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domingo, 30 de novembro de 2008

Bíblia é inapropriada para adolescentes, diz Saramago

Por Renato Cavallera
Ao ser questionado se a doença mudou a sua percepção de Deus, o escritor José Saramago, 86, que participa da sabatina da Folha hoje, perguntou “por que mudaria?”, acrescentando que foram os médicos e a sua mulher que o salvaram.

O evento é parte da comemoração dos 50 anos do caderno Ilustrada. Saramago, detentor do único prêmio Nobel concedido a um autor de língua portuguesa, é sabatinado pela jornalista Sylvia Colombo, do caderno Ilustrada, por Vaguinaldo Marinheiro, secretário de redação da Folha, por Manuel da Costa, colunista da Ilustrada e por Luis Costa Lima, colunista do caderno Mais!.

“Por que precisamos de Deus? Nós o vimos? A Bíblia demorou 2000 anos para ser escrita e foi redigida por homens”, declarou.

Ainda disse que a Bíblia é um “desastre”, cheia de “maus conselhos, como incestos, matanças”.

Saramago também afirmou que foi o homem quem inventou Deus, o Diabo e o purgatório, que “hoje está desqualificado”.

Ele ainda voltou a criticar a Igreja, afirmando que ela inventou o pecado para controlar o corpo humano. “O sonho da Igreja é transformar todos em eunucos, quer dizer, os homens, porque as mulheres não podem ser eunucas”.

Fonte: Folha Online

Sem cadastro legal, igreja perde templo alugado

RÚSSIA (*) - Uma ação estatal contra uma congregação batista no centro da cidade de Lipetsk (a aproximadamente 400 km de Moscou) fez com que a igreja perdesse seu status legal.

"Não acontece algo como isso em Lipetsk há 20 anos", Vladimir Boyev, pastor da congregação, exclama. "Estão tomando tudo que temos!"

Os métodos do Estado podem não ser os mesmos do período soviético, quando os cristãos podiam acabar presos, o pastor Vladimir admitiu. "Mas encontraram um jeito diferente – por meio da burocracia – de pôr nossa igreja em uma situação terrível", ele indicou. "Estamos indefesos!"

Atualmente, a Primeira Igreja Batista de Lipetsk, formada por 200 membros, se reúne no prédio de uma antiga igreja ortodoxa, que lhe foi alugado pela prefeitura em 1989.

Em junho de 2007, autoridades fiscais cancelaram o cadastro de pessoa jurídica da igreja batista, alegando que ela não havia feito sua declaração de imposto de renda a tempo.

Segundo o Artigo 21.1 da Lei de Registro Estatal de Pessoa Jurídica e Autônomos, de 2001, o cadastro de pessoa jurídica pode ser cancelado se a organização não declarar seu imposto ou não movimentar sua conta bancária no período de um ano.

O pastor Vladimir insistiu em que sua igreja declarou seu imposto de renda, como sempre fez, e que nunca tiveram problema a esse respeito.

Há três meses, a diocese ortodoxa de Lipetsk e Yelets abriu um processo requerendo o prédio ocupado pela Primeira Igreja Batista. No entanto, por não ser mais uma pessoa jurídica, a igreja batista não consegue defender seus interesses neste caso.

“A situação está muito tensa agora”, Vladimir comentou. No dia 4 de novembro, quando é comemorado o Dia da Unidade Nacional, vândalos quebraram 28 janelas do prédio da igreja ortodoxa ocupado pela igreja batista.

O pastor Vladimir salientou que os batistas estão prontos a deixar o local, mas querem outro como compensação das melhorias que fizeram no edifício. Segundo o pastor, o que a prefeitura ofereceu são “semi-ruínas”. Quando o pastor objetou, disseram-lhe: "Peça ajuda aos norte-americanos!”.

Segundo Vladimir, sua igreja não tem doadores estrangeiros. “Somos russos como eles”, acrescentou.

Outras duas igrejas batistas na cidade tiveram problemas semelhantes a esse e também perderam o direito de se reunir nos locais que alugavam.


Tradução: Daila Fanny
Fonte: Forum18 News Service (em inglês)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pastor relata a dificuldade de ser cristão em Mianmar

"A primeira igreja que pastoreei, Igreja Batista Proteção, tinha mais de 250 pessoas, mas o governo militar [de Mianmar] veio e destruiu-a. Isto aconteceu em abril de 1999. Os militares queimaram as casas das pessoas e, com machados e bastões, destruíram a igreja", disse Saw à agência de notícias Christian Freedom International [Liberdade Cristã Internacional].

"Fui capturado e levado ao gabinete militar. Fiquei quatro meses preso em uma pequena sala, sem poder ter contato com minha família.

"Após a liberação, fui realocado em outra igreja, a Igreja Batista Law Da Lay, no Estado de Karenni. Tínhamos mais de 120 famílias; mais de 600 pessoas freqüentavam a igreja. A maioria dos moradores da vila era cristã.

"Em 5 de novembro de 2003, o governo militar chegou à aldeia e ordenou que saíssemos. Eles disseram: ‘Se vocês não saírem dentro de uma semana, serão nossos inimigos’. Eles não explicaram porque tínhamos de sair. Os soldados destruíram a nossa igreja.

“Ninguém mais ficou na aldeia, todos se afastaram. A maioria fugiu para a selva. Eu fui para o campo de refugiados na Tailândia.

"O governo [de Mianmar] não nos irá permitir reconstruir as igrejas. Eles não irão permitir construir qualquer igreja no país.

“Agora, eu não posso ficar muito tempo em um mesmo lugar. Vou de um lugar a lugar. Não é seguro para mim.

"O Governo de Mianmar é anticristão. Eles estão com medo de que o cristianismo traga costumes ocidentais. ‘Vai estragar a nossa cultura’, dizem eles. Eles vêem o cristianismo como uma religião ocidental. ‘É a principal religião do Ocidente’, dizem, ‘ é por isso que eles odeiam e têm medo dessa religião. Dirigentes da junta militar disseram que o povo de Mianmar tem de ter cuidado com os cristãos: ‘As políticas ocidentais podem entrar e passar à frente de nós’, eles dizem.

“As pessoas passam fome em Mianmar. Vejo tantas crianças morrendo de fome. Ninguém pode mudar Mianmar. Somente Deus pode mudar Mianmar. Por favor, orem por nós."

Missão Portas Abertas

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mãe de duas irmãs cristãs mortas em Mosul morre

IRAQUE (21º) - A mãe de duas irmãs mortas em Mosul em 12 de novembro morreu devido aos ferimentos sofridos durante o ataque em sua casa.

Os funerais foram celebrados em 19 de novembro.

No dia 12 de novembro, um grupo de jovens armados atacou a casa de uma família sírio-católica na região de al-Qahira, matando as duas irmãs Lamia e Walàa Sobhy Salloha. Eles, então, voltaram-se para a mãe com uma faca.

O pai e outro filho que escaparam durante o momento do ataque estão salvos.

Inicialmente, a mãe, Selma Giargis, sobreviveu aos ferimentos, que não pareciam tão graves. Porém, no hospital de Mosul, suas condições pioraram, também por falta de medicamentos básicos.

A situação dos cristãos de Mosul tem piorado.

Em outubro último, 16 cristãos foram mortos e duas mil famílias foram forçadas a deixar suas casas. Nos últimos dias, cerca de 700 famílias retornaram, baseadas em promessas feitas pelo governo, de que aumentaria a segurança.

Imad Hanna, 52, fugiu para Karakosh, Curdistão a quase 60 quilômetros ao norte de Mosul. “O que me fez retornar não foi a segurança, mas necessidades materiais”, ele disse. Imad relata que as pessoas estão “atemorizadas” com as mortes.

O assassinato das duas irmãs e a posterior morte da mãe causou uma impressão negativa, pois os assassinos foram capazes de entrar em suas casas, fazendo com que qualquer abrigo pareça ser inseguro.


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: AsiaNews

sábado, 22 de novembro de 2008

Crise de integridade

por Daniel Machado
Para especialistas, o descrédito da liderança evangélica perante a sociedade se deve em grande parte a deslizes éticos e morais cometidos pela própria Igreja.

Deu na CNN: jovem pastor de uma das maiores denominações evangélicas da Austrália confessou ter mentido nos últimos dois anos para a igreja, família e amigos, dizendo que tinha câncer. Para se passar por doente em fase terminal, ele chegou a raspar o cabelo e as sobrancelhas e andava com um tubo de oxigênio ligado ao corpo. A farsa lhe rendeu milhares de dólares, arrecadados junto aos fiéis de sua igreja para o suposto tratamento, que nunca aconteceu. Segundo palavras do próprio impostor, o pastor Mike Guglielmucci, a “vida dupla” serviu, entre outras coisas, para ocultar seu maior pecado – o vício na pornografia, fato narrado na reportagem O Evangelho segundo o SexxxChurch, nesta edição. Rumorosas também foram as quedas de ícones dos púlpitos, como o televangelista americano Jimmy Swaggart, flagrado com prostitutas, ou o pastor brasileiro Caio Fábio D’Araújo Filho, um dos mais destacados líderes evangélicos já surgidos no país, que há exatos dez anos revelou um caso extraconjugal que abalou seu multifacetado ministério.
Se é verdade que todo o ser humano vive em crise de integridade desde o pecado original, também é fato que este mal nunca assolou tanto os líderes evangélicos, freqüentemente envolvidos em escândalos muito diferentes do “escândalo do Evangelho” citado pelo apóstolo Paulo. Coincidência ou não, recente pesquisa do Ibope revelou que o número de pessoas que não confiam nas igrejas evangélicas subiu de 41% para 44%, e o contingente de pessoas que confiam nelas caiu para 52 por cento. Segundo o instituto de pesquisas, isso fez com que as igrejas evangélicas despencassem da 8ª colocação para a 11ª posição entre as instituições mais confiáveis, atrás de instituições como a TV, empresas privadas e até dos produtores de soja.

Para o historiador Ziel Machado, secretário da Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos (CIEE), não há dúvida: a crise de integridade das lideranças religiosas é a principal responsável por essa queda na credibilidade das instituições evangélicas. Para ele, há outros termômetros tão precisos quanto as pesquisas para aferir isso. “Basta uma simples observada nas livrarias cristãs. Nunca se viu um volume tão grande de obras abordando essa temática da crise de integridade entre os pastores”, diz.
O escritor Jaime Kemp, mestre em teologia e doutor em ministério familiar, é autor de duas dessas obras. Ele lançou, há algum tempo, os livros Pastores em perigo e sua continuação, Pastores ainda em perigo (Editora Hagnos), nos quais aborda o problema. “A Igreja Evangélica tem padecido com a escassez de integridade em sua liderança, seja em nível moral ou na vertiginosa e constante quebra dos relacionamentos familiares”, constata.

Kemp, que é referência no segmento evangélico brasileiro quando o assunto é família, identifica nessa crise um dos principais motivos do descrédito social em relação aos crentes, sobretudo em relação à sociedade em geral. “Essa triste realidade tem abalado a nossa credibilidade não somente nas igrejas, mas também em um mundo crítico e observador, que não perde as oportunidades, já volumosas, para tripudiar a Igreja de Cristo”, lamenta.

Mau testemunho – Para a professora Durvalina Barreto Bezerra, diretora e coordenadora de ensino do Seminário Evangélico Betel, a sociedade tem desacreditado da liderança evangélica por conta do péssimo testemunho de alguns, que não praticam o que pregam. “São pastores broncos, mal-formados, imaturos, que dão vexame na política e na televisão, com deploráveis deslizes éticos e morais”, critica. Segundo ela, esses pastores e líderes têm seguido o Evangelho sem observar os critérios estabelecidos por Cristo para uma vida moral e espiritual autêntica.
“Querem as bênçãos divinas, mas não o compromisso com a verdade que transforma, com a vida moral exemplar e, mais do que isso – não querem andar como Jesus andou.”
É bem verdade que os escândalos de natureza sexual costumam provocar desastres dentro das igrejas, mas não chamam tanto a atenção de quem é “de fora” quanto outros tipos de deslizes. Afinal, a indissolubilidade do casamento não tem tanto apelo fora dos arraiais evangélicos. Desta forma, atos como malversação de recursos e exploração da boa-fé alheia rendem muito mais “frutos podres” para a Igreja.
“Milagreiros, exploradores de dízimo, estelionatários, desrespeitadores de outras religiões: estas são algumas das alcunhas mais freqüentemente utilizadas pela opinião pública a fim de desqualificar um crescente número de pastores evangélicos Brasil afora”, aponta o psicólogo Ageu Heringer Lisboa, mestre em ciências da religião e um dos fundadores do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, o CPPC. Para ele, o descompasso entre o inchaço da presença dos crentes na população e a questão ética ganhou maior dimensão no país a partir da década de 1950, com o início da predominância das teologias mais subjetivistas e emocionais, típicas do neopentecostalismo. “Da periferia do sistema, aos poucos eles chegaram às classes médias e à mídia. Sem o mínimo senso de obediência a um coletivo dirigente, por qualquer discordância alguém se desliga de um grupo e funda o seu próprio”, diz.

O terapeuta lembra que a natureza do trabalho pastoral, em sua acepção bíblica original, é a de alguém que vive em comunhão com Deus, é instruído nas Escrituras e tem vocação e preparo para cuidar de pessoas espiritualmente desorientadas e ensinar a Palavra. “Os termos ‘trabalho pastoral e terapêutico’ se assemelham semanticamente, significando cura ou cuidado com as almas. Isso traz uma exigência ética específica – a de que esses pastores se mantenham íntegros, moral e profissionalmente”, pondera. No entender de Ageu, é compreensível essa cobrança pelo lugar que pastores e líderes ocupam no imaginário popular.
“Sacerdotes, desde tempos imemoriais, supostamente estão mais próximos da divindade ou conhecem o mundo espiritual. A população necessita de referenciais de integridade, precisa encontrar pessoas dignas no meio de tanta imoralidade e corrupção. Quando ocorre um pecado grave, como adultério ou falcatrua, isso desperta decepção, revolta e angústia no Corpo de Cristo”, completa.

Moralismo inútil – Para muita gente, a eclosão recente de escândalos entre a liderança religiosa pode ser apontada como sinal do fim dos tempos. E é evidente que eles não se resumem aos arraiais evangélicos. De uns anos para cá, o catolicismo tem sido abalado pelos casos de pedofilia envolvendo sacerdotes em diversos países, inclusive nos Estados Unidos, onde a Igreja Católica tem sido obrigada a arcar com indenizações milionárias às vítimas de abusos sexuais praticados por padres.
No Brasil, costuma-se atribuir os problemas à liderança no meio pentecostal ou neopentecostal – o que é um preconceito, na avaliação do sociólogo Gedeon Alencar, diretor do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos (Icec), de São Paulo. “Clérigos, reverendos e outras sumidades tradicionalistas não agem muito diferente. A diferença é que uns são descobertos, outros não”, diz.

O sociólogo considera pretensioso e apressado o apontar culpados, coisa que invariavelmente se faz quando o tema ‘crise de integridade’ vem à tona. “É preciso ter cuidado para não cairmos num moralismo inútil, como se, em geral, tivéssemos um povo puro, honesto e cumpridor de seus deveres, mas a liderança evangélica fosse péssima”, destaca. Sobre as pesquisas que mostram o crescente descrédito em relação à Igreja Evangélica e sua cúpula, Gedeon lembra que nas congregações existe gente comum. “E gente comum também comete erros”, pondera.
“Daí, a credibilidade de todos vai por água abaixo.” Na mesma linha vai o psicólogo Ageu Lisboa: “Muitos líderes acabam escravizados ao medo de serem criticados, de não serem bons nem carismáticos ou não serem capazes de fazer a igreja crescer”, enumera. “Isso compromete sua saúde psicofísica, podendo afetar suas relações familiares, predispondo-os à depressão. Daí a largar tudo e se meter em aventuras financeiras e eróticas é um passo comum. Pastores assim precisam resgatar seu direito de serem gente comum, nem mais santos ou pecadores que os demais crentes”, completa.

O missionário Marcos Cunha, ligado ao ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), segue a mesma linha de raciocínio. “Virou moda dizer-se evangélico, e isso atrai os holofotes para as igrejas e seus líderes, que são humanos como todos nós e sujeitos às mesmas tentações. No entanto, quando eles são expostos à crítica pública têm seus pecados superestimados”, diz. A Sepal, onde Cunha atua, presta diversos serviços à liderança cristã brasileira, incluindo trabalhos de mentoria espiritual, aconselhamento e reciclagem voltados para pastores e suas famílias.
O obreiro reconhece ainda que é preciso levar em conta que a Igreja brasileira é muito nova, tendo se consolidado de fato no país apenas a partir da segunda metade do século 20. “Estamos, digamos assim, vivendo os dias de adolescência. Os líderes que podem ser reconhecidos por sua integridade e valor ainda são poucos, o que deixa a brecha para o surgimento de dirigentes sem tanto preparo ou vocação”.

Cunha cita ainda o fato de o número dos evangélicos ter praticamente triplicado no país nos últimos 20 anos, passando, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística, o IBGE, de pouco mais de 13 milhões para mais de 30 milhões. Como os números atuais referem-se ao último Censo, realizado há quase dez anos, há quem aposte que os crentes já estariam beirando os 40 milhões. “Nessa proporção, em 2020 seríamos mais de 100 milhões, numa população projetada de 235 milhões de brasileiros.
Isso, por si só, desperta a atenção da sociedade. Mas temos de parar de nos preocupar com o que a mídia diz e buscarmos um verdadeiro avivamento que dê a esta Igreja uma visão missionária, que forma discípulos e gera um impacto inigualável na coletividade, com credibilidade e influência positiva”, completa.

“Remanescentes” – O surgimento de lideranças autoritárias, que não precisam prestar contas de seus atos, é apontado pelo pastor Gerson Borges, da Comunidade de Jesus de São Bernardo do Campo (SP), como causa de boa parte dos problemas ocorridos no andar de cima das igrejas. “Boa parte desses pastores não se submetem a nada nem a ninguém, não prestam contas, são senhores de si”, diz. Além da carência de acompanhamento e aconselhamento, a educadora Durvalina Bezerra acredita que o despreparo também contribui, e muito, para crises na liderança.
“Há uma avalanche de pastores sem formação alguma, e isso contribuiu para a escassez de obreiros de qualidade. Falta discipulado sério para formar o caráter, além de preparo teológico e critérios eclesiásticos capazes de inibir a proliferação de lideranças que pregam adulterando a Palavra de Deus e sem comprometimento com a verdade bíblica”, opina. “Mas ainda existem muitos fiéis. Deus sempre teve seus remanescentes, que sofrem as conseqüências do mau testemunho dos colegas”, acrescenta a diretora do Seminário Betel.

“É bom que se diga que a maioria dos mais de 200 mil pastores evangélicos que atuam no Brasil são como a população de onde saíram, enfrentando todos os problemas da sociedade em geral. E essa maioria vive com baixos salários, em condições precárias, em meio à violência, e nem assim se deixam corromper”, ressalva Ageu Lisboa. Para ele, os crentes também têm certa culpa na equivocada generalização que tem colocado os ministros do Evangelho no mesmo patamar de descrédito. “Essa imagem do crente como alguém que não merece confiança é um tipo de juízo sobre todos nós que descuidamos de nos questionar uns aos outros. Se não nos avaliarmos para correção e crescimento, o mundo fica autorizado, pelas Escrituras, a nos julgar. E é o que está acontecendo”, finaliza.
Fonte: CristianismoHoje

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Acusações de blasfêmia fazem famílias se esconderem

PAQUISTÃO (15º) - Um médico cristão no Paquistão, na prisão desde 5 de maio sob acusação de “blasfêmia”, foi inocentado na semana passada. Ao mesmo tempo, outro cristão e sua filha permanecem encarcerados por mais de um mês sob as acusações de profanarem o Alcorão.

Dr. Robin Sardar, da província de Punjab foi libertado no dia 4 de novembro após seu acusador ter alegado que a acusação de blasfêmia contra o profeta Maomé tinha sido o resultado de um “mal-entendido”.

“A pessoa que o denunciou disse, no tribunal, que fez essas coisas devido a um mal-entendido” – disse Ezra Shujaab, da Aliança das Minorias do Paquistão (AMP). A entidade ofereceu um advogado para Robin.

Após uma investigação completa, o tribunal constatou que a acusação era infundada e libertou Robin, disse Ezra. Os moradores da vila e clérigos muçulmanos tinham ameaçado matar Robin se ele fosse inocentado; então ele se escondeu, como fez sua família após sua prisão, há seis meses. Pessoas armadas, gritando ameaças de morte, cercaram a casa da família.

Em maio, Dr. Robin foi levado para a Prisão Central Gujranwala, em Punjab, após um vendedor muçulmano registrar a queixa de blasfêmia. Foi relatado que Robin e o vendedor tiveram conflitos quanto ao fato de o mercador poder abrir uma loja em frente à clínica do médico.

O vendedor, Muhammad Rafique, afirmou que Robin tinha insultado o profeta Maomé durante uma visita. Em sua declaração escrita, Rafique havia pedido a pena de morte para Robin e ameaçou que os muçulmanos iriam se rebelar caso a polícia não o prendesse.

De acordo com o artigo 295-C do Código Penal Paquistanês, a blasfêmia contra Maomé é passível de morte.

Prisão de pai e filha

Como aconteceu a Robin, grupos violentos atacaram a casa de Gulsher Masih, após sua filha ter sido acusada de profanar o Alcorão, no dia 9 de outubro, na vila de Tehsil Chak Jhumra.

Ele e sua filha de 25 anos, Sandal Gulsher, estão detidos em Faisalabad desde o dia 10 de outubro, e o resto da família teve que fugir e se esconder.

Mais de cem pessoas armadas com paus, pedras e garrafas de querosene se reuniram na casa de Gulsher no mês passado, após as acusações de que ele tinha encorajado sua filha a rasgar as páginas do Alcorão. Essas acusações foram transmitidas nos auto-falantes de uma mesquita.

“Apedrejaram a casa deles e puseram querosene em toda a casa para causar um incêndio” – disse Yousef Benjamin, da Comissão Nacional para a Justiça e a Paz. “Entretanto, a polícia chegou antes de tudo isso acontecer.”

Inicialmente toda a família foi levada em proteção pela polícia para a delegacia mais próxima em Faisalabad.

Sobre pressão de manifestantes, a polícia, no dia 10 de outubro, acusou a filha de Gulsher, e ele mesmo, de violar a seção 295-B do Código Penal Paquistanês, que determina prisão perpétua para aqueles culpados por profanarem o Alcorão.

“No dia 10 de outubro, quando a polícia estava pronta para registrar o boletim de ocorrência, eu estava lá e mais de cem muçulmanos pressionavam a polícia, dizendo: ‘Nós queremos que ele e sua filha sejam enforcados’”, disse Quaiser Félix, um jornalista do Asia News.

Gulsher e sua filha permanecem em custódia, aguardando uma audiência no tribunal. Eles alegarão inocência e negarão todas as acusações, disse Ezra Shujaab, acrescentando: “Eles não fizeram nada”.

O resto da família está escondido, impossibilitado de voltar para casa devido ao temor de novos ataques.

“No Paquistão, é muito comum que, quando um cristão é pego ou autuado pelas leis sobre blasfêmia, mesmo se o tribunal o liberta, ele tem que fugir” – disse Yousef Benjamin. “É perigoso; eles não podem voltar para a comunidade normalmente.”

Tanto a família de Robin como a de Gulsher enfrentam agora a possibilidade de nunca mais voltarem a sua cidade natal, disse Ezra.

“Robin, apesar de ter sido inocentado, não pode viver na casa que ele residia” – disse Ezra. “Eles têm de morar como refugiados.”

Apesar de as acusações falsas de blasfêmia poderem ser feitas contra muçulmanos e cristãos, as diferenças religiosas geralmente são um fator que as motivam.

“Os muçulmanos se sentem desafiados por essas pessoas, aquelas que de certa forma se consideram cristãs” – disse Ezra.


Tradução: Simone Camillo



Fonte: Compass Direct

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cristão uigur tem apelo negado

CHINA (10º) - Condenado a trabalhar de 12 a 15 horas diárias, Osman Imin, um cristão da etnia uigur, tem envelhecido drasticamente, e sua saúde se deteriorou devido às condições do campo de trabalho em que ele se encontra.

O Departamento de Segurança da cidade de Hetian, província de Xinjiang, sentenciou Osman a dois anos de reeducação por meio de trabalho por “revelar segredos do Estado" e por praticar “pregação ilegal”.

Acredita-se, porém, que sua detenção não tem a ver com “revelar segredos do Estado", mas com o fato de ele ser membro e líder da Igreja entre a etnia uigur.

Osman foi preso pela primeira vez em outubro de 2004. Ele foi vagamente acusado de “violação da lei”, de acordo com a China Aid Association (CAA).

Nesse período, ele foi acorrentado em uma cama de metal e espancado durante interrogatórios, disse uma fonte anônima à agência de notícias Compass.

Osman foi liberto sob pagamento de fiança em 18 de novembro de 2004, mas a fiança foi cancelada em outubro de 2006. Em julho de 2007, ele foi colocado sob prisão domiciliar. Por fim, em 19 de novembro de 2007, ele preso pelo polícia, por supostamente deixar vazar segredos de Estado.

As autoridades pediram de 10 a 15 anos de prisão. Entretanto, após a atenção que a mídia internacional deu ao caso, eles reduziram a pena para dois anos em trabalho de campo.

Quando o advogado de Osman, Liang Xiao apelou da sentença em junho deste ano, as autoridades do tribunal insistiram que a próxima audiência fosse fechada, uma vez que consideravam que o caso envolve informações confidenciais, relatou a CAA.

Elas recusaram o apelo sem explicar o motivo, e impediram Osman de ter acesso ao seu advogado, o que viola os procedimentos normais do tribunal.

O Compass também informou que as autoridades prenderam outro cristão uigur, trata-se de uma mulher do sul de Xinjiang. Investigações revelaram que ela e o marido foram presos sob acusação de roubo.


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: Compass Direct

Em MS, 1,2 mil mulheres devem ser indiciadas por aborto

Polícia indiciou 150 mulheres entre julho e novembro.
Destas, 37 foram julgadas e 26 condenadas a penas alternativas.
Do G1, em São Paulo


A polícia está indiciando mulheres suspeitas de praticar aborto em uma clínica de Campo Grande. O número total de envolvidas no caso e que devem passar por uma investigação é de 1.250 mulheres. Até o início de novembro,150 pessoas já foram indiciadas, dentre as quais funcionários da clínica, pacientes atendidas entre os anos de 2000 e 2002 e seus companheiros.

Segundo a delegada da Polícia Civil Regina Márcia Rodrigues da Mota, responsável pelas investigações, foram inicialmente apreendidas cerca de 10 mil fichas de pacientes que passaram em consulta na clínica no período. Destas, apenas as que apresentavam provas suficientes e estavam dentro do prazo para abertura de inquérito foram consideradas.

O caso veio à tona em março do ano passado, quando uma reportagem denunciou as atividades irregulares de uma clínica de planejamento familiar, localizada na área central da capital de Mato Grosso do Sul.

Polícia estoura 4 clínicas de aborto no Rio
Pelo menos quatro pessoas foram detidas. Agentes apreenderam material cirúrgico, documentos e medicamentos.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo
Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública (DRCCSP) fecharam, nesta sexta-feira (31), quatro clínicas de aborto em operação policial nas Zonas Norte e Sul e no Centro do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, pelo menos quatro pessoas foram detidas.
As clínicas foram localizadas após denúncias anônimas. Duas delas funcionavam em Botafogo, na Zona Sul. Uma estava em Vila Isabel, Zona Norte, e outra na Gamboa, no Centro. Pacientes que estavam à espera de atendimento foram qualificadas e depois liberadas.

Nos locais, os policiais apreenderam material cirúrgico, medicamentos, documentos e receituários. Os estabelecimentos foram lacrados.
Mulher morre após tomar remédio abortivo no DF, diz polícia
Ela tinha quadro de depressão grave, segundo a irmã.Mulher tinha dois filhos e estaria grávida de sete meses
Do G1, com informações do DFTV
Uma mulher de 35 anos que estava grávida de sete meses morreu nesta sexta-feira (24) em Samambaia, cidade próxima a Brasília, após tentar um aborto. De acordo com a polícia, ela teria tomado um remédio para o tratamento de úlcera, vendido ilegalmente como abortivo. Veja o site do DFTV Segundo informações da polícia, ela foi internada na terça-feira (21), pois não estava se sentindo bem. No mesmo dia, o bebê nasceu morto e ela teria confessado que tomou a medicação. Na quinta-feira (23), seu quadro piorou e ela foi levada para a UTI. Ainda segundo a polícia, a mulher escondia a gestação, que estava no sétimo mês, e a família só teria sido informada do fato no hospital. De acordo com a irmã, a mulher sofria de um quadro de depressão grave desde que se separou do marido, há cerca de um ano, e tomava antidepressivos. Ela já tinha dois filhos, um de 15 e outro de sete anos. A polícia investiga se a mulher ingeriu o remédio por conta própria ou se foi induzida e também onde e como ela conseguiu comprar o medicamento.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Site exibe imagens em tempo real de lugares sagrados de Jerusalém

Jerusalém - Um site na internet transmite imagens em tempo real de locais sagrados de Jerusalém com o objetivo de conectar cristãos de todo o mundo e também uni-los em uma oração pelo retorno de Jesus Cristo.

Locais sagrados para o Cristianismo como o Monte das Oliveiras, o Portão Dourado da Cidade Antiga de Jerusalém, a Cidade de Davi e a Tumba do Jardim estão pela primeira vez acessíveis a todos os fiéis através do site www.ipraytv.com.

“As Escrituras dizem que devemos manter o olhar sobre Jerusalém, pois é onde jaz o fundamento da paz e começa a liberdade”, explica à Agência Efe Mike Peros, cristão sionista que projetou e fundou o portal.

Peros financiou a instalação de seis câmeras em terraços e telhados da antiga cidade murada e que têm a função de ajudar os cristãos a aguardarem o restabelecimento da Jerusalém narrada nos livros proféticos.

Peros afirma que é importante “que pessoas que nem sequer sonham em poder visitar Jerusalém possam ter acesso, deste modo, aos lugares sagrados”.

O objetivo do site é “abrir Jerusalém ao mundo”.

“Agora qualquer um pode ver o local exato no qual Jesus ressuscitou, as ruas pelas quais caminhou e a porta pela qual retornará”, declarou.

No entanto, a iniciativa virtual é dirigida fundamentalmente aos cristãos evangélicos e tenta impulsionar uma unidade na fé e na oração para aproximar o momento no qual o “Messias descer do Monte das Oliveiras e entrar pelo Portão Dourado para libertar Jerusalém”, afirma.

Também chamada de a Misericórdia e a Vida Eterna, o Portão Dourado é um dos 11 acessos à Cidade Antiga e permanece fechado à espera da vinda do Messias, pela primeira vez para os judeus e pela segunda para os cristãos evangélicos.

“O IprayTV é o fio motor para que pessoas de todo o mundo orem ao mesmo tempo, com seus olhos voltados para Jerusalém, pelo retorno do Messias”, declarou Peros.

O projeto, que começou a ser idealizado há uma década, enquanto Peros estudava na Universidade Hebraica de Jerusalém, enfrentou muitas dificuldades, sobretudo para a instalação de câmeras em uma região que é de população majoritariamente muçulmana.

“Tivemos que colocar as câmeras de forma que não sejam notadas e as protegendo de modo que não estraguem”, diz Peros.

Neste Natal, o IprayTV exibirá imagens ao vivo da Igreja da Natividade, em Belém (onde a tradição cristã acredita ser o local do nascimento de Jesus), mas estas câmeras não serão permanentes por causa da situação política da cidade, que está em território palestino ocupado e sob controle da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O portal também oferece uma ferramenta para divulgar a mensagem de várias igrejas, escolas e ministérios de todo o mundo, que podem usar a tecnologia para transmitir seus sermões e cultos ao vivo através da internet.

“Os usuários podem ouvir um sermão ao mesmo tempo em que observam os lugares nos quais Cristo viveu, abrindo assim uma perspectiva tridimensional”, afirma Peros.

Segundo Peros, o site “recebeu uma resposta extraordinária, com mais de 5 mil assinaturas em algumas semanas, inclusive de lugares tão distantes como Afeganistão e China”.

Este cristão devoto, que acredita faltar pouco para a volta de Cristo, tem esperança de que suas câmeras captem este momento e possa ser visto ao vivo por milhares de crentes através da internet.

Fonte: G1

Novo ataque em Mosul causa a morte de duas irmãs

IRAQUE (21º) - Os cristãos de Mosul foram atacados novamente. Na semana passado, um grupo de homens armados invadiu uma casa na vizinhança de al-Qahira, onde mataram duas irmãs, no que se pode chamar de um assassinato intencional.

Após entrarem no prédio, os atiradores dispararam nas duas jovens a sangue frio e feriram sua mãe com uma faca. No momento, ela está no hospital, mas seu estado não é grave. O esposo e o filho conseguiram escapar no início do ataque.

As vítimas são Lamia Sobhy Salloha e Walaa Sobhy Salloha, ambas da Igreja Católica Síria de Mosul. As duas jovens trabalhavam na Secretaria do Tesouro do município de Wala.

De acordo com testemunhas oculares, o ataque foi executado por uma gangue de jovens entre 16 e 18 anos que, após atacarem os moradores da casa, colocaram uma bomba na entrada e a detonaram quando um grupo de agentes policiais chegou à cena do crime, matando dois e ferindo os demais.

Uma fonte disse à agência Asia News que “gangues de jovens de famílias pobres” estavam envolvidas no incidente, mas que, por detrás delas, há uma “organização criminosa” que está fazendo de tudo para expulsar os cristãos da cidade.

“Ela está no poder e no controle da próxima eleição para os governos regionais e da representação minoritária, que pode ser decisiva para o equilíbrio entre árabes e curdos”, disse a fonte.

Impelido pelas Nações Unidas, o governo prometera colocar o Artigo 50 de volta a um projeto de lei para garantir às minorias 15 assentos dos 440 (13 para os cristãos). Mas, em 3 de novembro, o Parlamento, sem considerar isso, aprovou o projeto que, posteriormente, recebeu a sanção necessária do Conselho da Presidência para se tornar lei com apenas um assento reservado para os cristãos de Mosul. Os líderes da Igreja do Iraque se ressentiram com a decisão do parlamento e criticaram veementemente a flagrante violação da constituição que deveria assegurar direitos iguais a todos os cidadãos.

“Não confiamos em ninguém. Tanto árabes quanto curdos prometem nos ajudar, mas não temos visto nada de concreto até agora”, disse a fonte à agência Asia News. Este ataque foi “outro alerta dado por aqueles que querem forçar os cristãos para as Planícies de Niniwa”.

Nos últimos dias, mais de 700 famílias decidiram voltar a Mosul após as autoridades terem prometido a elas maior proteção. Esse assassinato intencional “fará com que os cristãos fujam novamente”, e ameaças de novos ataques e violência continuarão a pairar sobre os poucos que permanecerem.

“É tudo um jogo político, mas são os cristãos que saem perdendo”, disse a fonte.

Este ataque é o mais recente de uma série de atos de violência contra a comunidade dos cristãos de Mosul que tem sido alvejada tanto por fundamentalistas islâmicos como por gangues armadas.

Desde o início de outubro, 16 pessoas morreram e 2 mil famílias (cerca de 12 mil pessoas) deixaram a cidade.

As coisas tinham começado a melhorar nos últimos dias, a partir da decisão de trazer de volta as 700 famílias. Entretanto, este último ataque lançará uma sombra ainda maior sobre o destino da comunidade cristã do Iraque.


Tradução: Getúlio Cidade


Fonte: AsiaNews

domingo, 16 de novembro de 2008

A liberdade religiosa em risco

Intolerância e perseguição religiosa contra os cristãos ainda acontecem no Irã, no Iraque e no Egito.

No Irã o parlamento exige pena capital para os “apóstatas”. No Egito uma mulher egípcia cristã é sentenciada a três anos de prisão por abandonar sua identidade muçulmana. No Iraque, a escassa população cristã terá o natal mais sombrio de todos os tempos, ameaçada pela série de assassinatos ocorridos no país...

Por todo o mundo pode-se encontrar exemplos de intolerância e de restrição da liberdade religiosa dos cristãos. Aqui serão mostrados três casos ocorridos em três países diferentes que ilustram essa perseguição infundada.

Natal amedrontador em Mosul - Para a população cristã cada vez mais escassa do Iraque, este será um natal sombrio. Cerca de doze cristãos foram assassinados apenas em Setembro e Outubro últimos, figurando como as últimas de um total de mais de 200 vítimas - número aproximado de pessoas mortas, desde 2003, por professarem a fé cristã.

Os últimos ataques foram amplamente considerados como uma forma de expulsar a pequena comunidade cristã da cidade de Mosul, ao norte do Iraque, empreendendo assim uma limpeza religiosa daquela que foi, outrora, uma das regiões mais diversificadas do país.

Permanece incerto se os carros-bomba, que explodiram após um período de paz relativa na região, tinham como alvos os habitantes cristãos ou os soldados que permaneciam nos arredores. Algumas testemunhas afirmaram que os ataques foram calculados de modo que impedisse os cristãos de votarem em bloco nas próximas eleições. Uma mulher cristã contou a um repórter que os autores do crime vestiam uniformes azuis da polícia iraquiana. Em meio à histeria crescente, um general iraquiano alertou contra “o sensacionalismo da mídia que estimulava o medo e o terror entre estas famílias”. Até mesmo os analistas em segurança do exterior têm dificuldades em separar a verdade dos rumores.

O efeito foi claro, no entanto, quando milhares de famílias empacotaram suas coisas, colocaram em seus carros e fugiram. Alguns se dirigiram à região auto-governada dos Curdos, que há tempos é conhecida por sua tolerância em relação aos cristãos. Outros fugiram para vilas remotas. A fuga intensificou aquilo que Pary Karadaghi, um oficial do Kurdish Human Rights Watch (Observatório Curdo dos Direitos Humanos) baseado nos Estados Unidos, chamou de “uma crise humanitária épica dos cristãos iraquianos”. Nos últimos cinco anos desde a invasão norte-americana do Iraque, centenas de milhares de cristãos iraquianos abandonaram suas casas e se mudaram para longe, devido a ameaças de violência religiosa. Muitos não têm acesso a comida, água e abrigo conforme adentra o inverno.

Joost Hiltermann, um analista de segurança da International Crisis Group (Grupo de Crise Internacional) baseada em Nova Iorque, disse que as tropas norte-americanas estão “preocupadas com Bagdá”, e, portanto não muito inclinadas a dedicar muito esforço para proteger a região de Mosul, entre outras, onde os cristãos estão sendo ameaçados de morte. Derrotar os extremistas de Mosul é uma tarefa que ficou nas mãos do exército iraquiano, um grupo despreparado até pouco tempo atrás e que apenas recentemente demonstrou uma evolução de desempenho. No início deste ano, o exército do Iraque descobriu tanques e outros veículos blindados destinados a operações terroristas em Mosul. Os cristãos foram pegos no fogo-cruzado.

“Não apenas eles estão sendo atacados por grupos terroristas, como estão havendo também inúmeras pilhagens em suas comunidades”, afirmou Karadaghi. “Quando o governo iraquiano está procurando por grupos terroristas, eles vêm para essas redondezas. As casas dos cristãos são vasculhadas. E uma vez feita a varredura, os terroristas consideram-nos colaboradores. Então, eles são atacados duas vezes, as vezes no mesmo dia. Não é fácil”.

Ao invés de esperar que as autoridades centrais de Bagdá os proteja, algumas comunidades cristãs estão garantindo sua segurança por conta própria. Relatórios afirmam que os cristãos estão começando a se reunir para formar milícias. Agora, homens armados se posicionam em pontos de checagem ao redor de suas comunidades para controlar a entrada de armas e estrangeiros suspeitos.

Ao mesmo tempo, conforme relatou Karadaghi, as populações cristãs na região Curda estão apelando para o Governo Curdo Regional Autônomo para receberem proteção reforçada. O GCRA respondeu enviando soldados de suas temidas Forças Peshmerga. Os chamados “Combatentes Pesh”, armados com lança-foguetes e fuzis, foram responsáveis por expulsar o exército de Saddam Hussein do norte do Iraque nos anos 80 e 90. Eles seguem patrulhando o norte iraquiano sob os auspícios do GCRA – chegando inclusive a entrar em conflito com o exército iraquiano em cidades que tanto o GCRA quanto o governo iraquiano reivindicam para si.

Em meio aos Combatentes Pesh e às milícias locais, as comunidades cristãs do norte do Iraque nutrem esperanças de que o ano que vem será melhor. Mas o Natal deste ano, eles lamentam, será marcado pela incerteza, pela instabilidade financeira e pelo medo de morte contínuo.

Irã sem Piedade - Dois cristãos iranianos foram acusados de “apostasia” (abandonar a fé islâmica) e muitos outros foram presos enquanto o Parlamento do Irã aprovou uma cláusula que torna obrigatória a pena de morte para sentenciados por esse motivo.

A medida é parte de um novo código penal que foi aprovado, em 9 de Setembro, com facilidade pelo Parlamento, com uma folgada diferença de 196 votos a favor e 7 contra. As comunidades Cristã e Baha’i são as mais afetadas pela determinação.

No entanto, uma fonte confidenciou ao Compass Direct News que, ao discutir o tema da apostasia com alguns parlamentares, eles alegaram não ter conhecimento da questão. A fonte argumentou que o Irã tenta inserir veladamente a cláusula no meio do código penal de 113 páginas.

A legislação iraniana atual considera a apostasia uma ofensa capital, mas a punição é deixada a critério dos juízes.

O Conselho Guardião, o corpo político mais forte no Irã, deve aprovar o código penal antes que ele vigore. Fontes disseram esperar que o conselho, que compreende seis teólogos e seis juízes, o aprove.

Ao longo das ultimas três décadas do regime islâmico iraniano, centenas de cidadãos que abandonaram o Islã e abraçaram o cristianismo foram presos durante semanas e meses, encarcerados em locais desconhecidos e submetidos a torturas mentais e físicas.

A última execução de um convertido ao cristianismo no Irã ocorreu em 1990, muito embora seis outros pastores protestantes tenham sido assassinados desde que o pastor da Assembléia de Deus, Hossein Soodmand, foi executado.

Desta vez, o filho de 35 anos de Soodmand, Ramtin Soodmand, está entre os cinco cristãos presos em três cidades, em Agosto. As autoridades não divulgaram quais são as acusações, mas fontes afirmam que eles podem ser acusados de espionagem para poderes estrangeiros – um delito menos grave do que aquele de apostasia. Similarmente, Hossein Soodmand foi acusado de espionagem para os Estados Unidos.

“Os cristão são vistos como espiões em potencial e aliados a Israel ou aos Estados Unidos”, disse uma fonte que trabalha diretamente com refugiados iranianos, acrescentando que um número pujante de cristãos iranianos por ela aconselhados foram intimidados pela polícia, o que os levou a fugir do país.

Ela também acredita que o rápido crescimento do cristianismo assusta as autoridades do Irã. “Eles encaram isso como algo incontrolável”, afirmou, “então têm medo das igrejas caseiras”.

Outro especialista sobre o Irã afirmou que os cristãos fora do país são parcialmente responsáveis pelas perseguições. Quando eles alegam existir centenas de igrejas caseiras pelo Irã afora, as autoridades sentem-se ameaçadas.

“A polícia é obrigada a reprimir as atividades cristãs tão logo elas começam a ficar muito visíveis”, afirmou um cristão iraniano.

Uma fonte cristã disse que a pressão internacional é crucial caso a apostasia se torne crime capital. Ele lembrou como, em 2005, o convertido ao cristianismo Hamid Pourmand foi absolvido da acusação de apostasia em função da pressão internacional.

“Você deve ser uma pessoa importante, porque muitos membros do governo me ligaram, pedindo que eu arquivasse o caso”, o juiz contou a Pourmand, de acordo com relatórios divulgados.

A sincronia entre o debate do código penal e as prisões não é coincidência, afirmou Joseph Grieboski, fundador do Instituto de Religião e Política Pública. Segundo ele, enquanto a comunidade internacional está focada nas atividades nucleares do Irã, o governo iraniano parece provocar o Ocidente através de violações deliberadas dos Direitos Humanos.

“Devido às questões nucleares, questões como essa passam despercebidas, o que significa que o regime pode agir com liberdade para implantar uma legislação como essa com impunidade, pois as questões nucleares eclipsam este assunto”, afirmou Grieboski.

Mas a questão também pode indicar desespero, afirmou. “Devo dizer que o regime do Irã está intensificando duramente o controle sobre os mais diversos aspectos da vida do povo iraniano. E isto, penso eu, é o sinal de que o regime está em declínio”.

Sou muçulmana? - Bahia Nagy El-Sisi foi presa e julgada em Setembro último por afirmar o cristianismo como sua identidade religiosa oficial em sua certidão de casamento. Sua irmã, Shadia, recebeu uma sentença idêntica em 2007 pelo mesmo motivo. Fato ignorado pelas irmãs, sua identidade religiosa havia sido mudada oficialmente há 46 anos atrás devido a uma conversão temporária do pai delas ao Islã.

A conversão do pai, Nagy El-Sisi, ao Islã, em 1962, ocorreu devido a um breve litígio conjugal, para que ele pudesse obter um divórcio e ganhar a custódia das filhas, afirmou o advogado delas. A legislação egípcia é influenciada pela jurisprudência Islâmica (Shari’ah), que atribui automaticamente a custódia das crianças ao pai que pertencer à religião “superior” e decreta que não pode haver “jurisdição de um não-muçulmano sobre um muçulmano”.

Poucos anos após sua conversão, El-Sisi retornou para sua família e para o cristianismo, adquirindo documentos de identidade cristã forjados. (A reversão ao cristianismo por parte de conversos ao Islã é praticamente impossível nas cortes egípcias).

O caso está em tramitação na Suprema Corte Egípcia. Se a identidade cristã de Bahia Nagy El-Sisi permanecer, seu status religioso poderia criar um efeito dominó que faria com que seu marido tivesse de se converter ao Islã ou anular o matrimônio. Seus filhos também seriam registrados como muçulmanos. Ambas as irmãs são casadas com homens cristãos.

“Todos os seus filhos e netos seriam registrados como muçulmanos”, afirmou Ramsés. “A legislação afetaria muitas pessoas”.

Outras fontes ainda acreditam que a sentença de Nagy El-Sisi será demovida, assim como aconteceu com sua irmã, que foi solta da prisão em Janeiro deste ano.

(com matérias da Compass Direct News Service)

LÍDERES CRISTÃOS ANSEIAM POR CELEBRAR O NATAL

ÍNDIA - Líderes cristãos que se encontraram com o ministro-chefe do Estado de Orissa afirmam que eles estão esperançosos em ter um Natal de paz neste ano.


"Sem grandes celebrações. Pelo menos nosso povo poderá voltar para suas vilas e viverem lá. Isso é o que esperamos que acontecerá", disse o arcebispo Raphael Cheenath de Cuttack-Bhubaneswar.


Em entrevista para agência de notícias UCA News, o arcebispo disse que as pessoas ainda estão com medo de voltar para as suas vilas. Cristãos desabrigados estão com medo de sofrerem ataques, serem forçados a se converter ao hinduísmo e de terem fanáticos invadindo suas terras e plantações.


Raphael disse que uma das exigências dos líderes cristãos é que o Estado ofereça policiais e segurança paramilitar para que as pessoas possam retornar às suas vilas. Outra exigência é dividir os campos de refugiado, atualmente com 2 a 3 mil pessoas, em grupos menores de 800 a 900 pessoas.


Os campos menores podem ser estabelecidos próximo às vilas dos refugiados, disse o arcebispo. "Desses campos menores, seria mais fácil para as pessoas voltarem, em grupo, para suas vilas. A polícia pode escoltá-los facilmente. Então, eles poderão começar a reconstruir seu lar, limpar as casas queimadas e reconstruir as que foram destruídas", ele explicou.


Funcionários de igrejam, incluindo padres e freiras, também viveriam nos campos, ou em centros próximos que não foram danificados para ajudar os moradores das vilas.


"Estamos tentando começar, tentando voltar ao normal”, disse Rafael. Ele espera que esse projeto seja concluído até o Natal, e acrescentou que muitos cristãos migraram para outros Estados porque estão com medo de voltar para suas vilas.


As pessoas também temiam a ameaça de conversão forçada, ele disse. Os radicais hindus repetidamente exigiram que aqueles que planejavam voltar a suas vilas, deveriam se tornar hindus. Sendo assim, os cristãos não podiam fazer a colheita ou cultivar em sua própria terra a menos que eles se declarassem hindus e exibissem símbolos hindus em suas casas.


Em no mínimo, duas vilas, "nosso povo está vivendo como se estivesse em campos de concentração”, Raphael relatou. "Eles não têm liberdade. Até mesmo a hora de ir ao mercado e voltar são agendadas. Suas conversas e contato social também são observados."


O prelado também disse o "objetivo maior" dos fanáticos hindus é "destruir toda a Igreja cristã de Kandhamal", e "é por isso que nós insistimos em celebrar o Natal".


A celebração do Natal é a identidade dos cristãos. Impedi-la seria "arrancar o coração e o espírito dos cristãos", ele continuou, acrescentando que forças anticristãs ficariam felizes se os cristãos abandonassem o Natal.


“O ano passado, nós não pudemos celebrar o Natal por causa da violência”, ele relembra. Uma onda de violência começou na véspera do Natal de 2007 em Kandhamal, distrito que tem uma grande concentração de cristãos.


"Este ano nós devemos celebrar o Natal", Raphael afirma, acrescentando que os líderes das igrejas expressaram estes sentimentos para o ministro-chefe de Orissa. Segundo o arcebispo, o ministro respondeu: "Vocês deveriam celebrar o Natal este ano".


O ministro-chefe também prometeu analisar atentamente os pedidos que os cristãos fizeram por forças paramilitares e policiais, a fim de protegê-los em suas vilas até a próxima eleição estaduais, marcadas para abril de 2009.


Tradução: Simone Camillo

Postado por: Ricardo Lourenço - VEM BRASIL - SP - BRASIL


Fonte: www.redegospelvida.com.br


sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Golaço para a reconstrução de Mianmar

Um grupo de 15 ex-jogadores brasileiros, todos cristãos, percorreu alguns países da Ásia, entre os dias 20 de outubro e 07 de novembro, para realizar jogos-exibição contra seleções nacionais visando arrecadar fundos para auxiliar na reconstrução de Mianmar, devastado por um ciclone no início deste ano. Entre os jogadores estavam os ex-integrantes da Seleção Brasileira Giovanni e Paulo Sérgio e o missionário da JMM Valdecir de Freitas, que atua na Malásia através do Programa Esportivo Missionário (PEM).

De acordo com informações do Pr. Marcos Grava Vasconcelos, também obreirod e Missões Mundiais e supervisor do grupo, a equipe realizou partidas amistosas na Tailândia, em Mianmar, no Vietnã e na Malásia. O resultado dos jogos era o menos importante, o principal era ganhar a partida contra a destruição, e desesperança e arrecadar fundos para ajudar na reconstrução de Mianmar. “Os estádios tinham sempre um bom público e conseguimos arrecadar uma quantia significativa para ajudar na reconstrução de Mianmar. Ao final das partidas os jogadores eram entrevistados e contavam o motivo da realização dos jogos. Eles aproveitavam a oportunidade para dar seus testemunhos de fé em Jesus em rede nacional. Uma grande bênção!”, conta o missionário

Além dos jogos, o grupo realizou clínicas de futebol em todos os países que visitaram. Como o futebol brasileiro é literalmente idolatrado na Ásia, houve uma grande participação de crianças e adolescentes. Com isso, a pregação do evangelho, feita após as aulas, teve um alcance ainda maior. Uma outra grande oportunidade foi a visita às vilas atingidas pelo ciclone. Autorizados pelo ministro de turismo, responsável pela reconstrução das áreas afetadas, os “missionários da bola” viram de perto a destruição causada pelo ciclone. “Numa das visitas às vilas haviam mais de 1000 pessoas nos aguardando ansiosamente. Foi um grande privilégio e oportunidade para testemunho”, conta o Pr. Marcos Grava, que destacou ainda a notícia dada pelo ministro. “Sensibilizado pela nossa atitude ele autorizou, ainda que verbalmente, a entrada de mais brasileiros para ajudarem o país nas áreas do esporte, da saúde e da educação. Podemos ver que o Pai está abrindo portas em países outrora totalmente fechados”, finaliza o Pr. Marcos Grava.

Fonte: JMM

Ensino religioso fará parte de acordo assinado por Lula


Em visita ao Vaticano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende assinar, nesta quinta-feira (13), acordo bilateral com o papa Bento 16. O tratado abordará, entre outros temas, o ensino religioso no país - o que provocou queixas por parte de ONGs ligadas à educação e à liberdade de crença no país.

"A Constituição já prevê ensino religioso, sem especificar a religião. Agora, quando o presidente assina um acordo interpretando esses termos da Lei com o Vaticano, é outra coisa", diz Salomão Ximenes, da ONG Ação Educativa.

Ele critica, também, o fato de que os termos do acordo só serão conhecidos depois de assinados. "Não houve debate público, ninguém sabe do que fala o texto. Pegou todo mundo de surpresa", disse.

A ONG pró-aborto Católicas pelo Direito de Decidir também reclamou da medida. "Nós somos católicas, mas nem por isso concordamos com a discriminação das outras religiões. O Brasil não é democrático e laico?", questionou Regina Soares Jurkewicz.

Da mesma ONG, Marta Elizabeth Vieira teme que o ensino religioso interfira o debate sobre o aborto. "O ensino religioso nas escolas vai formar crianças. Algumas delas vão ser médicos, que vão ter um pensamento católico e se posicionarão de outra maneira na hora de exercer a profissão".

Itamaraty se defende

Diplomata do Ministério das Relações Exteriores que acompanha Lula em Roma disse, por telefone, que as críticas são infundadas. "Não sei por que tanto barulho. O acordo só reúne leis que já existem e já vigoram no país", disse.

Segundo ele, o ensino religioso continuará facultativo e plural.

O acordo só será divulgado à imprensa depois de Lula assinar o documento com Bento 16 - o que deverá acontecer por volta das 11h, no horário de Brasília. O encontro será a portas fechadas.

Fonte:UOL/Via Zoenet

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Asya é libertada da prisão

Asya Ahmad Muhammad

IRAQUE (21º) - Asya Ahmad Muhammad (também chamada de Maria, seu nome cristão) foi libertada da prisão antes de ontem, 10 de novembro.

Agora com 16 anos de idade, Asya passou quase dois anos presa. Ela foi condenada por ter matado seu tio de 9 de julho de 2006, quando ele atacou Asya e sua família (leia mais).

O tempo que passou na cadeia foi bastante difícil para Asya e sua família. Por um longo período, não ficou certo que ela poderia continuar seus estudos enquanto estivesse presa.

Continue a orar por Asya, seu pai, sua mãe e seus irmãos. Peça pela proteção dela e de seus pais, para que sua família estendida (tios e avós) não queira se vingar. Ore pelo futuro da família de Asya no Curdistão, pois não sabem se devem permanecer na vila em que vivem ou se devem se mudar.

Campanha de Ações Institucionais pela Argélia tem bons resultados


ARGÉLIA (31º) - Líderes da Associação das Igrejas Protestantes da Argélia foram a Londres para relatar aos parlamentares como os cristãos argelinos estão sendo perseguidos.

O encontro foi realizado em 10 de novembro no Parlamento britânico, e foi dirigido pelo Lorde Bates de Langbaurgh. Vários membros do Parlamento estavam presentes no encontro. Os dois líderes argelinos também se encontraram com o Ministro das Relações Exteriores e de Assuntos Relativos à Comunidade, Bill Rammel, em seu escritório, para discutir a situação da Argélia.

A iniciativa se deu após uma campanha de Ações Institucionais realizada pela Portas Abertas, da qual participaram cerca de 2.500 pessoas, escrevendo para a Embaixada da Argélia em relação à lei religiosa “Decreto 06-03”. Essa lei proíbe qualquer atividade cristã fora dos templos reconhecidos pelo Estado, bane literatura cristã de todo tipo e proíbe toda tentativa de evangelizar mulçumanos.

No último ano, aproximadamente metade das quase 50 igrejas protestantes do país foram obrigadas a fechar suas portas, e mais de uma dezena de cristãos sofreram ameaça e perseguição por parte de autoridades. Desde que a campanha da Portas Abertas começou, as igrejas pararam de ser fechadas, apesar de várias pessoas terem sido processadas.

Neste ano, mais de cem membros do Parlamento britânico assinaram uma proposta na Câmara, expressando sua preocupação em relação à liberdade religiosa na Argélia.

A iniciativa da Portas Abertas está atraindo cada vez mais o apoio de parlamentares de vários partidos políticos. No início do mês, o parlamentar Jeffrey Donaldson apoiou a campanha de Ações Institucionais em favor dos cristãos em Orissa, na Índia, onde mais de 50 pessoas foram mortas em poucos dias. Ele e outros 50 parlamentares escreveram ao Secretário de Relações Internacionais, David Miliband, exigindo uma intervenção urgente para ajudar a impedir mais ataques.


Tradução: Priscilla Figueiredo



Fonte: Christian Today

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Agentes humanitários são agredidos e presos por conversão forçada


ÍNDIA (30º) - No dia 4 de novembro a polícia de Orissa prendeu sete agentes humanitários cristãos no distrito de Bhadrak, sob falsas acusações de conversão forçada, de acordo com a Seção 4 do Ato de Liberdade Religiosa de Orissa.

O Centro de Discipulado (CD) tem conduzido um projeto de assistência social durante três anos em dez vilarejos de Tihili Block.

O incidente aconteceu quando cinco homens e duas mulheres, todos funcionários do Centro de Discipulado estavam viajando para o escritório em motocicletas. Um ciclista não identificado colidiu com um deles, causando pequenos ferimentos.

Cerca de 50 pessoas se aproximaram do local, e logo o grupo tornou-se uma multidão de 400 pessoas. Os sete trabalhadores foram levados a um terreno de um crematório onde a multidão começou a agredi-los, empurrá-los e ameaçaram queimá-los vivos.

Integrantes dos grupos fundamentalistas Rashtriya Swayamsevak Sangh e do Vishwa Hindu Parishad passaram pelo local e juntaram-se à multidão.

A polícia chegou ao local e os funcionários do CD foram levados à delegacia. Registraram dois boletins de ocorrência contra os funcionários, um por “conversão” forçada e outro pelo acidente.

Os agentes humanitários abriram um processo em resposta aos agressores.


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: International Christian Concern

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Nova lei exigirá 200 fundadores para legalização de grupos religiosos


QUIRGUISTÃO (*) - Uma restritiva lei religiosa do Quirguistão foi aprovada unanimemente pelos 79 parlamentares do país, em 6 de novembro. Agora que a segunda e última leitura da lei foi completada, ela será encaminhada ao presidente Kurmanbek Bakiev, para ser assinada.

Segundo essa lei, o pedido de uma organização religiosa para ser reconhecida oficialmente pelo governo deverá ser apresentado por 200 pessoas – chamadas de “fundadoras”.

Para validar o pedido, a identidade de todos os fundadores deve ser confirmada pela administração regional (keneshes).

Acredita-se que esse empecilho foi propositalmente colocado pelos parlamentares que participaram da votação.

Um grupo religioso não-cristão comentou: "Como poderemos reunir 200 pessoas para assinar documentos para a Agência Estadual de Assuntos Religiosos, e depois levá-las para o keneshes, com seus passaportes, para serem identificadas? As pessoas aqui são muito desconfiadas em relação a assinar documentos para o governo”.

Alexander Schanz, da Igreja Luterana, disse ao Forum 18 que está preocupado com a nova lei. "A esse ponto, só podemos orar pela situação, e muitas igrejas estão orando neste momento”.

Outros líderes cristãos têm a mesma preocupação que Alexander, no entanto, eles não quiseram comentar publicamente o fato.


Tradução: Daila Fanny

* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.

Fonte: Forum18 News Service (em inglês)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pastor é homenageado por trabalho em favor da paz

Por Renato Cavallera

Em ato solene na Universidade Politécnica (Upoli), o pastor Samuel Kobia recebeu três reconhecimentos por sua contribuição para a reconciliação e a paz como secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

A primeira condecoração, a Ordem da Paz pelo Instituto Martin Luther King, foi recebida por Kobia das mãos do reitor da Upoli, engenheiro Emerson Perez. O reitor disse estar honrado por entregar o prêmio a um líder religioso que se destacou num extraordinário trabalho de promoção da paz, da liberdade e da justiça no mundo.

O segundo reconhecimento foi entregue pelo prefeito de Manágua, engenheiro Dionisio Marenco, que declarou Kobia hóspede de honra da cidade por cinco dias. A terceira condecoração foi entregue por representante da Direção do Conservatório Musical de Toluca, no México.

Emocionado, Kobia agradeceu os reconhecimentos e enfatizou que somente o amor pode vencer o ódio no mundo. “Quando se busca a reconciliação não devemos olhar para trás para não recordar as amarguras e feridas”, enfatizou o reverendo ao recordar que o amor é o princípio fundamental que deve prevalecer entre as pessoas, a sociedade e a comunidade religiosa.

“Quando falamos de paz na terra não devemos esquecer também que é preciso trabalhar pela paz com a terra, porque o ser humano vem degradando o meio ambiente a cada dia”, disse Kobia, entusiasmando igrejas e governos a assinarem acordos capazes de estabelecer uma paz duradoura, que não fique restrita ao papel.

O secretário-geral do CMI, entidade que congrega mais de 800 milhões de cristãos em todo mundo, recordou que a verdadeira paz deve ser integral e ela convoca a quitar dívidas, porque sem paz não há sanidade. “A paz começa conosco, ao reconhecermos a irmandade”, disse Kobia.

O líder ecumênico destacou que as pessoas tendem a procurar Deus em situação de guerra e desastres, quando Ele deveria ser invocado em todo momento da existência humana. Kobia sugeriu que 2009 seja declarado Ano Internacional da Reconciliação.

Na quarta-feira, 5, Kobia reuniu-se com o cardeal Miguel Obando y Bravo na Universidade Centro-Americana para conhecer o trabalho que realiza como presidente da Comissão de Reconciliação e Paz.

Fonte: ALC

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Cristãos em fuga no Iraque


IRAQUE (21º) - No Iraque, a perseguição aos cristãos continua. Assassinatos e um êxodo em massa contradizem a promessa do primeiro-ministro Nouri Al-Maliki de segurança para todos. As igrejas estão tentando ajudar os refugiados, e talvez alguns irão para a Alemanha - se o governo concordar com um plano.

A longa viagem de Mosul para Bagdá atravessa uma terra de ninguém deixada no Iraque central por cinco anos de guerra. Para Rami Kamil, 43, sua esposa e filhos, a viagem era uma fuga da perspectiva crescente de morte em Mosul.

Na última terça, às 6h da manhã, a família começou a viagem em seu pequeno Hyundai verde. Eles esconderam as jóias e o dinheiro sob uma montanha de toalhas e lençóis, os dotes das duas filhas. A pequena cruz que antes ficava pendurada no espelho fora removida há algum tempo. Atrair atenção com símbolos cristãos em postos de policiamento no Iraque não é uma boa idéia.

Kamil e sua família entenderam que não podiam mais continuar em Mosul quando seu quarto vizinho, o joalheiro cristão, foi morto. Atacantes desconhecidos atiraram contra a sua loja, enquanto seu filho, paralisado de medo, olhava pela janela.

Agora, Kamil está sentado no jardim de seu primo em Bagdá, cansado demais para terminar uma frase e inseguro do que fazer em seguida. "Sou professor de matemática. Atualmente, quem precisa de um cristão que ensina matemática?", pergunta.

Desde a invasão americana do Iraque em março de 2003, os cristãos em Mosul passaram a temer por suas vidas. Igrejas foram incendiadas; padres, médicos, engenheiros e empresários foram assassinados. Em março, assistentes encontraram o corpo do arcebispo Paulos Faraj Rahho em um subúrbio da cidade. Uma nova série de matanças, que começou no final de setembro, já levou 18 vidas.

Para impedir os cristãos de fugir, seus perseguidores montam postos de vistoria falsos ao longo das estradas que saem da cidade. Freqüentemente são roubados, espancados e até assassinados. No bairro de Sadik, homens mascarados recentemente detiveram um sujeito com seu filho. Quando viram um nome cristão em sua carteira de identidade, eles o mataram na mesma hora. Quando o menino disse que o homem era seu pai, atiraram nele também.

Os membros da igreja que ainda não fugiram encontram panfletos em seus apartamentos com uma "Advertência a todos os cristãos". "Se vocês não partirem, serão massacrados em três dias", diz.

Não são ameaças vazias. No início de outubro, 15 jovens mascarados entraram na casa de uma família cristã que morava na margem leste do Tigre, em Mosul. Primeiro, eles pegaram o telefone celular da família e depois um dos invasores mascarados apontou uma arma contra a cabeça do filho de oito anos. Os atacantes gritaram que todos tinham que abandonar a casa e deixar seus pertences para trás. Eles tinham grande quantidade de explosivos. Apesar d os vizinhos alertarem a polícia, esta não chegou a tempo de salvar a casa, que explodiu na frente de seus olhos.

Fonte: Der Spiegel

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Abertas as inscrições para mais um Projeto Radical Latino

Estão abertas, até o final de novembro, as inscrições para o Projeto Radical Latino-Americano 2009. As vagas são limitadas e têm como alvo principal os jovens batistas membros de igrejas das convenções Brasileira (CBB), Nacional (CBN) e Independente (CIBI) que tenham mais de 18 anos, sejam seminaristas, universitários ou que possuam nível superior completo, e que desejam doar 11 meses de sua vida nos campos da América do Sul para viver em equipe..

O Projeto é uma parceria missionária entre a UBLA (União Batista Latino-Americana), a Sociedade Missionária Batista Britânica (BMS, sigla em inglês) e a Junta de Missões Mundiais da CBB.

Até agora, mais de 50 jovens, de 12 nações diferentes (Brasil, Uruguai, Argentina, Paraguai, Chile, Equador, Peru, Espanha, Guatemala, Inglaterra, País de Gales e Escócia) participaram do Radical Latino. Eles trabalharam em 8 países da América do Sul (Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Chile, Paraguai. Uruguai e Brasil) e evangelizaram mais de 30 mil pessoas.

Período de treinamento
O treinamento é feito no Rio de Janeiro, nas dependências do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2009. Em seguida os Radicais seguem para o Uruguai, onde é feita a segunda etapa do treinamento e aprofundamento na língua espanhola. Finalmente, as equipes são divididas para irem a outros países da América do Sul, em dois períodos.

Se você tem interesse em servir a Deus efetiva e “radicalmente”, entre em contato para obter mais informações, ou inscreva-se pelos seguintes endereços:

Junta de Missões Mundiais (igrejas da CBB) – crh@jmm.org.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo ;
Junta Administrativa de Missões (igrejas da CBN) – jami@jami.com.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo ;
Convenção das Igrejas Batistas Independentes (igrejas da CIBI) – secretaria.missoes@cibi.org.brEste endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo ;

No site www.radicallatino.org.

Rede leva Evangelho às casas das famílias

Meta é envolver 50 mil igrejas evangélicas de todo o País, levando a programação a 5 milhões de pessoas.

(Fonte: Diário do Nordeste) - Nos primeiros anos da TV no Brasil, as pessoas se reuniam nas casas de amigos e vizinhos para assistir àquela nova forma de entretenimento. Hoje, um princípio semelhante será experimentado com o objetivo de levar o Evangelho às famílias brasileiras. Promovido pelas igrejas evangélicas do Brasil em parceria com a Associação Evangelística Billy Graham (AEBG), o projeto Minha Esperança Brasil vai promover pregações e testemunhos entre os dias 6 e 8 de novembro, com transmissão por meio de uma rede televisiva nacional.

‘‘A idéia é que cada família chame seus amigos, parentes e vizinhos para assistir a essa programação especial. Da mesma forma que o apóstolo Mateus abriu sua casa para que amigos pudessem conhecer a palavra de Cristo’’, explica o pastor Francisco Paixão Bezerra Cordeiro, da Secretaria de Missões das Assembléias de Deus no Ceará (Semadec). Ele acredita que a televisão é um meio com grande alcance e que pode ser utilizado para transmitir uma mensagem positiva para as pessoas.

Todas as transmissões serão feitas a partir das 21h. No dia 6, será exibida uma mensagem do evangelista norte-americano Billy Graham, considerado um dos mais importantes pregadores do meio. No dia 7, é a vez de Frank Graham, que assumiu o trabalho do pai, levar uma mensagem de evangelização. Já na última noite, será exibido um filme de testemunho sobre a experiência da mensagem de Jesus Cristo. A meta é envolver 50 mil igrejas evangélicas de todo o País e que, durante os três dias, em torno de 5 milhões de pessoas estejam acompanhando a programação.

‘‘Nesses dias em que vemos a impotência da sociedade diante da violência e da desagregação de valores, não conheço um instrumento mais eficaz de transformação que o Evangelho. Sou exemplo e testemunha desse poder na minha vida e na minha família, porque ele transforma de dentro para fora. Queremos tocar as pessoas e promover essa transformação independente da crença de cada um, pois o Evangelho tem uma mensagem universal’’, destaca o pastor.

Fonte: O Verbo

Fórum Cristão Mundial desenvolverá programa para 2009-2011

O Fórum Cristão Mundial (FCM) vai reunir representantes de famílias, tradições e movimentos para reunião em Nova Delhi, na Índia, dias 8 a 11 de novembro, com a tarefa de elaborar a programação do Fórum para 2009 a 2011.

O programa terá como inspiração as recomendações do Fórum Mundial de Limuru, reunido em novembro de 2007, e os relatórios de avaliação do processo de 1998 a 2007. A reunião de Nova Delhi servirá para refletir sobre a maneira de encerrar o programa trienal através da realização de um evento maior, que ficaria agendado para o final de 2011 ou início de 2012.

No encontro de Nova Delhi será renovado e ampliado o Comitê FCM, que começará a exercer suas responsabilidades a partir de 2009. O novo comitê será composto por membros nomeados pelas diferentes igrejas e organizações mundiais representantes das tradições cristãs que participam do Fórum.

Nos últimos meses, a violência contra cristãos, igrejas e instituições cristãs na Índia aumentou de maneira significativa. A reunião do Fórum pretende estudar a situação atual e manifestar a preocupação e a solidariedade da igreja do mundo aos cristãos e às igrejas da Índia.

A Igreja Protestante da Holanda (PKN) e as Igrejas Unidas Pentecostais e Evangélicas (VPE, o nome das Assembléias de Deus na Holanda) formaram uma Comissão de Diálogo. A Plataforma Nacional dos Movimentos Pentecostais e do Pleno Evangelho se juntou a essa Comissão. A iniciativa é resultado da necessidade reconhecida por ambas as partes. Na primeira reunião da Comissão, em setembro passado, foi declarado que as igrejas estão diante de desafios comuns num mundo secularizado.

Ainda é deficitária, no entanto, a capacidade para aprender a se conhecer melhor, construir a confiança e abordar as difíceis tarefas sobre as quais há opiniões diferentes e que, por vezes, produzem preconceitos. A comissão realizará cinco reuniões por ano e, após dois anos, fará uma primeira avaliação.

Quando foi celebrado o centenário do movimento pentecostal na Holanda, no estádio olímpico de Amsterdam, ano passado, o reverendo Bastiaan Plaisier, à época secretário geral da PKN, pediu desculpas pelo desprezo que as igrejas “históricas” manifestaram no passado em relação ao movimento pentecostal. O presidente da VPE, pastor Peter Sleebos, também expressou palavras de arrependimento de parte do movimento pentecostal em reunião do Sínodo da PKN.

Ainda que o novo diálogo na Holanda não represente um resultado direto do FCM, tanto a PKN como a VPE estão envolvidas no Fórum e participaram de várias reuniões, a exemplo da Consulta Européia de 2006 e do Fórum Mundial de Limuru, em 2007.

Há mais de um ano os bispos do Conselho Nacional de Igrejas nas Filipinas e do Conselho Filipino de Igrejas Evangélicas reúnem-se todos os meses para tratar do problema dos assassinatos extrajudiciais neste país. Os religiosos já estiveram reunidos com oficiais da Polícia Nacional e chefes das forças armadas. Essa cooperação, além das reuniões, contribuiu para o desenvolvimento da confiança entre os dois conselhos e seus líderes, que pretendem convidar os bispos católicos a se juntar ao fórum.

O FCM iniciou sua trajetória em 1998, como uma série de conversas entre diferentes tradições religiosas que representavam um leque de igrejas mais amplo do que aquele conformado pelos membros do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Este fórum oferece uma oportunidade para analisar os pontos em comum, compartilhar testemunhos pessoais e debater as possibilidades de futuro da comunidade.

Fonte: ALC

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Projeto Minha Esperança Brasil

A Band transmitirá para todo o Brasil o mega projeto Minha Esperança Brasil, parceria da Associação Evangelística Billy Graham (AEBG) e Igrejas Evangélicas do Brasil.

Os programas do projeto que serão retransmitidos pela Rede Bandeirantes de Televisão é um convite para o país que carece de tanta ajuda e que está desolado por problemas de violência, de convívio social e pela própria falta de esperança.

Durante três noites [ dias: 06, 07 e 08 ] os programas serão transmitidos em horário nobre (21:00hs) e em rede nacional, incluindo testemunhos comoventes, clipes e mensagens de forte apelo evangelístico, na primeira noite por Billy Graham e na segunda, pelo seu filho Franklin Graham. Na terceira noite será exibido um filme evangelístico de 90 minutos produzido pela AEBG.

Horário: 21:00 h (horário de Brasília)

* 06 de Novembro - Quinta
* 07 de Novembro - Sexta
* 08 de Novembro (Filme dublado “Compromisso Precioso”) - Sábado

Após a apresentação clara do evangelho através da transmissão destes programas, os anfitriões convidam os não salvos a receberem Jesus Cristo como Salvador e Senhor. Esta estratégia chama-se “Mateus e seus Amigos”, baseada na história no Novo Testamento do discípulo Mateus, que deu um banquete aos seus amigos depois de conhecer a Cristo.

Conhecer a Cristo e a Deus realmente transforma a vida das pessoas e se hoje estou escrevendo aqui é por que ao contrário do que muitos pensam, é extremamente importante que as pessoas tenham a oportunidade de conhecer a Cristo.

Reserve um pouco do seu tempo e assista pelo menos um dos programas (Fonte: Vitrine Digital)

Billy Graham e a ante-sala da apostasia

João Heliofar de Jesus Villar

A chamada do mais novo filme com tonalidade cristã nos Estados Unidos segue mais ou menos esta forma: “Dois homens ouviram o chamado de Deus. O primeiro se tornou ateu. O outro se tornou Billy Graham”. O longa “Billy Graham, the early years” (ainda sem título em português), que não foi lá tão bem recebido pela crítica especializada, conta a história dos primeiros anos do ministério do evangelista mais respeitado do mundo.

Desperta a atenção na publicidade do filme, a saga de dois homens que sentiam-se vocacionados a pregar o evangelho e tiveram destinos absolutamente diversos. O ateu é Charles Templeton, então o melhor amigo de Graham, que, no decorrer da caminhada, desertou da fé cristã.

O que leva um evangelista a converter-se ao ateísmo, isto é, a render-se a um sistema que consiste na exata negação dos fatos que ele pregava? A revista Time publicou, em 1993, em sua reportagem de capa, uma matéria sobre Billy Graham em que relata o episódio da influência de Templeton sobre a vida do evangelista.

Segundo o relato da Time, tanto Graham quanto o seu amigo pregavam o evangelho, até o momento em que Templeton se deparou com os questionamentos da teologia liberal à verdade bíblica e com as conclusões avassaladoras que o método de investigação materialista faziam contra as Escrituras. Billy Graham não possuía muitas respostas para os questionamentos do seu melhor amigo. Sem dispor de adequados conhecimentos científicos para argumentar em favor de sua fé, ele se viu num daqueles momentos de definição que todo cristão enfrenta, quando reflete honestamente sobre sua fé diante dos desafios do secularismo.

Graham, então, optou por uma saída pragmática: “Eu percebo que quando eu digo ‘Deus diz’ ou ‘a Bíblia diz’ eu consigo resultados. Por conta disso, decidi não lutar mais com esse tipo de questão”.

Essa história ensina que a apostasia tem um caminho. E esse caminho não está relacionado com o encontro que se pode ter com o grande conhecimento científico que o homem acumulou na sua história. A ciência pode levantar algumas questões que transitoriamente angustiam o coração do crente, mas não são suficientes para minar sua fé. Não é isso que leva à deserção.

Na verdade, a derrocada tem início quando o crente começa a duvidar das Escrituras. O liberalismo teológico é a ante-sala da apostasia. O crente que duvida da confiabilidade da Palavra de Deus serra o galho de árvore sobre o qual a sua fé está sentada. É por isso que Dinesh d’Souza acerta quando chama o teólogo liberal de evangelista ao avesso. Segundo o autor indiano, os missionários eram enviados ao mundo para pregar o evangelho, enquanto que o teólogo liberal é um emissário do mundo para pregar à igreja.

É certo que a cantiga do secularismo exerce fascínio sobre todos nós, especialmente sobre aqueles que amam a cultura e a arte. Em tempo de mediocridade na produção cultural no meio cristão, é difícil não se encantar com a superioridade estética da cultura secular, em todas as suas manifestações -- literatura, música, teatro etc. Mas devemos cuidar para que esse encanto não chegue ao ponto de nos levar a aceitar, no coração, a questão que é a pedra fundamental da teologia liberal: “Foi assim que Deus disse?”.


• João Heliofar de Jesus Villar, 45, é procurador regional da República da 4ª Região (no Rio Grande do Sul) e cristão evangélico.

Cadeia ganha capela para presos cristãos

PAQUISTÃO (15º) - A prisão Adilaia, na cidade de Rawalpindi, vai ter agora uma capela em suas dependências.

O mérito da construção é do Ministério Compartilhando Vida do Paquistão (MCVP), que solicitaram às autoridades do presídio a construção da capela.

Sohail Johnson, o coordenador-chefe do MCVP, descreveu a permissão das autoridades para construir a capela como “o maior sucesso” do ministério, e disse estar feliz pelo fato de os prisioneiros conseguirem um local para orar. Ele lamentou que somente duas das 32 prisões na província de Punjab possuem capelas.

Sohail também comentou que quer ver capelas em todas as penitenciárias de Punjab.

Iniciativa dos prisioneiros

Os prisioneiros cristãos de Adilala fizeram greve de fome no ano passado quando a sala que usavam para oração – a lavanderia – ficou cheia de prisioneiros. A maioria era advogados que haviam protestado contra a demissão do ministro de Justiça do Paquistão, Iftikhar Muhammed Chaudhry, em março deste ano.

Para atrair a atenção das autoridades e também expressar solidariedade aos prisioneiros, MCVP fez um protesto na frente do Clube de Imprensa da cidade de Lahore, estimulando as autoridades a permitir que os prisioneiros cristãos se reúnam na prisão.

Os prisioneiros cristãos começaram a construir a capela assim que obtiveram permissão do superintendente de Adilala.


Tradução: Claudia Skobelkin



Fonte: ANS

sábado, 1 de novembro de 2008

Como apresentar Cristo a sua geração?

Em artigo sobre a importância de saber evangelizar, o pastor Ziel Machado, que é historiador e secretário regional para a América Latina da International Fellowship of Evangelical Students (IFES), entidade que reúne movimentos de evangelização de estudantes em todo o mundo, ressalta: "Não podemos apresentar alguém que não conhecemos. Em se tratando do Senhor Jesus Cristo, não o conheceremos sem uma vida marcada pela obediência a sua Palavra”. Leia a seguir a íntegra do artigo.

"Como nos sentiríamos se fossemos convidados a apresentar a um grupo de pessoas, alguém que não conhecemos? Sem dúvida, nossa tarefa seria bem difícil devido a este desconhecimento. No evangelismo acontece o mesmo, você pode decorar versículos para as mais diversas situações, pode até decorar 500 técnicas de abordagens evangelísticas e 18.000 respostas para perguntas díficeis. Mas não podemos confundir evangelização com aberturas de xadrez; saiba que, para cada pergunta sempre haverá uma resposta, e para cada resposta sua, sempre haverá uma boa pergunta; este é o limite da apologética. Sendo assim, precisaremos estar bem seguros quanto ao que, em nosso caso a Quem, devemos apresentar em nossa prática de evangelização.

"Usando outro exemplo: eu posso não saber os nomes dos meus bisavós, mas isso não impede que eu possa apresentar meu pai a qualquer pessoa. A razão para isso é simples: posso não ter todas as informações relacionadas à minha família, mas conheço suficientemente ao meu pai para apresentá-lo. Pegou a idéia? Você pode não saber de cor a genealogia de Jesus mas deve ter um relacionamento pessoal com ele que o capacite a apresentá-lo. Os apóstolos disseram desta forma: “não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” (Atos 4:20).

"Isto levanta a questão sobre o que temos visto e ouvido e como isto nos impulsiona à evangelização.

"Quando reduzimos a evangelização a técnicas de abordagem, a respostas inteligentes para perguntas difíceis, ou a mensagem do Evangelho a uma teoria sobre Jesus Cristo; perdemos o ponto. O Reino de Deus é relação e o Evangelho é o relato do que Deus fez (e faz!) em Cristo para viabilizar esta relação do ser humano com Deus, do ser humano consigo mesmo, do ser humano com seu próximo, do ser humano com a criação e até da criação com a própria criação. Tudo que o pecado afetou pode ser restaurado, reconciliado por meio do que Deus fez em Cristo na Cruz (Colossenses 1:19-20). E aqui estamos diante da difícil questão: é isso o que temos visto e ouvido? Todas as coisas sendo reconciliadas em Cristo! É isto que demonstra a nossa vida comunitária em nossa igreja local? É isso que apresenta minha vida, como resultado da minha decisão de seguir a Jesus Cristo?

"Chegamos ao ponto onde podemos relacionar a questão da evangelização com nossa vida devocional. Em primeiro lugar, é importante afirmar que nossa vida devocional não se limita a uma dimensão de minha vida privada restrita aos tempos tranqüilos de oração e leitura bíblica. Minha vida de comunhão com os irmãos é fundamental para uma vida devocional saudável. Fomos salvos para fazer parte de um povo, de uma nação eleita de uma comunidade. Quando oramos o Pai Nosso, devemos manter nossa atenção para o fato de que o Pai é nosso e não meu. Uma vida devocional que se imagine “independente” da qualidade de nossa relação comunitária no Corpo de Cristo, ou seja, nossa igreja local (para ser mais específico), é o mesmo que um velocista que decide usar somente uma das pernas para correr quando dispõe de duas para enfrentar seu desafio.

"Sei que viver com os irmãos no céu é glória e que viver com os mesmos irmãos na terra é outra estória, no entanto, parte da minha vida devocional é a capacidade de perdoar e de ser perdoado. Ninguém escapa do desafio de expressarmos, na história, os benefícios da cruz de Cristo, ao fazer de um grupo de pecadores um só povo. Povo que vive (deveria viver) hoje, na história, os sinais do que será perfeito um dia quando nosso Senhor retorne.

"Quando entendemos que nossa vida devocional começa primeiramente na esfera da vida comunitária, podemos dar um passo adiante para o aspecto da vida privada. Nunca é demais lembrar que esta dimensão particular da vida não significa isolacionismo individualista. Vivemos no corpo de Cristo e, mesmo quando estamos sós, ainda estamos no Corpo de Cristo. Estou frisando muito este aspecto porque creio que uma das maiores deficiências que encontramos na Igreja Evangélica no Brasil (para não falar de outros) é a compreensão que temos de vida comunitária. Confessamos que cremos na Trindade e não temos muita idéia do que isso significa para a vida da igreja. Voltando à dimensão privada da vida devocional, quero dizer que será nossa experiência diária de obediência a Jesus Cristo que nos permitirá conhecê-lo cada vez mais. Em diferentes situações e contextos, suas promessas, orientações e consolo nos levarão a uma maior intimidade com Ele.

"Perceba bem que enfoquei o aspecto obediência e não a oração e a leitura bíblica. Por que será? Porque podemos ter leitura bíblica sem obediência e oração que expressem nossos motivos errados, que visem nossos próprios prazeres (Tiago 4:3). Assim como o povo de Israel, segundo o relato do primeiro capítulo de Isaías, podemos ter uma “prática espiritual” que expresse distância de Deus e não proximidade. Uma vida devocional que expresse indiferença e não intimidade, como o que aconteceu com a Igreja em Laodicéia (Apocalipse 3:14). Se nossa vida devocional for marcada pela famosa advertência de Tiago 1:22, de sermos praticantes e não meros ouvintes (enganando-nos a nós mesmos), as promessas bíblicas indicam que seremos íntimos do Senhor. “Quem tem os meus mandamentos e os obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele.” (João 14:21); “Voces serão meus amigos, se fizerem o que eu lhes ordeno” (João 15:14).

"Isso é tudo que precisamos: amigos de Jesus Cristo que apresentem de forma viva o que têm visto e ouvido! Aquele que no passado nos falou “muitas vezes e de muitas maneiras aos nossos antepassados pelos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho” (Hebreus 1:1), e que nos dá a conhecer em sua Palavra o que nos torna sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus (II Timóteo 3:15), pois “não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).

"Devocional e Evangelismo estão portanto visceralmente ligados. Não podemos apresentar alguém que não conhecemos. Em se tratando do Senhor Jesus Cristo, não o conheceremos sem uma vida marcada pela obediência a sua Palavra. Esta vida de obediência deve ser expressa numa vida devocional, comunitária e privada, pois este Evangelho é o Evangelho da reconciliação, o Evangelho do Reino de Deus."

Fonte: Revista Palavra de Paz - Artigo de Ziel Machado.