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terça-feira, 30 de setembro de 2008

ABGLT acusa Crivella de atos de homofobia

A ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) lançou nesta segunda-feira (29) um manifesto contra a eleição do candidato à Prefeitura do Rio, Marcelo Crivella (PRB). No documento, Crivella é acusado de fazer pronunciamentos homofóbicos (atos de aversão aos homossexuais) durante sua vida política."Crivella se colocou sistematicamente contra a criminalização da homofobia. A confirmação disso é a manifestação que ele convocou no Congresso Nacional no primeiro semestre deste ano, reunindo cerca de 200 evangélicos fundamentalistas contra o projeto de lei 122/2006, que criminaliza a homofobia", disse, em entrevista ao UOL, o presidente da ABGLT Toni Reis.Entre os dados citados como exemplo da suposta homofobia de Crivella, no manifesto da ABGLT, estão: "um artigo do candidato intitulado 'perigo para as famílias brasileiras', que saiu no Jornal do Brasil em 2007; um trecho de uma entrevista concedida por Crivela, que ele afirmou que 'ninguém pode ter neste país a obrigação de concordar que não se pode criticar o homossexualismo' (O Globo, 25/09/2008)".Para o presidente da ABGLT, as atitudes do candidato do PRB contra os homossexuais não são totalmente influenciadas pela religião. "Pode até ser que a religião esteja influenciando nas atitudes do candidato. Mas, não podemos generalizar. Por exemplo, temos o candidato a prefeito da cidade de Salvador, Pinheiro, que é evangélico, mas a ABGLT o considera um aliado porque, várias vezes, se pronunciou favorável à promoção dos direitos humanos da comunidade LGBT", afirmou.No manifesto, a associação também pede para seus aliados não votarem em Crivella "para garantir um estado democrático e não fundamentalista". O documento foi entregue aos 226 parlamentares integrantes da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais), no Congresso Nacional.Procurada pelo UOL Eleições, a assessoria de imprensa do candidato Marcello Crivella disse que não responde a esse tipo de manifesto.

Fonte: O Verbo

Festival de música cristã é proibido

BELARUS (41º) - No dia 16 de setembro, um oficial bielorrusso em Borisov proibiu que um festival de música cristã acontecesse, poucos minutos antes de começar. As bandas cristãs, tais como Salvation – que seria a atração principal da primeira noite do evento – nunca tiveram problemas com as autoridades. Algumas delas estão entre as bandas mais populares de Belarus. O festival gratuito de seis dias foi uma iniciativa da comunidade cristã local (católicos, ortodoxos e protestantes). “Seria nosso testemunho comum para Borisov, para mostrarmos que não estamos isolados, mas que cremos no mesmo Deus”, disse um dos organizadores, o padre Zbigniew Grygorcewicz. Mais de 30 bandas cristãs de todo Belarus, cuja música trata basicamente de temas cristãos, concordaram em tocar de graça no festival. Havia-se planejado três shows por dia voltados para crianças, jovens e adultos. Vinte mil convites haviam sido distribuídos e foram encomendados 5 mil balões para as crianças. Os organizadores tinham conseguido uma autorização por escrito do Estado para a realização do festival uma semana antes da data marcada para o evento. Eles seguiram a Lei de Demonstração de 2003, cujo Artigo 6 declara que as autoridades estão obrigadas a notificar aos organizadores de um evento a decisão de proibi-lo e dar seus motivos. Entretanto, quando faltavam apenas 10 minutos para o início do show, a chefe do Comitê Executivo do Departamento Ideológico do Município de Borisov, Lyudmila Gornak, chegou à rua reservada, anunciou que o evento estava proibido de ser realizado e foi embora. Líderes de igrejas oraram e a banda chamada Psalmyary (Salmistas) – que abriria o festival – tocou a música “Há um Deus em Belarus”. Os organizadores distribuíram exemplares do Evangelho segundo João para a platéia de aproximadamente 500 pessoas antes de darem o evento por encerrado. Os representantes do Estado argumentaram que a permissão não estava mais válida, que haviam cometido um erro e que o evento não estava totalmente em ordem, mas não especificaram o que havia de errado. “Quando um evento desse porte é organizado, há a necessidade de receber aprovação da polícia, dos bombeiros e de órgãos ligados à segurança e à saúde, mas nós tínhamos tudo isso”, explicou Zbigniew. Lyudmila Gornak insiste em que o festival não foi cancelado, mas adiado. E continua dizendo que o motivo foi que o pedido de permissão dos organizadores não correspondia às exigências legais e que havia erros. Ao ser questionada repetidas vezes, Lyudmila insistiu que dissera aos organizadores quais eram esses erros. Disse, também, que eles concordaram e que não houvera mais nenhuma reclamação. O festival cristão seria o primeiro evento desta natureza em Borisov, e as igrejas insistirão para que ele aconteça, promete Zbigniew. Os organizadores estão considerando um pedido de compensação pela perda que tiveram com a proibição.Tradução: Priscilla Figueiredo
Fonte: Forum18 News Service (em inglês)
Com o objetivo de servir você com mais informações e de lhe oferecer perspectivas de, pelo menos, mais uma fonte, passamos a reproduzir notícias do Forum 18 a partir de 20 de janeiro de 2004, com a devida autorização. O Forum 18 é uma organização que trabalha para a implementação do Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e concentra-se na séria violação da liberdade de religião, e particularmente em situações onde as vidas e bem-estar de indivíduos e grupos são ameaçados, e onde o direito de reunir-se em torno de sua fé é impedido.
O Forum 18 divulga notícias de violação da liberdade de qualquer credo religioso.

Ações socioeducativas: “a dimensão religiosa é forte, não desprezível”

Com o objetivo de padronizar a assistência religiosa aos adolescentes em conflito com a lei, evitando o “proselitismo e a doutrinação”, e priorizando a disseminação de valores comuns às religiões como parte de uma proposta pedagógica integradora, o Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Rio de Janeiro (Degase) iniciou parceria com o Instituto de Estudos da Religião (Iser) para a realização de uma pesquisa sobre os “Potenciais e Limites da Assistência Religiosa no Sistema Socioeducativo”.
O lançamento do projeto de pesquisa, solicitada pessoalmente na sede do Iser pelo diretor geral do Degase, Eduardo Gameleiro, aconteceu dia 25/9, numa reunião de profissionais das duas organizações com cerca de 50 representantes de instituições religiosas, na sua maioria, cristãos católicos.A conclusão da pesquisa está prevista para fevereiro e março de 2009, com um curso para assistentes religiosos, uma proposta de revalorização, construção ou adaptação do espaço físico de capela ecumênica, e um seminário para lançamento da publicação do relatório final. O evento aconteceu sem a presença, anteriormente confirmada, do diretor geral do Degase. E o diretor da unidade anfitriã do encontro, a Escola de Gestão Socioeducativa Paulo Freire, no bairro da Ilha do Governador na capital carioca, também não participou. Ambos estavam em Brasília e enviaram representantes.
Durante a mesa redonda do evento de lançamento do projeto, a pesquisadora da PUC-Rio e UFRJ, Ana Quiroga, autora do estudo Religiões e Prisões (Iser, 2004), afirmou que “a dimensão religiosa é forte e não desprezível”. Ela argumentou que, apesar do historicamente compreensível distanciamento, desconhecimento, incluindo, até certo ponto, tentativas de desqualificação e preconceito, por parte de profissionais de Serviço Social, Educação e Psicologia contra a prática da assistência religiosa nesses contextos, é preciso reconhecer a força e potencial da religião, como, por exemplo, o de dar sentido de vida, formar comunidade de irmãos. Segundo ela, a orientação espiritual é admitida nos contextos em que tais profissionais trabalham “mais por uma questão legal do que por verem algum sentido nesses grupos”. Ana Quiroga criticou, no entanto, a competição entre os assistentes religiosos, que se tratam com ressentimentos, concorrência brutal, luta por ganhar mais adeptos, por vezes, passando pela desqualificação da outra mensagem religiosa. E ressaltou o problema do enrijecimento das estruturas institucionais e doutrinárias, que precisa ser enfrentado na busca do resgate do essencial humanizador do poder da religião.
Entre os representantes do Degase, a tônica do discurso foi a importância da busca de conhecimento sobre o fenômeno da assistência religiosa e a tentativa de desestimular a doutrinação e prática do proselitismo feita pelos agentes religiosos nos adolescentes. Esta segunda atitude pode ser resumida pela frase de Eugênia Maria, coordenadora de Saúde do Sistema e representante do diretor geral, na reunião: “Se eu dissesse que a minha religião é boa e a do outro é errada, eu já estou pecando”.A coordenadora da Divisão de Serviço Social do Degase e líder do Grupo de Trabalho que discute a assistência religiosa no Sistema, Marise Neves, reconheceu a resistência de profissionais ao trabalho dos religiosos. “Muitos colegas exorcizam essa idéia de que a religião pode estar conosco”. Mas defende a prática, “através de uma integração da proposta religiosa com a pedagógica”.Segundo a assistente social, o Degase-RJ busca um reordenamento dos grupos religiosos nas unidades, suas atividades e agenda.
Informou que está sendo feito um cadastramento dos voluntários das diversas religiões e a solicitação de documentação das igrejas e entidades religiosas. Dados embrionários deste cadastramento, consolidados em 2007/2008, revelam o crescimento do número de grupos religiosos na entidade, a predominância de evangélicos e católicos, e que a maioria realiza atividades voltadas para “doutrinação”: leitura bíblica, orações, palestras, peças teatrais, filmes e cânticos.“O adolescente em conflito com a lei é visto pela sociedade como ser que precisa de salvação”, disse Marise para explicar o crescente interesse e, em seguida, criticar tal compreensão por ter como conseqüência uma postura assistencial e repressiva. Defendeu uma postura de incentivo à auto-reflexão, orientadora e não repressora, uma assistência religiosa que vá “além desse tipo de atividade”, priorizando alternativas que ensinem de valores comuns.O diretor geral do Instituto de Estudos da Religião (Iser), Pedro Strozenberg, explicou os fundamentos e procedimentos da pesquisa. Disse que a entidade tem a visão de fornecer subsídios de informação para “políticas públicas que garantam o avanço da democracia, inclusive no que diz respeito ao tema da assistência religiosa”. Contou que foi procurado em março pela direção do Degase e que, nesta parceria, o Iser pretende estudar o assunto e buscar respostas através de uma pesquisa que incluirá, prioritariamente, três meses de entrevistas com adolescentes, assistentes religiosos e funcionários, para propor um “projeto pedagógico, sustentável, transparente de assistência religiosa, que conduza ao que chamou de “processo de transformação mais profunda que ingressar nesta ou naquela religião”.
Strozenberg falou também da preocupação da pesquisa em não isolar o tema da religião da educação e da saúde.Além das entrevistas e visitas às 25 unidades do Degase no Rio de Janeiro, o Iser pretende fazer um estudo das experiências internacionais e nacionais, dialogar com os regimentos internos, conversar com diretores.

domingo, 28 de setembro de 2008

A maldição da culpa

A culpa não deve nos deixar inertes e abalados diante de um pecado confesso e já perdoado.

Por John Piper

Em 26 anos de pastorado, o mais perto que eu havia chegado de ser demitido da Igreja Batista Bethlehem foi em meados da década de 1980, depois de escrever um artigo intitulado Missões e masturbação para nosso boletim. Eu o escrevi ao voltar de uma conferência sobre missões presidida por George Verwer, presidente da Operação Mobilização. No evento ele disse como seu coração pesava pelo imenso número de jovens que sonhavam em obedecer completamente a Jesus, mas que acabavam se perdendo na inutilidade da prosperidade americana. A sensação constante de culpa e indignidade por causa de erros sexuais dava lugar, pouco a pouco, à falta de poder espiritual e ao beco sem saída da segurança e conforto da classe média.Em outras palavras, o que George Verwer considerava trágico – e eu também considero – é que tantos jovens abandonem a causa da missão de Cristo porque ninguém lhes ensinou como lidar com a culpa que se segue ao pecado sexual. O problema vai além de não cair; a questão é como lidar com a queda para que ela não leve toda uma vida para o desperdício da mediocridade. A grande tragédia não são práticas como a masturbação ou a fornicação, e nem a pornografia. A tragédia é que Satanás usa a culpa decorrente desses pecados para extirpar todo sonho radical que a pessoa teve ou poderia vir a ter. Em vez disso, o diabo oferece uma vida feliz, certa e segura, com prazeres superficiais, até que a pessoa morra em sua cadeira de balanço, em um chalé à beira de um lago.Hoje de manhã mesmo, Satanás pegou seu encontro das duas da manhã – seja na televisão ou na cama – e lhe disse: “Viu? Você é um derrotado. O melhor é nem adorar a Deus. Você jamais conseguirá fazer um compromisso sério para entregar sua vida a Jesus Cristo! É melhor arrumar um bom emprego, comprar uma televisão de tela plana bem grande e assistir o máximo de filmes pornográficos que agüentar”. Portanto, é preciso tirar essa arma da mão dele. Sim, claro que quero que você tenha a coragem maravilhosa de parar de percorrer os canais de televisão. Porém, mais cedo ou mais tarde, seja nesse pecado ou em outro, você vai cair. Quero ajudá-lo a lidar com a culpa e o fracasso, para que Satanás não os use para produzir mais uma vida desperdiçada.Cristo realizou uma obra na história, antes de existirmos, que conquistou e garantiu nosso resgate e a transformação de todos que confiarem nele. A característica distintiva e crucial da salvação cristã é que seu autor, Jesus, a realizou por completo fora de nós, sem nossa ajuda. Quando colocamos nele a fé, nada acrescentamos à suficiência do que fez ao cobrir nossos pecados e alcançar a justiça que é considerada nossa. Os versículos bíblicos que apontam isso com mais clareza estão na epístola de Paulo aos Colossenses 2.13-14: “Quando vocês estavam mortos em pecados e na incircuncisão da sua carne, Deus os vivificou com Cristo. Ele nos perdoou todas as transgressões e cancelou o escrito de dívida, que consistia em ordenanças, e que nos era contrária. Ele a removeu, pregando-a na cruz”.É preciso pensar bem nisso para entender plenamente a mais gloriosa de todas as verdades: Deus pegou o registro de todos os seus pecados – todos os erros de natureza sexual – que deixavam você exposto à ira. Em vez de esfregar o registro em seu rosto e usá-lo como prova para mandar você para o inferno, Deus o colocou na mão de Seu filho e pregou na Cruz. E quem são aqueles cujos pecados foram punidos na cruz? Todos que desistem de tentar salvar a si mesmos e confiam apenas em Cristo. E quem assumiu essa punição? Jesus. Essa substituição foi a chave para a nossa salvação.Alguma vez você já parou para pensar no que significa Colossenses 2.15? Logo depois de afirmar que Deus pregou na cruz o registro de nossa dívida, Paulo escreve que o Senhor, “tendo despojado os poderes e as autoridades, fez deles um espetáculo público, triunfando sobre eles na cruz”. Ele se refere ao diabo e seus exércitos de demônios. Mas como são desarmados? Como são derrotados? Eles possuem muitas armas, mas perdem a única que pode nos condenar – a arma do pecado não perdoado. Deus pregou nossas culpas na cruz. Logo, houve punição por elas – então, seus efeitos acabaram! O problema é que muitos percebem tão pouco da beleza de Cristo na salvação que o Evangelho lhes parece apenas uma licença para pecar. Se tudo que você enxerga na cruz de Jesus é um salvo-conduto para continuar pecando, então você não possui a fé que salva. Precisa se prostrar e implorar a Deus para abrir seus olhos para ver a atraente glória de Jesus Cristo. Culpa corajosa – A fé que salva recebe Jesus como Salvador e Senhor e faz dele o maior tesouro da vida. Essa fé lutará contra qualquer coisa que se coloque entre o indivíduo salvo e Cristo. Sua marca característica não é a perfeição, nem a ausência de pecados. Quem enxerga na cruz uma licença para continuar pecando não possui a fé que salva. A marca da fé é a luta contra o pecado. A justificação se relaciona estreitamente com a obra de Deus pregando nossos pecados na cruz. Justificação é o ato pelo qual o Senhor nos declara não apenas perdoados por causa da obra de Cristo, mas também justos mediante ela. Cristo levou nosso castigo e realiza nossa retidão. Quando o recebemos como Salvador e Senhor, todo o castigo que ele sofreu, e toda sua retidão, são computados como nossos. E essa justificação vence o pecado.Possuímos uma arma poderosa para combater o diabo quando sabemos que o castigo por nossas transgressões foi integralmente cumprido em Cristo. Devemos nos apegar com força a essa verdade, usando-a quando o inimigo nos acusar pelas nossas faltas. O texto de Miquéias 7.8-9 apresenta o que devemos lhe dizer quando ele zombar de nossa aparente derrota: “Não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei (...) Sofrerei a ira do Senhor, porque pequei contra ele, até que julgue a minha causa e execute o meu direito”. É uma espécie de “culpa corajosa” – o crente admite que errou e que Deus está tratando seriamente com ele. Mas, mesmo em disciplina, não se afasta da bendita verdade de que tem o Senhor ao seu lado! Há vitória na manhã seguinte ao fracasso! Precisamos aprender a responder ao diabo ou a qualquer um que nos diga que o Senhor não poderá nos usar porque pecamos. “Ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei”, frisou o profeta. “Embora eu esteja morando nas trevas, o Senhor será a minha luz.” Sim, podemos estar nas trevas da iniqüidade; podemos sentir culpa, porque somos, realmente, culpados pelo nosso pecado. Mas isso não é toda a verdade sobre o nosso Deus. O mesmo Deus que faz nossa escuridão é a luz que nos apóia em meio às trevas. O Senhor não nos abandonará; antes, defenderá a nossa causa. Quando aprendermos a lidar com a culpa oriunda de nossos erros com esse tipo de ousadia em quebrantamento, fundamentados na justificação pela fé e na expiação substitutiva que Cristo promoveu por nós, seremos não apenas mais resistentes ao diabo como cometeremos menos falhas contra o Senhor. E, acima de tudo, Satanás não será capaz de destruir nosso sonho de viver uma vida em obediência radical a Jesus e de serviço à sua obra.John Piper é doutor em Estudos do Novo Testamento, professor de Estudos Bíblicos na Faculdade Bethel, em Minnesota, onde atua como pastor presidente na Igreja Batista Bethelehm.É autor de livros como: A vida é como a neblina, O legado da alegria soberana, Teologia da alegria, O sorriso escondido de Deus, além de outros.

sábado, 27 de setembro de 2008

Comunidade evangélica assina termo

Todos os segmentos da sociedade devem se mobilizar para levar ao cidadão o direito de aprender. A afirmação partiu do secretário de Estado da Educação, José Fernandes de Lima, durante a assinatura do Termo de Cooperação Mútua estabelecido entre a SEED e a Comunidade Evangélica relativo ao Programa Sergipe Alfabetizado, ato que marca a adesão dos evangélicos ao projeto.Realizada no auditório do Tribunal de Justiça na manhã desta quinta-feira, 25, a solenidade de assinatura reuniu mais de trinta representantes de igrejas evangélicas de Aracaju. O objetivo da parceria é formar mais 200 salas de aula, beneficiando cerca de 2 mil pessoas. O Programa Sergipe Alfabetizado atua em todas as regiões de estado e dispõe hoje de 1.702 salas de aulas com 28.960 alunos cadastrados. A meta do Governo de Sergipe é alfabetizar 120 mil jovens e adultos em quatro anos, reduzindo pela metade o número de analfabetos. O diretor do Sergipe Alfabetizado, José Genivaldo Mártires, destacou a importância da ação. A adesão da comunidade evangélica será muito importante para mobilizar cada vez mais pessoas junto ao programa, pois os pastores têm muita influência onde atuam. O secretário José Fernandes de Lima também destacou a contribuição da ação para a sociedade. O número de analfabetos em Sergipe é preocupante e só iremos minimizar essa situação com o apoio e a união de diversos setores da sociedade. Por isso o Governo do Sergipe tem se empenhado em levar ensino de qualidade a todos., afirmou. Bons resultadosSe depender do pastor Paulo Silva Santos, da comunidade evangélica Palavra da Fé e do Instituto Jesus o Pão da Vida, o compromisso com a SEED dará bons resultados. Essa parceria do governo com os pastores foi muito sábia, pois temos condições de identificar pessoas que se enquadram no perfil do programa e encaminhá-las para as salas de aula, salientou.Já para o pastor Carlos Geovani, da Igreja Sara Nossa Terra, essa união chegou na hora certa. Existem determinadas localidades em que, pelo índice de violência, só a igreja tem acesso. Levar educação de qualidade a essas pessoas é dar a oportunidade de tirá-las da marginalidade, afirmou o pastor.Para Marta Nogueira Lima, pastora da Primeira Igreja Batista de Aracaju e coordenadora do Programa de Educação pré-escola (PEPE), o número de matrículas do Sergipe Alfabetizado realmente vai crescer após a parceria. Essa parceria irá beneficiar as ações do PEPE e ampliar o número de atendimentos para jovens e adultos da comunidade, esclareceu.Presidente da União dos Ministros Evangélicos do Estado de Sergipe (Umese), o pastor Arivaldo José, por sua vez, disse que a união representa um voto de confiança do Governo de Sergipe na comunidade evangélica. Esse projeto é uma luz que se acende, uma vez que, para o mundo evangélico, saber ler é fundamental, revelou o pastor.
Fonte: Folha Gospel

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Evangélicos celebrarão Dia da Bíblia separados

No próximo domingo, 28, os evangélicos da Nicarágua celebrarão o Dia Nacional da Bíblia, mas em atos separados. Um deles recebeu fundos governamentais.Comunidades recordarão esta data em seus templos através de oficinas bíblicas focadas na teologia da criação. Outro grupo de igrejas pentecostais e as Assembléias de Deus, reunidos num comitê, celebrarão a data com uma marcha na Praça da Bíblia, evento para o qual o presidente da república, Daniel Ortega, foi convidado.Ramón López, da Associação de Pastores da Nicarágua, informou que o Dia da Bíblia será celebrado com uma marcha pelos bairros orientais desta capital, oferecendo testemunho da palavra do evangelho.López disse não concordar com o fato de a igreja receber dinheiro do governo para a celebração, “porque sempre lutamos por um Estado laico e porque cada igreja deve suprir os seus gastos”. Os pastores Juan Salazar e Fredy Solórzano, junto a outros líderes evangélicos, também sustentam que a igreja não deve receber dinheiro do governo para a celebração.O pastor da Igreja de Deus, Adolfo Sequeira, comentou que a data é propícia para a divulgação da palavra de Deus em todos os rincões do país, "sobretudo agora que os valores éticos estão em crise", analisou.O grupo de pastores e sociedades bíblicas que presidem o comitê receberam do Estado 875 mil córdobas, o equivalente a 44 mil dólares.O pastor menonita Jairo Arce disse que o crescimento da igreja evangélica é notável e que os ensinamentos da Bíblia devem ser colocados em prática. Caso contrário, argumentou, não se consegue nada.

Etíopes impedem o sepultamento de um cristão na cidade de Mito


ETIÓPIA (43º) - A tentativa de realizar o funeral de um cristão protestante, Wetere Guda (46), que morreu de hepatite em 31 de julho, provocou indignação entre os membros da Igreja Ortodoxa Etíope e os muçulmanos na cidade de Mito, na zona de Silte, sul da Etiópia. Wetere, que era um membro da igreja Mekane Yesus, teve seu sepultamento negado na cidade de Mito. Os líderes da igreja foram atacados durante a primeira tentativa de sepultar Wetere. Posteriormente, o corpo foi enviado para o vilarejo de Wulbarag, a 55 km de Mito. Wetere estava doente há dois meses antes de morrer de hepatite. Ele deixou sua esposa surda-muda, Tiruye* (35), três filhas: Yehualashet (10), Meseret (8) e Tigist (2), e um filho, Tesfahun (5). Após a morte de Wetere, os coordenadores da igreja matriz em Hosanna foram rapidamente para Mito para tentar facilitar o funeral. Um grupo foi enviado para cavar uma cova, mas atingiu o muro de um membro da Igreja Ortodoxa Etíope, que cercava e guardava o pedaço de terra que dizia pertencer a eles. Os líderes da igreja de Mekane Yesus expuseram a situação aos administradores da cidade que tentaram resolver a situação. O clima estava tenso e os administradores da cidade aconselharam a levar o assunto à autoridade máxima. No mesmo dia, alguns líderes da igreja viajaram 30 km para pleitear o caso deles perante o administrador da Zona de Silte, que concordou em enviar um grupo de emergência no dia seguinte. Na sexta-feira, 1° de agosto, o grupo de emergência reuniu-se com os administradores de Mito e decidiu distribuir outro pedaço de terra do lado oposto da cidade para o sepultamento de cristãos protestantes. Contudo, a comunidade mulçumana não estava feliz com esta decisão e os ameaçaram. Para manter a paz, um terceiro local foi proposto fora dos arredores de Mito. Primeira tentativa do funeral Mais tarde no mesmo dia, os líderes da igreja e alguns membros foram acompanhados pelo administrador da cidade até o cemitério que foi proposto para o sepultamento de protestantes. Os líderes e membros da igreja de Mekane Yesus se encarregaram de cavar a cova. Eles levaram mais de duas horas para prepará-la. Uma pessoa que passava pelo local viu os preparativos para o funeral e incentivou as pessoas do vilarejo a evitarem que o sepultamento do cristão acontecesse. A multidão dirigiu-se ao cemitério protestante. Os líderes da igreja e alguns membros receberam a multidão e perguntaram porquê eles eram contra o sepultamento. A multidão não respondeu e encheu a cova de terra. Quatro cristãos protestantes foram atacados e agredidos, mas conseguiram escapar com poucos ferimentos. Novamente, os líderes da igreja enviaram representantes para levar o assunto ao administrador de Silte e ao comandante da polícia em Woreba, mas não deram atenção ao pedido. Então os líderes da igreja decidiram levar o caso à administração do Estado em Awasa, a 215 km de Mito. Os anciãos da comunidade mulçumana e da Igreja Ortodoxa Etíope tinham se reunido na sexta-feira à noite para discutir como poderiam impedir os futuros funerais protestantes em Mito. Então decidiram que o único meio de fazer isso seria pagando para que o funeral fosse feito em outro lugar, como por exemplo, em Wulbarag. Uma pessoa ficou encarregada de comunicar a família de Wetere sobre a decisão e facilitar o sepultamento em Wulbarag. No dia 2 de agosto, os líderes da Assembléia Central das Igrejas Mekane Yesus no sul da Etiópia e representantes de Mito, iniciaram a viagem para Awasa. No caminho, eles pararam rapidamente em Worabe para informar ao administrador da região sobre seu plano. Sem hesitar, o administrador ligou para o comandante da polícia para que distribuísse alguns policiais para evitar o tumulto em Mito. Ele se ofereceu para acompanhar os líderes da igreja na volta para Mito. Segunda tentativa No caminho de volta a cidade de Mito, eles passaram pela cidade Wulbarag, localizada a 55 km de Mito, e presenciaram alguns membros da comunidade de Mito ocupados cavando uma cova no cemitério, nos arredores da cidade Wulbarag. Eles disseram que estavam se preparando para o funeral de outro membro do Mekane Yesus, Teshome. Os líderes da igreja de Mito ficaram desapontados com o que viram e sugeriram que trouxessem o corpo de Teshome para Mito. “Eu estava abalado e não pude conter minhas emoções”, disse o coordenador da igreja matriz em Hosana. “Eu pulei para impedir que aquela cova continuasse a ser feita. O administrador também não estava feliz com o que estava acontecendo. Alguns companheiros me disseram que era melhor sepultar Teshome em Wulbarag”, disse um dos opositores. Processo cíclico Oficiais do governo e representantes da igreja foram para Mito. Quando chegaram, o administrador convocou a polícia de Mito e os administradores da cidade para outra reunião. Ele prometeu tentar convencer os anciãos de Mito e depois toda a comunidade a dar para as duas igrejas protestantes um pedaço de terra para que fizessem um cemitério. Os líderes da igreja temem que isso nunca aconteça. Eles perceberam que se eles relatarem esse assunto aos oficiais em Awasa, o caso voltaria para o administrador da região de Silte. E o processo começaria tudo de novo. Pedidos de oração • Ore para que a igreja da cidade de Mito persevere em meio às ameaças da Igreja Ortodoxa Etíope e da comunidade dos Mulçumanos. Ore para que eles continuem com coragem e ousadia para evangelizar com amor e, para que esse incidente não venha a desencorajá-los. • Ore para que as autoridades da região de Silte cumpram com suas palavras. Ore para que Deus traga vitórias para as igrejas protestantes em Mito e para que elas ajudem umas às outras nas dificuldades. * nomes trocados por questão de segurança
Tradução: Eliane Gomes dos Santos
Missão Portas Abertas

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Prisão de pastor é estendida por mais dois meses


AZERBAIDJÃO (22º) - O pastor batista Hamid Shabanov, prisioneiro no Azerbaijão, vai ficar detido por mais dois meses. A ordem foi emitida em uma audiência para a qual nem ele e nem seu advogado foram convidados. Saiba mais sobre o caso do pastor Hamid. A audiência se deu em 22 de agosto. Ninguém de sua família foi convidado, nem mesmo seu advogado de defesa. A decisão foi a de que Hamid deverá permanecer preso por mais dois meses enquanto a investigação continua. O juiz havia ordenado, em audiência anterior, que a investigação fosse completa até 23 de agosto, estando assim pronta para uma próxima audiência. "O juiz pediu a audiência sem comunicar o advogado de Hamid. Isso é uma clara violação”, disse Ilya Zenchenko, diretor da União Batista do Azerbaijão. O pedido da defesa de Hamid de responder ao julgamento em liberdade foi negado. Apesar de tudo, a transferência de Hamid para a prisão no distrito de Balakan foi vista com bons olhos, uma vez que fica próximo à cidade-natal do pastor, Zakatala. Segundo Ilya, como Hamid está detido em Balakan, é lá que as audiências acontecerão. Ele disse que a família do pastor ainda não pode visitá-lo. No entanto, ela tem sido capaz de lhe entregar comida e cartas.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Verdade “versus” alucinação

Ricardo Gondim
O culto pegava fogo. O frenesi do povo crescia, estimulado por um pastor quase grisalho, engravatado e bastante brilhantina nos cabelos. Mesmo acostumado a ambientes pentecostais, estranhei o exagero dos gestos e das palavras. Concentrei-me para entender o que o pastor dizia em meio a tantos gritos. Percebi que ele literalmente dava ordens a Deus. Exigia que honrasse a sua Palavra e que não deixasse “nenhuma pessoa ali sem a bênção”. Enquanto os decibéis subiam, estranhei o tamanho da sua arrogância. A ousadia do líder contagiou os participantes. Todos pareciam valentes, cheios de coragem. Assombrei-me quando ouvi uma ordem vinda do púlpito: “Chegou a hora de colocarmos Deus no canto da parede. Vamos receber o nosso milagre e exigir os nossos direitos”. Foi a gota d’água. Levantei-me e fui embora. Os ambientes religiosos neopentecostais se tornaram alucinatórios porque geram fascínio por poder e pela capacidade de criar um mundo protegido e previsível. Por se sentirem onipotentes, buscam produzir uma realidade fictícia. Para terem esse mundo hipotético, os sujeitos religiosos chegam ao cúmulo de se acharem gabaritados para comandar Deus. É próprio da religião oferecer segurança, mas os neopentecostais querem produzir garantia existencial com avidez. Em seus cultos, procuram eliminar as contingências, com a imprevisibilidade dos acidentes e os contratempos do mal. Acreditam-se capazes de domesticar a vida para acabar com a possibilidade de seus filhos adoecerem, de as empresas que dirigem falirem e de se safarem caso estejam em ônibus que despenca no barranco. Almejam uma religião preventiva, que se antecipa aos solavancos da vida. Imaginam-se aptos para transformar a aventura de viver em mar de almirante ou em céu de brigadeiro. Acontece que essa idéia de um mundo sem percalços não passa de alucinação. Por mais que se ore, por mais que se bata o pé dando ordens a Deus, o Eclesiastes adverte: “O que acontece com o homem bom, acontece com o pecador; o que acontece com quem faz juramentos acontece com quem teme fazê-lo” (9.2). Mas a pergunta insiste: por que os cultos neopentecostais lotam auditórios e ganham força na mídia? Repito, pelo simples fato de prometerem aos fiéis o poder de controlar o amanhã, eliminar os infortúnios e canalizar as bênçãos de Deus para o presente. Quando oram, pretendem gerar ambientes pretensiosamente capazes de antever quaisquer problemas para convertê-los em fortuna e felicidade. Esta premissa deve ser contestada. Pedir a Deus para nunca se contrariar, ou para ser poupado de acidentes, significa exigir que ele coloque os seus filhos em uma bolha de aço. A vida é contingente. Tudo pode ocorrer de bom e de ruim. Uma existência sem imprevisibilidade seria maçante. O perigo da tempestade, a ameaça da doença, a iminência da morte fazem o dia-a-dia interessante. A verdade não produz necessariamente felicidade. Verdade conduz à lucidez. O delírio, porém, tranqüiliza e gera um contentamento falso. Muitos recorrem à religião porque desejam fugir da verdade e se arrasam porque a paz que a alucinação produz não se sustenta diante dos fatos. Cedo ou tarde, a tempestade chega, o “dia mau” se impõe e o arrazoamento do religioso cai por terra. Interessante observar que Jesus nunca fez promessas mirabolantes. Como não se alinhou aos processos alienantes da religião, ele não garantiu um mundo seguro para os seus seguidores. Pelo contrário, avisou que os enviaria como ovelhas para o meio dos lobos e advertiu que muitos seriam entregues à morte por seus familiares. Sem rodeio, afirmou: “No mundo vocês terão aflições”. Quando o Espírito conduziu Jesus para o deserto, o Diabo lhe ofereceu uma vida segura, sem imprevistos. As três tentações foram ofertas de provisão, prevenção e poder, mas ele as rechaçou porque as considerou mentirosas. O mundo que o Diabo prometia não existe. Porém as pessoas preferem acreditar em suas ilusões. Fugir da crueza da vida é uma grande tentação. Em um primeiro momento, parece cômodo refugiar-se da realidade, negando-a. É bom acreditar que a riqueza, a saúde, a felicidade estão pertinho dos que souberem manipular Deus. O mundo neopentecostal se desconectou da realidade. Seus seguidores vivem em negação. Não aceitam partilhar a sorte de todos os mortais. Confundem esperança com deslumbre, virtude com onipotência mágica, culto com manipulação de forças esotéricas e espiritualidade com narcisismo religioso. Os sociólogos têm razão: o crescimento numérico dos evangélicos não arrefecerá nos próximos anos. Entretanto, o problema é qualitativo. O rastro de feridos e decepcionados que embarcaram nessas promessas irreais já é maior do que se imagina. A demanda por cuidado pastoral vai aumentar. Os egressos do “avivamento evangélico” baterão à porta dos pastores, perguntando: “Por que Deus não me ouviu?” ou “O que fiz de errado?”. Será preciso responder carinhosamente: “Não houve nada de errado com você. Deus não lhe tratou com indiferença. Você apenas alucinou sobre o mundo e misturou fé com fantasia”.
“Soli Deo Gloria”.
• Ricardo Gondim é pastor da Assembléia de Deus Betesda no Brasil e mora em São Paulo. É autor de, entre outros, Eu Creio, mas Tenho Dúvidas. www.ricardogondim.com.br

Violência se espalha por mais cinco Estados, governo se manifesta


ÍNDIA (30º) - Ao mesmo tempo, a violência anti-cristã se espalhou por pelo menos mais cinco Estados da Índia durante a semana passada. Os cristãos e as igrejas foram alvejados em Karnataka, Kerala, Madhya Pradesh, Uttar Pradesh e Jharkhand, seguindo-se à violência em Orissa que se iniciou após o assassinato de um líder do Vishwa Hindu Parishad (Conselho Hindu Mundial), Laxmanananda Saraswati. Os maoístas reivindicaram a responsabilidade pelos assassinatos desse líder hindu. No fim da semana passada, o governo central emitiu um alerta aos dois Estados, dizendo que a falha deles em evitar a violência poderia levar à imposição da lei de “Legislação do Presidente” – o que significaria dissolver o governo de Karnataka e colocá-lo diretamente sobre a direção federal. A violência continua em Orissa No dia 16 de setembro, cerca de 500 amotinadores mataram um policial e incendiaram uma delegacia no distrito de Kandhamal, em Orissa, onde extremistas hindus lançaram uma enxurrada de ataques há três semanas atrás, culpando os cristãos locais de matarem Saraswati e seus discípulos. A agência Compass recebeu relatos de que, na sexta-feira (12 de setembro), extremistas hindus incendiaram uma igreja e um albergue para missionários em Mangapanga, Tumulibandh; três igrejas em Mundabali, Badipankha; e uma igreja em Baringia, Phulbani. Estima-se que 40 casas também foram destruídas no mesmo dia pelos hindus intolerantes. Na tarde seguinte, um grande grupo de extremistas desceu a Kurtamgarh, incendiando diversas casas e outra igreja. Fontes disseram que os extremistas estavam alvejando o líder do vilarejo da área, um cristão cuja casa incendiaram. De acordo com o Conselho Cristão para Toda a Índia (AICC), 14 distritos de Orissa testemunharam os ataques em Kandhamal como o epicentro da violência. O Conselho relatou que pelo menos 50 mil pessoas de 300 vilarejos foram afetados pela violência. Centenas de pessoas ainda estão escondidas em florestas. Quatro mil casas e 115 igrejas foram incendiadas ou destruídas. Assassinato em Kandhamal Pelo menos 20 mil pessoas encontram-se em 14 campos de refugiados estabelecidos pelo governo do Estado em Kandhamal. Sabe-se que dois idosos e duas crianças morreram em três destes campos. O jornal The Statesman relatou que, enquanto dois homens doentes, Sua Naik, 75 anos, do vilarejo de Budrungia, e Kasipatra Naik, 66 anos, do vilarejo de Tatamaha, morreram no campo de refugiados de Raikia, duas crianças, uma do campo de Phulbani e outra do campo de G. Udayagiri, morreram durante a semana passada. “Naik estava no campo de refugiados de G. Udayagiri por mais de 10 dias, mas tinha saído para seu vilarejo para ver a condição de sua casa e de suas aves”, relatou o The Statesman. “Sua família estava no campo de refugiados. Aparentemente, ele foi morto durante a visita a seu vilarejo.” Ataques em Karnataka Também foram relatados ataques em mais de dez regiões no Estado de Karnataka, ao sul, onde os extremistas hindus aumentaram a opressão após o ministro da Educação do Estado ter determinado que mais de 2 mil escolas permanecessem fechadas, em de agosto, para protestarem contra a violência cometida contra os cristãos em Orissa. Os ataques foram sob o pretexto de que os cristãos estavam participando de conversões “forçadas” de hindus ao cristianismo. De acordo com o Serviço de Notícias Indo-Asiático (IANS), a polícia prendeu cerca de 100 pessoas, quase todas cristãs, por organizarem alegados protestos violentos. Violência em outros Estados Em Uttar Pradesh, ao norte, no domingo (14 de setembro), extremistas do Bajrang Dal atacaram dois pastores no distrito de Kanpur, acusando-os de agredir os seus apoiadores, relatou o IANS. Extremistas hindus em Madhya Pradesh incendiaram a igreja de Masihi Mandir, de 80 anos, na área de Chhawni, cidade de Indore, às 22h30 no sábado (13 de setembro), relatou a agência EFI. No Estado de Kerala, ao sul, no domingo à noite (14 de setembro), extremistas hindus atacaram a Escola do Convento Jaya Mata, um jardim de infância cristão, relatou o Times of India. Os extremistas hindus lançaram o ataque para protestar contra as conversões. Em Jharkhand, ao oeste, no domingo (14 de setembro), aldeões hindus atacaram cristãos de uma congregação da Igreja dos Crentes e os pressionaram a se “reconverterem” ao hinduísmo, no vilarejo de Talatad (sob a responsabilidade da delegacia de Patratu), distrito de Hazaribagh, relatou a Christian Legal Association.
Tradução: Getúlio Cidade
Fonte: Compass Direct

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dos projetos de igreja


Qual deve ser o projeto de uma igreja? Como uma igreja deve se organizar, e o que deve buscar? Seria a igreja como uma empresa, estabelecendo metas e estratégias para ganhar tantas pessoas para Cristo, batizá-las, e construir tantos e quantos prédios? É isso o que se deve querer?E mais: a igreja deve trabalhar com marketing empresarial como se tudo dependesse de princípios administrativos, como se o aspecto espiritual não contasse? Nesse tipo de projeto, qual a medida das metas financeiras? E como se deve fazer para que a busca pelo dinheiro não passe a ser um problema moral, social e espiritual dentro do grupo?Precisamos entender que a Igreja é uma instituição divina, assim como a família, o trabalho e a sociedade civil. Ainda que formada por homens e mulheres, todos pecadores, a Igreja foi edificada por Cristo, sendo Ele o Seu fundamento único (Mt 16.18). Bem por isso, é equivocado criar projetos que não se coadunem com o projeto de Cristo. E, diferentemente da família, do trabalho e da sociedade civil, a Igreja é instituição soteriológica, ou seja, corresponde ao plano de Salvação da Humanidade, concebido por Deus.O projeto de uma igreja precisa estar de acordo com a Bíblia: a Igreja existe para a adoração, a comunhão e a evangelização. Pronto. Nada há de novo, e nada a acrescentar.Se alguém quiser falar de ensino e discipulado, estes itens podem se ajustar sob a epígrafe da comunhão, pois a Igreja, que adora a Deus e anuncia a Cristo, vive em comunhão para crescer espiritualmente - isso só se dá pelo ensino e pelo discipulado, que, por sua vez, estão associados às ordenanças do batismo e da Ceia - enquanto o batismo é para o ingresso dos salvos na comunidade cristã, a Ceia representa a comunhão dos santos em torno da Cruz, o que não deixa de ser um método de ensino, de discipulado.De qualquer maneira, o projeto da Igreja não vai muito além desses requisitos fundamentais - adoração, comunhão e evangelização.No entanto, tem gente querendo reinventar a roda. Pode observar: o G-12 tem seu slogan: ganhar, consolidar, capacitar e enviar. São os passos que, segundo seus mestres, irão determinar o crescimento espantoso da Igreja em Células "no modelo dos 12". Também Rick Warren, talentoso em divulgar em livros seus o que a Bíblia já dizia, divide o ministério da Igreja em adoração, comunhão, discipulado, serviço e missões, mas acrescenta uma série de ensinos pragmáticos, bem ao estilo americano, no sentido de atrair as pessoas, ser mais "sensível" aos interessados, mais atraente aos circunstantes.De fato, fala-se hoje de igrejas com propósitos, como se a Igreja de Cristo já não tivesse propósitos há dois mil anos, ou, para ser mais bíblico, antes da fundação do mundo. Fala-se de visões e "moveres", estratégias para "conquistar" cidades, regiões e o planeta! Fala-se de mega-templos, mega-cruzadas, mega-shows gospel, mega-contas bancárias, mega-investimentos em "missões". Fala-se em inserções ousadas na mídia, na política, enfim, trava-se a batalha da ocupação de espaços.E eu pergunto: alguém perguntou a Deus se esse é o projeto d'Ele?Ora, o que vejo é a ambição de homens e mulheres que se autopromovem a apóstolos, bispos, missionários, e arrogam para si a última revelação de Deus para a última hora dos últimos dias, para conquistar o Brasil, para fazer do País uma "Nação evangélica"...Isso não cheira a messianismo, não?Tem muita gente escrevendo projetos por aí. Eles pensam em igrejas que crescem, têm admiração profunda por igrejas de sucesso, mesmo que esse sucesso esteja associado a heresias.Quem planeja coisas para a igreja e não se preocupa em saber qual o pensamento de Deus a respeito, age nesciamente, quando não age por dolo. Quem faz projetos que Deus não assina está dizendo que o projeto divino para a Igreja é errado, fracassado, insuficiente.O projeto de Deus é cuidar das pessoas. Para que ganhar tantas outras pessoas supostamente para Cristo se não se pastoreiam "as ovelhas da casa de Israel"? Que voluntarismo estranho é esse? A quem nós queremos enganar? Em quantas placas de quantos prédios desejamos ver nossos nomes escritos para a posteridade?
Por:
Alex Esteves Da Rocha Sousa

Milhares protestam contra legalização do aborto no Recife


PERNAMBUCO - Ao som da Frevioca e de diversos grupos religiosos, milhares de católicos tomaram, neste domingo pela manhã, a Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, em manifestação contra a legalização do aborto.
O ato, denominado Segunda Caminhada pela Vida, foi marcado pela alegria, presença de muitas famílias, e serviu para antecipar o início das comemorações da Semana Nacional da Vida, a ser realizada entre os próximos dias 1º e 8 de outubro em todo o País, além de reforçar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano: Escolhe, pois, a vida.
O encontro, organizado pela Pastoral da Família da Arquidiocese de Olinda e Recife, contou com a participação de representantes da Igreja Católica de todas as regiões do Estado. Entre os organizadores do evento, o sentimento era de dever cumprido. “Acredito que conseguimos sensibilizar as pessoas para a importância de não aceitar a legalização desse atentado contra a vida. Nós católicos não iremos tolerar esta cultura de morte estabelecida na sociedade e sempre iremos celebrar a vida, assim como fez Jesus Cristo. E não é só questão do aborto. É preciso chamar a atenção para todo tipo de violência que atente contra o bem-estar das pessoas”, comentou o coordenador da Pastoral da Família, Milton Morais. Sobre a participação popular acrescentou. “O povo estava muito feliz e animado, acho que todos entenderam o recado perfeitamente.”
Entre os participantes, a satisfação em fazer parte da celebração era compartilhada com entusiasmo. “É muito gratificante ver essa quantidade de gente envolvida com uma questão dessa importância. Pessoas de todas as idades compareceram a esta festa de exaltação à vida e me orgulho de fazer parte disso. Espero que as próximas edições alcancem o mesmo sucesso das duas primeiras, para que, cada vez mais, possamos ampliar a divulgação deste ideal”, ponderou o diácono Genival Lima.
A caminhada teve início pouco depois das 9h e seguiu até o começo da tarde. O trajeto realizado pelos fiéis compreendeu a extensão entre a Pracinha de Boa Viagem e o Segundo Jardim. A estimativa da organização é que pelo menos 10 mil pessoas passaram pela avenida, praticamente o dobro da quantidade registrada no ano passado.
Fonte: O Verbo

Luteranos inauguram a Década da Reforma


(ALC) Culto festivo realizado ontem (dia 21 de setembro) na igreja do Castelo, em Wittenberg, marcou o início da Década de Lutero, que culminará em 2017 com a celebração dos 500 anos da fixação das 95 teses na porta deste mesmo templo. As teses de Lutero preconizavam mudanças na Igreja, dando início ao movimento da Reforma protestante. “Lutero 2017 – 500 anos de Reforma” é o lema da Década, que convida a confrontar as teses do reformador com perguntas da atualidade. A concepção luterana de que a graça de Deus é um presente à humanidade pode ser também hoje uma “força existencial”, disse o presidente da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD), bispo Wolfgang Huber. Huber lembrou que Lutero preconizou uma reforma na cabeça e membros “da sua Igreja católica”, e não quis iniciar uma nova igreja. Para a divisão da Igreja também contribuíram fatores bem mundanos, agregou. Responsável pela homilia no culto de abertura da Década, Huber destacou que a pregação de Lutero sobre a liberdade do cristão é de uma tremenda atualidade. Por isso, sugeriu Huber, a Década da Reforma deve ser uma “Década da liberdade. O ministro do Interior da República Federal da Alemanha, Wolfgang Schäuble, recomendou que a Década sirva para incrementar o diálogo com os muçulmanos, sem esquecer a existência de fissuras no cristianismo. Ele frisou que católicos e protestantes estão diante de grandes desafios, que podem ser sobrepujados muito antes se forem encararem em conjunto. “Nós fizemos história”, declarou o presidente da Federação Luterana Mundial (FLM), bispo Mark Hanson, que também preside a Igreja Evangélica Luterana da América (Elca). O que começou na Alemanha há 500 anos abarca, hoje, uma comunidade de 68 milhões de luteranos no mundo, disse. A celebração foi assistida pelo bispo católico Gerhard Feige, de Magdeburg, informa o Serviço de Imprensa Evangélico (EPD). Para os próximos dez anos serão realizados vários eventos – palestras, seminários, mostras, exposições, celebrações - em Wittenberg, Eisleben, Erfurt e Eisenach, cidades alemãs que tiveram a presença de Lutero. Em setembro de 1508, o monge agostiniano, então com 24 anos, chegava a Wittenberg para dar continuidade aos estudos e lecionar Filosofia na recém fundada universidade local. Hoje, a cidade situada no leste da Alemanha, no Estado de Saxônia-Anhal, conta com 47 mil habitantes e recebe a cada ano em torno de 400 mil turistas, atraídos pela história da Reforma.

sábado, 20 de setembro de 2008

Questão do aborto divide eleitores Cristãos nos EUA


SCRANTON - Até pouco tempo atrás, Matthew Figured, professor de catequese na Igreja Católica Romana do Santo Rosário, não conseguia decidir qual dos candidatos à presidência receberia seu voto.
Ele viu católicos progressivos trabalharem junto com os democratas nos últimos quatro anos para mostrar aos fiéis o apoio do partido às doutrinas da igreja em questões como a guerra no Iraque, imigração, saúde e diminuição do índice de abortos. Mas o bispo de sua paróquia gerou dúvidas ao proibir que o senador Joseph R. Biden Jr., de Delaware, indicado democrata à vice-presidência, recebesse a comunhão na região por causa de seu apoio ao aborto.
Por fim, bispos de todo o país criticaram Nancy Pelosi, da Califórnia, outra proeminente católica democrata, por contradizer publicamente os ensinamentos da igreja em relação ao aborto, chegando a pedir que seus párocos não votem em políticos que verbalizam tais opiniões.
Agora Figured diz que pensa em votar no candidato republicano, o senador John McCain, do Arizona. "As pessoas deveriam esclarecer suas crenças religiosas antes de tomar decisões políticas", disse Figured, 22, a caminho da missa no domingo.
Uma batalha interna da igreja católica sobre como os fiéis devem pensar a respeito do aborto voltou à cena num momento em que os partidos políticos se preparam para pleitear os votos de católicos praticantes em cidades disputadas como Scranton. A batalha ideológica tomou conta dos jornais diocesanos e homilias semanais, enquanto as campanhas disputam ligações e encontros com bispos influentes.
Os católicos progressivos reclamam que ao mencionar a história da oposição do aborto na igreja (Biden falou sobre São Thomas Aquinas, Pelosi debateu Santo Agostinho) os representantes democratas geraram um debate distrativo sobre a hierarquia da igreja.
"Falar sobre Agostinho e Aquino não ajuda", disse Chris Korzen, diretor executivo da União Católica, um grupo progressivo que veicula comerciais de televisão que enfatizam os ensinamentos de justiça social da igreja. "Seria melhor que eles se concentrassem nas políticas que irão implementar como líderes para divulgar os ensinamentos religiosos que dizem acreditar".
Os católicos conservadores, por sua vez, até pouco tempo se preocupavam com o ressurgimento de forças progressivas na igreja americana. Agora estão tranquilos. "Os democratas abandonaram o pouco progresso que haviam feito dentro da igreja", afirmou Deal Hudson, conservador católico que trabalhou na campanha do presidente Bush e agora faz parte da equipe de McCain.
Antes um bloco eleitoral democrata, os católicos agora representam um voto incerto e decisivo nas eleições presidenciais. Os católicos representam um quarto do eleitorado nacional e cerca de um terço de Estados disputados como Michigan, Missouri, Ohio e Pensilvânia.
"Quem conquistar os votos dos católicos irá conquistar nosso Estado e, geralmente, todo o país", disse G. Terry Madonna, cientista político da Faculdade Franklin & Marshall em Lancaster.
Fonte: New York Times
Via: último Segundo

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

A igreja indígena, o que é isso?

Ronaldo Lidório

É difícil expressar o gostoso sentimento ao ver a Igreja indígena e diversos irmãos reunidos nestes dias durante o Congresso Nacional do CONPLEI 2008. Éramos 1.251 pessoas e havia 47 etnias indígenas representadas. Podemos afirmar que foram dias de festa, sob a coordenação geral de Henrique Terena e a diretoria do Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas (CONPLEI). Houve conversões, reconciliação, comunhão e compromisso de pregação da Palavra ao retornarem para suas regiões. O Senhor esteve conosco. Foram muitos momentos especiais, porém dois pontos altos ocorreram no domingo. Durante a tarde, vários irmãos indígenas se reuniram de maneira informal e partilharam suas experiências. Falaram do amor que têm por Jesus, dos desafios para comunicar o evangelho entre seu próprio povo e do valor da presença missionária. Foi um período marcante. Logo à noite houve a Ceia do Senhor e foi inevitável comparar a cena com um prelúdio daquele dia em que todos os povos, tribos, línguas e nações estarão perante o Cordeiro. Alegria e esperança estavam no ar. Nos bastidores duzentos voluntários trabalharam intensamente para que o encontro pudesse acontecer. Algumas comissões de trabalho, como as de cozinha e segurança, organizaram plantões 24 horas por dia durante vários dias. As igrejas de Manaus, outras de bem longe e também as instituições missionárias envolveram-se fortemente enviando voluntários, doando alimentos e organizando o trabalho com muita dedicação. Paulo Nunes, coordenador do evento, recuperou-se de uma dengue a tempo de dedicar-se integralmente ao encontro. Nem mesmo um forte vento, que rasgou as lonas dos barracões no último dia, desanimou o povo. Pela manhã cedinho, ainda às 5 horas da manhã, os irmãos indígenas começavam a cantar. Algo de encher o coração. De fato o encontro começou uma semana antes e terminou uma semana depois dos dias oficiais (4 a 7 de setembro). Antes do encontro houve um curso sobre a prevenção ao alcoolismo (Programa Festejando a Libertação) com a participação de muitos irmãos indígenas. Após o encontro deu-se início a uma capacitação bíblica (Capacitação Bíblica Missionária Indígena) para outros que ficaram. Um tempo muito bem aproveitado. O local do encontro (Acampamento Monte Sião, da Igreja Presbiteriana de Manaus) foi perfeito: retirado, verde e bem espaçoso. Louvamos a Deus por todos que oraram e investiram neste relevante evento. A semente há de germinar, mesmo em lugares distantes por onde jamais passaremos. Louvamos a Deus por todos que se juntaram a nós para o trabalho prático construindo, limpando, organizando, recepcionando, preparando lanches, transportando, cozinhando, acompanhando os indígenas nas viagens, vigiando o acampamento e fazendo tanto mais. Saibam que vocês foram usados por Deus e cumpriram a missão, servindo ao Cordeiro Jesus. Um grupo de 26 irmãos indígenas procurou-me logo no dia de saída. Informaram que estavam iniciando a viagem de volta com um compromisso: partilhar o que viram e experimentaram naqueles dias com as cinco principais aldeias da sua etnia. Somente após fazerem isto regressarão para suas casas. Deus é bom e fiel.
• Ronaldo Lidório é organizador de Indígenas do Brasil – avaliando a missão da igreja e “A Questão Indígena – uma luta desigual” (no prelo). É doutor em antropologia pela Royal London University e atuou durante 9 anos no norte de Gana, na África, como plantador de igrejas, tradutor bíblico e coordenador de programas sociais nas áreas de saúde e educação.


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Igrejas preparam Dia Internacional de Oração pela Paz

Genebra - Igrejas de Fiji, Indonésia, Nova Zelândia, Samoa, Tuvalu, Estados Unidos, Canadá e Noruega organizam cadeias de oração para as 24 horas do próximo domingo, 21 de setembro, Dia Internacional de Oração pela Paz.Nos Estados Unidos, a campanha está sendo coordenada por On Earth Peace, um organismo da Igreja dos Irmãos. Em torno de 140 congregações estadunidenses anunciaram que vão celebrar reuniões públicas de oração no domingo em favor da paz e contra a violência.“Esperamos que as congregações participantes se esforcem para estabelecer novas relações ecumênicas e inter-religiosas, e que aprofundem as que já existem em nível local, de forma a consolidar sua posição sobre uma base mais permanente para fazer frente à violência em suas comunidades”, disse o coordenador do grupo estadunidense, Matt Guynn.A idéia de celebrar um Dia Internacional de Oração pela Paz surgiu de encontro do secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Samuel Kobia, com o então secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em 2004.A escolha da data, 21 de setembro, ou o domingo mais próximo, coincide com o Dia Internacional da Paz, da ONU. Esta é a quinta edição do Dia Internacional de Oração pela Paz.
Fonte: ALC

Sociedade : 95% dos jovens brasileiros são religiosos, diz pesquisa

Um estudo feito por uma fundação alemã em 21 países mostra que o jovem brasileiro é mais espiritualizado do que muita gente imagina. Cerca de 95% dos entrevistados, com idade entre 18 e 29 anos, disseram que são religiosos e 91% afirmaram acreditar em Deus. O resultado coloca os brasileiros em terceiro lugar no ranking mundial dos que mais possuem algum tipo de fé.
Fonte: Gazeta Online) - Mais de 90% acreditam em vida após a morte e outros 74% disseram orar pelo menos uma vez ao dia. O resultado do surpreendente estudo chamado "Monitor da Religião" mostra que a devoção entre os mais novos está tão em alta quanto entre os mais velhos, uma vez que com 60 anos ou mais o índice de religiosidade é de 96%.A pesquisa mostrou ainda que 37% dos jovens se consideram muito religiosos e 35% moderadamente religiosos. Foram ouvidos 21 mil pessoas e a fé dos brasileiros só perdeu para os nascidos na Nigéria e na Guatemala, onde os índices dos que disseram ter alguma religiosidade foram de 100% e 97%, respectivamente.Apenas 4% dos entrevistados disseram que não possuem religião. No entanto, o levantamento mostra que os jovens tendem a subestimar a própria fé. Quando perguntados se vivem de acordo com os preceitos da religião escolhida, apenas 35% dos entrevistados responderam que sim.ReencarnaçãoA universitária Janaína Rodrigues, 27 anos, é um exemplo de jovem aberta a crenças de linhas bem diferentes. "Sou católica desde que nasci, acredito em Deus e em Nossa Senhora, mas também em reencarnação. Muito do que o Kardecismo anuncia faz sentido. Também acredito em horóscopo porque as previsões sempre se encaixam nas coisas que acontecem comigo".Para o teólogo e professor de Filosofia da Faesa Vitor Nunes Rosa, esse tipo de comportamento é cada vez mais comum e não torna a religiosidade dos jovens menor. "A maioria das pessoas não distingue o que caracteriza uma religião. Buscam o que lhes dá conforto, não importa onde. O ponto comum é dizer que acreditam em Deus. Depois buscam em diversos credos o que avaliam ser melhor", destaca.Juventude até no modo de viver a féDogmas, rituais, valores morais, regras mais severas. Nada disso é levado em conta quando o jovem busca sua religiosidade. O que fala mais alto é a sua devoção e a forma que a encontra de expressar."Uma escolha é feita e o jovem, quando despertado para ela, passa a compreender a importância de se viver dentro de certos princípios", observa Abílio Rodrigues, presidente da Associação de Pastores Evangélicos de Vitória.E é a possibilidade de vivenciar a fé a sua maneira que vem atraindo muitos jovens para as igrejas. Na Paróquia da Sagrada Família, em Nova Rosa da Penha, Cariacica, por exemplo, eles optaram por realizar missões, com visitas as famílias, na comunidade."Foi o caminho que encontraram para vivenciar sua fé. O que o atrai é a possibilidade viver a sua fé de um modo jovem, novo", observa o titular da paróquia, padre Flávio Leonardo.Sentido à vidaUma atitude típica da idade, lembra a pastora da Igreja Batista da Restauração, Sandra Rodrigues. Uma fase onde a busca por um sentido para a vida é grande, em que deseja ter uma forma de viver mais definida, mas onde ainda há muitos conflitos, alguns até mesmo familiares."É neste momento que entra a orientação religiosa, os aconselhamentos, para mostrar que é possível exercer sua religiosidade, que é possível ser feliz quando você encontrou o que muitos ainda buscam", acrescentou a pastora.Jovens sacerdotes para atrair mais fiéisLiderar uma igreja com centenas de fiéis é um desafio que poderia assustar até pessoas com grande experiência de vida. Mas há jovens padres e pastores que não se intimidam com a pouca idade e aceitam essa tarefa. É o caso do pastor Sérgio Pimentel Freitas, que tem 25 anos e há três atua na Igreja Batista da Praia da Costa, em Vila Velha."Sou muito feliz com minha opção. Minha idade me permite alcançar pessoas que talvez não conseguiria se fosse mais velho. Me identifico com os jovens pela linguagem e muitos são atraídos para a igreja porque percebem que é possível ser jovem e feliz servindo a Deus", diz Sérgio que também é capelão do Colégio Americano Batista.O padre Renato Christe Covre, 28 anos, atua na Paróqui São Francisco de Assis, em Jardim da Penha, Vitória, há um ano e meio. Ele explica que foram nove anos de estudos antes de assumir uma paróquia. Renato também acredita que sua opção de vida ajuda a trazer mais jovens para a igreja. "Todo mundo se sente atraído por pessoas com as quais se tem alguma afinidade. E com os jovens não é diferente", explica.O padre diz que é um desafio ter de lidar com diferentes públicos, mas avalia que foi muito bem recebido na paróquia, o que ajudou bastante. "As senhoras mais velhas me receberam como um filho".Eles preferem as igrejas às raves e baladasOs estudantes Ananda Depiante, 20 anos, Pryscilla Rodrigues, 22, e Rafael Rodrigues, 20, freqüentam a Igreja Batista da Restauração, que fica em Jardim da Penha. Eles garantem que ser jovem e evangélico não é um desafio, e sim um privilégio. "A Bíblia para mim é um manual de princípios para tudo. Deixo de ir a baladas e raves porque acredito que não são ambientes bons para mim e não porque alguém me proíbe. Nossa igreja é animada e com freqüência realiza festas saudáveis para toda família", diz Rafael. Ananda conta que nasceu em um lar evangélico, mas continua na religião por opção. "Meus amigos que não são da igreja me respeitam. É fácil ser jovem, evangélica e muito feliz quando se tem certeza da escolha certa".Dedicação à igreja não é sacrifícioOs estudantes Patrick Thompson Reis, 25 anos, João Henrique Valdetaro, 24, Joana Pereira, 17, Ruan Pignaton e Janderson Ruy, ambos com 19 anos, são católicos e participam de várias atividades no Santuário de Vila Velha. "Sou ministro de Eucaristia e catequista de Crisma. Tem gente que pensa que ser atuante é difícil para os jovem, mas não é verdade. Faço o que quero, mas sem exageros. Não bebo demais porque tenho de dar exemplo", diz Ruan, que participa do Ministério de Oração e toca na igreja. É seminarista e em novembro começa um estágio que vai definir sua vida. "Se for da vontade de Deus serei padre. É meu sonho", revela.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Grupo evangélico apresenta abaixo-assinado pedindo processo de Ahmadinejad

Nações Unidas, 17 set (EFE).- Um grupo evangélico anunciou hoje que entregará às Nações Unidas um abaixo-assinado com 56 mil assinaturas de cristãos de 128 países para que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, seja processado por incitar o genocídio do povo judeu.
O grupo chamado Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém (ICEJ, na sigla em inglês) disse em comunicado que apresentará as assinaturas na próxima quinta por ocasião da participação do presidente iraniano da 63ª sessão da Assembléia Geral da ONU no dia 23 de setembro.Em carta anexa ao pedido, a organização expressa sua preocupação com as inúmeras declarações de Ahmadinejad a favor da destruição de Israel e as supostas referências do líder iraniano em alguns de seus discursos à vinda do 13º imame, o que marcará o final dos tempos."Preocupa-nos que as repetidas ameaças do Irã com relação à eliminação do Estado judeu e seus esforços para conseguir as armas nucleares para cumprir estas ameaças sejam uma campanha para cometer um genocídio", declarou no comunicado o diretor do ICEJ, o reverendo Malcolm Hedding.Hedding afirmou que tanto sua organização como as Nações Unidas surgiram das "cinzas do Holocausto" e que a comunidade cristã tem a obrigação moral de levantar a voz em defesa do povo judeu, após o "silêncio da maior parte do clero cristão diante da horrorosa tentativa da Alemanha de aniquilar os judeus europeus".O diretor do ICEJ afirmou que o programa nuclear iraniano e as manifestações do presidente do Irã constituem um "potente elixir".Além disso, ele criticou o convite de alguns líderes religiosos protestantes a Ahmadinejad para participar de um diálogo durante sua visita aos EUA."Jesus não conversou com Herodes, pois representava um sistema corrupto e malvado. Estes líderes cristãos serão associados a partir de agora com apaziguamento do mal", acrescentou.O ICEJ é uma organização cristã com sede em Jerusalém criada em 1980 para "enfrentar finalmente os agravos que o povo judeu sente por causa da trágica história do anti-semitismo cristão".
Fonte: Último segundo

O aborto em questão

Código Penal brasileiro permite o aborto apenas nos casos de gestação originada de estupro ou que represente risco à vida da mãe. Mas, se depender da opinião de juízes e promotores do Ministério Público, as possibilidades de abortamento legal devem aumentar. Nada menos que 78% deles são favoráveis à flexibilização do Código Penal no que se refere à interrupção forçada da gravidez. Os estudos foram feitos pelo Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp) e coordenados pelo ginecologista Aníbal Faúndes, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Os pesquisadores ouviram 1.493 juízes e 2.614 promotores de todas as regiões brasileiras.No caso dos juízes, 61,2% apontaram necessidade de mudanças na legislação atual para aumento das circunstâncias em que não se pune o aborto praticado por médicos. Outros 16,8% dos magistrados se disseram favoráveis à descriminalização do aborto, independentemente da circunstância, totalizando 78% favoráveis à mudanças na lei. Na mesma pesquisa, 12,5% dos promotores disseram ser a favor da não-penalização do aborto em qualquer caso e 3,2% opinaram que a prática nunca deve ser permitida.Segundo a pesquisadora Graciana Duarte, do Cemicamp, as 35 perguntas das pesquisas foram enviadas a juízes e promotores por meio de malotes, com apoio de associações de classe das duas categorias. Os estudos começaram em 2005 e foram concluídos no ano passado. Entre as questões enviadas estavam, por exemplo, se os juízes ou promotores defendem a permissão do aborto em caso de risco para a gestante. Outra questão tratava da opinião dos entrevistados sobre gravidez após estupro.O juiz José Henrique Torres, da Vara do Júri de Campinas (SP), defendeu a descriminalização da prática: “Vivemos sob uma ilegalidade consentida. O aborto deve ser tratado como problema de saúde pública, e não enfrentado dentro do sistema criminal.” Segundo o magistrado, há poucos casos de abertura de inquéritos para apurar casos de aborto por má-formação fetal – tipo de caso que tem levantado grande polêmica no país, sobretudo quando a deformidade é a anencefalia, ou ausência de cérebro no feto. "Sou a favor da descriminalização em qualquer hipótese, mas enquanto isso não acontece, que sejam pelo menos descriminalizados os casos de má-formação fetal."
Fonte: Cristianismo hoje

Violência de radicais motiva leis polêmicas


INDONÉSIA (47º) - A Fundação Instituto de Ajuda Legal (YLBHI) e suas 14 subsidiárias têm expressado preocupação quanto à possibilidade de a violência perpetrada por grupos extremistas ameaçar a liberdade religiosa no país. Eles disseram que o Estado não tem feito o suficiente para defender a lei e proteger os direitos e liberdade dos cidadãos. “Muitos grupos na sociedade têm se valido da violência em nome da religião para impor suas crenças a outros grupos, particularmente grupos minoritários” – disse o grupo ao final dos três dias de sua reunião executiva, na quarta-feira passada. “Estamos enfrentando uma situação que é claramente perigosa para nossa existência como nação: o crescimento da intolerância e discriminação contra grupos minoritários.” “Acreditamos que essas ações de violência não só espalham medo e atacam diretamente a liberdade e os direitos civis, mas também se tornaram uma séria ameaça à democracia a ao diálogo cultural” – disse o presidente da YLBHI, Patra M. Zen, enquanto lia as declarações do grupo. Institutos de auxílio legal tem advogado para vítimas de violência, incluindo seguidores do grupo islâmico Jamaah Ahmadiyah, declarado seita pelo Conselho Indonésio de Ulemás. Perseguição do governo contra seitas islâmicas Milhares de seguidores do Ahmadiyah no país foram desabrigados e atacados por grupos muçulmanos radicais. Para acalmar a raiva dos grupos radicais, o governo emitiu um decreto ministerial conjunto, proibindo o Ahmadiyah de propagar sua fé. Entretanto, o decreto causou protestos de muçulmanos radicais que desejam que o Ahmadiyah seja dissolvido. Também ocasionou protestos de grupos de direitos humanos, os quais afirmam que o decreto nega aos seguidores da seita seu direito constitucional de liberdade. O decreto também foi acusado de justificar a violência contra o Ahmadiyah “Observamos que, apesar de muitos casos de violência, o governo, como representante do Estado, tem falhado em proteger e garantir os direitos humanos. “O governo tem deixado, ocasionalmente, a violência acontecer, ou em alguns casos, tem se envolvido na própria violência” – disseram os grupos. Direitos Humanos e liberdade religiosa são assegurados pela Constituição. Conhecida como a terceira maior democracia, a Indonésia é signatária do Pacto Internacional Econômico, Social e de Direitos Culturais, da Aliança Internacional de Direitos Civis e Políticos e da Declaração da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Intolerância e Discriminação Baseadas em Religião e Crença. Os grupos se comprometeram a continuar a defender os direitos humanos e pressionar o governo a defender a lei. “Tomaremos as medidas legais possíveis contra qualquer legislação que ameace e viole a liberdade religiosa” – disse Patra, presidente da YLBHI. Os grupos também preveniram os governos regionais contra a aprovação de ordenanças que contestem a liberdade de religião ou discriminem grupos minoritários.
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: The Jakarta Post

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre o jejum

Pr. Valdemir Alves da Silva

Um irmão recém-chegado a nossa igreja perguntou a uma das professoras dos Catecúmenos acerca do jejum.
Aproveito-me da oportunidade para comentar, mais uma vez, o tema no afã de ajudar outros que estejam confusos a esse respeito. No Antigo Testamento há a prescrição, inicialmente, de um jejum anual, o do dia da Expiação (Lv 19. 29-31). Após o retorno do cativeiro Medo-Persa , ali por volta de 520 aC, os judeus passaram a observar quatro jejuns anuais (Zc 8. 19) e, segundo nos explicam as autoridades religiosas judaicas, todos esses quatro eram observados “de acordo com o Talmude”, isto é, conforme parte da tradição judaica. O jejum de Éster 9.31 parece ter sido um jejum acrescentado a esses quatro anuais.
Há outros exemplos no Velho Testamento de jejuns, como os “jejuns pessoais” (2 Sm 12.22), os “jejuns em grupo” (Jz 20.26). O jejum podia expressar tristeza (1 Sm 31. 13, Ne 1. 4, Ed 10. 6, etc) assim como podia significar a busca pela orientação divina (Ex 34. 28; 2 Cr 20. 3-4. Complicando sempre as coisas, porém, havia os que pensavam que o jejum, por si só, trazia para o jejuador a atenção de Deus, o que Deus por meio de Isaías reprovou categoricamente perguntando: “ Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao SENHOR? O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo o jugo? Não, é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou e não recusar ajuda ao próximo? Ai sim, a sua luz irromperá como alvorada, e prontamente surgirá a sua cura...”(Is 58.5-8). Os hebreus/judeus sempre complicaram os rituais e os costumes recomendados por Deus! Eles transformavam esses rituais e costumes em “fins em si mesmos”. Achavam que tinha seus pecados perdoados por causa do sangue dos animais derramado. Não conseguiam entender que tais rituais eram figuras, porque o perdão de pecados sempre dependeu de arrependimento e busca de perdão em Deus e que aquele sangue todo tinha um dia de acabar. E Jesus Cristo, acabou. Seu sangue foi o derramamento definitivo pelo perdão dos pecados (Hb 9. 26; 10. 10). Os hebreu não conseguiram entender que a Guarda do sábado, a prática do jejum e as festas religiosas eram também figuras, sombras de uma situação que iria ser alterada com a chegada do Messias. O pior é que há hoje cristãos que não conseguem ver isso e repetem o Velho Testamento. A Igreja Católica repete o Velho Testamento, por isso o ritual católico romano e o ritual Católico Ortodoxo procuram ser uma adaptação cristã dos rituais do Velho Testamento, dai o altar, as vestimentas sacerdotais obrigatórias, o incenso, o jejum obrigatório. Aliás, o segmento cristão que mais praticava jejum não está entre os cristãos evangélicos.É a Igreja Ortodoxa e as Igreja Católicas Orientais (monofisitas, nestorianas, etc) o segmento cristão que mais pratica o jejum. Os Adventistas (sabadistas) e os batistas do 7º Dia (sabatistas), repetem o Velho Testamento repetindo o sábado (os sabatistas com menos legalismo) e muitos cristãos evangélicos hoje tentam repetir práticas judaicas embutidas nos "sete disso ou sete daquilo" e usam o jejum aos moldes do Velho Testamento. Amados, em Jesus Cristo temos a recriação, a nova criação do mundo (2ª Co 5. 15; Gl 6. 15). Temos a formação de um mundo novo que não será, como o primeiro, corrompido pelo pecado, por isso a ressurreição ter ocorrido num domingo, rompendo com a antiga dispensação que tinha o 7º dia como o dia de honra a Deus, mas que era a marca do mundo que, criado, se corrompeu com o pecado, mundo que DEUS, EM CRISTO, recria.
O Velho Testamento foi, é e continuará sendo a PALAVRA DE DEUS para nos mostrar o fim de uma dispensação e a inauguração de outra, por isso a LEI mesmo sendo santa, boa e justa, TEM O SEU FIM EM CRISTO (Rm 10.4). Em Cristo não somos mais ministros da antiga aliança, do Velho Testamento, que Paulo chama de “o ministério que trouxe a morte” (2ª Co 3. 7), mas somos MINISTROS DA NOVA ALIANÇA – O MINISTÉRIO DO ESPÍRITO, da NOVA ALIANÇA selada com o sangue de Cristo (1ª Co 1.25)..
Há uma atração estranha hoje nos ambientes cristão por práticas do Velho Testamento que eram sombras, algumas que eram até a demonstração de angústia e não libertação e que Deus queria que as pessoas entendessem como a pregação de uma mudança viria. Esse é o caso do Jejum, pois a palavra Jejum, em hebraico, quer dizer “aflição na alma”, de modo que o Jejum era para ser uma busca por Deus para acabar com a aflição da alma e não uma prática que se marca, que se combina, que se faz nesse ou naquele dia, a sós ou em grupo para, em muitos casos, fazer o inverso, isto é, “trazer aflição para a alma !”. Foi um ambiente dominado por rituais, fins em si mesmos, que o Senhor Jesus encontrou em seu ministério terreno, por isso a questão do Jejum mereceu Dele correções (Mt 6.16). Oh, sim, Ele não condenou a prática mas a atingiu no âmago para fazer as pessoas entenderem que a verdade está além do formalismo, do ritual.
No deserto, preparando-se para o seu ministério, Ele jejuou por 40 dias e 40 noites (Mt 4.2). Aquela era uma realidade DANTESCA que Ele iria enfrentar e, por isso, ELE FEZ O QUE EU E VOCÊ NÃO PODERIAMOS FAZER. Conhece algum crente que tenha jejuado como Jesus por 40 dias e 40 noites? Assim como assumiu a CRUZ QUE ERA NOSSA MAS QUE NÓS NÃO PODÍAMOS ASSUMIR, o Senhor Jesus FEZ UM JEJUM POR NOSSA CAUSA O SUFICIENTE PARA NOS ISENTAR DE TENTAR ALGO PARECIDO! Em Mateus 9. 14 e 15, Jesus explicou porque os seus discípulos na jejuavam. “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles? Virão dias quando o noivo lhes será tirado; então jejuarão.”. Prestemos atenção nisso. Estava Jesus falando de algo que passaria a ser COMUM ou de ALGO QUE SERIA MOMENTÂNEO? Ele, o NOIVO, foi tirado dos discípulos, MAS FOI TIRADO DE FORMA DEFINITIVA? Quando lemos João 14. 23 o que temos declarado por Jesus? Quando lemos o que Jesus falou do envio do Espírito Santo, o que ele disse? (Leia João 14. 18)) O que foi que Jesus disse em Mateus 28. 19-20? Essas passagens nos mostaram claramente que não ficamos sem noivo. Logo, se não ficamos sem o noivo como os primeiros discípulos ficaram entre as ascensão ao Céu e a descida do Espírito Santo, A NECESSIDADE DE JEJUAR DEIXOU DE SER OBRIGATÓRIA.Bem, mas temos a recomendação do Senhor Jesus em Mateus 17. 21. Nesse texto Ele se referiu a certa casta de demônios que como Ele disse “só saia com oração e jejum”. Também temos a menção de Atos 14. 23 onde temos a igreja de Antioquia enviando Paulo e Barnabé após orar e jejuar. Os jejuns mencionados em 2ª Co 6.5 e 11.27, conforme explica a maior parte dos intérpretes do Novo Testamento, não eram os jejuns religiosos, mas foi o ficar sem comida como castigo, tanto que a Bíblia Viva não usa a palavra “jejum” mas sim “ficar sem comer”. Na verdade, todas as epístolas de Paulo, as de Pedro, e até a tão judaica Epistola de Tiago mantêm um silêncio constrangedor. Um silêncio constrangedor para os amigos católicos porque nada se menciona acerca de Maria. Nada, nem o seu nome. Um silêncio constrangedor para os nossos amigos sabatistas e sabadistas porque não há nenhuma recomendação sobre guardar o sábado. Um silêncio constrangedor para os que advogam o jejum como prática obrigatória para os cristãos porque em lugar algum delas se determina jejuar. Orar sem cessar, sim, mas jejuar, não.
A luz disso temos o direito de entender Mateus 17. 21 como uma referência de Jesus ao poder do diabo ANTES DA CRUCIFICAÇÃO. SIM, PORQUE ANTES DA CRUCIFICAÇÃO o diabo teve a ousadia de até tocar em Jesus (Mt 4. 5 e 8), mas após a crucificação “ a situação se alterou” conforme Colossenses 2. 14. Após a crucificação o NOME DE JESUS É TOTALMENTE SUFICIENTE NA VIDA DO CRENTE (NÃO TANTO NOS LÁBIOS) PARA AFUGENTAR, S EM JEJUNS OU PRÁTICAS SEMELHANTES OS DEMÔNIOS, MESMO QUANDO ELES ESTÃO INCORPORADOS NAS PESSOAS QUE ISSO PERMITIRAM. Em relação a Atos 14. 23 o que se pode perceber é que sendo a Igreja de Antioquia uma igreja formada por gentios mas também, por judeus (At 11.19) essa era uma igreja em fase de transição como todas as organizadas até então, pois o Novo Testamento ainda estava em formação e, por isso, manteve a prática do jejum judaico, só que não sabemos se como prática comum ou exporádica. DE QUALQUER FORMA A LUZ DESSES TRÊS TEXTOS (Mt 9.14,15; 17.21 e At 14. 23) podemos deduzir que; (1) JÁ QUE COMO CRENTES ÀS VEZES PODEMOS NÃO SENTIR DE FORMA CLARA A PRESENÇA DO NOIVO, SENDO QUE QUANDO ISSO OCORRE SOMOS LEVADOS À ANGÚSTIA, À INSEGURANÇA , QUE SEJA A PERCEPÇÃO DISSO O SUFICIENTE PARA NOS FAZER PERDER A FOME PORQUE ENTÃO JEJUAREMOS USANDO A SITUAÇÃO PARA CONFESSAR DE NOVO E DE NOVO O QUANTO É INDISPENSÁVEL PARA NÓS O SENTIRMOS JESUS CRISTO POR MEIO DO ESPÍRITO SANTO EM NÓS. (2) OBSERVEMOS QUE EM Mt 17. 21 e At 14. 23 O JEJUM FOI RECOMENDADO E MENCIONADO COMO ALGO QUE ACONTECERIA E ACONTECEU POR CAUSA DOS OUTROS. ENTÃO, QUANDO A SITUAÇÃO DE ALGUÉM, DA IGREJA, DA CAUSA ESTIVER TIRANDO O NOSSO PRAZER DE COMER, O TEMPO DE COMER, JEJUEMOS!
APROVEITEMO-NOS DA OPORTUNIDADE DE LUTAR EM FAVOR DE ALGUÉM PORQUE SÓ DESSA FORMA É QUE O JEJUM SE TORNA NO QUE DEUS SEMPRE QUIS QUE ELE FOSSE JUSTIÇA! ENFIM, ALGO SINGULAR, ÍMPAR, POR ESTAR SENDO FEITO EM NOME E POR CAUSA DE JESUS CRISTO.
APROVEITEMO-NOS DA OPORTUNIDADE DE LUTAR EM FAVOR DE ALGUÉM PORQUE SÓ DESSA FORMA É QUE O JEJUM SE TORNA NO QUE DEUS SEMPRE QUIS QUE ELE FOSSE – JUSTIÇA! ENFIM, ALGO SINGULAR, ÌMPAR, POR ESTAR SENDO FEITO EM NOME E POR CAUSA DE JESUS CRISTO.

Sete pessoas são presas por propaganda cristã


IÊMEN (6º) - Sete pessoas foram detidas em Hudayda, região no oeste do país, segundo a agência de notícias Sahwa Net. Acusados de propaganda cristã, essas pessoas foram detidas por forças de segurança em 18 de agosto. As prisões foram confirmadas, mas o nome dos presos não foi divulgado. O encarceramento de cristãos no Iêmen tem sido condenado. Apesar do silêncio das autoridades, sabe-se o nome de um entre os presos: Hani el-Dahayni, 30 anos, detido no final de maio deste ano. A família de Hani confirmou que ele foi preso depois de a polícia invadir seu escritório. Durante a invasão, computadores e disquetes foram confiscados. Teme-se que aqueles na prisão sejam torturados e sentenciados à morte por apostasia – uma punição infligida aos muçulmanos que trocam o islamismo por outra religião. Esse tipo de punição também intimida a divulgação de notícias para fora do país. O Ministério iemenita de Direitos Humanos confirmou que os detidos sofrem maus tratos na prisão.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: AsiaNews

Ex-muçulmanas correm risco de serem mortas pela família

MUNDO MUÇULMANO - Duas irmãs de um país árabe correm risco de morte na mão de seus familiares se a conversão delas ao cristianismo for descoberta. Por se tratar de um assunto extremamente delicado, o nome das duas e de seu país de origem não podem ser revelados. Em 25 de agosto, a associação Middle East Concern pediu oração por essas irmãs. A família, desconfiada de que ambas haviam abandonado o islamismo, pensou em deixá-las presas em casa, ou torturá-las até que se reconvertessem. Também foi cogitado matá-las. Sendo assim, cristãos da comunidade decidiram esconder as moças até os ânimos se acalmarem. A comunidade cristã agradece as orações feitas por elas até agora. O pai delas decidiu continuar bancando os estudos das duas. Assim, elas têm motivos para viver longe de casa. A mãe das moças está sendo compreensiva e faz o que pode para protegê-las. E as próprias moças estão empenhando-se para fortalecerem o relacionamento que têm com os pais, visitando-os durante o ramadã. No entanto, alguns parentes continuam desconfiados. Eles tentam descobrir se as irmãs realmente se tornaram cristãs, e, aparentemente, estão interessados em lhes fazer mal, caso descubram onde elas estão. Além disso, alguns membros da família estão se distanciando da casa delas. Pedidos de oração: • Ore pela segurança dessas nossas irmãs, e peça proteção para elas;• Que os parentes tenham sabedoria sobre como se envolver com essa família;• Que o relacionamento entre os pais e suas filhas seja fortalecido, mais forte do que leis e tradições islâmicas;• Peça a Deus para suprir as despesas que as moças têm enquanto estudam;• Ore para que os membros da família que as querem mal respondam ao amor de Deus.Tradução: Daila Fanny
Fonte: Middle East Concern