A Comunidade de Educação Teológica Ecumênica Latino-Americana e Caribenha (Cetela) emitiu documento solidarizando-se com o povo hondurenho e a Comunidade Teológica de Honduras, vitimados por golpe de Estado que disseminou a opressão e a violência no país desde 28 de junho
Dirigido também às igrejas cristãs e organizações ecumênicas de Honduras, o comunicado enfatiza que o golpe de Estado comandado pelo ditador Micheletti amparado pelos militares representa um retrocesso no processo democrático do país, fazendo emergir experiências de suspensão aos direitos humanos, repressão e mortes.
O cenário, indica Cetela, lembra os períodos de ditadura militar e conflitos armados que assolaram o continente nas últimas décadas do século XX. “Este não é apenas um incidente isolado em Honduras, mas uma ameaça a todo o continente latino-americano, que poderá voltar a viver tempos obscuros e de dor que não queremos que se repitam”, destaca o documento.
Cetela faz um chamado para que o povo hondurenho possa ir às urnas em clima de liberdade e respeito aos princípios democáticos com o intuito de eleger um representante legítimo. Do mesmo modo, defende a paz com justica e pluralidade de pensamentos e culturas como requisito imprescindível para a transformação social e a participação protagonista da população na história do continente.
“Como educadoras e educadores de Teologia, somos chamados a nos inserir no sonhos, lutas e esperanças do povo, visando profundas mudanças estruturais em Honduras”, assinala o manifesto assinado pelo presidente de Cetela, Néstor Míguez, a vice-presidente da entidade, Blanca Cortes, e o secretário-executivo, Roberto Zwetsch.
Entre os dias 24 e 27 de setembro, representantes de 15 instituições e 12 países estiveram reunidos na casa de reitiros Schoenstad, em Santiago do Chile, para a 12ª Assembléia da Cetela, que debateu aspectos do pentecostalismo em sua relação frente a fenômenos de ordem societários, econômicos e culturais.
Fonte: ALC
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