ÍNDIA - Líderes cristãos que se encontraram com o ministro-chefe do Estado de Orissa afirmam que eles estão esperançosos em ter um Natal de paz neste ano.
"Sem grandes celebrações. Pelo menos nosso povo poderá voltar para suas vilas e viverem lá. Isso é o que esperamos que acontecerá", disse o arcebispo Raphael Cheenath de Cuttack-Bhubaneswar.
Em entrevista para agência de notícias UCA News, o arcebispo disse que as pessoas ainda estão com medo de voltar para as suas vilas. Cristãos desabrigados estão com medo de sofrerem ataques, serem forçados a se converter ao hinduísmo e de terem fanáticos invadindo suas terras e plantações.
Raphael disse que uma das exigências dos líderes cristãos é que o Estado ofereça policiais e segurança paramilitar para que as pessoas possam retornar às suas vilas. Outra exigência é dividir os campos de refugiado, atualmente com 2 a 3 mil pessoas, em grupos menores de 800 a 900 pessoas.
Os campos menores podem ser estabelecidos próximo às vilas dos refugiados, disse o arcebispo. "Desses campos menores, seria mais fácil para as pessoas voltarem, em grupo, para suas vilas. A polícia pode escoltá-los facilmente. Então, eles poderão começar a reconstruir seu lar, limpar as casas queimadas e reconstruir as que foram destruídas", ele explicou.
Funcionários de igrejam, incluindo padres e freiras, também viveriam nos campos, ou em centros próximos que não foram danificados para ajudar os moradores das vilas.
"Estamos tentando começar, tentando voltar ao normal”, disse Rafael. Ele espera que esse projeto seja concluído até o Natal, e acrescentou que muitos cristãos migraram para outros Estados porque estão com medo de voltar para suas vilas.
As pessoas também temiam a ameaça de conversão forçada, ele disse. Os radicais hindus repetidamente exigiram que aqueles que planejavam voltar a suas vilas, deveriam se tornar hindus. Sendo assim, os cristãos não podiam fazer a colheita ou cultivar em sua própria terra a menos que eles se declarassem hindus e exibissem símbolos hindus em suas casas.
Em no mínimo, duas vilas, "nosso povo está vivendo como se estivesse em campos de concentração”, Raphael relatou. "Eles não têm liberdade. Até mesmo a hora de ir ao mercado e voltar são agendadas. Suas conversas e contato social também são observados."
O prelado também disse o "objetivo maior" dos fanáticos hindus é "destruir toda a Igreja cristã de Kandhamal", e "é por isso que nós insistimos em celebrar o Natal".
A celebração do Natal é a identidade dos cristãos. Impedi-la seria "arrancar o coração e o espírito dos cristãos", ele continuou, acrescentando que forças anticristãs ficariam felizes se os cristãos abandonassem o Natal.
“O ano passado, nós não pudemos celebrar o Natal por causa da violência”, ele relembra. Uma onda de violência começou na véspera do Natal de 2007 em Kandhamal, distrito que tem uma grande concentração de cristãos.
"Este ano nós devemos celebrar o Natal", Raphael afirma, acrescentando que os líderes das igrejas expressaram estes sentimentos para o ministro-chefe de Orissa. Segundo o arcebispo, o ministro respondeu: "Vocês deveriam celebrar o Natal este ano".
O ministro-chefe também prometeu analisar atentamente os pedidos que os cristãos fizeram por forças paramilitares e policiais, a fim de protegê-los em suas vilas até a próxima eleição estaduais, marcadas para abril de 2009.
Tradução: Simone Camillo
Postado por: Ricardo Lourenço - VEM BRASIL - SP - BRASIL
Fonte: www.redegospelvida.com.br
"Sem grandes celebrações. Pelo menos nosso povo poderá voltar para suas vilas e viverem lá. Isso é o que esperamos que acontecerá", disse o arcebispo Raphael Cheenath de Cuttack-Bhubaneswar.
Em entrevista para agência de notícias UCA News, o arcebispo disse que as pessoas ainda estão com medo de voltar para as suas vilas. Cristãos desabrigados estão com medo de sofrerem ataques, serem forçados a se converter ao hinduísmo e de terem fanáticos invadindo suas terras e plantações.
Raphael disse que uma das exigências dos líderes cristãos é que o Estado ofereça policiais e segurança paramilitar para que as pessoas possam retornar às suas vilas. Outra exigência é dividir os campos de refugiado, atualmente com 2 a 3 mil pessoas, em grupos menores de 800 a 900 pessoas.
Os campos menores podem ser estabelecidos próximo às vilas dos refugiados, disse o arcebispo. "Desses campos menores, seria mais fácil para as pessoas voltarem, em grupo, para suas vilas. A polícia pode escoltá-los facilmente. Então, eles poderão começar a reconstruir seu lar, limpar as casas queimadas e reconstruir as que foram destruídas", ele explicou.
Funcionários de igrejam, incluindo padres e freiras, também viveriam nos campos, ou em centros próximos que não foram danificados para ajudar os moradores das vilas.
"Estamos tentando começar, tentando voltar ao normal”, disse Rafael. Ele espera que esse projeto seja concluído até o Natal, e acrescentou que muitos cristãos migraram para outros Estados porque estão com medo de voltar para suas vilas.
As pessoas também temiam a ameaça de conversão forçada, ele disse. Os radicais hindus repetidamente exigiram que aqueles que planejavam voltar a suas vilas, deveriam se tornar hindus. Sendo assim, os cristãos não podiam fazer a colheita ou cultivar em sua própria terra a menos que eles se declarassem hindus e exibissem símbolos hindus em suas casas.
Em no mínimo, duas vilas, "nosso povo está vivendo como se estivesse em campos de concentração”, Raphael relatou. "Eles não têm liberdade. Até mesmo a hora de ir ao mercado e voltar são agendadas. Suas conversas e contato social também são observados."
O prelado também disse o "objetivo maior" dos fanáticos hindus é "destruir toda a Igreja cristã de Kandhamal", e "é por isso que nós insistimos em celebrar o Natal".
A celebração do Natal é a identidade dos cristãos. Impedi-la seria "arrancar o coração e o espírito dos cristãos", ele continuou, acrescentando que forças anticristãs ficariam felizes se os cristãos abandonassem o Natal.
“O ano passado, nós não pudemos celebrar o Natal por causa da violência”, ele relembra. Uma onda de violência começou na véspera do Natal de 2007 em Kandhamal, distrito que tem uma grande concentração de cristãos.
"Este ano nós devemos celebrar o Natal", Raphael afirma, acrescentando que os líderes das igrejas expressaram estes sentimentos para o ministro-chefe de Orissa. Segundo o arcebispo, o ministro respondeu: "Vocês deveriam celebrar o Natal este ano".
O ministro-chefe também prometeu analisar atentamente os pedidos que os cristãos fizeram por forças paramilitares e policiais, a fim de protegê-los em suas vilas até a próxima eleição estaduais, marcadas para abril de 2009.
Tradução: Simone Camillo
Postado por: Ricardo Lourenço - VEM BRASIL - SP - BRASIL
Fonte: www.redegospelvida.com.br
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