça seja feita no país, sem violência e com muita sabedoria.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: BBC News

quarta-feira, 4 de março de 2009

Momento de dar as mãos


Rabino Yechiel Eckstein quer que judeus confiem em evangélicos e que evangélicos amem Israel.

Numa fria noite de sexta-feira no Upper East Side, em Manhattan, uma multidão de 200 pessoas se reuniu para ouvir o rabino Yechiel Z. Eckstein falar sobre o tema O direito cristão: Melhores amigos dos cristãos ou maiores adversários?. Haskel Lookstein, rabino da Congregação Kehilath Jeshurum há 50 anos, introduziu Eckstein rapidamente. Foram mostradas as credenciais do pregador convidado, incluindo seu pai (nascido em Jerusalém e rabino chefe aposentado do Canadá). Ambos os líderes judeus, Eckstein e Lookstein, passaram o inverno juntos na Flórida.

Na Kehilath Jeshurun, Eckstein defende os evangélicos americanos com o mesmo fervor que um pregador do sudeste. De uma forma tranqüilizadora, ele critica o público, composto principalmente de profissionais de colarinho branco, pelos prejuízos dos preconceitos contra os evangélicos.

Eckestein conta para a multidão uma série de sacrifícios que evangélicos têm feito para assegurar que judeus pobres consigam a ajuda que precisam: existe a mulher que doa parte do seu pequeno cheque de aposentadoria; outra que substituiu o lattes (tipo de café) para o “café do dia” e doa a diferença; e a família que renuncia presentes de natal para cuidar de crianças israelenses. Ao longo dos anos, cristãos têm doado meio bilhão de dólares para uma organização fundada por um rabino ortodoxo.

A IFCJ, Associação Internacional de Cristãos e Judeus, organização de 26 anos criada por Eckstein, é eficiente em levantar fundos para cristãos via email direto e internet. Ano passado a organização levantou em torno de 88 bilhões de dólares, tornando-a uma das maiores e mais bem-sucedidas organizações religiosas de caridade na América.

A conexão cristã-judaica de Eckstein é descrita como uma organização de caridade transcendente. Antes desta década, evangélicos lideraram o caminho reavivando a adormecida indústria de turismo de Israel depois dos letais ataques terroristas no estado judeu. Eckstein perguntou ao auditório, “Quantos de vocês sabem que a IFCJ recentemente deu no mínimo 500 dólares para cada sobrevivente do holocausto - um ato que nenhum grupo judeu fez?”. Nenhuma mão levantada.

Se Eckstein não direcionou sua audiência para os amigos de evangélicos, ele no mínimo deixou claro que não os odeia. Encantador, gracioso, bem-humorado e agradável, Eckstein se tornou o rosto mais conhecido entre os cristãos. Não há incômodo por ele ser bonito, vestir-se elegantemente, e ser alto. Ele convence os judeus ultrapassados que cristãos conservadores e judeus ortodoxos dividem um inimigo em comum: o islamismo radical. Ele reconta como foguetes militares iranianos eram designados, “primeiro para as pessoas de sábado, depois para as de domingo”.

Meia dúzia de organizações com metas similares a da IFCJ montaram stands nos últimos anos da Convenção anual de radiofusores evangélicos. Eckstein, por muitos anos trabalhou entre cristãos radiofusores como uma anomalia, sem estar certo que os motivos dos outros grupos eram altruístas. Ironicamente, alguns vêem a IFCJ como uma competição. “Alguns cristãos me vêem tanto no grupo deles que até pensam que eu sou um também”, Eckstein revela. “Existe ressentimento e ciúme.”

Eckstein, na sua sinagoga em Nova York, cuidadosamente evita mencionar o nome de Jesus. Ele faz repetidas referências “você sabe quem”. Mas o que esse rabino que pode citar passagens do novo testamento melhor que a maioria dos cristãos realmente pensa sobre Jesus?

“Eu estou tão longe como qualquer um pode ir e continuar a ter bons antecedentes judeus”, garante. “Jesus, de alguma maneira, foi enviado por Deus numa nomeação divina para trazer o que os cristão chamam de salvação para os gentios. Ele foi o caminho para ser inserido na oliveira de Israel. Mas o pacto judeu continua sendo válido. “As raízes suportam o galho”. Por vezes, Eckstein parece ensinar crentes em métodos evangélicos. “Cristãos não convertem ninguém. Isso é um trabalho do Espírito Santo”, explica. “A missão deveria dividir o amor de Deus através de Cristo. Deixar Deus trabalhar no individual. A tarefa dos cristãos é amar como Jesus amou”, completa.

Líderes evangélicos nascidos nos anos 30, como Hayford e Jerry Falwell, persuadiram seguidores de que defender Israel era uma prioridade. Mas líderes mais jovens freqüentemente têm outras questões em suas agendas, como lutar contra a AIDS e a pobreza global. Enquanto administrações nas universidades de Liberty Regent e Oral Roberts permanecem com a IFCJ, Eckstein não sabe se sua causa ressoa em outro campo evangélico. Ele espera seguir o exemplo de Falwell e Robertson em estabelecer uma organização que não vai desaparecer depois que o fundador se for. “Isso não é chamado ‘Ministério de Yechiel Eckstein’”, assegura. “Eu espero ter criado uma instituição, uma causa e um movimento que poderão sobreviver”.

Eckstein permanece ciente do sofrimento dos cristãos. Em dezembro, a IFCJ doou comida e roupas para cristãos pobres através de igrejas em Belém, Jericó e Nazaré. O rabino acredita que é urgente que judeus em Israel reconheçam os evangélicos, em sua maioria, como aliados confiáveis na guerra contra o Islamismo radical e o terrorismo.

Um segmento de judeus permanece desconfiado, acreditando que a única razão dos evangélicos darem suporte a Israel é para ajudar a cumprir a profecia da Segunda Vinda. “Alguns em Israel não gostam de mim porque estou diminuindo a parede e eles não querem acreditar nos cristãos”, confessa Eckstein. “Eles sentem que eu estou amolecendo a comunidade judaica, tentando trazer Jesus pela porta de trás”.

Eckstein não é dissuadido de prosseguir na sua causa. “Eu gostaria de ver o ponto onde existe cumplicidade verdadeira na IFCJ, onde cristãos seriam cristãos melhores, judeus seriam judeus melhores, onde o mundo poderia ser um lugar melhor”.


John W. Kennedy é editor contribuinte da Christianity Today e novo editor da revista Today´s Pentecostal Evangel.

Copyright © 2009 por Christianity Today International

(Traduzido por Sulamita Ricardo)

Leia mais aqui: O Céu pode esperar

Autoridades do Azerbaidjão confiscam literatura religiosa


AZERBAIDJÃO (27º) - A censura compulsória do Azerbaidjão em relação à literatura religiosa começou a afetar a exportação. A alfândega confiscou os livros de cidadãos que deixavam o país. “Sabemos que as autoridades ficam com os livros religiosos que entram no país, mas com os que saem?” questionou Ilya Zenchenko, presidente da Baptist Union.

Zenchenko afirmou que dois batistas visitariam alguns colegas em vilarejos nativos no leste da Geórgia, mas quando atravessaram a fronteira, os oficiais confiscaram as Bíblias na língua local e os arquivos de computador com material cristão.

A lei do Azerbaidjão não menciona a censura para a literatura religiosa exportada pelo país. Do mesmo modo, as regras da alfândega não tratam sobre o assunto.

Apesar de os religiosos dizerem que o confisco de pequenas quantidades de livros diminuiu nos últimos anos, há diversos registros de cópias do Alcorão e da Bíblia que foram tomadas pelas autoridades.

A censura azerbaidjana requer que toda literatura religiosa impressa e importada no país receba uma permissão específica do comitê do Estado. Especifica-se também o número de cópias produzidas de cada trabalho, controla o que é vendido nas livrarias e tem uma lista de toda literatura banida, e que portanto, não pode ser publicada.

Seguindo sua prática comum, nenhum oficial do comitê estava preparado para discutir a censura à literatura religiosa, e não sabiam dizer por que é necessária uma permissão especial para os livros religiosos produzidos ou importados pelo país.

Os livros são detidos e permanecem no estoque. Se recebem a permissão, entram no país. Se não, são confiscados, e é o importador que decide se retira o material ou se deixa para os oficiais destruírem. Se não forem declarados como literatura religiosa, o importador será ressarcido.

Os oficiais do comitê falam para a mídia local sobre a literatura “perigosa” e “extremista” que tem sido confiscada pela alfândega. Em 2008, 59 títulos que “propagavam a intolerância religiosa e a discriminação” foram bloqueados, de 1.507 livros examinados.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Forum18 News Service (em inglês)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Leiteiro cristão é assassinado após exigir seu pagamento


PAQUISTÃO (13º) - Um leiteiro cristão foi assassinado no Paquistão após exigir seu salário de seu patrões muçulmanos, de acordo com a International Christian.

Ashraf Masih, 30, do vilarejo de Shajwal foi contratado há dois meses por três homens muçulmanos para colher leite das fazendas e casas vizinhas.

Em janeiro, após ter trabalhado por um mês Ashraf foi pegar o salário. Porém, seus patrões, os irmãos Muhammad Arfan e Muhammad Nadeem, e o sobrinho deles Muhammad Imran, disseram que iriam pagá-lo por dois meses de trabalho somente após mais um mês.

Como a necessidade de sustentar sua família se tornou muito urgente, Ashraf retornou em 1º de fevereiro e mais uma vez exigiu o seu salário.

Os três muçulmanos, segundo dizem, responderam com raiva ao pedido de Ashraf, dizendo: “Você é um esai (um termo depreciativo para cristãos) e exige seu pagamento de muçulmanos, que coragem! Nós vamos acabar com você agora mesmo. Então vá para o seu Esa (Cristo), Ele vai te dar tudo”.

Os três muçulmanos mataram Ashraf Masih e depois fugiram.

Babu Victor, um membro da igreja católica no Paquistão, disse para o ICC que uma solicitação formal foi feita a polícia para investigar o caso. A polícia começou a investigação, mas ainda não encontrou os assassinos.

Tradução: Eliane Gomes dos Santos


Fonte: Christian Today