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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Assassinatos em Malatya tem possível ligação a grupo terrorista

TURQUIA (39º) - O tribunal turco acusou mais dois homens de promover o assassinato de três cristãos em Malatya em 2007 – um antigo voluntário que trabalhava na editora cristã, onde eles foram assassinados, e um ex-jornalista são suspeitos de se filiarem a um grupo que tentou forjar um golpe policial.

As prisões aumentaram as evidências sobre a crença de que os assassinatos não são resultado apenas de cinco jovens problemáticos incitados pela ira de religiosos e nacionalistas, mas de um vasto plano de criar caos no país e matar pessoas especificas.

O juiz ordenou a prisão do jornalista Varol Bulent Aral, 32, no dia 4 de fevereiro, sob suspeita de promover o assassinato. O tribunal de Malatya intimou Aral várias vezes para testemunhar sobre sua participação nas mortes, mas ele não compareceu até outubro, quando foi preso por outras acusações.

Advogados representando familiares das vítimas acreditam que Aral incitou o suspeito de ser o cabeça do grupo responsável pelos ataques e assassinatos, o convencendo que os missionários estrangeiros estavam conectados ao Kurdistan Worker’s Party, uma organização terrorista.

Aral está ligado ao Ergenekon, uma cabala ultranacionalista de generais aposentados, policiais, jornalistas e membros da máfia sob investigação por conspiração em vários assassinatos. Cerca de 100 pessoas ligadas à rede foram detidas desde julho de 2008.

O advogado Erdal Dogan disse para o diário nacional Taraf que a prisão de Aral era um importante passo no processo, embora insuficiente.

“No início, este suspeito poderia ser incluso no caso como um instigador de assassinato,” ele disse, “Esta pessoa tem uma conexão interna (com o assassinato), e as forças de segurança também sabem disso.”

Nove homens estão sendo acusados como assassinos. Sete deles estão na cadeia, mas Mehmet Gokce e Kursat Kocadag ainda não foram detidos.

Indicado antigo funcionário da Zirne

Huseyin Yelki, 34, um turco que trabalhava para uma organização cristã, foi preso na segunda-feira, 9 de fevereiro, após a suspeita de ser o líder do grupo.

Yelki é um antigo trabalhador voluntário da Zirve Publicações em Malatya, lugar da tortura brutal e assassinato de dois cristão turcos, Necati Aydin e Ugur Yuksel, e um alemão, Tilmann Geske, em 18 de abril de 2007. Na última semana, Gunaydin apelou em seu favor, informando que Aral e Yelki trabalharam juntos para realizar o ataque.

“Emre Gunaydin deu uma descrição muito detalhada sobre sua colaboração com Huseyin Yelki, e está de acordo com outras evidências do julgamento” disse Orhan Kemal Cengiz, que lidera o time de advogados. “Nós já sabemos Yelki estava conectado também a Varol Bulent Aral”.

Com relação aos possíveis motivos que Yelki pode ter tido para se envolver nos assassinatos, os advogados disseram que ainda era muito cedo para saber.

Os advogados disseram que estão otimistas, pois a prisão dos dois homens fornecerá respostas importantes a muitas questões com relação a verdadeira identidade do cabeça do grupo.

Tradução: Eliane Gomes dos Santos

Fonte: Compass Direct

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cristãos indígenas sofrem perseguição no Vietnã


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida no Vietnã
VIETNÃ (23º) - Os cristãos de Degar Montagnard e outros convertidos em diversas áreas do Vietnã enfrentaram grande perseguição após a morte de um camponês cristão.

Siu Krot, 65, foi morto em sua fazenda, depois de recusar vender sua terra. As autoridades locais pressionam os cristãos indígenas a vender suas terras abaixo do preço de mercado. A lei vietnamita foi cuidadosamente preparada para matar os cristãos indígenas, mas proteger os vietnamitas nativos.

No caso de Krot, um grupo da polícia e alguns civis esperaram por ele e pediram para que vendesse sua fazenda para eles. Quando Krot se recusou, o sequestraram e o mataram, açoitando Krot na cabeça, testa, nariz e queixo, até ele morrer.

Alguns missionários sugerem que o incidente é parte de algo maior, que tem como alvo os cristãos das áreas rurais. Em algumas províncias, os convertidos são perseguidos não só pelo governo, como também por budistas.

Há alguns anos, mais de 300 pastores tribais foram presos, ou simplesmente desapareceram. Fontes afirmam que milhares de cristãos de Degar Montagnards estão em diversas prisões, a maior parte por realizar atividades cristãs ou tentar sair do país.

Muitas casas foram destruídas e incendiadas, e os cristãos foram presos e torturados.
Diversos pastores foram condenados de três a onze anos de prisão por “pregarem o evangelho”. Muitos deles estão doentes e alguns já faleceram na prisão.

Ainda é muito difícil para as igrejas tribais funcionarem. Para serem “legais”, precisam se registrar no governo e receber uma permissão oficial para atividades cristãs. Isso permite que o governo controle e monitore as igrejas.

Apesar das dificuldades, os missionários notaram uma “mudança repentina” nas atitudes das autoridades em relação aos cristãos.

“Nosso ministério aproveitou esse tempo de ‘liberdade’ para viajar até áreas remotas. Uma das experiências mais impactantes foi a possibilidade de falar em lugares onde antes era proibido cultuar ao Senhor”, afirmou um missionário.

Enquanto o Vietnã passa por algumas reformas, os grupos de ajuda humanitária dizem que as autoridades estão fartas de permitir a propagação do cristianismo.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: BosNewsLife

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Jornalista tenta, com testemunho, despertar o interesse dos evangélicos pela igreja perseguida

Excelente público prestigiou o testemunho do jornalista escocês e escritor Ron Boyd-Macmillan na noite deste domingo (22), em mais uma grande concentração noturna do XI Encontro Para a Consciência Cristã. O evento está sendo realizado pela Visão Nacional Para a Consciência Cristã – VINACC, em Campina Grande, na Paraíba.

Ao discorrer sobre o tema A Realidade da Igreja Perseguida, Ron Boyd-Macmillan relatou fatos que marcaram a sua vida durante o período em que acompanha a perseguição contra a igreja evangélica.
Em certo momento de seu testemunho ele chamou a atenção da igreja presente para se inteirar cada vez mais do que está acontecendo aos “irmãos” que estão pagando um alto preço para anunciar as Boas Novas em países fechados para a palavra de Deus.

E um meio através do qual os brasileiros poderão tomar ciência da perseguição contra a igreja do Senhor Jesus Cristo é a Missão Portas Abertas, que está presente ao Encontro Para a Consciência Cristã trazendo informações e se colocando à disposição dos interessados em saber o que acontece contra a igreja.

Ron Boyd-Macmillan continuará em Campina Grande uma vez que está sendo o preletor do I Seminário Paraibano Sobre a Igreja Perseguida, evento paralelo do Encontro Para a Consciência Cristã, que é coordenado pela Missão Portas Abertas-SP.

CANTORES

A noite da Consciência cristã foi recheada de muitas novidades na parte de louvor. Na Representação do Tabernáculo Bíblico se apresentaram: Banda Êxodo, André Oliveira-MG, o poeta-repentista Zé Claudino e o coral Robert Keley, da Igreja Congregacional Central.

Já no palco montado na Praça de Alimentação, a principal atração da noite foi Miguel Sanfoneiro e banda, de João Pessoa. Outros também entoaram louvor ao Senhor: Maurizélia Braga, Chamas Pentecostais, Os Filhos da Promessa, de Bayeux-PB; a dupla de violeiros João Luiz (Patos-PB) e Chagas Vitorino (Jericó-PB).

Da Redação

Fonte: VINACC

Cristãos são deportados por orar em igreja


BELARUS (44º) - Dois cidadãos dinamarqueses, Erling Laursen e Rolf Bergen, foram deportados da Belarus por participarem de um culto na igreja Living Faith, em Gomel.

A Belarus está localizada na Europa, a leste da Polônia. Gomel fica na parte sudeste do país, perto da fronteira com a Ucrânia.

De acordo com um jornalista, nenhum dos dinamarqueses liderava o culto. “Estávamos lendo a Bíblia e conversando, cumprimentando as pessoas, orando juntos. Então, a polícia entrou e nos levou para a delegacia”, disse Laursen. “Eles disseram que infringimos a lei, pois estávamos propagando idéias religiosas.”

A ordem de deportação de Bergen, em sete de fevereiro, afirma que ele expressou “idéias de natureza religiosa”, apesar de não ter sido chamado a Belarus para tal. Alega-se que eles violaram a lei de restrição religiosa de 2002, mas nenhum artigo foi citado.

Essas deportações aumentam para 31 o número de cidadãos estrangeiros banidos recentemente da Belarus por causa de suas atividades religiosas. No final de 2008, quatro padres poloneses e três freiras perderam seu direito de continuar o trabalho religioso que realizavam.

“Cristãos de outros países europeus podem visitar uns aos outros livremente, orar juntos, apoiar um ao outro. As igrejas em Belarus precisam muito disso”, afirma Dmitry Podlobko, pastor da igreja Living Faith.

Os dois dinamarqueses foram banidos de Belarus por um ano. Ambos deixaram o país na segunda quinzena de fevereiro.

Quando estavam na delegacia, os cidadãos dinamarqueses viram a “prova’ de suas atividades ilegais. Era um pequeno vídeo de celular que mostrava Laursen orando com outro membro da congregação. Os policiais alegaram que havia uma testemunha contra Bergen, mas que não iriam revelar a identidade da testemunha ou da pessoa que gravou o vídeo.

“Eu estava no púlpito, convidando as pessoas para orar. Quando as pessoas começaram a orar juntas, o fiquei incomodado ao ver que alguém estava usando o celular – eu nunca tinha visto o jovem antes” diz o pastor Dmitry.

O jovem disse que era um estudante visitando a igreja pela primeira vez, e que voltaria no dia seguinte. Os policiais entraram no templo logo após o culto de sábado, assim que o jovem saiu. “Eu não sei se ele era da KGB, mas não é novidade que os órgãos de segurança estão nos vigiando. Eles nos visitam e assistem aos cultos secretamente”, diz o pastor.

O governo da Belarus impõe restrições severas aos obreiros estrangeiros. Eles precisam de uma permissão especial do estado para liderar trabalhos religiosos, só podem se reunir em determinados lugares e devem dominar as línguas faladas no país.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: ANS

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Líderes presos em Henam são soltos

CHINA (12º) - Mais de 60 líderes de igrejas não-registradas na China e dois pastores sul-coreanos foram presos pela polícia em Henan em 11 de fevereiro de 2009.
Os líderes saíram de suas províncias para irem a um seminário. Todos eles são cristãos evangélicos de grupos diferentes, e os dois pastores sul-coreanos eram palestrantes.

Mais de 30 policiais do escritório de segurança pública invadiram o local de reunião, prenderam todos os cristãos e os levaram para o hotel Nanyang Jingda.

A polícia tomou todos os objetos pessoais dos cristãos, inclusive dinheiro, celular, bolsas, livros e outros, mas os líderes não receberam o recibo dos itens confiscados. Todos tiveram que se registrar, e, só então, alguns anciãos foram liberados.

As autoridades de Nanyang intimaram os policiais de cada província natal dos presos, e eles escoltaram os cristãos de volta para suas cidades, para serem julgados lá. Os dois pastores sul-coreanos foram expulsos da China por “se envolverem em atividades religiosas ilegais”, e estão proibidos de entrarem no país pelos próximos cinco anos.

Em 16 de fevereiro, mais dois líderes foram soltos, mas quatro continuavam presos.

No entanto, devido à grande pressão da mídia mundial, os últimos quatro líderes que ainda estavam presos em Henan foram soltos em 24 de fevereiro.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: ANS

Cristã paquistanesa sofre ameaças do marido muçulmano


PAQUISTÃO (13º) - Um grupo de direitos humanos soube que um muçulmano paquistanês sequestrou sua mulher e filho recém-nascido para forçá-la a se converter ao islã. Ele tomou essa atitude depois de ter prometido, no casamento, que deixaria a mulher praticar sua fé livremente.

De acordo com uma reportagem do International Christian Concern, Ghulab Masih, pai da cristã sequestrada disse temer que sua filha pagaria o preço mais alto por sua fé, enfrentando tortura e até a morte nas mãos de um marido abusivo por recusar a se converter ao islã.

A filha de Ghulab se apaixonou por um muçulmano e se casou sete anos depois, apesar das objeções do pai. Kiran Bibi não planejava se converter ao islã, e casou com Muhammad Jawad Khan sob o entendimento de que os dois poderiam cultuar e viver de acordo com suas respectivas religiões.

O casal começou a brigar depois do nascimento de seu filho. Kiran gostaria que seu filho fosse batizado com um nome cristão, e criado para ser pastor. No entanto, Khan queria que o menino fosse criado como muçulmano.

A disputa abalou o casamento, e o casal começou a discutir constantemente. Khan se recusou a respeitar a religião de sua esposa, e começou a pressioná-la. Ele a ameaçou de morte e disse que se ela se recusasse a se converter ao islã, ele sequestraria seu filho.

“Minha filha e meu neto vieram para minha casa depois de abandonar o marido em 30 de janeiro”, disse Ghulab. “Mas essa atitude enfureceu meu genro muçulmano, e ele tentou, diversas vezes, levá-la de volta para casa.”

Na noite de oito de fevereiro, Khan e três companheiros invadiram a casa de Ghulab armados, e levaram Kiran e seu filho, à força, para um local desconhecido.

Zaheer Masih, irmão de Kiran, disse que a polícia recusou registrar o acontecido, dizendo que era somente uma “briga” de marido e mulher, e que não deveriam interferir. Até o momento da reportagem, Kiran ainda estava desaparecida e ninguém de sua família sabia sobre ela.

O ICC afirma: “Infelizmente, essa situação é muito comum no mundo muçulmano. Os homens seduzem as mulheres ao prometer que respeitarão a religião escolhida por elas, mas depois de alguns anos, voltam atrás e começam a pressionar suas esposas cristãs a virarem muçulmanas. Alguns até pagam para “convencê-las” a se converterem ao islã, e tomam medidas extremas para ter certeza de que farão isso”.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: International Christian Concern

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Abalo global

Missões que atuam no cenário internacional são severamente abaladas pela crise.

Desde os últimos meses do ano passado, uma única palavra – crise – é a mais repetida mundo afora. Abalado pela quebradeira do sistema financeiro dos Estados Unidos, o mundo entrou em 2009 resignado em enfrentar um período duro, como não se via há pelo menos uma década. Em todas as latitudes, em maior ou menor grau, as economias têm suas bases afetadas pela perspectiva de uma recessão prolongada. “Uma recessão começa quando investidores acreditam que a hora não é boa para investir e os consumidores crêem que a hora não é boa para consumir”, resume Gustavo Patú, jornalista especializado em economia. “E, na tentativa de proteger sua riqueza, todos empobrecem.”

A crise já afeta todos as áreas da economia e, mais que isso, prejudica tremendamente o chamado Terceiro Setor, onde se inclui o trabalho missionário. As missões que dependem de envio de dinheiro para fora do país estão tendo suas atividades severamente dificultadas pela nova conjuntura global, principalmente devido à alta do dólar. A moeda americana, que até outubro passado, tinha um câmbio que não ultrapassava R$ 1,60, entrou em 2009 cotado na base de 2,5 reais. “Nossos obreiros estão sofrendo muito”, lamenta o diretor da Missão Horizontes, David Botelho. Segundo ele, para manter o poder de compra das remessas de dinheiro enviadas para os missionários no exterior, seria necessário um aumento da ordem de 50% – algo impensável no momento, quando mantenedores pessoais e instituições doadoras também se debatem sob os efeitos da crise. “Infelizmente, neste contexto, o missionário se torna o supérfluo a ser cortado”, lamenta Botelho.

Não é a primeira vez que a Missão Horizontes, uma das mais respeitada agências especializadas em evangelismo transcultural do país, passa por apertos devido a crises cambiais. O pastor Botelho lembra que, entre os anos de 2001 e 2002, o dólar americano deu um pulo, passando de pouco mais de R$ 1,80 para mais de 4 reais. Justamente naquela época, a agência estava empenhada no Projeto Radical Janela 10-40, mantendo 96 obreiros naquela imensa região imaginária que abrange as nações menos evangelizadas da Terra, entre a África e o Extremo Oriente. “Eu estava em Cingapura e a cada dia olhava na internet o valor do dólar, que somente subia”, lembra o diretor. “Pensamos que nossa organização iria à bancarrota, pois chegamos a ficar com um déficit de R$ 270 mil no cartão de crédito”. Ele não tem dúvidas: “Foi o Senhor que teve misericórdia de nós para a Horizontes não falir.”

Contando prejuízos – Até mesmo os projetos e as missões que contam com doações em dólar começam a temer a crise. O Fundo Cristão para Crianças (CCF, na sigla em inglês) é um exemplo. A organização internacional desenvolve no Brasil programas voltados para a educação, saúde, meio ambiente e geração de emprego e renda em 760 comunidades rurais e urbanas do país. Suas ações são patrocinadas por meio de doações, parcerias com empresas, fundações e institutos e, principalmente, através de apadrinhamento de crianças e adolescentes em situação de risco social. Atualmente, o Fundo Cristão para Crianças conta com cerca de 65 mil padrinhos, sendo que quase 56 mil são estrangeiros.

Beatriz Debien, responsável pela Rede de Comunicação de Resultados da organização, esclarece que não é a alta do dólar o fator que compromete a operação da entidade no Brasil, já que a maior parte dos mantenedores têm seus donativos fixados na moeda americana. “A preocupação maior está na crise mundial, pois, a partir do momento que ela atingir o chamado consumidor final, pode influenciar no apadrinhamento de crianças e adolescentes brasileiros”, teme a assessora. “No setor agrícola, por exemplo, existe a opção de aumentar ou diminuir a produção conforme a movimentação do mercado financeiro mundial. Porém, no Terceiro Setor, isso não é possível”, aponta. “Os programas do órgão não podem ampliar e, pouco tempo depois, cortar o número de crianças e famílias atendidas pelos projetos sociais patrocinados pelo seu sistema de apadrinhamento”, lembra Rodrigo Leite, coordenador de Marketing e Mobilização de Recursos do Fundo Cristão para Crianças.

Até o momento, o CCF afirma que ainda não tem registros que alertem para o aumento de cancelamentos de padrinhos estrangeiros em função da crise. “Mas estamos monitorando nossos indicadores para o caso de haver necessidade de adotar medidas estratégicas”, explica Karina Miranda, assistente do setor responsável pelo relacionamento entre padrinhos e crianças. A organização acredita que, se houver uma maior adesão de mantenedores, empresas e parceiros brasileiros à causa, poderá se prevenir contra o impacto que pode vir a ser causado pela crise mundial.

Panorama sombrio – Especulações são feitas a todo momento acerca de quanto tempo ainda durará a crise. Os economistas parecem concordar que, para tanto, a economia americana precisa primeiro voltar a crescer novamente e sair da recessão. Todavia, nem mesmo os mais otimistas prevêem que isso possa ocorrer antes do fim de 2009. Enquanto isso, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE) sinaliza, em relatório, que o número de desempregados no mundo deve aumentar entre 20 a 25 milhões de pessoas até 2010 por conta da crise econômica.

O panorama é sombrio. Segundo a organização, a maioria dos países vai enfrentar uma recessão severa e prolongada, que pode se estender além desta década. Na mesma toada, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que a crise global possa acarretar um recorde histórico de mais 210 milhões de pessoas desempregadas até o fim deste ano, um desastre social de consequências imprevisíveis.

Em meio a tantos números e estimativas assustadores, ainda existem os que preferem confiar em outras forças além do mercado. O diretor da Missão Josué, Charles Eduardo, sabe que a disparada do dólar e a recessão dificulta o envio e a manutenção de missionários no campo, mas crê que o Senhor vai continuar suprindo as necessidades de sua organização. Ele é categórico: “O dono da obra é Deus. Cremos na sua providência”, vaticina. O diretor da Missão Horizontes também acredita que é preciso recorrer ao socorro do alto. “É hora de orar por um milagre para os missionários brasileiros”, apela David Botelho.
Fonte: Cristianismo Hoje

Igrejas chamadas a confrontarem “crise moral” na economia mundial

A Igreja precisa de ser a voz profética que enfrenta a crise moral subjacente à crise económica mundial, expressaram os líderes eclesiásticos globais na semana passada numa audiência pública.

“O Capitalismo diz-nos que, para sermos mais, temos de ter mais”, disse Miguel d’Escoto Brockmann, um padre católico da Nicarágua, no evento acolhido pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) a 19 de Fevereiro, em observância do Ano Internacional da Reconciliação das Nações Unidas.

“Mas onde estão as vozes proféticas das igrejas neste tempo?”, perguntou, desafiando os cristãos a “atreverem-se a se expressarem” contra ideias que contradizem ensinamentos cristãos.

O Rev Dr. Setri Nyomi, Secretário-Geral da Aliança Mundial das Igrejas Reformadas, também falou sobre a ganância durante o evento, destacando as tensões e divisões causadas por desigualdades económicas no mundo.

“Enquanto a ganância manifesta e encoberta detiver um sistema económico que empobrece as pessoas em tantas partes do mundo, a humanidade continua a construir sociedades cada vez mais fragmentadas”, avisou Nyomi, teólogo do Gana, de acordo com um relatório da AMIR.

Ele atribuiu o aumento dos crimes de ódio contra minorias em vários países a inseguranças financeiras.

“Os imigrantes e as minorias em comunidades abastadas tornam-se os alvos de ódio e de exclusão”, disse Nyomi.

A cicatrização das divisões tem sido fonte de preocupação crucial para o Conselho Mundial de Igrejas, que patrocinou a audiência pública na semana passada para destacar o contributo das igrejas para o Ano Internacional da Reconciliação, proclamado pelas Nações Unidas para 2009.

Para o evento de Quinta-feira, o organismo ecuménico cristão reuniu um painel de quatro líderes cristãos de diferentes continentes proveniências confessionais para partilharem as suas experiências nos processos de reconciliação, incluindo Brockmann, Nyomi, o Arcebispo Silvano M. Tomasi, observador permanente da Santa Sé para as Nações Unidas e Agências Especializadas em Genebra, e a Dra. Rev. Margaretha Hendriks-Ririmasse, vice-moderadora do Comité Central do CMI.

Durante a audiência pública, Nyomi reparou como até mesmo as igrejas estão divididas devido à crise económica.

Com diferenças de opinião e de análise sobre a forma como a recessão económica pode ser reparada, os cristãos “começam a considerar-se uns aos outros em termos de direita ou esquerda, liberal ou conservador”, disse ele.

“Por isso, em vez de operarmos em conjunto, como cristãos, tratando dos males que levam à injustiça, vivemos essas divisões, enquanto muitos morrem como resultado de arranjos económicos mundiais”, criticou o líder da igreja reformada.

Mas Nyomi considera que face à crise e divisão, a Igreja será capaz de encontrar novas maneiras para enfrentar os desafios das desigualdades económicas globais. Ele lembrou como as igrejas membro da AMIR se comprometeram a trabalhar por uma economia mais justa, com um acordo de 2004 chamado “Confissão Acra”, que afirma: “Cremos que a integridade de nossa fé está em jogo se permanecermos em silêncio ou se recusarmos agir em vista do actual sistema de globalização económica neoliberal.”

Agora, acrescentou, não é “tempo para lamentações”.

Fonte: Diário Critão / Gospel+

Conselho reafirma posição sobre verdadeiro casamento

O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa emitiu ontem uma nota pastoral, intitulada Em favor do verdadeiro casamento, onde que se lê como ponto primário: “A verdade da vida humana assenta na complementaridade do homem e da mulher.”

Numa altura em que “veio a público recentemente a intenção de, na próxima legislatura, ser proposta à Assembleia da República uma lei que equipare as uniões homossexuais ao casamento das famílias constituídas na base do amor entre um homem e uma mulher”, os bispos portugueses decidiram defender “os valores que se encontram na base do nosso modo de viver, entre os quais o casamento e a família têm um lugar privilegiado.”

“É [a] complementaridade dos sexos […] que está na base antropológica da família. Só assim esta pode desempenhar a relevantíssima função de célula base da sociedade, que assegura a sua renovação harmoniosa”, explica a nota.

A CEP rejeita a redefinição dos conceitos tradicionais de casamento e família; “Pretender redefini-los seria porta aberta para diversos modelos alternativos à sua autenticidade genuína, o que constituiria fonte de perturbação para adolescentes e jovens, com a sua identidade em estruturação, e enfraqueceria a instituição da família”, que, segundo o Conselho Episcopal, é “fundada no casamento entre um homem e uma mulher”.

No entanto, o documento faz questão de esclarecer que a Igreja não aceita forma alguma de “discriminação ou marginalização das pessoas homossexuais”, dispondo-se a “acolhê-las fraternalmente e a ajudá-las a superar as dificuldades que, em não poucos casos, acarretam grande sofrimento.”

Além de recusar a possibilidade da “união entre pessoas do mesmo sexo ser equiparada” ao “casamento entre um homem e uma mulher”, a Conferência Episcopal Portuguesa rejeita também uma eventual lei que “permita adopção de crianças por homossexuais”, o que, segundo a CEP, “constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela de toda a sociedade, colocando em causa o seu equilíbrio.”

Fonte: Diário Cristão / Gospel+

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Violência sem fim

Bispos indianos denunciam que comunidade cristã ainda é perseguida no Estado de Orissa, onde mais de mil já morreram.

Os 120 bispos da Índia concluíram ontem sua Assembléia Plenária com um tributo aos cristãos perseguidos em Orissa, Karnataka e outras regiões da Índia, a quem consideram “heróis da fé e do patriotismo”. A comunidade cristã naquela região sofreu um massacre por parte de radicais hindus, entre agosto e dezembro do ano passado. Estima-se que mais de mil pessoas tenham sido mortas e há dezenas de milhares de desalojados pela onda de violência religiosa.

A reunião dos clérigos da Conferência Episcopal Indiana contou com a presença do núncio apostólico (embaixador) da Santa Sé no país, D.Pedro Lopes Quintana. Segundo ele, diante da situação de perseguição vivida nos últimos meses, é fundamental promover o diálogo interreligioso na Índia. A Conferência publicou no sábado passado, 14 de fevereiro, um informe do ativista cristão John Dayal, presidente do United Christian Forum for Human Rights, no qual adverte que a situação em Orissa está longe de ser resolvida, já que milhares de cristãos ainda não puderam voltar a suas casas. O último episódio de violência relatado aconteceu Daringabadi (Kandhamal) em 11 de fevereiro. Segundo os relatos, uma multidão de radicais assaltou a casa de uma mulher cristã e espancou seu filho único por ele ter se negado a converter-se ao hinduísmo, religião professada por 80% dos indianos.


Fonte: Cristianismo Hoje

(Com informes da Missão Portas Abertas)

Cristãos querem participação na reconstrução do Iraque


IRAQUE (16º) - Um grupo de cristãos reunidos no Líbano declarou que pessoas de sua fé estão no Iraque desde o nascimento da nação, e não são apenas uma minoria, e sim parte essencial da sociedade e história da civilização.

“Como filhos autênticos desta terra, eles têm o direito de viver livremente e desfrutar dos mesmos direitos e responsabilidades que outros cidadãos”, disse um dos líderes após uma reunião no Líbano.

“A solução para as condições atuais está em não afastar os cidadãos do Iraque”, disse um dos participantes da reunião organizada pelo conselho mundial de igrejas. A reunião apresentou alguns desafios enfrentados pelos cristãos no país, principalmente em questões de segurança e migração forçada.

“Os cristãos estão no Iraque desde o nascimento da nação, e não são apenas uma minoria, mas sim parte essencial da sociedade e história da civilização”, afirmaram.

Alguns dos participantes da reunião já foram sequestrados no Iraque, mas apoiam os cristãos iraquianos a “permanecerem em sua terra natal, participando ativamente de sua reconstrução e desenvolvimento”. Os cristãos têm um papel importante em “construir instituições educativas e sociais, que contribuam para a reconciliação nacional, paz e estabilidade”.

No encontro, também foi pedido para que as igrejas não encorajem programas de migração e reassentamento para refugiados fora do país, mas “que direcionem seus esforços em levar a segurança e estabilidade para todos os iraquianos, mas dentro do Iraque”.

O objetivo é “Permitir que os iraquianos trabalhem juntos, sarando as feridas e construindo um futuro melhor para si”.

Os participantes ressaltaram a importância do diálogo constante entre cristãos e muçulmanos. Eles pediram que se estabelecesse um fórum ecumênico para permitir que “todos os líderes de igreja [...] falem em uma só voz para as autoridades religiosas e políticas dentro e fora do Iraque”.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: Anglican Journal

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Em 2009, Revolução no Irã faz 30 anos

IRÃ (3º) - Em fevereiro, mês que marca a volta do aiatolá Ruhollah Khomeini de seu exílio de 15 anos em 1979, comemora-se, também, os 30 anos da Revolução no Irã.

A revolução causou mudanças no país, começando com a quebra da ditadura do Xá Mohammad Reza Pahlavi. O Irã ficou mais isolado dos outros países, o que causou uma “inimizade” com os Estados Unidos. A ditadura alimentou pequenas manifestações até gerar a grande revolução, culminando em conflitos entre a polícia ditatorial e a oposição.

Os efeitos são sentidos até os dias de hoje e gera constante tensão política e social. Os jovens iranianos afirmam que a Revolução foi uma história distante, e que o país tem muitos outros problemas que devem atrair a atenção do povo.

Esse momento não é apenas para comemoração de alguns e protestos de outros. É um momento para uma reflexão sobre passado e futuro, e qual rumo dar à nação. Questiona-se ser esse o momento certo para uma mudança na política, uma modernização, uma nova relação com o ocidente. Questiona-se o continuar com as mesmas diretrizes seguidas até agora, um governo mais duro e contínuo.

Propondo uma possível “reaproximação” dos países, Obama afirmou ter a mão estendida para o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Para os cristãos, a situação após a Revolução piorou muito. A pressão e perseguição aumentaram, e muitos foram forçados a deixar o país. Apesar de as famílias cristãs iranianas terem direitos assegurados pelo governo, existem registros de perseguição, expatriação, assassinatos e prisões. Depois da morte de Haik Hovsepian Mehr, bispo da igreja Jammiat-e-Rabboni, uma das principais do país, os cristãos iranianos têm recebido atenção internacional.

Embora os iranianos afirmem que a cultura está mais “relaxada” nesses 30 últimos anos, ao observarmos a nova Classificação de países por perseguição vemos que o país prossegue ocupando o terceiro lugar da lista, o que demonstra a grande perseguição que nossos irmãos enfrentam.

Como as leis do país estão baseadas na sharia (lei islâmica), há muitas restrições quanto à liberdade religiosa. Um novo código penal foi aprovado em setembro de 2008, estabelecendo uma nova pena para os chamados “apóstatas” (aqueles que deixam o Islamismo por outra religião). A partir da data de aprovação, quem abandonar o islã será executado ou receberá pena de prisão perpétua.

Ore para que não somente nesse mês, mas em todo o ano de 2009, a lembrança constante dos 30 anos de Revolução seja uma inspiração para a reflexão e abra espaço para uma mudança no que se refere à liberdade religiosa no país.


Missão Portas Abertas

Jovem cristão é sequestrado e torturado em Orissa


ÍNDIA (22º) - Um jovem foi sequestrado e torturado por hindus, e a polícia não tomou nenhuma atitude. Um ativista confirmou que “a situação ainda é ruim” para os cristãos, e os extremistas continuam “perambulando livremente pelas vilas”, envolvidos em atos criminosos e atacando pessoas, sem nenhuma ação policial.

Em Daringabadi, uma vila do distrito de Kandhamal, a polícia se recusou a registrar o desaparecimento do jovem. Ao invés disso, expediu intimações para que o cristão fosse até a delegacia, para que as acusações feitas contra ele fossem investigadas.

“Em 11 de fevereiro, um grupo hindu cercou a casa de Golyat Pradhan, exigindo que o garoto de 22 anos e sua mãe Pusra se convertessem ao hinduísmo”, disse Sajan K. George.

“Quando os dois cristãos recusaram, o grupo se enfureceu. Os fanáticos “Arrancaram o homem da casa e bateram nele cruelmente. Sem poder fazer nada, a mãe assistiu a tudo, implorando para que tivessem misericórdia de seu filho. Seu choro os irritou mais ainda, e prenderam-na dentro de casa e trancaram a porta.”

Os extremistas levaram Golyat para a vila vizinha, arrastando e batendo nele. Armados com paus, eles amarraram o jovem em um poste, perto da entrada da vila, para evitar possíveis tentativas de salvamento.

O jovem apanhou até ficar inconsciente. Duas fogueiras foram acesas próximas ao poste em que estava amarrado. A tortura continuou até tarde, quando os extremistas ligaram para a polícia informando que haviam prendido um “Maoísta”, que invadiu a vila para estuprar as mulheres.

“A polícia chegou às 10 da manhã e libertou a mãe do jovem, que conduziu os agentes para a vila onde seu filho foi levado. Lá, não havia sinal dele. Ninguém soube de Golyat desde então”, disse Sajan K. George.

Desde agosto de 2008, quando a perseguição aos cristãos cresceu em Orissa, a família Pradhan tem sido vítima de fundamentalistas.

Fontes locais disseram que a perseguição se deve ao fato de que “eles são muitos amigos de um padre, situação que tornou a família alvo primário para fundamentalistas que querem reconvertê-los ao islã”.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: Compass Direct

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Lembrai-vos dos que sofrem’

Vem aí o Domingo da Igreja Perseguida, campanha de oração e solidariedade aos cristãos oprimidos.

Unir os cristãos de todo o mundo em oração e solidariedade aos irmão que vivem em nações onde a fé tem seu mais alto preço. Este é o objetivo do Domingo da Igreja Perseguida, campanha fundada pelo missionário holandês Ann Van der Bilt, o célebre Irmão André, fundador da missão Portas Abertas. A data varia a cada ano, pois é marcada para o domingo seguinte ao de Pentecostes. Esse critério foi adotado porque, no relato bíblico de Atos 4, o início da perseguição aos cristãos aconteceu logo após a descida do Espírito Santo, com a prisão de Pedro e João. Simbolicamente, pode-se dizer que aquele episódio foi uma espécie de “fundação” da Igreja Perseguida. Agora em 2009, o Domingo de Intercessão acontece no dia 7 de junho.

“A reunião dos cristãos brasileiros em torno desta data é uma forma de mostrarmos aos nossos irmãos perseguidos que nos importamos com eles, pois somos parte de um mesmo Corpo”, afirma Douglas Monaco, secretário-geral do escritório nacional de Portas Abertas, em São Paulo. A organização atua no país desde 1978, encorajando igrejas, levantando recursos para crentes e igrejas que vivem em países onde há perseguição e distribuindo literatura e informação geral sobre o tema, além de outras atividades. Portas Abertas elabora todos os anos o “ranking da perseguição religiosa”, listando os países que mais oprimem a igreja e a obra missionária.

Com o objetivo de ampliar o número de pessoas que conhecem e agem em favor dos cristãos perseguidos, a Missão Portas Abertas já abriu inscrições para os interessados em organizar o evento em suas igrejas. Quem quiser conhecer mais sobre a campanha e receber gratuitamente o material informativo sobre o evento pode acessar o site www.portasabertas.org.br.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Escrevendo a Bíblia

Cerca de 500 mil pessoas estão copiando à mão 29 exemplares do Livro Sagrado, que serão expostos em bibliotecas públicas

Adriana Prado

A senhora gostaria de escrever a Bíblia?" A aposentada carioca Esther Marques Monteiro, 83 anos, comprava um presente para uma amiga quando foi surpreendida pela inusitada proposta. O convite foi feito por um funcionário do Centro Cultural da Bíblia, no Rio de Janeiro, onde está instalado um scriptorium da Bíblia Manuscrita, projeto da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB). Esther topou e acabou sendo "presenteada", como faz questão de ressaltar, com a responsabilidade de escrever um livro inteiro do Antigo Testamento, o Primeiro Reis. Isso porque sua letra foi considerada muito bonita. Entre uma atividade e outra, Esther, que também é bibliotecária voluntária da Igreja Evangélica Fluminense, conseguiu copiar toda a obra em cerca de um mês. E sem muitos erros. "Tinha que ficar calculando o que caberia em cada linha, porque não é permitido separar as sílabas das palavras na troca de linhas. Fica feio", conta. "Me senti privilegiada, porque compreendi o que estava escrito de outra forma, mesmo já tendo lido a Bíblia mais de uma vez", acrescenta. Mas por que alguém reescreveria o Livro Sagrado artesanalmente?

A iniciativa é para comemorar os 60 anos da SBB, mas o objetivo é despertar a atenção de quem não é leitor da Bíblia. Com a ajuda de voluntários de todo o País - ao todo, são 500 mil copistas -, serão feitas " 29 cópias artesanais do Livro Sagrado. Depois, serão doadas a bibliotecas públicas estaduais e ficarão em exposição permanente. O resultado final será curioso: um livrão com diversas caligrafias recontando as Escrituras Sagradas.

Cada pessoa transcreve, em média, dois versículos. Para evitar repetições ou omissões, a transcrição dos copistas é sempre acompanhada por um orientador. Errinhos de escrita são resolvidos com o bom e velho corretivo. Bem artesanal mesmo. E o papel e a caneta são especiais e padronizados.Dez Estados, entre eles Rio Grande do Sul e Alagoas, já finalizaram seus livros. A maioria, como Rio e São Paulo, ainda aceita a colaboração de interessados. Qualquer pessoa pode participar. Não precisa ter letra bonita - apenas legível. Mas não é permitido escolher o trecho que quer escrever.

A fim de facilitar o trabalho, em cada Estado a entidade distribui os livros da Bíblia entre instituições parceiras, normalmente igrejas. O voluntário segue o versículo no qual seu antecessor parou. "Tenho testemunhos de pessoas que não conseguiram copiar, porque os versículos tocavam em pontos muito sensíveis da vida delas. Eu também fiquei muito emocionada, meu coração acelerou", diz a economista cuiabana Daniela Matteucci, 34 anos. Frequentadora da igreja Assembleia de Deus há 11 anos, ela incentivou a família toda a contribuir.

Na casa do músico baiano Élder Bugha, 23 anos, foi diferente. Filho de pais católicos, ele foi o único da família a transcrever três versículos do livro Primeiro Reis: "Mas eles me apoiaram, até porque é uma bênção colaborar em um manuscrito que vai ficar para as próximas gerações." De fato, há uma preocupação em fazer algo histórico. "Ao promovermos a participação das pessoas, mostramos como a Bíblia foi preservada ao longo de muitos anos, antes da invenção da imprensa. Esse esforço de preservação mostra como é grande o valor das Escrituras", explica o pastor luterano Rudi Zimmer, diretor-executivo da SBB. Além de reescrever um trecho das Escrituras Sagradas, os voluntários são convidados a fazer uma doação em dinheiro e essa arrecadação vai bancar o projeto da Bíblia protestante em braile. O valor sugerido é de R$ 1 por versículo copiado, mas muita gente dá mais. A versão do Livro Sagrado para cegos tem 38 volumes, e a católica, 45. Cada um deles custa em média R$ 40.

Uma das fontes de renda da Sociedade Bíblica do Brasil é o parque gráfico, um dos maiores do mundo na produção de Bíblias - que rende aproximadamente R$ 70 milhões por ano. Ali são impressos, anualmente, cerca de oito milhões de exemplares do Livro Sagrado, parte deles exportada para 102 países. Fundada em 1948, a SBB não tem fins lucrativos: reinveste seu faturamento na própria gráfica e também em projetos sociais. A entidade é administrada por cristãos, muitos deles líderes de igrejas protestantes e evangélicas com MBAs no currículo.

As Bíblias manuscritas ficarão prontas até o fim do ano. Uma vez encadernadas, estarão à disposição de quem quiser ler nas bibliotecas. Espera-se que desperte a atenção justamente por estar na contramão da sociedade moderna, adepta da tecnologia. "Muitas vezes, as pessoas só querem um abraço, a simplicidade. Também precisamos nos preocupar com a condição espiritual delas", afirma Walter Eidam, secretário regional da SBB no Sul do Brasil. Segundo ele, a Bíblia artesanal representa, também, a proposta de um mundo em que o esforço coletivo se sobreponha aos interesses individuais.

O sucesso das escrituras sagradas

Livro mais lido e traduzido do mundo, a Bíblia foi originalmente escrita em hebraico, aramaico (Antigo Testamento) e grego (Novo Testamento). Os manuscritos originais, no entanto, se perderam, e as melhores traduções se baseiam nas cópias mais antigas. Inventor da imprensa, o ourives alemão Johannes Gutenberg foi o primeiro a produzir a Bíblia em série. Dos 180 exemplares da Bíblia de Gutenberg (que ao todo possui 1.282 páginas), restam hoje apenas 48. Atualmente, as Bíblia têm em média 1.500 páginas.

Fonte: Isto É

Novo recorde de bíblias

Em 2008, o Ano da Bíblia, Sociedade Bíblica do Brasil alcançou a marca inédita de 5,68 milhões de exemplares.

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) acaba de divulgar os dados referentes à produção das Escrituras Sagradas em 2008. E as cifras foram recordes: ano passado, a entidade alcançou a marca inédita de 5.685.240 exemplares completos do livro sagrado distribuídos no Brasil. A esta quantidade somam-se ainda 542 mil novos testamentos, 2, 27 milhões de porções bíblicas e 190 milhões de seleções bíblicas. “É uma dádiva saber que milhões de vidas estão sendo atingidas pela Palavra de Deus”, comemora Rudi Zimmer, diretor executivo da SBB.

A este recorde soma-se outra importante conquista da Sociedade Bíblia: em novembro passado, a produção total da Gráfica da Bíblia, parque industrial da SBB inaugurado em 1995 em Barueri, na Grande São Paulo, ultrapassou a marca de 80 milhões de exemplares de bíblias e novos testamentos. Nada mau para um ano que foi consagrado pela SBB como o Ano da Bíblia. Além da distribuição no Brasil – através da comercialização e da doação de exemplares através dos vários programas sociais mantidos pela entidade –, a SBB exporta o livro sagrado para mais de 100 países, em 20 vinte diferentes idiomas.
Fonte: Cristianismo Hoje

Europa teme radicalização islâmica

Agências de segurança do bloco alertam contra recrutamento de jovens muçulmanos à jihad.

A ofensiva militar israelense desfechada entre dezembro e janeiro na Faixa de Gaza e as manifestações que ela gerou em diversas nações da União Europeia despertaram no bloco o temor de uma radicalização muçulmana. O alerta é de especialistas em segurança, que já observam uma movimentação de jovens islâmicos em países que abrigam grandes comunidades de imigrantes árabes, como Grã-Bretanha, França e Alemanha. Para o Conselho de Ministros do bloco de 27 nações, é hora de “prudência”.
As ameaças feitas pelas facções islâmicas são sempre consideradas "sérias" na França, Para Gilles de Kerckhove, coordenador de Política Antiterrorista da comunidade europeia, a estratégia lançada em 2005, visando prevenir o recrutamento de jovens por facções islâmicas como a rede Al-Qaeda, que mantêm células no continente, deve ser intensificada. Esse plano também pretende analisar as causas que levam os jovens a aderir às ideias radicais.
As prisões efetuadas há algumas semanas na Bélgica parecem ter estabelecido ligações diretas com as redes paquistanesas, confirmando a atração renovada pela jihad – a chamada “guerra santa”, que incentiva, entre outros atos, o martírio pela causa do Islã, principal motivação dos homens-bomba – de jovens vivendo na Europa. Os atentados praticados contra os sistemas de transporte na Grã-Bretanha, em 2003, e na Espanha, em 2005, traumatizaram o continente. De acordo com relatórios do Departamento de Justiça, Liberdade e Segurança da União Europeia, os principais focos de doutrinação islâmica são as escolas, as prisões e, sobretudo, a internet. Por isso, especialistas em terrorismo do King’s College, de Londres, têm incentivado os Estados-membros a desenvolver um contradiscurso capaz de enfraquecer a propaganda radical na rede.

Os relatórios também mostram uma queda significativa da idade média dos recrutados pela jihad. Daí a necessidade de uma ação no meio escolar, recorrendo claramente às noções de identidade, de cidadania e de multiculturalismo, resultando em uma formação avançada dos instrutores sobre esse tema. A Companhia Europeia de Inteligência Estratégica, sediada em Paris, destaca a necessidade de se financiar o ensino das línguas vernaculares, que se tornou um monopólio dos centros islâmicos. A ideia básica é favorecer uma cultura de massa europeia do Islã para os jovens vindos da imigração, substituindo assim a divulgação parcial e radical dos preceitos dessa religião aos jovens.


(Com reportagem do jornal Le Monde)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Eleições no Iraque são "passo a frente" para cristãos


IRAQUE (16º) - Um bispo iraquiano descreveu as eleições do país como “um passo a frente” para os cristãos perseguidos, apesar de muitos empecilhos.

Deixando claro como os votos em 31 de janeiro ocorreram sem problemas, o arcebispo Louis Sako, disse que as eleições, o maior teste para o Iraque no período pós Saddam, foi um marco muito importante sobre a necessidade de um sistema democrático.

Falando do Iraque em uma entrevista com os católicos da Ajuda humanitária para as igrejas necessitadas, o arcebispo Sako disse que a prioridade para o novo governo deverá ser a segurança, coesão social, saúde e educação.

Com as notícias de que os sunitas poderão votar (ao contrário de 2005), Sako disse que os cidadãos iraquianos finalmente assumirão “total responsabilidade” pelo país.

Ele diz que quando os resultados chegassem, seria difícil para os cristãos terem sua voz ouvida no governo e em debates políticos.

Sako enfatizou a divisão entre os políticos cristãos, que enfraqueceram sua posição. Com apenas três dos 15 lugares esperados, os cristãos correm o risco de serem ignorados.

Entretanto, o bispo continua esperançoso: “Essas eleições são positivas – definitivamente são um passo a frente. É uma experiência totalmente nova para nós”.

Ele prossegue: “Nada é perfeito. Nós, cristãos, podemos contar com apenas três cadeiras, mas já é um começo. Precisamos de muitas mudanças”.

Em novembro, o parlamento iraquiano finalmente aprovou um artigo sobre as eleições, estabelecendo seis lugares para as minorias religiosas, incluindo três para os cristãos, em Bagdá, Basra e Mosul.

Na província de Kirkuk, as eleições estão previstas para o fim do ano. Os votos são muito controversos, devido ao conflito entre árabes e curdos.

O arcebispo Sako tentou acrescentar perfis em Kirkuk, estabelecendo um “conselho cristão” composto de 30 membros, plano apoiado pelo presidente iraquiano Jalal Talabani.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Christian Today

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Jovem é espancado por distribuir literatura cristã


BANGLADESH (43º) - Participantes de uma conferência islâmica próxima a capital de Bangladesh espancaram um aluno de escola bíblica porque ele estava distribuindo literatura cristã.

Rajen Murmo, 20, juntamente com outros 25 alunos, distribuía livros entre muçulmanos perto da escola em que estuda em Uttara, a alguns quilômetros de Tongi,onde a polícia alegou que 4 milhões de muçulmanos estavam congregados. Eles se reuniram para a Bishwa Ijtema, convocação anual muçulmana com duração de três dias.

Murmo disse que um homem com uma aparência áspera em uma longa vestimenta branca, juntamente com outros homens, se aproximaram dos jovens e disseram que os muçulmanos substituíram a Bíblia pelo Quran, pois a consideravam ultrapassada.

“De repente, alguns desses homens me agarraram e me perguntaram onde havia conseguido os livros e quem havia me entregado. Eles queriam saber os endereços de meus líderes religiosos, mas eu não falei”, disse Murmo. “Se eu tivesse dado o endereço da escola bíblica, eles teriam destruído tudo. Meu silêncio os deixou muito bravos, e eles começaram a me bater. Eles me disseram que se eu não desse o endereço, iriam me matar.”

Uma multidão de mais de 50 muçulmanos chutaram, espancaram e bateram em Rajen Murmo. Uma patrulha da polícia apareceu e resgatou o jovem. Depois, a multidão persuadiu a polícia para levar Murmo para uma delegacia próxima, e Amos Deory, o diretor da escola foi até lá soltá-lo. Deory disse que os policiais demonstraram a preocupação de que, se os agentes não tivessem chegado a tempo, os muçulmanos teriam matado Murmo.

O reverendo Kiron Roaza da igreja Believers disse que os alunos distribuíam os panfletos como parte das tarefas evangelísticas. Ele disse que o espancamento foi ilegal, já que a constituição bengalesa permite que as pessoas propaguem sua fé.

Tradução: Deborah Stafussi


Fonte: Compass Direct

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Idosa cristã sai da prisão, mas marido permanece hospitalizado

CHINA (12º) - Shuang Shuying, 79, foi liberta da prisão no dia 8 de fevereiro de 2009 (saiba mais), e foi imediatamente ver seu marido doente, Hua Zaichen, 91, no hospital. Ela mandou uma carta para a ChinaAid revelando que foi torturada na prisão e agradecendo a todos os que oraram por ela e sua família. O hospital recebeu muitas ligações, faxes e pedidos de todo o mundo, e permitiu que Hua Zaichen permanecesse lá.

Ele foi proibido de receber visitantes, a não ser por membros diretos da família, e cerca de 8 policiais cercam a entrada do hospital. A casa de Hua Zaichen está sendo monitorada e o filho de Shuang Shuying, o pastor Hua Huiqi, e sua esposa são seguidos aonde quer que vão. Shuang Shuying permaneceu dois anos presa sob falsas acusações, e a maior parte do tempo foi torturada pelos oficiais. Hua Zaichen e Shuang Shuying são cristãos de igrejas não registradas e vêm sendo perseguidos pelo governo chinês há anos, pois sua família trabalha cuidando dos pobres e oprimidos, e permitindo que cristãos fiquem em suas casas. Em 8 de fevereiro, Shuang Shuying escreveu uma carta para agradecer os irmãos de todo o mundo Eu sou Shuang Shuying, 79 anos. Há dois anos, meu filho Hua Huiqi foi preso pela polícia chinesa. A fim de pressioná-lo a negar sua fé e trair seus irmãos, fui condenada a dois anos de prisão como uma refém no escritório de segurança pública. Durante minha detenção, os policiais de Pequim foram ao meu interrogatório, me ameaçando e perturbando inúmeras vezes. Eles até disseram a outras prisioneiras para tirarem minha roupa e me forçarem a permanecer do lado de fora durante toda a noite sem me deixar dormir. Sete presas se revezavam para me vigiar. Não podia me mexer mesmo quando os mosquitos me picavam, ou elas me batiam e feriam minhas mãos. Ainda tenho as cicatrizes. Os policiais me forçaram a beber minha própria urina. Me ameaçaram para que não contasse a ninguém sobre essas torturas. Ao enfrentar essas terríveis circunstâncias, orei sem cessar. Eu pedi para que Deus me desse forças. Todas as vezes que meu filho me visitava, dizia que irmãos em todo o mundo estavam orando por mim, e me sentia fortalecida e renovada para continuar a viver. Quando fui solta hoje de manhã (8 de fevereiro), visitei meu marido hospitalizado, que não me reconheceu devido à perda de consciência. Então, peço a meus irmãos e irmãs que continuem orando pela minha família. Também quero agradecer a cada um de vocês pelas orações, carinho e apoio ao meu marido, Hua Zaichen e eu. Um membro do corpo de Cristo, Shuang Shuying
Tradução: Deborah Stafussi
Fonte: China Aid Association

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Pastor na Arábia Saudita escapa de ameaças de morte

ARÁBIA SAUDITA (2º) - Um importante pastor estrangeiro na Arábia Saudita fugiu para Riyadh depois que membros do muttawwa’in, ou polícia religiosa, fizeram três ameaças em apenas uma semana.

Dois dos incidentes incluíram ameaças de morte ao pastor de igrejas domésticas na Eritréia, Yemane Gebriel. Na quarta-feira, 28 de janeiro, Gebriel fugiu para uma cidade na Arábia Saudita.

Pai de oito filhos, morou e trabalhou como motorista particular na Arábia Saudita por 25 anos, Gebriel diz ter encontrado um bilhete anônimo em seu veículo, com ameaças de morte se não deixasse o país. Em 13 de janeiro, Abdul Aziz, membro do muttawwa’in, juntamente com outros homens, tiraram Gebriel de sua van e disseram a ele para ir embora.

“Havia um bilhete em minha van dizendo: ‘Se você não deixar o país, vamos matar você”, disse Gebriel. “Três dias depois, [Aziz] disse: ‘Você ainda está trabalhando aí? Porque não saiu do país?’”

Aziz, outro membro do muttawwa’in e um policial esperaram por Gebriel logo após as 21 horas, quando discutiram com ele por cinco minutos, acusando o pastor de ser cristão e tentar mudar a religião de outros.

“Ele encerrou dizendo para Yemane sair do país ou “medidas” seriam tomadas”, disse uma fonte, que pediu anonimato por questões de segurança. Ele disse que Gebriel corria um sério risco de perder sua vida. “Em uma reunião comigo na manhã de 15 de janeiro, Yemane demonstrou estar muito assustado”, disse a fonte.

Naquela mesma noite, quatro homens mascarados – aparentemente sauditas – em um pequeno carro fecharam a van que Gebriel estava dirigindo. “Eles disseram: ‘Vamos te matar se não sair desse lugar – deve ir embora, senão matamos você’”, disse.

Depois disso, Gebriel se refugiou em um lugar seguro em Riyadh, e se consultou com alguns cônsuls de quatro embaixadas. O pastor foi para outra cidade no dia seguinte.

Em 2005, Aziz havia direcionado a prisão de Gebriel e mais 16 cristãos estrangeiros, mas devido à pressão diplomática, eles foram soltos em algumas semanas.

Gebriel, 42, liderou uma igreja com mais de 300 cristãos estrangeiros, mas devido a obrigações de trabalho, pouco mais de 150 podem se reunir regularmente na vila para o culto de sexta-feira. Ele escapou sem sua família, pois sua mulher e filhos conseguiram se mudar para o Egito em agosto de 2007.

“Agora, a congregação inteira está assustada,” disse a fonte. “Eles estão esperando uma invasão em qualquer sexta-feira – assim como em 2005. Nem a igreja, nem a polícia religiosa sabem que levamos Yemane embora.”

“Há algum sinal de que 2009 pode ser como o ano de 2005 novamente? Eu creio que sim”, diz. “A cada quatro anos, há uma restrição em Riyadh. Parece que devemos esperar que 2009 seja um ano de repressão. Entretanto, a igreja clandestina está muito mais preparada para enfrentar qualquer tipo de perseguição.”


Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Compass Direct

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Portas Abertas auxilia iniciativa da Sociedade Bíblica da Palestina


PALESTINA (42º) - “Oramos para que a paz e a esperança estejam sobre Gaza, substituindo tiroteios e mortes”, disse Nashat Filmon, secretário geral da Sociedade Bíblica da Palestina (SBP). Filmon continua:

- Conversei com um cristão em Gaza, que declarou que a situação está calma, mas em alerta. As pessoas estão começando a perceber o tamanho do estrago causado pela guerra. Um dos membros de nossa equipe teve sua casa destruída.

Um grande número de moradores de Gaza sofre com diversos problemas psicológicos devido à pressão feita pelas forças do governo, sofre com o desemprego, com o isolamento da sociedade, com um sentimento latente de insegurança e com muitas outras coisas. Muitos, inclusive crianças, estão traumatizados pela crueldade que aconteceu e ainda acontece em Gaza.

A Sociedade Bíblica deu o passo inicial para levar socorro a Gaza ao fazer parcerias com diferentes organizações, com a esperança de restaurar a comunicação e estimular as relações entre os palestinos e seus familiares, que perderam contato com eles há muito tempo.

Em resposta a esse desastre humano, social e econômico, as Sociedades Bíblicas de Israel e da Palestina lançaram a iniciativa “Standing in the gap” [NT. “fechando as brechas”], que oferece ajuda espiritual e prática para o povo de Gaza. John Fox, um obreiro da Portas Abertas Internacional diz:

- Somos muito gratos por esse excelente projeto, e estamos felizes por poder apoiar essa iniciativa. Esperamos que o socorro necessário chegue depressa, enquanto durar o cessar fogo.

A Portas Abertas Internacional está auxiliando parte do projeto nomeado “Love your Neighbor/Comfort my People” [NT. “Ame o próximo/Console meu povo”). Esse socorro emergencial alcança as famílias mais necessitadas de Gaza, mas não é aplicado somente às famílias cristãs, mas também às muçulmanos.

Antes de a guerra começar, a situação em Gaza já era ruim. A SBP relatou que no fim de 2008, além do grande desemprego, a chuva intensa inundou diversas casas.

Segundo a Sociedade Bíblica:

- Com a ajuda da Portas Abertas Internacional, pudemos socorrer muitas famílias necessitadas e devolver o sorriso aos rostos das pessoas marginalizadas. Disseram-nos: “Sabemos o quanto vocês nos amam, e confiamos em vocês. Justamente nesse momento, e mesmo operando fora de Gaza, e apesar do que aconteceu, ainda se lembram de nós e continuam a nos ajudar”!

Nesse projeto, 36 famílias foram ajudadas com cestas básicas, remédios e materiais hospitalares e as crianças receberam sapatos ortopédicos.

As famílias escolhidas sofriam com a falta de materiais e eram muito necessitadas. Basicamente, não tinham nada. Decidimos ajudar também as crianças com dificuldades de andar. Muitas delas têm esse problema desde o nascimento, mas quando tomam remédios e recebem um tratamento ortopédico contínuo, conseguem andar normalmente.

Recebemos um grande número de cartas agradecendo o trabalho em Gaza, e expressando amor e gratidão pelo contato com as organizações e institutos.

Veja algumas histórias e testemunhos:

Maria*

A família de Maria é muito pobre. Ela tem três meninos e uma menina. Essa jovem família sofre com várias dificuldades. A mãe está com câncer e o marido foi morto na Faixa de Gaza por motivos desconhecidos. Após ser torturado, o corpo mutilado do pai foi encontrado nas ruas de Gaza. Só depois de dois dias, quando Maria foi chamada para identificar o corpo, é que descobriu que seu marido havia sido assassinado.
A família está precisando de diversos itens do dia-a-dia. Eles não têm nada para comer ou beber, portanto, as crianças estão desnutridas e precisam de leite e vitaminas. Maria não possui materiais básicos para limpeza da casa.

Ela ainda sofre com o câncer, mas não pode continuar recebendo tratamento, porque com o fechamento de Gaza:

- A quimioterapia não se encontra mais disponível, ela disse. Estou com medo de morrer logo, por causa dos meus filhos.

Ela pediu que nós continuássemos ajudando seus filhos se ela viesse a morrer, principalmente sua filha mais nova. Ela disse:

- Deixo meus filhos em mãos seguras, entrego-os à Sociedade Bíblica.

Nós conhecemos essa família há muito tempo, mas ficamos chocados com o que havia acontecido com o marido dela e com as terríveis circunstâncias nas quais essa família tem vivido.

Família Saad*

Essa família é composta de cinco jovens, mas o chefe da casa é um idoso. Eles têm sofrido com o desemprego, simplesmente não possuem nada, não têm televisão, geladeira, armários, camas ou colchões.

Um dos garotos está no Ensino Fundamental, dois estão no Ensino Médio, e os outros dois jovens largaram os estudos para procurar trabalho e ajudar no sustento da família, mas só encontraram trabalhos temporários e, no momento, estão desempregados.

Nós pudemos ajudar a família com uma cesta básica e demonstramos compaixão e fraternidade.

Ahmed*

Por causa do desemprego do pai, a família desse menino vive na pobreza. Ahmed, um garoto de cinco anos, é um dos sete filhos dessa casa e sofre com um problema físico. Nós já o ajudamos no passado, mas quando a Sociedade Bíblica perdeu o querido irmão e funcionário Rami Ayyad, em 2007, tivemos que sair de Gaza.

Recentemente, a Sociedade Bíblica entrou em contato com a família novamente para verificar qual era a situação de Ahmed e fomos informados de que o tratamento que ele fazia havia sido interrompido, já que os pais não podiam pagar pelo cuidado que o menino precisava.

A Sociedade Bíblica descobriu uma solução para esse problema e comprou o equipamento necessário para ajudar essa criança e sua família. Os calçados ortopédicos necessários (um para o uso diurno e outro para o uso noturno) foram comprados, e ele terá que utilizá-los durante seis meses, assim, se recuperará de sua disfunção física.

Obrigado novamente Portas Abertas por sua ajuda e colaboração.

*O nome usado é fictício por motivos de segurança.

Tradução: Homero S. Chagas

Missão Portas Abertas

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Missões divulgam manifesto

Agências missionárias defendem sua atuação entre povos indígenas e protestam contra discriminação.


A Associação Missionária Transcultural Brasileira (AMTB) está divulgando seu manifesto em defesa da ação cristã nas aldeias indígenas brasileiras. O documento, que vem sendo elaborado desde o ano passado com apoio do Conselho Nacional dos Povos e Líderes Evangélicos Indígenas (Conplei), é uma resposta à crescente oposição, por parte de setores do governo, intelectuais e ONGs, à atividade das missões evangélicas nas áreas indígenas. O assunto tem sido tratado como discriminação religiosa, já que entidades católicas e até organizações estrangeiras, que supostamente praticam a biopirataria, não têm sido controladas com a mesma intensidade. O assunto foi tema da reportagem “Tambores de guerra”, publicada na revista CRISTIANISMO HOJE (http://www.cristianismohoje.com.br/retrancas/Tambores%20de%20guerra/35589).

O manifesto tem o apoio de 32 agências missionárias ligadas à AMTB e de mais de cinquenta denominações evangélicas. Segundo o pastor Cassiano Luz, da diretoria da entidade, trata-se de um documento oficial “em resposta às principais acusações tradicionalmente feitas às missões que atuam em área indígena”. Com o título “Presença e ação missionária evangélica entre os povos indígenas do Brasil”, o manifesto descreve quem são as agências missionárias que atuam entre os indígenas, quais os valores que defendem e que tipo de ação têm desenvolvido. Alguns dos temas tratados são “O Evangelho e a cultura indígena”, “A realidade cultural indígena e os processos de mudança social” e “Legalidade da presença missionária entre os índios”. O histórico do relacionamento – nem sempre amistoso – entre as missões e a Fundação Nacional do Índio (Fuani) também é mencionado.

“A aproximação e conhecimento do Evangelho e valores bíblico-cristãos contribuem para uma reflexão interna em algumas sociedades indígenas, gerando mudanças voluntárias e desejadas”, frisa o manifesto. “Se as culturas são móveis e mutáveis, por que as mudanças provocadas a partir do conhecimento dos valores cristãos e do Evangelho despertam tantas e tão violentas reações quando se trata de culturas indígenas?”, questiona a AMTB.

Em outro trecho, as missões mencionam os serviços que prestam aos povos indígenas, muitos dos quais suprem carências que não podem ser atendidas pelo poder público: “Em diversas áreas indígenas, as missões evangélicas atuam fortemente na promoção de boa saúde, educação e dignidade, sem um envolvimento direto com a evangelização. A ação social é autojustificável. A confusão entre catequese e evangelização, mais uma vez, se faz presente aqui. Enquanto a catequese ocorre de forma impositiva e coercitiva, a evangelização se dá, também, por meio de atos de amor, que motivam as ações que tentam minimizar os sofrimento humano.”
O documento também explica as motivações das entidades evangélicas: Sobre nossa motivação, de fato é cristã. Enquanto ONGs humanistas atuam sem dificuldade junto aos povos indígenas em nosso país, sentimo-nos discriminados por termos, na raiz de nossa motivação, o amor de Deus por todo homem. A ação missionária tem, como motivação e centro, a postura de Jesus diante dos necessitados, que lhes apresenta o Evangelho e também lhes atende em suas necessidades pessoais. Com isso, o movimento missionário vislumbra minimizar os males sociais entre populações indígenas.”

“Atualmente, a Igreja Evangélica tem repensado cada vez mais o seu papel como agente de transformação social”, continua o texto. “Numa visão de Evangelho integral, iniciativas e projetos surgem a cada dia, por isso é natural que tais iniciativas contemplem também os povos indígenas”. Em outro trecho, a AMTB critica parte da política indigenista nacional: “Lamentamos que a linha de isolamento da política indigenista seja uma barreira para que recursos humanos, materiais e de tecnologia social, oriundos dos segmentos evangélicos, possam chegar aos indígenas que, como seres humanos e brasileiros, têm direitos e necessidades.” As missões lembram ainda sua capacidade para colaborar com ações dos órgãos oficiais em favor dos povos indígenas: “Infelizmente, a inexistência de convênios formais impede que milhares de atendimentos realizados pelos missionários constem nos relatórios oficiais.”

Fonte: Cristianismo Hoje

Pr. Estevam Fernandes é confirmado na pré-abertura da Consciência Cristã-2009

O pastor Estevam Fernandes (Foto), da 1ª Igreja Batista de João Pessoa, será o pregador do Encontro de Famílias, no encerramento da 5ª versão do Projeto Jonas, dia 14 de fevereiro, no Parque do Povo. O evento marca a pré-abertura do XI Encontro Para a Consciência Cristã, que ocorrerá de 18 a 24 de fevereiro, na principal praça de evento da cidade.


A 5ª versão do Projeto Jonas, que começou no final de dezembro último com a distribuição de carta evangelística em todos os lares campinenses, terá o dia 14 como o “Dia D”.


De acordo com o coordenador, pastor Jadiel Davi da Rocha, a programação começará às 8h, na Praça da Bandeira, com louvores, oração e o hasteamento das bandeiras do Brasil, Paraíba e do Projeto Jonas. Em seguida, equipes de Mensageiros de Deus serão distribuídas pelos diversos setores do centro da cidade, principalmente em locais de semáforos e pontos de ônibus.


À tarde, o Projeto Jonas promoverá a maior carreata evangélica de Campina Grande. A saída será ao lado da Igreja Presbiteriana Renascer, na Avenida Floriano Peixoto, próximo ao Ginásio O Meninão, no Dinamérica, e percorrerá os principais bairros da cidade.


O encerramento do Projeto Jonas acontecerá à noite, no Parque do Povo, com a realização do V Encontro de Famílias com Cristo. O pregador será o pastor Estevam Fernandes, da 1ª Igreja Batista de João Pessoa. Na parte musical, as novidades serão os cantores AD Souto e Cristiano Borges, e o grupo Adorar.

Fonte: VINACC