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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Itamaraty critica discurso de presidente iraniano em conferência da ONU


INTERNACIONAL - Ahmadinejad qualificou Israel de "racista"; delegados abandonaram o local.
"Manifestações dessa natureza prejudicam clima de diálogo", diz ministério.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou nota nesta terça-feira (21) com críticas ao discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante a Conferência da Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre Racismo, em Genebra, na segunda (20).

Em seu pronunciamento, Ahmadinejad qualificou Israel de "racista".

"Depois do final da Segunda Guerra Mundial, (os aliados) recorreram à agressão militar para privar de terras a uma nação inteira, sob o pretexto do sofrimento judeu", disse o presidente iraniano. "Enviaram imigrantes da Europa, dos Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um governo racista na Palestina ocupada." Durante o discurso, delegados de países membros da União Europeia abandonaram o local.

Na nota, o Itamaraty afirma que o "governo brasileiro tomou conhecimento, com particular preocupação do discurso do Presidente iraniano que, entre outros aspectos, diminui a importância de acontecimentos trágicos e historicamente comprovados, como o Holocausto".

"O Governo brasileiro considera que manifestações dessa natureza prejudicam o clima de diálogo e entendimento necessário ao tratamento internacional da questão da discriminação", diz o governo, na nota. Segundo o ministério, o governo brasileiro aproveitará a visita de Ahmadinejad, prevista para o dia 6 de maio, para "reiterar suas opiniões sobre esses temas".

domingo, 26 de abril de 2009

Cristão dono de blog é solto após dois meses na prisão


ARÁBIA SAUDITA (2º) - Hamoud Saleh Al-Amri, 28, preso em janeiro por escrever em seu blog sobre a decisão de seguir a Cristo, foi solto pelas autoridades sauditas em 28 de março de 2009. Ele foi proibido de viajar para fora do país ou aparecer na mídia.

Em uma nova entrada em seu blog, Hamoud atribui sua soltura à pressão que uma rede de direitos humanos, entre as muitas que fizeram campanha para que ele fosse solto, exerceu sobre as autoridades sauditas.

Hamoud foi preso em 13 de janeiro de 2009, e ficou na prisão política de Eleisha, em Riyadh. Ele havia escrito em seu blog sobre a decisão de deixar o islã e seguir a Cristo, e também foi crítico com o sistema judiciário em seu país, destacando a corrupção e os abusos de direitos humanos. Essa foi a terceira vez que Hamoud foi preso.

Após a última prisão, as autoridades sauditas e o Google bloquearam o acesso ao seu blog, no que alegaram ter ocorrido uma violação dos termos de prestação de serviço, antes de restaurar a conexão em 5 de fevereiro de 2009, devido à pressão do público.

A complacência das autoridades sauditas nesse caso surpreendeu alguns analistas, dada a natureza da crítica ao regime e alegação explícita de ter deixado o islã, feitas por Hamoud. Apesar de haver algumas tentativas para uma reforma, a Arábia Saudita permanece um país onde a expressão política é muito restrita, e somente uma versão do islamismo sunita pode ser praticada abertamente. Outras formas de islamismo e outras religiões são restringidas.

A pena de morte por apostasia continua em vigor. Apesar de não existir registros de que essa sentença tenha sido executada nos últimos anos, assassinatos extra-judiciais de convertidos são muito comuns. Em agosto de 2008, a mídia regional relatou que um homem saudita trabalhando em uma comissão local assassinou sua família, Fatima, porque ela se converteu ao cristianismo.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Middle East Concern

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Peça a liberdade de Shi Weihan

CHINA (12º) - O cristão chinês Shi Weihan, 39 anos, foi preso em 19 de março de 2008. Seu “crime” foi publicar Bíblias e livros cristãos sem a permissão do governo.

Por três vezes, o tribunal rejeitou o caso da polícia contra Weihan. O julgamento finalmente aconteceu em 9 de abril. O juiz ainda não proferiu a sentença. Apesar disso, ele continua preso.

Weihan tem diabetes e sabe-se que sua saúde tem piorado. Sua família acredita que ele não tem recebido o medicamento do qual precisa. Ele perdeu 20 quilos desde que foi preso e por causa das condições da cela onde está preso, o corpo de Weihan desenvolveu um tipo de alergia.

A Portas Abertas Internacional está promovendo uma campanha de Ações Institucionais em favor de Weihan. O objetivo é mandar e-mails para a embaixada chinesa no Brasil mostrando que pessoas no mundo inteiro estão cientes do caso e das falhas legais do processo, e pedindo a libertação de Weihan.

Participe, mandando um e-mail ou uma carta.

Peça a libertação de Weihan!

Essa campanha terminará em 30 de junho de 2009. Mas não participe apenas uma vez, mande quantas cartas e quantos e-mails puder.

Abaixo, você encontra um modelo de texto. Se tiver contato com pessoas que exercem cargos de autoridade no governo (deputados, senadores etc.) incentive-os a participar também.

Não esqueça: as cartas devem ser enviadas diretamente às autoridades chinesas e apenas a elas.

Modelo de texto

Vossa Excelência,

Reconheço os avanços positivos que têm ocorrido na China ao longo da última década, inclusive no campo de direitos humanos. No entanto, gostaria de expressar minha preocupação para com o caso do cristão chinês Shi Weihan, de Pequim (passaporte nº. G09812730).

Weihan é dono de uma livraria e tem 39 anos de idade.

De acordo com relatos, Weihan foi detido em 28 de novembro de 2007 e libertado em 4 de janeiro de 2008, por falta de provas. Mas em 19 de março de 2008, ele foi detido novamente.

Weihan já passou mais de um ano na prisão e nesse período, por duas vezes, o tribunal rejeitou o caso por falta de provas. Em 20 de março de 2009, o caso dele seria apresentado pela terceira vez no tribunal. Porém, no último minuto, o tribunal adiou a audiência, sem dar explicações. O julgamento acabou acontecendo em 9 de abril, embora o veredicto não tenha sido anunciado.

Respeitosamente, peço que o senhor interceda junto ao seu governo e solicite que o escritório de segurança nacional aja de acordo com a lei no caso de Shi Weihan, libertando-o rapidamente, uma vez que sua detenção é ilegal.

Pessoas chegadas a ele descrevem-no como um cidadão chinês patriota e um homem honesto, cujo amor por seu país é “contagioso”, dizem elas.

Agradeço seu tempo e atenção para esse caso.

Atenciosamente,
(Seu nome)

Nota: Esse modelo pode ser usado tanto nas cartas como nos e-mails.

Para onde mandar?

Consulado Geral da República Popular da China no Rio de Janeiro
R. Muniz Barreto, 715 – Botafogo
Rio de Janeiro – RJ
CEP: 22251-090
E-mail: chinaconsul_rj_br@mfa.gov.cn

Consulado Geral da República Popular da China em São Paulo
R. Estados Unidos, 1071 – Jardim América
São Paulo – SP
CEP: 01427-001
E-mail: consuladodachina@terra.com.br

Embaixada da República Popular da China
SES - Av. das Nações, Q. 813 – Lote 51
Brasília – DF
CEP: 70443-900
Email: chinaemb_br@mfa.gov.cn

As informações acima foram retiradas do site: www.consulados.com.br/consulados/china.html


Tradução: Texto traduzido pela fonte

Missão Portas Abertas - www.portasabertas.org.br

quarta-feira, 22 de abril de 2009

De olho na perseguição

Uma análise da perseguição ao redor do mundo

Em pleno fim de século XX, houve verdadeiros massacres em nome da fé na Indonésia e Nigéria. Mas há muitos outros contextos em que milhares de pessoas têm seus direitos violados e são impedidas, totalmente ou em parte, de praticar sua escolha religiosa com liberdade.

Alguns são perseguidos, torturados e mortos. Outros vivem em constante pressão do governo, da sociedade, da família. São pessoas obrigadas a superar seus limites para continuar vivas, para trabalhar ou ter acesso à escola, para realizar seus cultos sem impedimentos, exercer sua fé sem preocupar-se com a polícia.


A perseguição em regiões diferentes

África
Há esperança em meio a uma fome devastadora, miséria terrível, conflitos militares e perseguição na Á frica. Essa esperança surge porque talvez esteja acontecendo lá o maior crescimento do cristianismo de que se tem notícia! Portas Abertas está envolvida no treinamento de alguns dos futuros líderes cristãos da África e está dando-lhes as ferramentas que precisam para levar o seu continente a Cristo.

Também queremos ter certeza de que esses novos cristãos têm as Bíblias e outras literaturas cristãs de que precisam para crescer na fé e pregar a Palavra de Deus!

Ásia
Mais de 55% da população do mundo vivem na Ásia. Durante anos, há perseguição e o martírio de cristãos nessa região. Apesar disso, a Ásia está passando por um incrível crescimento espiritual. Que grande testemunho do poder da Palavra de Deus! Portas Abertas provê Bíblias e literatura para a Ásia, sempre tendo como alvo as igrejas domésticas clandestinas da China.

Também damos cursos de treinamento extensivo para os líderes da Igreja para equipá-los com um completo conhecimento da Palavra.

América Latina
Ao contrário do que mostram os roteiros de viagem, há mais na América Latina do que sol, areia, águas mornas e gente boa. Os cristãos de Cuba, Colômbia, México e do Peru sofrem entre revolucionários, barões da droga e extremistas religiosos.

É por isso que Portas Abertas estabeleceu a Rede Ágape. São pequenas equipes que dão aulas de treinamento, realizam reuniões evangelísticas e organizam centros locais para produzir literatura cristã.

Mundo Muçulmano
O Oriente Médio é o berço da Igreja Cristã, ainda que, em algumas regiões, a Igreja quase tenha sido eliminada sob a pressão muçulmana.

A principal prioridade de Portas Abertas no Mundo Muçulmano é treinar uma nova geração de líderes cristãos para fortalecer a Igreja. Estamos também tentando garantir que todos os que queiram um exemplar da Palavra de Deus possam ter uma Bíblia.


Estimativa sobre a perseguição

Entre os que servem a Igreja Perseguida é comum a dificuldade de apurar o escopo e a extensão da perseguição. Um ponto que cria dúvidas é o total de perseguidos.

Internacionalmente, há alguns anos, adotou-se o número de 200 milhões como estimativa do total de cristãos que vivem sob algum nível de hostilidade por sua confissão de fé. A Missão Portas Abertas é um dos ministérios que utilizavam esse número.

Neste início de 2009, após revisar seu procedimento de pesquisa, a Missão optou por um número que acredita representar com mais precisão a quantidade de cristãos perseguidos no mundo. A estimativa é de que o real número situe-se entre 80 e 120 milhões de irmãos. A partir de agora, as publicações da Missão farão menção deste novo dado.

Que ninguém pense que a perseguição tenha diminuído ou que planejemos reduzir nosso empenho junto aos irmãos. Trata-se apenas de um recálculo de potenciais beneficiários de nosso ministério. Finalmente, independente dos números, Deus é o único que conhece a real situação de nossos irmãos e é nele, não nos números, que sempre buscaremos inspiração e direção para continuar servindo cristãos perseguidos.



Estatísticas básicas sobre religião no mundo
De cada 100 pessoas ...
. 19 são muçulmanos (o islamismo é a religião que cresce mais rápido)
. 18 não têm religião ou são ateus
. 17 são católicos
. 17 são cristãos não-católicos (ortodoxos, anglicanos, protestantes, evangélicos, pentecostais)
. 14 são hindus
. 6 são budistas

Perseguição contra cristãos
. 1 em cada 3 cristãos sofre perseguição
. 1 em cada 10 pessoas é um cristão perseguido.
Missão Portas Abertas

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Crianças da Igreja Perseguida


Qualquer criança tem necessidades físicas e psicológicas. Elas precisam ser alimentadas, amadas e queridas pelos pais. Para muitas crianças da Igreja Perseguida, além de conviver com a fome e a miséria, elas enfrentam a perseguição. Como conseqüência da violência, muitos perdem seus pais, cabendo sua criação inteiramente às suas mães viúvas.

Como esses pequeninos podem se firmar no evangelho em meio a tanta luta? É possível resistir na fé e no amor a Deus e à sua Palavra quando a circunstância é tão adversa?
A Missão Portas Abertas entende a urgência de se investir na vida das crianças da Igreja Perseguida. Justamente para que elas sejam firmes em sua fé, não cedendo às pressões e tentações que surgem em suas vidas. Ao contrário do que se diz, as crianças não são a igreja do amanhã. Elas são a igreja de Cristo hoje! E precisam ser fortalecidas para que a igreja não corra o risco de estar a apenas uma geração de se extinguir.

Para atingir esse objetivo, a Portas Abertas desenvolve projetos de distribuição de Bíblias e livros, treinamento e ajuda socioeconômica que atendem crianças dentro de suas comunidades. Interceda por esses projetos, pelas crianças de países perseguidos e para que os cristãos brasileiros despertem para essa necessidade.

Você pode participar de muitas formas, orando e contribuindo. O objetivo é conhecer a opinião dos parceiros sobre a importância de apresentar as crianças da Igreja Perseguida para as nossas crianças e, dessa forma, cultivar a comunhão entre elas.
Assista ao vídeo “A fé vigorosa de uma criança” e seja abençoado.

Durante o mês de outubro de 2008, foi feita uma enquete em nosso site para conhecer a opinião dos usuários sobre a importância de se apresentar as crianças da Igreja Perseguida às crianças da Igreja Livre.
A pergunta era: “É importante para a formação cristã das crianças que elas conheçam a realidade e as histórias da Igreja Perseguida?”.
Faça aqui o download do video
Pedidos de oração
Colômbia (50º) – Interceda por uma menina do norte do país que foi atingida pela explosão de uma mina. Ela perdeu a visão e corre risco de perder a perna direita.
Ore pelas crianças e jovens que vivem sob a ameaça de serem recrutados por extremistas. Muitos deles são forçados a deixar as famílias para se juntarem a esses grupos armados. Outras famílias têm de fugir porque estão vivendo em condições de extrema pobreza.

Israel/Palestina - Ore por Ami, um garoto de 15 anos ferido por uma bomba no começo do ano. Ele perdeu dois dedos dos pés, e os nervos atingidos lhe infringem muitas dores. Interceda por ele e por seus pais, para que Deus cure suas feridas psicológicas.
Algumas crianças palestinas ouviram as boas novas por meio do ministério “Filho de Belém”, da Sociedade Bíblica. Eles visitam escolas e clubes infantis para falar sobre Jesus. Agradeça a Deus pelas oportunidades que tiveram. Ore para que as crianças vejam Deus através das canções. Interceda também pelos membros da equipe, pedindo criatividade, proteção e saúde.

Síria (44º) – Muitas igrejas têm realizado escolas dominicais nas igrejas, durante anos. Ore pelos professores, para que não desistam, mas sejam tocados pelo Espírito Santo para continuarem esse tremendo serviço aos pais e às crianças. Eles são dignos de nossas orações e admiração.
Qatar (16º) – As crianças da Igreja Perseguida sofrem o reflexo da violência cometida contra seus pais. Em muitos casos, elas são as vítimas. Peça ao Senhor para curar os traumas que essas vidas experimentam desde cedo. Que suas experiências as aproximem mais do Senhor.

Etiópia (43º) – Em dezembro passado, a jovem Sofia aceitou Cristo, depois de um amigo da escola apresentar-lhe Jesus. Ela juntou-se a um grupo de ex-muçulmanos, no qual aprendeu a compartilhar o evangelho. Recentemente, seus pais encontraram sua Bíblia entre o material escolar, então, Sofia contou da sua conversão. Seus pais ficaram furiosos, e ela teve de fugir para a casa de uma amiga. Interceda por Sofia, para que confie em Deus e cresça espiritualmente. Ore pelo seu futuro, pois ela ainda freqüenta o Ensino Médio e procura pela orientação de Deus na sua vida.

Leia mais
Menina cristã mutilada perdoa seus agressores
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Autoridades egípcias se recusaram a entregar uma menina de 3 anos de idade à sua mãe cristã.
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• Filhos de cristãos são discriminados em escola pública na Nigéria

• Jovem de 15 anos é atingido por bomba caseira
• Autoridades prendem crianças e criam armadilha para os pais
• Crianças são vítimas de conflito em Gaza, diz ONU

• Ore pelo filho de dois anos e por Shiromi, viúva do pastor Neil
Polícia detém 11 adolescentes que estudavam a Bíblia
• Filho de pastor presencia o assassinato de seu pai
• O desespero de uma criança que perdeu o pai num atentado
• Prefeito pressiona pastor a banir crianças da igreja
• Polícia retira crianças de orfanato cristão
• Crianças refugiadas do Iraque conseguem bolsa escolar
• Adolescentes estão desaparecidas após violência anticristã


sábado, 18 de abril de 2009

Um novo tipo de cristão antigo

Nem todos deveriam dirigir-se à montanha da inovação. Mas alguns deveriam.

Eu deveria saber que estava pedindo para ter problemas quando dei a meu quarto livro o título de A New Kind of Christian (Um novo tipo de cristão). Os críticos ironizaram: “Não precisamos de um novo tipo de cristão; precisamos do antigo tipo de cristão”.

Um crítico em particular reforçou este ponto louvando a virtuosa falta de originalidade de C. S. Lewis e Soren Kierkegaard – contrastando estes grandes mestres com “reformadores pós-modernos” como eu, os quais, segundo ele sugere, buscam a novidade e a inovação como um fim em si mesmos. Em uma coisa, no entanto, estamos de acordo: ninguém parece estar muito feliz com o cristão contemporâneo. Mas vale perguntar: encontraremos uma melhor alternativa se olharmos para trás ou para frente? E se olharmos em ambas as direções?

Eu simpatizo com o menosprezo do meu crítico amigo em relação às mais recentes novidades. A última incrível inovação sempre promete mais do que dá conta de cumprir e o preço de expectativas repetidamente frustradas não é barato, levando ao cinismo, à apatia, e à desilusão. O fenômeno do “esgotamento”, pelo qual os lugares de avivamento de ontem se tornam lugares de persistente dureza espiritual de hoje, demonstra que os ganhos de curta duração decorrentes do abalo produzido pelo novo, acabam dando lugar a profundas perdas de longa duração. Nossa nação inteira talvez ainda chegue algum dia a este estado de melancolia e esgotamento.

Outro crítico amigo recentemente citou a frase do “antigo tipo de cristão” para mim. Sentindo-me bastante espirituoso, retruquei: “Que tipo de antigo cristão você recomenda? O judeu convertido do ano 33 A.D.? O grego do século 4? O alemão do século 16? Ou o holandês do século 17?”. Sua fascinante resposta foi que os Celtas, São Francisco e William Wilberforce exemplificavam o tipo de cristãos que esperava ver hoje em dia. “Eu nunca vi ninguém juntar estes três nomes numa mesma sentença antes”, respondi, “mas eu até que gosto da imagem de um Wilberforce franciscano e celta. Ocorre-me que um cristão antigo resultante desta combinação seria, na realidade, algo bastante novo, bastante inovador”. Mas esta afirmação não foi muito bem recebida...

Len Sweet usa a imagem de um balanço para descrever o tipo de movimento que precisamos. Como toda criança sabe muito bem – ainda que não seja capaz de explicar em palavras – o prazer de brincar no balanço advém de uma combinação paradoxal de movimentos: inclina-se o corpo para frente enquanto as pernas são jogadas para trás – joga-se as pernas para frente enquanto inclina-se o corpo para trás. Uma combinação semelhante será exigida de nós se quisermos avançar em direção ao futuro. Daí que meus críticos tenham razão de reclamar de “um novo tipo de cristão novo” embora não tenham tanta razão ao defender o ideal de “um antigo tipo de cristão antigo”. Pois não basta ser “novo/novo” nem “antigo/antigo”. Pois é a combinação novo-antigo que nos vai ajudar a voar. Jesus exemplificou isto assim como o fizeram os Celtas, São Francisco, Wilberforce e também Kierkegaard e C. S. Lewis.

Num mundo em mudança, é impossível não mudar. Resistir ou temer as mudanças pode transformar você em alguém resistente ou temeroso. Afinal, também é possível mudar para pior. Nossa escolha então não consiste em mudar ou não mudar, mas em mudar de maneira sábia ou tola. Penso que não deveríamos ser tão duros uns com os outros. Aqueles entre nós que se sentem chamados à inovação e à originalidade não deveriam usar uma linguagem tão dura em relação aos nossos irmãos mais cautelosos. Tampouco deveriam estes nos julgar por aquilo que fazemos ou somos.

Considere isto: uma árvore tem um tronco e muitas raízes que mudam lentamente. Elas geralmente são rígidas como devem ser. Contudo, por causa do vento que sempre sopra, os galhos necessitam de alguma flexibilidade, e as folhas precisam ser maleáveis e flexíveis. Os galhos mantêm as folhas presas e, como a linha de uma pipa, não permite que elas se soltem. Sem o tronco e as raízes, as folhas morrerão. O reverso é igualmente verdadeiro, se bem que menos óbvio.

Outra imagem: as colônias inglesas originais dos EUA no Atlântico durante o tempo da expansão norte-americana para o Oeste. Os pioneiros sentiram-se chamados para as montanhas e pradarias, e para lá eles foram a pé, a cavalo, e em carroças para abrirem caminho onde nenhum caminho havia ainda sido aberto. Eles eram uma minoria. A maior parte das pessoas ficou nos territórios civilizados com vínculos mais estreitos com a parte mais antiga do país. Se todos tivessem deixado as colônias pelos novos territórios de uma só vez, o resultado teria sido desastroso. Por outro lado, se ninguém tivesse se aventurado, que triste não teria sido!

Nós vivemos na fronteira de uma cultura emergente onde não existem ainda caminhos abertos e conhecidos. Por isto nem todos deveriam dirigir-se para as montanhas. Mas alguns deveriam. Eles serão criticados; algumas vezes criticarão aqueles tidos como demasiadamente tímidos para participar da aventura. Ao invés disto, porém, eu quero ter a esperança de que os inovadores respeitarão seus primos nas colônias e vice-versa. Pois ambos tem uma tarefa a cumprir. Nós precisamos de raízes e folhas, colonos e pioneiros. Para voarmos, precisamos nos inclinar para trás e tomar impulso para frente, balançando entre o novo e antigo com alegria e, quem sabe até, sorrindo como uma criança.

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

O fim da América cristã

Pesquisa indica queda no número de pessoas que se dizem cristãs nos EUA.

A reportagem de capa da edição de 4 de abril da revista americana Newsweek traz um título que, ao menos, chama a atenção de qualquer líder eclesiástico: “O fim da América cristã”.

A partir de uma pesquisa da “American Religious Identification Survey”, a revista afirma que entre 1990 e os dias de hoje o número de americanos que declaram não ter religião alguma quase dobrou - indo de 8% para 15%.

Além disso, a sondagem diz que o número de americanos que se identificam como cristãos - considerando suas inúmeras variações - teve uma queda de 10 pontos percentuais no mesmo período, passando de 86% para 76% da população.

Estes são dados que impressionam, principalmente quando se considera que os mesmos são provenientes dos Estados Unidos, vistos por muito tempo como um verdadeiro celeiro de pastores e missionários.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Esposa de pastor desaparecido recebe ajuda da Portas Abertas

COLÔMBIA (*) - “Obrigada por sua presença e ajuda. Isso mostra que não estamos sozinhos”, disse Ida Miranda González, esposa do pastor William Reyes Piedrahita, desaparecido desde 25 de setembro do ano passado.

Os sequestradores nunca fizeram contato.

O rapto de William chocou o conselho de Maicao que, em 4 de outubro, realizou uma marcha pacífica em protesto ao desaparecimento do pastor. As ruas de Maicao ficaram cheias com milhares de pessoas exigindo a libertação do pastor.


Mas, quatro meses sem receber notícias de William, Ida e sua família ficaram esquecidos. Em meio à dor causada pela ausência do pastor, o executivo nacional da Igreja Inter-Americana decidiu enviar um novo pastor para assumir todas as funções que Ida assumira na ausência do marido.

Embora a Portas Abertas não dê treinamento para pastores na região, um coordenador foi à casa de Ida a fim de apoiá-los espiritual e emocionalmente. Ele também entregou ajuda financeira à família, mostrando-lhes que há corações que se identificam com o sofrimento deles, mesmo sem conhecê-los face a face.

Com o dinheiro recebido, Ida pagou suas dívidas. Ela não estava recebendo o salário integral que seu marido recebia como pastor.

“Foi uma grande ajuda. Vocês não imaginam a dor que isso nos causou, e piorou quando nos vimos sem dinheiro e sem o William conosco, ao meu lado e de nossos filhos William, Nelly e Estefânia... Foi uma verdadeira bênção receber a visita de vocês nessa época”, Ida agradeceu.

Crescendo, apesar do medo

William, 41 anos, serviu como pastor da Igreja Inter-Americana em Maicao por quase três anos. Em agosto passado, ele organizou um grande evento para celebrar os 30 anos do ministério na cidade.

O pastor é do interior do país e, com sua esposa, desenvolveu trabalhos missionários em diferentes partes da Colômbia.

Enquanto Ida liderava a congregação na ausência de William, houve um crescimento incomum, mesmo levando em conta que essa igreja cresceu, nos últimos três anos, mais do que outras no Departamento de Guajira.

A tragédia de setembro provocou um desejo nas pessoas de continuar o trabalho que William começara. “Parece que o sumiço de William virou uma semente que caiu na terra e morreu para dar vida a outros”, disse um ministro da região.

Drama feminino

Apesar disso, a decisão dos líderes nacionais da missão forçou Ida e seus três filhos a buscar outra forma de suprir suas necessidades financeiras.

Essa é a realidade que a maioria das pastoras e esposas de líderes tem de suportar. Depois de anos devotados ao ministério, em vez de aplicados a estudos acadêmicos, elas são excluídas do trabalho, ficando com o coração arrasado. Pior ainda: elas não têm uma oportunidade decente de desenvolver as habilidades que adquiriram no serviço a Deus na igreja.

A Portas Abertas tem mantido contato com Ida pelo telefone. Ida encontrou em nosso ministério refúgio para aliviar sua tristeza.

“Pastor, estou ligando para dizer o que me aconteceu. Sonhei que vocês estavam perto de mim e entendi que Deus pode me dar uma palavra de ânimo nesse”, disse Ida ao coordenador da Portas Abertas. “Deus tem usado esse ministério para me ajudar e ouvir. Obrigada por sua paciência”, acrescentou ela.

Medo atinge outros pastores

Em 3 de julho de 2008, William recebeu uma nota por escrito que dizia: “Pastor, estou preocupado com você. Cuide-se. Dois homens já pagaram 2 milhões de pesos para machucá-lo. Fui à sua igreja e aprendi a apreciá-lo. Por isso, é triste saber que algo pode lhe acontecer”.

Na última visita que o representante da Portas Abertas fez, os pastores de Maicao estavam preocupados com as contínuas ameaças que recebem de guerrilhas. Desde o desaparecimento de William, essas guerrilhas visitaram todas as igrejas de Maicao, exigindo entre 20 e 50 milhões de pesos, variando de acordo com o tamanho da congregação.

Essa prática, realizada em todo o país tanto por guerrilheiros como por paramilitares, é conhecida como “vacina”, e financia parte da guerra. Um grupo que se identificou como “Aves Negras” afirmou ser responsável pelo sequestro de William e pela extorsão de pastores.

Em panfletos e telefonemas, o grupo afirma que “as igrejas estão se enchendo de dinheiro (...); a religião não contribui conosco para a guerra, ela faz uma lavagem cerebral nas pessoas”.

Houve diversos ataques a bomba, assassinatos e roubos planejados. Em 8 de novembro de 2008, no bairro de Santander, seis pessoas morreram. Dez dias depois, um editorial relatou: “Coisas estranhas estão acontecendo em Maicao. Muito estranhas, para ser preciso. Pessoas são mortas e ninguém explica por que esses eventos acontecem. Em tempos como esses, os cidadãos têm o direito de se colocarem nas mãos de Deus e requerer a intervenção dos governantes”.

Essa situação afeta intensamente a igreja. Enquanto houver grupos ilegais, haverá restrições à pregação do evangelho, já que os dois lados da guerra na Colômbia não acreditam na convivência pacífica com os evangélicos.

Tradução: Texto traduzido pela fonte

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Cristãos temem sequestros e homicídios por radicais muçulmanos


FILIPINAS (*) - Meses depois do sequestro de três membros da Cruz Vermelha por militantes muçulmanos, os cristãos da paróquia de Jolo, no sul das Filipinas, ainda temem as ameaças de homicídios, sequestros e outros atentados violentos, conta um bispo local. Pelo menos três bombas explodiram mês passado em Jolo. A primeira delas matou muitas pessoas. A segunda danificou o telhado da quadra de esportes da escola Marist-run Notre Dame Boys School, enquanto a terceira explodiu bem próximo à base marítima Marines Third Brigade, localizada nas proximidades da residência dos bispos, relata a organização Aid to the Church in Need (ACN).

Em 15 de janeiro de 2009, militantes do grupo Abu Sayya raptaram dois membros europeus e um filipino da Cruz Vermelha, enquanto esses visitavam um projeto de saneamento de água em uma prisão. Os sequestradores ameaçaram degolar um dos cativos até o dia 30 de março, mas a intenção parece não ter sido cumprida.

Os sequestros vem sendo perpetuados como forma de extorsão de dinheiro.

Ao comentar esses casos, Regina Lynch, chefe do Departamento de Projetos da ACN, declarou ser “lamentável” que a mídia raramente mostre os casos de raptos de nativos.

“Nós da ACN pedimos que pessoas em todo o mundo não se esqueçam dos cristãos perseguidos em Jolo!” , ela clamava.

Em 15 de janeiro de 2008, na região da ilha de Tabawan, em Jolo, o padre filipino Pe. Reynaldo Jesus Roda foi morto a tiros por muçulmanos armados, tornando-se o terceiro padre a ser assassinado nessa região há 11 anos.

O bispo Angelito Lampon, clérigo de Jolo, comentou a situação com a ACN.

Ele afirma que apesar da paz aparente trazida por unidades da marinha estacionadas na região, padres que no passado recusavam a proteção de uma escolta, agora são obrigados a aceitá-la “por força das circunstâncias, uma vez que não existe uma outra escolha”.

O bispo Lampon ressaltou que nenhum muçulmano sequer tenha sido sequestrado.

As atividades da igreja tiveram de ser interrompidas, porque os cristãos, com medo, precisam retornar para suas casas antes do anoitecer. Isto tem afetado as reuniões pastorais e litúrgicas, os casamentos e funerais, e as atividades diárias.

O perigo fez com que os cristãos da região se voltassem para a sua fé, disse o bispo: “Somos obrigados a levar a nossa fé a sério. Não importa o que vier a acontecer, Deus é por nós. Nossa fé não é mais uma simples visita às missas de domingo, nem está limitada à reuniões de oração, das quais participamos por causa das nossas necessidades. Ao contrário, a nossa fé é um verdadeiro encontro com Deus vivido nos afazeres do dia-a-dia”.

Ele declarou que atividades pacificadoras foram realizadas, incluindo ações conjuntas de cristãos e muçulmanos.

Apesar das “excelentes” relações entre as autoridades locais e a igreja, há uma forte resistência dos “pequenos grupos de fundamentalistas islâmicos”.

De acordo com a ACN, o diálogo entre cristãos e muçulmanos é dificultado uma vez que cada mesquita é independente. Apesar da existência de organizações como a Uluma League for the Philipines, os muçulmanos não possuem representantes legais como a hierarquia católica.

O bispo Lampon salienta a necessidade de uma rápida resolução acerca do conflito, utilizando-se de medidas que vão ao encontro das causas sociais da hostilidade: a estrutura de relacionamentos da região, seus valores culturais e religiosos, e suas atitudes intelectuais.

Tradução: Fabiane Fagundes Schütz

Minha desconfiança com o movimento de missões

Pequenas igrejas estão recebendo bastante atenção, mas onde estão os frutos?

Espero que eu esteja errado. Nos últimos anos, tenho observado, escutado e questionado o movimento de missões. Suspeito que o modelo missionário existente não tenha provado sua eficácia além do campo da teoria. Uma vez mais, afirmo; espero que eu esteja errado.

Todos concordamos com a teoria de sermos uma comunidade de Deus engajada com a obra de ser agente da missão divina neste mundo. Todavia, as conversas em torno do vigente modelo de missões tendem a tratar com descrédito os modelos de igreja existentes, taxando-os como ineficazes. Alguns afirmam que criar programações melhores, pregações e encontros de louvor, não fará com que as pessoas venham para nossas igrejas. Entretanto, aqui está o meu dilema – não consigo ver evidências que comprovem a veracidade desta tese.

Pouco tempo atrás, eu estava em um debate com outros líderes eclesiásticos em uma grande cidade. Um defensor do movimento de missões disse que pessoas jovens não mais virão para as igrejas que trabalham com pregações e louvor. Aquele líder desconsiderou que muitos jovens estavam chegando a uma dessas mega igrejas com uma arquitetura fantástica, exatamente naquela cidade. Seus cultos de adoração trouxeram milhares de pessoas com suas músicas em estilo pop/rock e com pregação sólida. Além disso, a igreja constatou que metade dos jovens que ali estavam não eram cristãos, antes de entrarem naquele ambiente.

Por outro lado, alguns companheiros de trabalho visitaram uma destas igrejas do movimento de missões. Havia nela aproximadamente 35 pessoas. Isso não é um problema em si mesmo. Mas a igreja tem abraçado esse movimento há dez anos e não tem experimentado crescimento, multiplicação, nem plantado outras igrejas em uma cidade como esta, com milhões de pessoas. Isso sim é um problema!

Outro defensor do movimento, sustentador do modelo de igreja nos lares, vê no movimento de missões um modelo mais coerente com a igreja primitiva. Contudo, sua igreja enfrenta o mesmo problema. Depois de quinze anos ela ainda não se multiplicou. É uma comunidade maravilhosa que abriga os sem-teto, mas não há evidências de não-cristãos começando a servir a Jesus. Na mesma cidade, há mega igrejas experimentando crescimento através de conversões e maturidade espiritual de seus discípulos.

Penso que o trabalho de missões requer tempo, e essas igrejas estão quase sempre trabalhando em lugares difíceis. Não podemos esperar crescimento do dia para a noite!

Dado à falta de prova quanto às críticas que faz ao modelo tradicional de igrejas, o movimento de missões deveria minimizar suas argumentações, já que as igrejas alvo de suas críticas têm provocado grande impacto na sociedade. Não, eu não sou o tipo de pessoa que se deixa levar pelos números. Não sou atraído pelo número de pessoas que responde a um apelo feito no altar. Na verdade, sou um pouco cético quanto a isso. Mas sou apaixonado pela centralidade de Jesus na atividade de fazer discípulos. Surpreendentemente, tenho percebido que em muitas igrejas tradicionais esta atividade tem acontecido.

É verdade que as pessoas são atraídas pelo louvor, pregação ou programação com as crianças. Todavia, há muito mais do que isso em grandes igrejas. As pessoas têm sido o corpo de Cristo em suas comunidades. Quando esses discípulos se relacionam com não-cristãos, estes são atraídos pelas evidências do Espírito em suas vidas. A existência de programas ou templos não garante maturidade espiritual ou crescimento de uma comunidade.

Há tantas pessoas que não compreendem a beleza do reino de Deus vivendo na terra, ou a alegria da vida eterna. Essa alegria me motiva a fazer missões, mas também não posso me esquecer do horror do inferno. Isso gera em mim um senso de urgência que me leva a ultrapassar a teoria de missões para ver o que Deus está, de fato, fazendo nas igrejas – pequenas, grandes, tradicionais ou com modelos de missões. Onde os discípulos estão verdadeiramente crescendo? Que tipo de trabalho tem sido feito?

Espero que haja exemplos de trabalhos do movimento de missões que eu não tenha encontrado ainda. Espero que minha percepção, fruto da interação com este movimento, esteja errada. Por enquanto, prefiro fazer parte de uma grande igreja cristocêntrica para a qual estão se dirigindo pessoas que experimentam a salvação em Cristo Jesus, a permanecer em um lugar onde isso não acontece.


Copyright © 2008 por Christianity Today International

(Traduzido por Daniel Leite Guanaes)

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Protestos de muçulmanos interrompem construção de igreja


BANGLADESH - As autoridades em Bangladesh pediram uma paralisação de cinco meses na construção de uma igreja no norte do país, com medo de muitas conversões. Dizem que eles logo aprovaram o recomeço da obra.

Forkan Al Mashi, 55, pastor da Calvary Ishai Fellowship, começou a construção do templo no início de novembro de 2008 em Palashbari Mondol Para, a 350 quilômetros da capital Dhaka.

Malshi disse que, incitados pelos líderes do Jamaat-e-Islami, mais de 100 muçulmanos se reuniram em uma mesquita para protestar contra a construção da igreja.

Os aldeões queriam demolir o prédio, que já estava com os quatro pilares e o piso completos. Quando soube desses planos, Mashi avisou a polícia.

“Eu informei a polícia e instantaneamente dois pelotões (cerca de 25 policiais) se posicionaram perto do prédio. Alguns dos policiais foram até a mesquita para persuadir os muçulmanos a não demolirem os pilares e o piso do templo em construção”, disse Mashi.

Um oficial de polícia afirmou que os muçulmanos estavam preocupados com o número de conversões do islã para o cristianismo que haveria se a igreja fosse concluída.

“A obra da igreja foi interrompida pelo protesto dos muçulmanos locais. A população diz: ‘Porque deve haver igrejas em uma área predominantemente muçulmana?’. Um policial declarou: ‘Essa é a primeira igreja na área. Os moradores protestaram porque pensaram que haveria muitas conversões, e a igreja viraria o centro da vila".”

“Os cristãos nesse país têm o direito de praticar sua religião e de construir igrejas. Penso que a permissão será dada em breve pelo conselho da cidade. Se alguém protestar contra a construção, nós iremos protegê-la”, afirmou um oficial.

Depois que os muçulmanos protestaram, o prefeito parou com a obra. Normalmente, os moradores precisam de uma permissão para construir suas casas.

“Os muçulmanos locais apelaram para todos os níveis da sociedade para interromper a construção da igreja na vizinhança. Eles não querem que eu trabalhe para a expansão do reino de Deus aqui, e persuadiram o conselho da cidade para pararem com a obra. O prefeito me disse que como não tinha o plano de construção e a permissão necessários, teria que interromper a construção.”

Um dos membros do conselho disse que Mashi não precisava de autorização para construir sua pequena igreja. O prefeito garante que a construção poderá ser reiniciada em breve.

A Constituição de Bangladesh garante a liberdade religiosa.

Tradução: Deborah Stafussi
Fonte: Compass Direct

Batistas comemoram 400 anos

Neste ano, os batistas estão completando 400 anos. A Aliança Batista Mundial (BWA, sigla em inglês) fará uma grande celebração por ocasião do seu Conselho Geral, de 27 de julho a 1 de agosto de 2009, em Ede, a 50 quilômetros de Amsterdã (Holanda). No Brasil, a Convenção Batista Brasileira (CBB) também promoverá celebrações.
Comemorações entre os batistas têm tido dificuldades por algumas questões. No Brasil mesmo, a CBB decidiu, após um debate, que o marco inicial batista se deu com a fundação da igreja localizada em Salvador (BA), em 1882. As celebrações não encerraram os debates, que não terminarão agora que a CBB, durante sua assembleia última em Brasília, decidiu que o marco inicial batista foi em 1871, em Santa Bárbara (SP).
O mesmo deve se dar com as comemorações do quarto centenário, como o evidencia a própria decisão da Aliança Batista Mundial ao usar a expressão "400 anos do movimento batista". Infelizmente, uma questão apenas historiográfica acabou por se tornar uma questão doutrinária, como se o lugar dos batistas na história precisasse ser avaliado por sua antiguidade e não por sua fidelidade às Escrituras.
Para muitos, os batistas começaram às margens do rio Jordão, próximo a Jerusalém, onde João, o batizador, imergia as pessoas que se arrependessem e cressem (vindo daí o anagrama JJJ para designar esta posição). O sucessionismo batista (a ideia de que sempre houve batistas desde os tempos de Jesus) surgiu a partir de meados do século 19. J. R. Graves cria que "Cristo, ainda nos dias de João o Batista, estabeleceu um reino visível na terra, e que este reino nunca foi feito em pedaços. (...) Se seu reino permaneceu intacto, e o será até o fim, (...) seu reino não pode existir sem verdadeiras igrejas". S.H. Ford defendida uma "continuidade ininterrupta do reino de Cristo, desde os dias de João o Batista até agora, segundo as expressas palavras de Cristo". Esta ideia foi disseminada no livro "O rasto de sangue", de J.M. Carroll, publicado em 1931 nos Estados Unidos e duas décadas depois no Brasil.
Além desta expressão apologética, há ainda outra dificuldade. Os fatos relacionados ao surgimento dos batistas são pauperrimamente documentados. Pouco se sabe sobre o calvinista John Smyth (1570 - c.1612) ou o arminiano Thomas Hellys (c. 1550 - c. 1616). No entanto, o que se sabe permite registrar, sem margem de erro, que os primeiros batistas surgiram em 1609 em Amsterdã.
Um grupo de "pessoas livres do Senhor", pastoreadas por John Smyth, começou a se reunir na Inglaterra. Perseguido, migrou para Amsterdã, possivelmente com recursos do advogado Helwys. Todos queriam liberdade civil e religiosa, possível na Holanda e inexistente na Inglaterra.
Para Smyth, uma congregação só pode ser formada por crentes adultos, batizados segundo a consciência. Seguro que este era o ensino do Novo Testamento, Smyth pediu a Helwys que batizasse a congregação, mas a proposta não foi aceita. Smyth, então, o fez, aspergindo-se primeiro a si mesmo e depois aos outros membros, inclusive Helwys, que pouco tempo depois assinaria uma confissão de fé que considerava o batismo como uma manifestação exterior da morte com Cristo visando a novidade de vida, razão por que não deveria ser ministrado a crianças.
Num tempo de instabilidade alguns irmãos se uniram com os menonitas, enquanto outros voltaram para a Inglaterra, onde formaram (em 1612) uma igreja sob a liderança de Helwys, que foi preso e morto quatro anos depois.
Várias outras igrejas independentes foram surgindo, resultando em crescimento e na descoberta da imersão. Um membro de uma das igrejas existentes na Inglaterra, lendo o Novo Testamento, concluiu que o batismo não só não deveria ser ministrado a crianças como deveria ser realizado por imersão. Como ninguém da congregação, que era calvinista (ou "particular", por crerem que a redenção era só para os eleitos) fora imergido, este irmão, Richard Blunt, buscou um grupo que o fizesse. Os "Collegiants" batizavam deste modo. Ele então se submeteu ao batismo em 1641 e depois batizou os demais 52 irmãos ingleses. Pouco depois, os batistas "gerais" (arminianos) também aderiram. A Confissão de Fé de 1644 trazia a imersão como a forma aceitável de batismo.
As igrejas batistas cresceram (rapidamente, para os padrões da época), chegando a 47 comunidades em 1644 e 115 em 1660.
Esta é a história que precisa ser pesquisada, contada e celebrada.
Temos agora, neste quarto centenário, a oportunidade de agradecer a Deus pelo testemunho de tantos pessoas, contadas hoje em 37 milhões de membros (em 160 mil igrejas), dos quais 1,7 milhão na América Latina (1,3 milhão no Brasil), 5 milhões na Ásia, 8 milhões na África e 21 milhões nos Estados Unidos.
Que os batistas no Brasil não percam a oportunidade de celebrar este quarto centenário.
Em próximas edições serão dados mais detalhes sobre as comemorações
Israel Belo de Azevedo
israelbelo@gmail.com
Convenção Batista Brasileira

Organizações lançam campanha de oração pelo Sri Lanka


SRI LANKA (36º) - Importantes organizações que tratam de questões ligadas à liberdade religiosa fizeram diversas declarações a respeito da guerra civil no Sri Lanka e lançaram uma campanha mundial de oração em favor dessa nação. No que é chamado de “Declaração de Toronto”, a Religious Liberty Partnership (Sociedade pela liberdade religiosa – RLP em inglês), pede que a comunidade cristã em todo o mundo ore pela crise no Sri Lanka.

A Declaração de Toronto engloba alguns pontos positivos do país, incluindo o papel que a igreja tem, mas também demonstra a preocupação sobre a maneira como a ajuda humanitária tem sido tratada. A declaração também convoca a igreja em todo o mundo a orar pelo trabalho em favor dos direitos de todos os cidadãos do Sri Lanka, e apoiar as tentativas de parar com as hostilidades e buscar a paz duradoura.

“Essa declaração é um passo importante para ajudar nossos irmãos no Sri Lanka, mas não significará nada se os cristãos do mundo inteiro não recebê-la como um chamado à ação. Acreditamos que Deus responde as orações, e que se orarmos pelo Sri Lanka, Ele irá se mover naquele país”, diz Jeff King, presidente da ICC. “Nossos irmãos no Sri Lanka precisam de nossas orações, pois enfrentam ataques de monges budistas e estão presos em meio a uma guerra civil.”

Tradução: Portas Abertas

segunda-feira, 6 de abril de 2009

A crise revela quem somos


Crise, hoje, se tornou palavra da moda nas palestras e nos livros de auto-ajuda. Invadiu também os púlpitos cristãos, quase sempre com o mesmo foco dado pelo mundo: tornar pessoas (crentes?) em mega-vencedores. Mas, aqui, quero dar ênfase à forma de ver a crise, de acordo com a Palavra de Deus, utilizando-me da experiência de Elias, descrita em I Reis: 17-24.

Elias experimentou disso. O Rei Acabe, ao lado de sua mulher Jezabel, tinha sido, como relatado pela bíblia, "o pior rei da história de Israel, até aquele momento". Em seu governo, faltou comida e água (e não choveria por anos seguidos...). A mão de Deus pesava sobre Israel. Elias era profeta. Escolhido de Deus. Servo de Deus. Fiel a Deus e, no entanto, sofria também as conseqüências da crise, o que, de plano, exclui a falsa idéia de que os "filhos do Rei" não passam por crises.

Elias viveu todas as variantes de Crise. Ele teve crise no corpo: ele tinha fome. A fome sempre é prioridade. Quando se tem fome, a primeira coisa que se quer é comer. Deus não apenas sabia daquilo, com havia ordenado que aquela situação acontecesse. Elias estava em crise. Acabara de profetizar ao rei Acabe que não choveria, na região. Da boca de Elias, aparentemente, saira maldição para o povo. Mesmo Elias sabendo que seu nome significava “O Senhor é meu Deus”, entrou em crise. Foi obrigado a se levantar da “beira do ribeiro”, onde a água secara e onde esperava que os corvos o alimentassem, conforme determinado por Deus e se dirigir a cidade de Serepta, habitada por um povo ímpio, que não servia a Deus de Israel.

Lá, ele deveria procurar uma viúva que o sustentaria. Uma viúva pobre e não um fazendeiro ou um empresário rico. Vejamos algumas das coisas que podem ter passado por sua cabeça: se Deus me mandou, então ela deveria ter condições e não apenas um bocado de pão? Será que é esta mesmo a viúva que o Senhor me falou?” “Qual lugar terei que ir depois disso? Elias, embora em crise, mostrou absoluta dependência de Deus. Apenas ouviu o que o Senhor tinha para lhe dizer e obedeceu. Parece fácil, mas permanecer atento à voz de Deus, em meio aos sofrimento, mantendo fé absolutamente centrada na Pessoa do Senhor, é tarefa sobremaneira difícil, eis que necessário amadurecimento de adulto, ao mesmo tempo em que se exige a entrega que somente os filhinhos têm diante do Pai. O que nós pensaríamos se estivéssemos vivendo numa situação difícil como aquela? Procuramos profetas, ao invés de ouvir a voz de Deus, em Sua Palavra?). Teríamos disposição para obedecer? Permaneceríamos em crise, maldizendo a vida? Culparíamos os outros?

Ele teve, também, crises na alma: insegurança, medo, depressão, solidão e baixa auto-estima. Quando chega à casa da viúva, depara-se com uma situação desesperadora: uma mulher pobre que possuía apenas um pouquinho de farinha, o suficiente para fazer uma última refeição para ela e para o filho dela. E ele, num aparente egoísmo ordena à viúva que faça comida para ele. Imaginem a angústia de Elias em depender de uma viúva que chega ao limite máximo de desespero e pessimismo. Ela havia entregado os pontos, quando diz: “vamos comer pela última vez, eu e meu filho, e esperar a morte, mais nada”. No entanto, Elias sabia que precisava de alimento para recuperar as forças e buscar ajuda de Deus. Ao determinar que a mulher lhe desse água e comida, estava, mais uma vez, obedecendo a Deus. O que faríamos em seu lugar? Recuaríamos e nos sentaríamos para morrer um pouco antes da “viúva que Deus escolheu para nos ajudar”?

Elias sofreu também de uma aguda crise espiritual (O MENINO MORREU), revelada em sua oração-clamor: “Oh Senhor meu Deus! Também, até a esta viúva, com quem eu moro, afligiste matando seu filho”? Repare que ele coloca a culpa, a responsabilidade em Deus. Novamente, sente que por onde quer que vá, sempre será portador de más-notícias e de maldição. Friso que clamor é uma forma desesperada de abordar a Deus. Posso afirmar que Elias, por causa de seu desespero, era um homem em crise de fé, caso contrário, lembraria de como Deus sempre o respondia e, apenas, “pediria” a intervenção de Deus... Após isso, levantou-se de onde estava e caminhou. Obedeceu a Deus. E mais: deitou-se sobre o menino, como que querendo dar a sua vida a para que ele revivesse. E o milagre aconteceu.

Enfim, destaco que as crises servem para: reconhecermos quem somos: seres humanos sujeitos a fracassos e vitórias; precisamos um dos outros (Elias se submeteu à ser sustentado pela viúva e, esta, por sua vez, aceitou o milagre de Deus pela mão de Elias, em sua vida); confiarmos em quem cremos: de nós mesmos seremos capazes apenas de nos sentar e esperar a morte, portanto, nossa fé deve estar 100% centrada em Deus e em sua Palavra (desesperado, Elias clamou ao Senhor); que seja declarado o que Ele quer para nossas vidas: “reconheço que és um homem de Deus e que a Palavra de Deus, na tua boca, é verdade”.

Por: Osmar Wilson De Oliveira

Fonte: Editora Ultimato

Guerra santa em Vila Velha

Prefeitura do município capixaba articula para retirar o evento Jesus Vida Verão da Praia da Costa em 2010.

Considerado o maior evento evangélico de praia, o Jesus Vida Verão (JVV) está na mira da Prefeitura de Vila Velha (ES). Realizado há 18 anos nas areias da Praia da Costa, naquela cidade capixaba, o festival, que acontece sempre nos fins de semana de janeiro, pode ser obrigado a mudar de lugar. Moradores, turistas, comerciantes e autoridades da cidade estão descontentes com o suposto transtorno causado pelo evento, que neste ano chegou a reunir 100 mil pessoas. Ao longo de quatro fins de semana, shows musicais, pregações, apresentações de arte e dança e muita oração tomaram conta da praia, numa iniciativa da Primeira Igreja Batista da Praia da Costa (PIB). A alegria dos crentes contrasta com a contrariedade das autoridades municipais. “O local não comporta um público desse, o que provoca vários transtornos de todas as naturezas para a região”, critica o secretário de Defesa Civil de Vila Velha, Ledir Porto. “Nós entendemos que eventos religiosos que pregam o nome de Jesus não podem se tornar um transtorno para a sociedade.”

Durante o carnaval deste ano, a administração municipal, que tomou posse em janeiro, realizou uma consulta com cerca de 450 pessoas, entre turistas, moradores, comerciantes, barraqueiros e quiosqueiros. Dentro de no máximo 20 dias, sai o resultado, que pode determinar a retirada do JVV das areias da Praia da Costa na programação do verão 2010. “O indicativo da consulta, até o momento, é que o local já não comporta mais um evento como o Jesus Vida Verão”, afirma Porto.

O festival virou alvo de uma Ação Civil pública desde o fim de 2001, movida pelo Ministério Público contra o município de Vila Velha. O processo tem o intuito de não extinguir o evento, mas de remanejá-lo para um outro local considerado mais viável estruturalmente. Os comerciantes da orla sugeriram que a festa evangélica fosse transferida para a Prainha, mas a hipótese foi rejeitada pela organização. Segundo o pastor Evaldo Carlos dos Santos, da PIB, o evento é praiano e não tem sentido ser realizado em outra localidade. Ele também questiona o fato de a consulta popular ter sido realizada durante o carnaval, época em que, de modo geral, existe certa rejeição a atividades religiosas. O pastor diz ainda que a comunidade evangélica de Vila Velha não vai abrir mão do espaço na orla.


(Com reportagem da Gazeta Online)

Entra em vigor a nova lei que restringe atividades religiosas


TADJIQUISTÃO (34º) - A Igreja Protestante de Grace Sunmin em Duchambe, capital do Tadjiquistão, perdeu a batalha de conservar a posse de seu templo que comprou legalmente em um leilão em 1997. No dia primeiro de abril, a igreja recebeu uma carta da Justiça com a determinação de desocupar o prédio em até dez dias, disseram os membros da igreja. Alihon Nuraliev, o oficial de justiça que notificou a igreja, minimizou suas preocupações sobre a saída abrupta, insistindo que a igreja ganhou mais tempo para se preparar para a mudança e poderá celebrar a Páscoa no prédio este mês. Os juízes que decidiram privar a igreja de seus direitos de propriedade defenderam sua decisão, alegando que “a mudança de circunstâncias” permitiu-lhes descumprir a lei.

O prédio da Igreja de Grace Sunmin foi comprado em 1997 e era, originalmente, uma construção inacabada de uma escola. A igreja recebeu sua escritura de posse em julho de 1998, iniciando sua obra para terminar a construção (o prédio não tinha telhado) e reforma interior. A igreja se mudou para o prédio em 2000, um ano após seu templo anterior ter sido devastado por um ataque a bomba que matou nove pessoas. Desde 2002, as autoridades têm contestado a posse do prédio pela igreja.

Karim Hakimov, juiz presidente do Tribunal Econômico da Cidade de Duchambe, confirmou que, em 14 de março de 2009, a corte cancelou sua decisão de 2004 de recusar o questionamento da propriedade da igreja feito pela promotoria pública da cidade. Karim disse que eles podiam voltar atrás em suas decisões anteriores e cancelá-las “em vista da mudança de circunstâncias”. Perguntado que circunstâncias haviam mudado, ele respondeu que a Suprema Corte Econômica do Tadjiquistão tinha decidido anular a decisão original da Prefeitura de Duchambe e seus contratos de venda.

Perguntado se a igreja receberia alguma compensação, Karim disse que acreditava que a igreja já havia recebido a quantia original que pagara para comprar o prédio. Ele disse que eles poderiam reivindicar na Justiça por compensações adicionais de investimentos que tenham feito no prédio.

Membros da Igreja de Grace Sunmin disseram que não pediram por compensação da quantia original paga pela compra do prédio. Eles disseram que as autoridades converteram o preço original de 1997 de aproximadamente 18 milhões de rublos (antiga moeda) para 18 mil somonis (nova moeda), equivalente a US$ 4.700. Quando o rublo foi substituído pelo somoni, em 2000, o câmbio oficial era de um somoni para mil rublos. “Não queremos essa quantia ridícula nos valores de hoje comparada ao que investimos na propriedade nos valores de 1997”, lamentaram.

O oficial de justiça, Alihon, disse que o Comitê de Construção da Capital estendeu o prazo do despejo para o fim de abril. Ele disse que as autoridades não querem “perturbar” os membros da igreja enquanto estiverem celebrando a Páscoa. “As autoridades não querem ofender a igreja. Assim, o Comitê de Construção continuará a negociar com seus líderes após a Páscoa.”

Os membros da igreja reclamaram que o Comitê não lhes deu mais tempo para se preparar. “Eles nos deram um ultimato onde a igreja deve escolher entre informar por escrito ao Comitê que não tem nenhuma reivindicação no caso e que desocupará o prédio até o fim de abril, se quiser celebrar a Páscoa em paz no mesmo local; ou deverá começar a demolir as ampliações feitas no prédio, retornando à sua forma orignal.

A Controversa Lei Religiosa Entra em Vigor

A ordem para a Igreja de Grace Sunmin desocupar o prédio veio quando a nova lei religiosa, plena de restrições, entrou em vigor em sua publicação em primeiro de abril, no jornal oficial Jumhuriyat.

A lei foi aprovada pelas duas casas do Parlamento no início de março e assinada pelo Presidente Emomali Rahmon, em 25 de março, a despeito dos protestos de defensores dos direitos humanos e comunidades religiosas, bem como de organizações internacionais.

A controversa lei impõe restrições rígidas sobre a quantidade de mesquitas que podem ser abertas, dependendo do número de moradores de qualquer localidade; dá ao Estado a responsabilidade de nomear todos os imãs; impõe a censura do Estado sobre todas as literaturas religiosas; impõe um procedimento de registro burocrático e complicado; proíbe os funcionários do governo de estarem entre os fundadores de uma comunidade religiosa; requer aprovação do Estado para se convidar estrangeiros para visitas religiosas ou viajar para o exterior para participar de eventos religiosos; e restringe a educação e as atividades religiosas de crianças.

Governo Tadjique Afirma que Preocupações São Infundadas

Em 30 de março, o Ministério da Cultura, o Gabinete da Presidência, o Centro de Estudos Islâmicos e a União de Jornalistas reuniram-se em Duchambe para discutir a nova lei antes de sua entrada em vigor.

Na reunião, os funcionários do governo rejeitaram todas as crítcas da controversa lei, relatou no mesmo dia o Serviço Tadjique da BBC. Saidmurod Fattoev, conselheiro do Presidente Rahmon para assuntos sociais, descreveu as preocupações internacionais como “infundadas” e denominou as críticas de tais organizações, como a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional, como um “tipo de intervenção nos assuntos legislativos do Tadjiquistão”.

No dia em que o Presidente assinou a lei, o Vice-Ministro da Cultura, Mavlon Mukhtarov, responsável por supervisionar os assuntos religiosos no governo, negou que a mesma imponha qualquer restrição sobre atividades religiosas. Perguntado por que a nova lei impõe limitações sobre onde e quantas mesquitas podem ser abertas, impõe censura do Estado sobre as literaturas religiosas e aplica o controle e restrições do Estado sobre a educação religiosa, Mavlon negou que estas coisas restrinjam a atividade religiosa.

Jornalistas da mídia independente ressaltaram que tinham feito a cobertura das declarações do governo sobre a nova lei bem como das preocupações das comunidades religiosas, dos defensores dos direitos humanos e da comunidade internacional; enquanto que a mídia controlada pelo governo não divulgou nenhuma crítica e tinha apresentado a nova lei como “perfeita”. Adolat Mirzo, editor da publicação independente “Millat”, reclamou que os funcionários do governo recusaram-se a discutir a lei com os jornalistas, a despeito de inúmeros pedidos.

Tradução: Getúlio Cidade

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Duas cristãs estão presas por praticar sua fé


IRÃ (3º) - A rede de notícias International Christian Concern informou que no dia 5 de março as forças de segurança iranianas prenderam duas cristãs por praticarem o cristianismo. Os oficiais alegam que Marzieh Amairizadeh Esmaeilabad e Maryam Rustampoor são “ativistas contra o governo”.

De acordo com a FCNN, os oficiais revistaram o apartamento dividido pelas duas mulheres e confiscaram seus objetos pessoais antes de as algemarem e levarem para a delegacia em Gaysha, oeste de Tehran. Depois de se apresentarem ao tribunal revolucionário em 18 de março, as cristãs foram enviadas para a famosa prisão Evin. Os oficiais iranianos disseram para as mulheres pagaram uma fiança de $400.000 dólares para serem libertas da prisão.

“As duas mulheres estão permitidas a fazer uma ligação de um minuto para sua família. Elas estão doentes e precisam de cuidados médicos. Durante o último telefonema em 28 de março, Marzieh disse que estava sofrendo de uma infecção e estava com febre muito alta. ‘Eles disseram que estou morrendo’, disse ela.”

Os oficiais iranianos aumentaram drasticamente sua perseguição aos cristãos, devido à conversão de muitos muçulmanos ao cristianismo. Somente no ano passado, 50 cristãos foram presos por praticarem sua fé, e alguns foram torturados. Não há relatos de cristãos que foram mortos por causa da tortura sofrida.

Jonathan Racho, diretor regional da ICC na África, afirmou que “A perseguição às minorias cristãs no Irã viola a liberdade essencial de seus cidadãos cultuarem livremente. A comunidade internacional tem a obrigação de se manifestar pelos direitos dos cristãos iranianos perseguidos. Pedimos que os oficiais parem de maltratar Marzieh e Maryam e as libertem da prisão.”

Ore para que Deus dê forças e consolo para as irmãs presas. Ore também pela segurança delas.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: International Christian Concern

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Funcionário é suspenso por falar de Deus


INGLATERRA (*) - Um funcionário de um escritório em Londres foi suspenso do trabalho por quase dois meses por encorajar uma sem-teto com uma doença incurável a procurar ajuda em Deus, depois que os médicos disseram a ela para desistir.

De acordo com o Centro Cristão Legal (CLC em inglês), Duke Amachree, 53, funcionário do escritório de prevenção à falta de moradia há mais de 18 anos, foi suspenso em 28 de janeiro por falar de sua fé com um cliente. Em uma entrevista investigativa no final de março, ele recebeu a ordem de não falar sobre religião no trabalho.

A CLC disse que além de terem dito para que ele “nunca fale sobre Deus”, também afirmaram que ele não pode nem dizer “Deus te abençoe”.

Amachree, membro da Igreja World Evangelism em Londres, foi intimado para um interrogatório como resultado de reclamações feitas por alguém do público.

Michael Phillips, advogado que trabalha junto ao CLC, disse: “Em 26 de janeiro, Amachree conheceu uma cliente que seria retirada de sua casa porque o senhorio queria vender a propriedade. Os médicos disseram que ela tinha uma doença incurável, e que por isso só poderia trabalhar meio turno”.

“Durante a conversa, Amachree perguntou para a senhora por que acreditava que suas condições eram incuráveis, e com coragem, comentou que algumas vezes os médicos não têm todas as respostas. Ele estava tão preocupado com o desespero e a falta de esperança da senhora, que sugeriu que ela colocasse sua confiança em Deus. No entanto, a mulher explicou que já havia tentado a religião, e que por não ter nenhuma fé, estava satisfeita com o que os médicos disseram, e pronta para seguir em frente. Ela sorriu, agradeceu e foi embora.”

O CLC afirma que dois dias depois, entregaram uma carta para o senhor Amachree, informando que uma cliente (a senhora) tinha feito sérias acusações contra ele, e por isso, foi suspenso.

O senhor Phillips, que estava presente na reunião, acrescentou: “Em 17 de março, os funcionários de Amachree disseram que ‘Deus deveria ser mantido do lado de fora do ambiente de trabalho’. Ele foi acusado de ultrapassar os limites”.

Amachree está processando o escritório. Ele alega que a decisão de suspendê-lo “privatiza” a fé cristã e vai contra os direitos humanos. Os advogados aguardam o resultado da investigação.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: ANS