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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

AI-5: A vida da Igreja Evangélica nos anos de chumbo

O Ato Institucional nº 5, que colocou a sociedade e a Igreja Evangélica na parede, completa 40 anos sem ser esquecido. Em 13 de dezembro completaram-se quatro décadas que, em nome do combate à suposta ameaça comunista, o Brasil mergulhou numa era de total supressão das liberdades individuais e políticas. Naquela época os evangélicos passaram a ser vistos como ameaça pelo regime militar, que não poupou os religiosos.

O chamado golpe dentro do golpe, imposto em 1968 pelo general-presidente Artur da Costa e Silva, que veio para calar os protestos estudantis que varriam o país pedindo democracia e reverberavam no Congresso, deu poderes totais a Costa e Silva e suspendeu o instrumento legal do habeas corpus. Qualquer pessoa poderia ser presa sem acusação formal por até 60 dias para responder a inquéritos políticos, ficando incomunicável durante até 10 dias.

Fechado o Congresso, políticos, intelectuais e artistas – muitos deles sem qualquer identificação com a esquerda – foram presos imediatamente. Era a “doutrina de segurança nacional”, pregada pelo general Golbery do Couto e Silva no âmbito da Escola Superior de Guerra e fortemente influenciada pelos Estados Unidos.

Tratava-se de uma guerra contra os inimigos internos, não contra potências estrangeiras. E a Igreja Evangélica? Muitos crentes em Jesus Cristo, que já enfrentavam problemas em suas próprias denominações por conta da intensa disputa político-ideológica daquele período, passaram a ser vistos como ameaça pelo regime militar, que não poupou os religiosos.

Vários protestantes vinculados a movimentos ecumênicos que pregavam a responsabilidade social da igreja e a transformação do país sofreram perseguição. Muitos eram entusiasmados seguidores dos ensinos do teólogo norte-americano Richard Shaull (1919 -2002), que, expulso da Colômbia, viera ao Brasil ainda nos anos 50 pregando o engajamento político das igrejas para mudar a sociedade, profundamente desigual. Um dos principais organizadores, por meio da Confederação Evangélica do Brasil (CEB), do encontro “Cristo e o Processo Revolucionário Brasileiro”, que reuniu em 1962, no Nordeste, 167 representantes de diversas igrejas, o sociológo e jornalista Waldo Lenz César (1923-2007) também foi preso e teve que deixar o Brasil. O presbiteriano Paulo Wright, deputado estadual por Santa Catarina, tornou-se militante da Ação Popular (AP) – organização de esquerda que de início agregava estudantes católicos e um punhado de protestantes – e desapareceu nos porões do regime em 1973. Seu irmão, o pastor Jaime Wright, acabou se destacando na luta contra a ditadura, unindo-se ao arcebispo de São Paulo, D.Paulo Evaristo Arns, para denunciar os crimes do Estado brasileiro. Ele trabalhou intensamente no Projeto Brasil: Nunca Mais, que uniu o Conselho Mundial das Igrejas (CMI) e a Arquidiciocese de São Paulo para expor a violência do regime.

Fonte: Folha Gospel

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Tribunal exige que raptor de menina cristã pague o dote

PAQUISTÃO (15º) - Depois que um juiz, em 15 de dezembro, pressionou financeira e socialmente os raptores de uma menina seqüestrada e convertida ao islamismo, os advogados dos pais dela estão otimistas com a possibilidade de tê-la de volta.

O juiz Malik Saeed Ijaz ordenou a Amjad Ali, marido de Saba Masih, 13 anos, a pagar um dote no valor de 100 rúpias (1,28 dólares) e concedeu direito de visita aos pais da menina – duas ações exigidas pelo protocolo do casamento paquistanês.

O juiz deu à Saba Masih a oportunidade de conversar com sua família durante a audiência de ontem, mas ela permaneceu em silêncio atrás de seu véu, dando apenas respostas frias.

“Eu não quero ver meus pais. Eles são cristãos e eu sou muçulmana”, ela disse, de acordo com o advogado de seus pais.

Sua irmã mais nova, Aneela Masih, suplicou para que sua irmã mais velha retornasse para a casa. A menina de 10 anos disse à irmã mais velha que, no Natal, ela não queria que sua irmã estivesse com aqueles “que não são do nosso povo”.

Aneela também fora seqüestrada, mas foi devolvida à família três meses atrás (leia mais).

Saba compareceu na Comarca de Multan, da Alta Corte de Lahore, com seu marido muçulmano e a família dele em 15 de dezembro. Os pais dela preencheram uma petição de repúdio no último mês contra seus raptores, por não respeitarem o protocolo paquistanês de casamento.

A lei islâmica (Sharia), contudo, dá à mulher o direito de abdicar ao dote. Advogados dizem temer que a família muçulmana pressione Saba Masih a reivindicar seu direito de abdicar do dote, com o objetivo anular a pressão financeira.

Influência

Os advogados esperam que se a mãe puder visitá-la, a menina será convencida a deixar seu marido e ir para a casa com sua família. Sua família crê que ele tem ameaçado a menina com violência caso ela tente escapar e voltar a viver com sua família.

Na audiência do dia 15, Saba ainda relutava em retornar à sua família. Os parentes dizem que estão orando para que a menina mude de idéia e para que seus raptores percam a influência sobre ela.

“A coisa mais importante é que Saba deve estar pronta para voltar para casa por vontade própria”, disse o tio da menina, Khalid Raheel. “Mas ela não está pronta para voltar ainda, não sei como eles conseguem convencê-la.”

Akbar Durrani, advogado do Centro de Auxílio Assistência e Assentamentos Legais (CAAAL), disse que os advogados deverão tentar usar o testemunho de seqüestro de Aneela para poder levar o caso ao Supremo Tribunal se outras opções falharem.

Problema recorrente

Seqüestro de cristãs nesta nação de 170 milhões de pessoas, muçulmanas na maioria, não é algo incomum.

Muitos raptores crêem que não serão punidos caso sejam pegos, tamanha é a influência da sharia sobre o código penal.

Todos os anos há casos de crianças paquistanesas cristãs seqüestradas, mortas ou exploradas por aqueles que crêem na falta de poder de seus pais.

No último mês, uma família muçulmana em Nankan seqüestrou o filho de 7 anos do cristão paquistanês Binyamin Yusef, 30, em uma disputa de terras. Dois dias depois, a polícia encontrou o corpo do menino, com sinais de tortura e estupro.

A polícia não registrou o caso quando Binyamin buscou assistência. Representantes do CAAAL esperam iniciar uma ação contra os alegados agressores.


Tradução: Gabriel Neto


Fonte: Compass Direct

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal proibido no Irã

Cristãos que vivem no país dos aiatolás são intimidados pela Polícia Islâmica a não comemorar o nascimento de Cristo.
Os cristãos iranianos, especialmente os novos convertidos, estão sendo proibidos pelas autoridades muçulmanas de celebrar o Natal, a festa máxima da cristandade. O Ministério de Informações, guarda-chuva institucional que abriga a temida Polícia Secreta islâmica, têm percorrido as províncias de Tabriz, Shiraz e Sanandaj, obrigando os seguidores do Cristianismo a assinar um documento comprometendo-se a não festejar o nascimento de Jesus Cristo.

A FCNN (Rede de Notícias Cristãs em Farsi) também informa que alguns líderes da rede de igrejas domésticas foram intimados pelo Ministério de Informações e acusados de espionagem para estrangeiros. A situação tem se repetido em outras partes do Irã. Desde 1979, quando o falecido aiatolá Ruollah Khomeini instituiu a Revolução Islâmica no país, a fé cristã tem sido severamente perseguida. Embora adote governo civil, o Estado iraniano é controlado pelo alto clero xiita.

(Com informes da Missão Portas Abertas)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Casal não consegue validar casamento em país árabe


MUNDO MUÇULMANO - Uma ex-muçulmana casada com um homem de origem cristã está tendo problemas para validar seu casamento.

A mulher se converteu enquanto estudava no exterior. Ela conheceu seu marido em seu próprio país, embora ele seja de um país árabe diferente.

Ambos não puderam se casar legalmente por ser ela uma mulher legalmente muçulmana e, por isso, não pode se casar com um não-muçulmano.

Contudo, há aproximadamente cinco anos, um pastor do ocidente ofereceu-se para realizar cerimônia religiosa de casamento e ajudá-los a obter visto para entrar em seu país. O casal acredita que, perante Deus, já está casado, embora não tenha nenhum tipo de certidão.

Esse pastor, posteriormente, voltou ao seu país e não cumpriu sua promessa de ajudá-los.

Para resolver o impasse, foram feitos planos para mudar o casal para um país fora do mundo árabe, onde eles possam se casar legalmente.

Entretanto, há um ano, a mulher teve de se mudar se para um terceiro país árabe. Infelizmente, a tentativa inicial de mudar os dois foi reprovada. Um novo processo legal para a mudança foi reiniciado.

Pedidos de oração
1. Ore para que o processo de mudança dê certo.
2. Que o casal conheça a presença do Senhor e seja tocado de maneira física, espiritual e emocional.

Nota: Por se tratar de uma situação delicada, o nome e o país dos envolvidos não pode ser publicado.


Tradução: Daila Fanny


Fonte: Middle East Concern

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Cristãos na Índia com medo de violência

Gnotícias

Os receios centram-se grandemente em torno da agressiva promoção de uma ‘bandh’, ou greve geral, em todo o estado, no dia 25 de Dezembro, pelo grupo nacionalista Hindu local, Swami Lakhmananda Saraswati Sradhanjali Samiti (SLSSS).

No entanto, surgiram mais evidências no distrito de Kandhamal, o epicentro da recente violência, onde um aldeão Cristão relatou na Quarta-feira ter visto vários homens armados com armas AK-47 discutindo com outras pessoas que se pensa estarem ligadas a organizações extremistas Hindus, reportou a Solidariedade Cristã Mundial (CSW, sigla em Inglês).

Para além disso, um catequista Católico Jubaraj Digal foi encontrado morto na Quinta-feira, depois do seu filho ter relatado na Terça-feira, que ele havia sido detido e agredido por uma multidão.

O Ministro-Chefe de Orissa, Naveen Patnaik, afirmou na Segunda-feira que a realização da bandh proposta não seria autorizada. Os Cristãos em Orissa têm expressado receios que uma greve geral aumente a tensão e o medo, e possa facilmente desencadear mais violência contra os Cristãos.

Continuam a ocorrer ataques esporádicos anti-Cristãos em Kandhamal, desde o assassinato de Swami Lakhmananda Saraswati a 23 de Agosto, que desencadeou uma eclosão de violência que provocou a morte a 70 pessoas e 50.000 deslocados.

Entretanto, foi realizado um debate na Quinta-feira na Câmara dos Lordes, na qual os lordes chamaram à atenção para a ameaça do extremismo religioso em curso na Índia. Falando no debate esteve a Baronesa Cox, líder da HART, que regressou recentemente da região. Ela descreveu a violência em Orissa como “limpeza religiosa” decorrente de uma campanha sustentada pelo ódio contra os Cristãos.

O Dr. John Dayal, secretário-geral do Conselho Cristão da Índia, que visitou recentemente campos de ajuda em Orissa, disse à CSW: “A situação é terrível. A tensão e o medo são palpáveis.

“As pessoas nos campos não podem regressar às suas casas – eles adorariam voltar mas não podem, e nós não podemos, de boa consciência, pedir-lhes para voltar para Kandhamal.

“O bandh é para criar o medo e nós certamente não podemos garantir que não haverá mais violência.”

A directora de protecção da CSW, Tina Lambert, disse: “Este debate foi extremamente oportuno para salientar a gravidade e a extensão do extremismo religioso na Índia, que é mais premente em Orissa do que em qualquer outro lado.

“O apelo à bandh aumentou a tensão e provocou um novo medo entre os Cristãos em Orissa e indignação em toda a Índia naqueles que se empenham por uma sociedade laica e pluralista.

“Os acontecimentos da próxima semana irão demonstrar a coragem do governo Indiano e a sua capacidade para proteger as suas minorias religiosas.”

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Governo se compromete a garantir segurança dos cristãos no Natal

ÍNDIA (30º) - O governo indiano se empenhou em garantir a segurança para os cristãos no Estado de Orissa depois das violências que se verificaram durante o Natal do ano passado e durante os últimos meses de 2008.

Esta garantia foi feita pelo ministério do Interior durante o encontro com a delegação católica, guiada pelo arcebispo de Nova Délhi, Dom Vincent Michael Concessao. Em especial, o governo vai garantir a proteção das propriedades dos cristãos e a incolumidade da comunidade.

Os bispos locais, porém, recordaram que milhares de cristãos ainda se encontram em campos governamentais no distrito de Kandhamai ou distantes de seu local de origem. A propósito, os bispos denunciaram a atitude dos grupos hinduístas, que favorecem a volta dos refugiados somente por meio da conversão ao hinduísmo. Uma condição que muitos aceitaram.

Mas a perseguição contra os cristãos não é um problema restrito somente ao Estado de Orissa. Esta semana, o Conselho Nacional Cristão da Índia divulgou um relatório sobre as violências anticristãs no Estado de Karnataka. A organização registrou 48 atos de grave violência no período entre agosto e outubro, que provocaram 53 feridos.


Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Intolerância religiosa fecha cemitério para evangélicos


MÉXICO (*) - Indígenas da comunidade de San Nicolás, no município de Ixmiquilpan, foram impedidos, por moradores católicos, de sepultar o corpo de Otilia Coroa Chávez, falecida na madruga do último sábado, no cemitério da localidade. Ela professava a fé evangélica e foi enterrada na segunda-feira, 15, em terreno ao lado de sua casa.

O advogado do grupo de evangélicos, Guillermo Cano, acusou as autoridades de não ter capacidade de diálogo, e de permitir que um grupo de católicos mantenha o poder, pois nada puderam fazer para permitir que o corpo de Otilia fosse sepultado no cemitério local.

Após várias horas de diálogo, autoridades do governo estatal decidiram levantar-se da mesa de negociações e permitir aos evangélicos que enterrassem Otilia em terreno ao lado da sua moradia.

"O governo estatal não teve capacidade para desvencilhar o assunto da intolerância religiosa, foto registrado há quase duas décadas na comunidade de San Nicolás", denunciaram os evangélicos, segundo a agência de notícias mexicana Notimex.

Em San Nicolás existe conflito religioso há anos, ressurgido no último dia 24 de novembro com a proibição de usar o cemitério depois que os evangélicos construíram um templo que não agradou à comunidade católica.




* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.

Fonte: ALC notícias

Igreja em Guangzhou é invadida por 50 oficiais do governo


CHINA (10º) - Na manhã de 14 de dezembro (horário de Pequim), a igreja Liangren, na cidade de Guangzhou, foi invadida por mais de 50 pessoas da Administração de Assuntos Religiosos do Estado e pelo Comitê de Segurança Pública.

Durante a invasão, a igreja estava reunida em culto.

Os funcionários do governo emitiram uma “Nota de Penalidade Administrativa”, acusando os cristãos de realizarem uma reunião ilegal.

Foi exigido que as reuniões realizadas em casas não acontecessem mais. Detalhes do incidente estão sendo coletados e, em breve, a agência China Aid prometeu mais informações.


Tradução: Daila Fanny



Fonte: China Aid Association

Natal na Índia: segurança e solidariedade com os cristãos em Orissa


ÍNDIA (30º) - As celebrações públicas de Natal foram canceladas por questões de segurança. A decisão foi tomada pelo bispo da diocese de Lucknow, capital de Uttar Pradesh.

O bispo Gerald Mathias cancelou a apresentação tradicional dedicada aos cristãos que, por anos, acontecia no pátio da catedral de São José. A celebração atraía 50 mil pessoas, incluindo hindus.

O motivo para tal decisão está relacionado ao crescente clima de conflito, em virtude da eleição geral que se aproxima. A data da eleição está projetada para ser entre abril e maio de 2009.

O vigário geral da diocese, padre Ignatius D’Souza, explica que “toda vez que há eleições gerais, existem pessoas querendo causar alvoroço”, e a ocasião das festividades pode se tornar uma oportunidade para ataques.

O bispo de Lucknow também suspendeu a reunião tradicional com as autoridades do governo para a troca de cumprimentos de fim de ano e também as reuniões com os clérigos da diocese.

Toda a Igreja indiana está convidada a celebrar o Natal de forma amena. A instrução de evitar “ostentação” foi dada pela conferência de bispos.

O secretário geral da Conferência de Bispos Católicos da Índia, arcebispo Stanislaus Fernandes, relembrou a todos os fiéis sobre a essência da celebração, como sinal de “solidariedade aos cristãos de Orissa e ao sofrimento que nosso país enfrenta após o ataque em Mumbai, em um espírito de companheirismo por todas as vítimas.”


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: AsiaNews

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Garibaldi: "Trabalho da CPI da Pedofilia transcendeu fronteiras"


"O trabalho admirável da CPI da Pedofilia transcendeu nossas fronteiras e tem provocado a admiração de outros países". Assim o presidente do Senado, Garibaldi Alves, saudou a celebração de acordo com empresas de telecomunicações, visando reduzir os prazos de fornecimento de dados sobre pedófilos que usam a Internet. Garibaldi lembrou outras realizações do colegiado, como o acordo firmado em julho com o Google, e a sanção, em novembro, de lei que teve origem em proposta da comissão parlamentar de inquérito, criminalizando a posse do material pornográfico.

- Quero reafirmar o apoio da presidência do Senado a essa CPI e agradecer a colaboração das empresas de telecomunicações, que mostram disposição de fazer investimentos para poderem adequar seus processos às novas tecnologias de apuração dos crimes de pedofilia - afirmou.

Garibaldi recebeu do presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), o relatório das atividades realizadas pelo colegiado desde sua criação, em março. O presidente do Senado elogiou a agilidade demonstrada pela comissão e destacou que o trabalho do colegiado se diferencia daquele observado em outras comissões de inquérito criadas na Casa, "que não chegaram a resultado algum"

- Esta CPI mostra que é possível fazer um trabalho de investigação sério, de forma mais objetiva e eficaz - opinou Garibaldi.

Ao agradecer o apoio do presidente do Senado, Magno Malta destacou a repercussão do trabalho da CPI.

- Nos nove meses de trabalho, esta CPI já teve a virtude de acordar a sociedade para a dimensão e a gravidade da pedofilia - frisou Magno Malta.

Iara Guimarães Altafin / Agência Senado

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Situação de cristãos no Paquistão preocupa CMI


PAQUISTÃO (15º) - Os ataques terroristas em Mumbai e a assinatura de acordo com o FMI, que atingirá de forma negativa a população pobre, marcaram a visita da equipe de Cartas Vivas, do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), ao Paquistão entre os dias 24 de novembro e 1 de dezembro.

Integrada por representantes de igrejas dos Estados Unidos, Armênia e dos Países Baixos, a equipe ecumênica visitou o Paquistão com o objetivo de inteirar-se sobre a função da igreja numa sociedade multirreligiosa que luta com o extremismo e a intolerância.

"Cartas Vivas" são pequenas equipes internacionais que viajam a países dos cinco continentes onde cristãos lutam para superar a violência. Até o final de 2010, serão realizadas viagens de Cartas Vivas em todo o mundo, no contexto da Década para a Superação da Violência, com o objetivo de preparar a Convocação Ecumênica Internacional pela Paz, agendada para 2011, em Kingston, na Jamaica.

Na avaliação dos integrantes de Cartas Vivas, os ataques terroristas a Mumbai ocorridos durante a visita ao Paquistão e a troca de acusações sobre os culpados da crise que assola o país aumentaram as já tensas relações inter-religiosas.

Acordo firmado recentemente pelo governo junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em relação a um empréstimo de 7,6 bilhões de dólares para o Paquistão, reduziria drasticamente as subvenções destinadas especialmente à população mais necessitada.

Segundo informações recolhidas pela equipe de Cartas Vivas, a situação do Paquistão como Estado de fronteira na guerra contra o terrorismo tem conseqüências desastrosas para os cristãos locais. Nesse sentido, as incursões ao Paquistão das tropas de operações militares dirigidas pelos EUA no Afeganistão tornam a situação dos cristãos paquistaneses ainda mais precária.

A equipe esteve reunida com bispos da Igreja do Paquistão, com jovens ecumênicos, mulheres e grupos de clérigos, a fim de examinar a situação dos cristãos e os efeitos de determinadas leis draconianas junto às minorias e grupos vulneráveis.

Aos cristãos causa particular preocupação as leis sobre a blasfêmia e os castigos "Hudud", por exemplo, em relação ao adultério, estabelecidos pela sharia (lei islâmica). A falta de sistemas jurídicos adequados nas aldeias e zonas tribais, associado às opiniões religiosas extremistas e as atitudes intolerantes, criam graves dificuldades aos cristãos, relataram os integrantes da delegação.

Em visita a uma igreja de comunidade de trabalhadores de olaria, a equipe encontrou-se com cristãos cujas condições econômicas podem ser caracterizadas como trabalho forçado. Apesar das precárias condições de vida, a equipe estimou que sua generosa hospitalidade era um "valioso presente".

Na Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, instituição da sociedade civil, foi apresentada à equipe uma avaliação crítica da situação dos direitos humanos centrada principalmente nas minorias e nas situações adversas que enfrentam cotidianamente.

A equipe também se reuniu com diversos líderes muçulmanos para examinar o contexto mundial e a situação das relações entre cristãos e muçulmanos no Paquistão.


Fonte: ALC notícias

domingo, 14 de dezembro de 2008

Importante líder evangélico se afasta após apoiar união gay

Reverendo disse em entrevista que acreditava em ‘uniões civis’ e que estava mudando sua opinião.

O reverendo Richard Cizik, uma voz sincera e conservadora do cristianismo evangélico na política dos Estados Unidos, se retirou na quinta-feira, 11, da Associação Nacional de Evangélicos (NAE), depois de uma entrevista para uma rádio em que defendeu união entre pessoas do mesmo sexo e disse estar “mudando” sobre o casamento gay. Os comentários do reverendo - feitos no dia 2 de dezembro na National Public Radio - desencadearam um tumulto que levou à sua saída da vice presidência da NAE.

Uma figura permanente em Washington por cerca de três décadas, Cizik teve um papel crucial em trazer questões evangélicas para a política. Votos evangélicos foram centrais nas duas eleições de George W. Bush, por exemplo. Mas em anos recentes, Cizik ganhou inimigos no movimento, por forçar a ampliação da agenda evangélica. Seu foco mais forte era o “cuidado com a criação”, argumentando que os evangélicos têm responsabilidade com o meio ambiente, o que envolve lutar contra o aquecimento global.

O reverendo Leith Anderson, presidente da NAE, disse na quinta-feira, 11, que o grupo não está se afastando de suas responsabilidades ambientais. A saída de Cizik foi necessária, disse, pois algumas de suas respostas à rádio não correspondem aos valores da NAE.

Cizik não respondeu ao pedidos de entrevista na quinta-feira, 11. A NAE disse que o reverendo expressou arrependimento, se desculpou e “afirmou seus valores.”

Anderson disse que “uma cobinação de coisas” que Cizik disse na entrevista levou a esse desfecho, incluindo seu comentário sobre o casamento gay: “Estou mudando, tenho que admitir. Em outras palavras, eu diria que acredito em uniões civis. Eu não apoio redefinir o casamento em sua definição tradicional, não acredito.”

Alguns evangélicos viram isso como um “tapa na cara”, disse David Neff, editor da revista Christianity Today e membro do comitê executivo do NAE. “Ele parecia estar abandonando a única coisa em que os ativistas evangélicos sentiam ter feito a diferença nos últimos tempos”, disse, se referindo à proibição do casamento gay em três Estados nos Estados Unidos.

Ainda, a comunidade estava desapontada pois Cizik disse ter votado em Barack Obama nas primárias do partido Democrata, disse Anderson. Cizik também deu a entender ter votado em Obama em novembro.

Fonte: AP
Via: Notícias Cristãs

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Pastores foram liberados mais cedo da prisão

CHINA (10º) - Pastor Wang Weiliang e Pastor Zhu Baoguo foram soltos antes do tempo previsto por “razões médicas”.

Wang Weiliang foi liberado da prisão com mais de um ano de antecedência, no dia 25 de novembro de 2008, devido a uma “condição médica”. Ele está recebendo tratamento em um hospital de Hangzhou, região de Zhejiang.

O pastor Wang Weiliang havia sido sentenciado a três anos de prisão em dezembro de 2006 por protestar contra a destruição das instalações da Igreja Cristã de Dangshanwan, em Xiaoshan, província de Zhejiang, que se deu em julho do mesmo ano. Outros seis cristãos, que receberam penas mais brandas, já foram libertados.

Shen Zhuke, condenado juntamente com Wang Weiliang, ainda está na prisão na zona oeste de Hangzhou, há mais de 2 anos. Ela cumpre a pena de três anos e meio. Os membros da Igreja Cristã de Dangshanwan ainda não puderam reconstruir legalmente a igreja desde sua destruição.

Também o pastor Zhu Baoguo, da província de Henan, foi libertado do trabalho no campo no dia 2 de dezembro de 2008, por “razões médicas”. O pastor Baoguo estava cumprindo a sentença de um ano de “reeducação através do trabalho” por ter atuado como um “líder religioso nocivo”.

Baoguo foi inicialmente preso em 12 de outubro de 2008 juntamente com outros quarto líderes que estavam reunidos na vila de Dushu, próxima à cidade de Nanyang. Os líderes sofreram quatro dias de detenção administrativa. O pastor Zhu recebeu uma pena de 15 dias de detenção administrativa e foi sentenciado a um ano de reeducação através do trabalho.

Com o relatório da ChinaAid e a pressão internacional, especialmente do Ministério de Relações Exteriores do Estados Unidos e a intervenção direta da embaixada norte-americana, bem como orações provenientes de todo o mundo, os dois pastores foram libertados antecipadamente.


Tradução: Cecília Padilha



Fonte: China Aid Association

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Aproximadamente cem cristãos são presos em duas províncias


CHINA (10º) - Diversos pastores da igreja não registrada foram presos nas províncias de Shandong e Henan nos últimos dias

No dia 3 de dezembro, mais de 50 cristãos da Igreja não-registrada reuniram-se em uma casa no condado de Tai Kang, província de Henan. A polícia repentinamente invadiu a casa e prendeu todos os presentes. Até o momento, ninguém foi libertado.

Um dia antes, mais de 50 cristãos reuniram-se em um culto na cidade de Xiji, província de Shandong. Eles foram cercados por policiais do Comitê de Segurança Pública. Mais de 20 líderes foram detidos.

Os policiais disseram que, se pagassem 2.500 iuanes por pessoa, os cristãos seriam libertados imediatamente.


Tradução: Daila Fanny



Fonte: China Aid Association

Nove igrejas invadidas e 40 presos

CHINA (10º) - No dia 2 de novembro, por volta das 9 horas, a polícia invadiu simultaneamente nove igrejas associadas à rede Igrejas Locais no distrito de Xiasha, cidade de Hangzhou, província de Zhejiang.

A polícia deteve mais de 30 membros da igreja; enquanto a maioria foi liberada, quatro estão cumprindo pena de reeducação por meio de trabalho, acusados de “pregar a estudantes” e “estar engajados em seitas”.

Durante um culto normal de domingo, 15 policiais entraram nas nove igrejas de Hangzhou. Testemunhas dizem que os policiais não mostraram identificações ou algum documento formal que demonstrasse que eles tinham autoridade legal para a invasão.

A polícia ordenou que as pessoas presentes não falassem ao telefone, enviassem mensagens de texto, falassem uns com os outros ou que partissem.

Cada igreja tinha aproximadamente 30 pessoas presentes, consistindo em um casal, três jovens adultos e universitários. Os policiais já tinham os nomes dos líderes de cada igreja, portanto, cada um deles foi algemado e imediatamente levado para o Comitê de Segurança Pública (PSB).

Durante a invasão, a polícia examinou todas as casas e as mochilas dos universitários e tirou fotos. Ela procurava por livros específicos, como Vida Cristã, de Watchman Nee, outros livros de Witness Lee e Bíblias, uma versão própria da Igreja Local, chamada Versão Recuperada. Ela também confiscou hinários, livros ministeriais, CDs, DVDs, agendas telefônicas e computadores.

No decorrer da investigação, foram feitas perguntas aos membros das igrejas, do tipo: Onde você conseguiu sua Bíblia? Onde conseguiu seus livros e jornais? Quem o convidou para a reunião? Como você veio para cá? Quem é o líder aqui? Existem estrangeiros entre vocês? Você tem alguma ligação com Taiwan? Você tem alguma ligação no exterior?

Os membros das igrejas foram liberados um a um. Em alguns lugares, já se passava das 2 da madrugada quando os policias partiram. Funcionários das universidades foram chamados para levar os estudantes de volta para suas respectivas faculdades, a fim de submetê-los a punições.

Advertência no histórico escolar

Todos os alunos foram obrigados a escrever um documento confessional, uma declaração de arrependimento e uma declaração prometendo que não iriam mais às reuniões.

De acordo com eles, as autoridades da universidade os questionaram muitas vezes sobre o treinamento espiritual que receberam nas reuniões. Além disso, policiais do PSB foram à Universidade de Finanças e Economia de Zhejiang e à Universidade de Ciência e Tecnologia de Zhejiang para questioná-los sem a presença de um instrutor ou mentor.

As perguntas, misturadas com ameaças, eram similares às feitas durante o interrogatório policial. Um aluno recebeu uma advertência, que é o primeiro grau formal de disciplina administrativa. Essa nota fará parte de seu histórico escolar.

Quarenta presos

Além dos nove líderes presos, a polícia prendeu mais três ou quatro indivíduos de cada reunião, na maioria as esposas dos líderes e os adultos presentes. O número total dos presos foi mais de 40. Eles foram interrogados e liberados da delegacia entre 2 e 11 da manhã do dia 3.

Um dia após o incidente, os familiares foram notificados de que os nove líderes permaneceriam presos por duas semanas. Enquanto sob a custódia da polícia, os presos foram pressionados a assinar uma declaração de que estariam engajados em seitas, mas todos se recusaram.

Dos nove detidos, cinco foram liberados após 15 dias sob prisão administrativa. Quatro deles foram sentenciados a um ano e meio de reeducação por meio de trabalho, acusados de “pregar para estudantes”.

De acordo com pessoas que foram visitar os líderes presos, eles sofrem maus-tratos na prisão. Não têm roupas suficientes e só podem usar o banheiro somente duas vezes ao dia. São obrigados a fazer trabalho pesado e recebem comida insuficiente. Além disso, apanham de outros presos.

Os quatro homens estão se preparando para apelar da sentença para defender sua liberdade religiosa.


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: China Aid Association

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Movimento negro conclama igrejas evangélicas a superarem racismo

(ALC) De perseguidos os “evangélicos” passaram a perseguidores, quando setores neopentecostais demonizam a Umbanda e o Candomblé, denunciou a Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra, em manifesto dirigido às igrejas.

“É indispensável que os nossos púlpitos e sermões estejam isentos de qualquer conteúdo racista ou de intolerância”, diz o manifesto, lembrando que evangélicos não podem esquecer que suas igrejas “já foram perseguidas pelo ímpeto da intolerância”. Por isso, o documento conclama as igrejas evangélicas brasileiras a buscarem a superação do racismo e da intolerância religiosa.

O manifesto recorda que os evangélicos eram chamados de “bodes” e que Bíblias foram confiscadas e queimadas em praça pública. “Esta perseguição estendeu-se até a década de 40 do século passado e começou a diminuir na década de 60 e 70”, assinalam os 11 organismos representados na Semana Nacional Evangélica de Consciência Negra, reunida em São Paulo, em final de novembro.

Assinaram o manifesto, entre outros, o Fórum de Afrodescendentes Evangélicos, a Comissão Ecumênica Nacional de Combate ao Racismo, a Aliança de Negros e Negras Evangélicos Brasileiros,o Fórum de Lideranças Negras Evangélicas.

Fonte: www.alcnoticias.org

sábado, 6 de dezembro de 2008

Direitos humanos e missão da Igreja

Encontro de Reflexão e Compromisso celebra, no Rio de Janeiro, dia 9/12, os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O evento acontece no Instituto Central do Povo (Rua Rivadávia Correia, 188, no bairro da Saúde), às 14 horas. A entrada é franca. Texto de divulgação do evento, enviado por um dos líderes do movimento, Clemir Fernandes, do Instituto de Estudos da Religião (Iser), que apóia nesta iniciativa a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), núcleo do Rio de Janeiro, explica as bases da discussão.

"A Segunda Grande Guerra havia encerrado fazia apenas três anos. A Europa e o mundo ainda lamentavam seus mortos e se perguntavam como a humanidade do século XX, que acreditou que viveria um tempo de paz perene, liberdade plena e sociedade justa, pode ser capaz de tamanha barbárie. Neste contexto de tristeza e renovação da esperança, foi aprovada pela Assembléia Geral das Nações Unidas a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com trinta artigos, tratando de temas fundamentais que procuram reconhecer e defender a dignidade da vida, a justiça, a diversidade entre os diversos grupos humanos.

"A Declaração é um documento laico, mas possui uma forte ênfase na ética social da tradição bíblica judaico-cristã. Só para ficar num exemplo, a defesa da manutenção da vida humana pode ser depreendida do texto do Decálogo judaico e cristão, contido na Bíblia, que diz definitivamente: "Não matarás".

"Como, portanto, articular o conteúdo da Declaração e os postulados bíblicos de defesa da vida, visando uma ação de luta por justiça e dignidade humana numa sociedade como a brasileira (e fluminense, especialmente), marcada pela morte sem pena e toda a agressão à vida, de que somos sabedores, todos os dias, conforme nos apresentam os meios de comunicação?!

"Para destacar a importância da Declaração e o papel das igrejas nesse contexto, a Rede Evangélica Nacional de Ação Social (Renas), núcleo do Rio de Janeiro, em parceria com o Instituto de Estudos da Religião (ISER), promoverão no dia 9 de dezembro, véspera do aniversário de 60 anos da Declaração, um Encontro de Reflexão e Compromisso, com o tema "Direitos Humanos e Missão da Igreja".

"Dentre os convidados para a mesa, destacamos o advogado Pedro Strozemberg, especialista-militante em direitos humanos e o reverendo André Melo, pastor protestante e antropólogo. Além da mesa de abordagem e debate, teremos uma performance com apresentação de alguns artigos da Declaração, feitos por jovens, e uma breve liturgia religiosa em memória de pessoas vitimadas pela violência e de personalidades que dedicaram-se na defesa da vida e da dignidade humana.

"O local do encontro, o Instituto Central do Povo, foi escolhido em função de ser um espaço secular de promoção da vida e também por estar localizado no complexo onde foram assassinados, após tortura, os três rapazes entregues por agentes do Estado a supostos traficantes de drogas, em junho deste ano."
Fonte: Agência Soma

Cristãos são forçados a negar sua religião

VIETNÃ (17º) - Violando a nova política religiosa do Vietnã, as autoridades da província de Lao Cai, no extremo norte do país, pressionam recém-convertidos da minoria hmong a abandonarem sua fé e reconstruir antigos altares.

As autoridades avisaram que, no dia 23 de novembro, iriam em massa à comuna de Ban Gia e à vila Lu Siu Tung, onde os cristãos residem. Entretanto, não disseram o que eles iriam fazer.

Quando as autoridades do distrito do Bac Ha da região montanhosa noroeste do Vietnã descobriram que os aldeões se converteram ao cristianismo e negligenciaram seus altares, elas enviaram “equipes de trabalho” à área, para os pressionarem.

Os líderes cristãos do local disseram foram ameaçados de não terem mais direito aos serviços públicos. Quando essa ameaça não funcionou, os policiais ameaçaram prender os cristãos, torturá-los e prendê-los.

Vendo que os cristãos não cediam às ameaças, um de seus líderes, Chau Seo Giao, foi intimado a comparecer diariamente à delegacia da comuna para ser interrogado. Ele se recusou a levar seu povo de volta às práticas e crenças animistas.

Chau pediu às autoridades que apresentassem por escrito suas ordens para os cristãos abandonarem a fé cristã. Os policiais se recusaram, e um deles disse: “Temos completa autoridade neste lugar. Não precisamos colocar nossas ordens por escrito”.

Eles prenderam Chau e deixaram durante um dia sem comida antes de o libertarem. Ele ainda tem de se reportar diariamente para as “sessões de trabalho”.

Giao pediu às autoridades para colocar as ordens para abandonar a fé cristã por escrito. Os oficiais se recusaram, com as seguintes palavras, “nós temos a autoridade completa neste lugar. Nós não temos que colocar nossas ordens por escrito”.

Eles prenderam Giao por um dia e uma noite sem alimento e água antes de liberá-lo. Ele ainda é obrigado a se apresentar diariamente para “sessões de trabalho.”

O rápido crescimento do cristianismo entre as minorias étnicas do Vietnã nas províncias do noroeste tem preocupado as autoridades há muito tempo.

Não havia nenhum protestante na região em 1988; hoje se estima haver 300 mil. Em 2003, a política do governo, de acordo com documentos ultra-secretos obtidos por cristãos do Vietnã, disse ter “erradicado” o cristianismo.

Sob pressão internacional, entretanto, uma nova política religiosa mais branda foi estabelecida no fim de 2004. Parte dela consistia em eliminar as exigências de abandonar o cristianismo. As provisões e os benefícios de tal legislação, entretanto, têm sido aplicados desigualmente.

O Comitê de Assuntos Religiosos do país preparou um manual de instruções especiais para as autoridades da região montanhosa sobre como tratar o protestantismo. Publicado em 2006, esse manual contem instruções expressas de que as autoridades usem todos os meios para convences os recém-convertidos a retornar à prática de suas crenças tradicionais.

Sob a pressão internacional, o manual foi revisado e sua linguagem foi suavizada. Entretanto, de acordo com uma análise da revisão, a linguagem ainda comunica o objetivo de conter o cristianismo.


Tradução: Simone Camillo



Fonte: Compass Direct

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Polícia de Israel expulsa colonos de casa em Hebron

da BBC Brasil

Policiais israelenses expulsaram nesta quinta-feira cerca de 200 colonos judeus de uma casa que eles se recusavam a abandonar na cidade de Hebron, na Cisjordânia.

Imagens exibidas na televisão israelense mostraram policiais arrastando colonos para fora do sobrado de quatro andares, cuja propriedade está em disputa.

Os colonos alegam que compraram a casa de um palestino por quase US$ 1 milhão, mas ele nega ter vendido a propriedade.

Segundo informações, pelo menos 30 colonos e policiais israelenses, além de vários palestinos ficaram feridos nos conflitos.

Pelo menos duas casas pertencentes a palestinos também teriam sido incendiadas.

Pedradas

Centenas de simpatizantes e ativistas foram para o local para manifestar solidariedade aos colonos, que chamam o sobrado de "Casa da Paz".

Para tentar convencê-los a sair, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, teve um encontro com os colonos.

Barak disse que a casa ficará sob controle de militares até que a disputa seja resolvida.

A Suprema Corte israelense determinou que os colonos deixem o local, e agora outro tribunal vai decidir quem de fato é o dono da casa.

Nos últimos dias, os colonos se envolveram em choques com palestinos, que são a maioria da população da cidade. Membros das duas comunidades trocaram pedradas.

Autoridades israelenses temem que a tensão em Hebron possa levar ao aumento da instabilidade em outras partes da Cisjordânia.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Convite do Presidente Lula a seu Par Iraniano Para Vir ao Brasil É ''Insulto As Vítimas Da Amia''

A ex-vice-prefeita de Barcelona, disse que "Israel se esquece do Cone de Sul e levou muito tempo para se preocupar e denunciar o que acontece na América Latina, ainda que lá viva uma parte significativa dos judeus da diáspora". Em declarações para a Agência Judaica de Notícias, Rahola ressaltou que o convite do presidente Lula da Silva a seu par iraniano para vir ao Brasil seria um "insulto às vítimas do ataque à AMIA" e alertou sobre o profundo envolvimento do Irã na região, através da Tríplice Fronteira.

Pilar Rahola, intelectual espanhola e ex-vice-prefeita de Barcelona, afirmou hoje que tanto Israel quanto os Estados Unidos "quase não se lembram de que existe" a América do Sul, onde a presença do Irã foi aumentada, a partir do vínculo que o presidente Mahmoud Ahmadinejad mantém com seu par venezuelano, Hugo Chávez.

Em diálogo telefônico com a Agência Judaica de Notícias (AJN), de Barcelona, Rahola apontou que "Israel se esquece do Cone de Sul e levou muito tempo para se preocupar e denunciar o que acontece na América Latina, ainda que lá viva uma parte significativa dos judeus da diáspora".

Deste modo, a ex-vice-prefeita de Barcelona se referiu às declarações da chanceler israelense, Tzipi Livni, que alertou sobre a infiltração do Irã e de sua ideologia terrorista na América Latina.

Neste sentido, Rahola destacou que "o grande problema de Israel é que não fica de olho na região (América Latina) e comete o mesmo pecado que os Estados Unidos, que quase não se lembram que ela existe".

Consultada a respeito do convite para vir ao Brasil que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao seu par iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, Rahola manteve que o líder latino-americano "teria que pensar muito antes de tomar uma decisão como esta, porque seria um insulto às vítimas da (do ataque à sede da) AMIA e não faria nenhum bem à democracia do mundo.

"É evidente que o Irã tem capacidade econômica e recursos importantes, mas eu acredito que Lula, como político democrático de um grande país, teria que refletir muito sobre o que significa estender a mão para uma ditadura que condena à morte dissidentes, homossexuais, que ameaça de morte um país membro da ONU (Israel), que financia o jihadismo (terrorismo) no mundo inteiro e que, em sua vizinha Argentina, foi considerado diretamente implicada em um ataque que matou dezenas de argentinos (na AMIA)", declarou a escritora espanhola à AJN.

Rahola assinalou que todos os países "antiocidentais - do Irã à Rússia – encontraram na Venezuela um campo de pouso na América Latina".

Neste sentido, refletiu que se está "reeditando a guerra fria com novos protagonistas" e que os "grandes inimigos históricos dos Estados Unidos voltaram a se encontrar e se organizar. E, para isso, a América Latina é considerada um território muito inexplorado".

"No caso concreto do Irã, há uma clara vontade de influenciar em países onde considera que pode ter uma relação geoestratégica. A América Latina possui mesmo um DNA antiamericano e portanto é um caldo de cultivo para vender um produto 'anti-ianque'", explicou a ex-deputada do Esquerra Republicano da Catalunya.

Rahola indicou que, a nível global, "todo o fenômeno islâmico tem, por um lado, uma vocação proselitista, que quer influir em políticas internacionais, mas também pretende fazer avançar sua jihad (Guerra Santa) religiosa e ideológica".

Assegurou que o "fenômeno islâmico" está penetrando, "lenta mas constantemente" em toda a América Latina. E citou, como prova disso, a atividade na tripla fronteira, as mesquitas que estão se radicalizando e os povos indígenas que estão se islamizando.

"As pistas de pouso do Irã na América Latina são: no terreno geoestratégico e diplomático, Venezuela; no aspecto logístico, Caracas e todo o eixo bolivariano; no sentido histórico, os processos revolucionários dos anos 60 e o caldo de cultivo de antiamericanismo que deixaram; e, no sentido moral, os sérios erros que os Estados Unidos cometeram na região e que, para muitos, os transformou em inimigo", resumiu Rahola.

E acrescentou: "Finalmente, há algo muito evidente que é o dinheiro: O Irã e o Islã têm muito dinheiro para penetrar em todos os lugares".

A ex-deputada catalã enfatizou a vulnerabilidade da Triplice Fronteira e assinalou que os governos da Argentina, Brasil e Paraguai "não estão interessados igualmente pelo que acontece lá, tanto no campo do financiamento econômico, vinculado a fenômenos terroristas, como também quanto ao proselitismo".

"Não pode acontecer que seja denunciado abertamente que há uma tripla fronteira muito nebulosa e os governos acabem por não fazer nada, quando eles teriam que aumentar sua preocupação com o fenômeno".

A respeito do que cabe à comunidade internacional, Rahola destacou que a ONU "não serve para nada" porque está "absolutamente seqüestrada pelas ditaduras árabes e dos petrodólares, que não permitem que se avance na condenação contra este fenômeno, o radicalismo islâmico". Também - disse - alguns países da velha 'cortina de ferro', como a Rússia ou China, vetam permanentemente qualquer condenação. "A ONU hoje é um boneco quebrado, um sonho quebrado que não serve para o direito internacional".

Por fim, a intelectual enfatizou que os países "democráticos e livres" deveriam se unir na luta policial, contra o financiamento e o proselitismo do processo totalitário do século de XXI que é o jihadismo, herdeiro direto do stalinismo e do nazismo.


Produzido por De Olho na Mídia

Presos fazem jejum e enviam alimentos para vítimas das cheias

(ALC) Detentos do Presídio Central de Porto Alegre estão fazendo jejum de um dia, no dia 4 de dezembro, para doar os alimentos que não consumirem para as vítimas do desastre natural em Santa Catarina. Mais de uma tonelada e meia de alimentos como arroz, feijão, farinha de mandioca e de milho serão encaminhados para doações.

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) deslocará, nos dias 12 e 13 de dezembro, o ônibus-ambulatório Rodas do Socorro e uma equipe de voluntários na área da saúde para o Vale do Itajaí, região mais atingida pela cheia e deslizamentos no final de novembro.

Autoridades de Santa Catarina estão surpresas com a avalanche de solidariedade que chega de todos os cantos do Brasil para ajudar famílias que perderam tudo o que tinham. As contas bancárias abertas pela Defesa Civil somam 12,1 milhões de reais (cerca de 5,1 milhões de dólares).

Caminhões, trens e aviões já transferiram para armazéns ocupados pela Defesa Civil 100 toneladas de produtos de limpeza e de higiene pessoal, 1,5 milhão de quilos de alimentos, e 1,3 milhão de litros de água.

Mas o outro balanço da Defesa Civil ainda aparece em ascendente. O número de mortos subiu para 117, 32 pessoas estão desaparecidas e 45,3 mil pessoas perderam suas casas.

Como já fizeram no domingo passado, também neste segundo domingo de Adventos as congregações da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil destinarão a coleta recolhida de fiéis para a campanha “IECLB em solidariedade às vítimas da calamidade de Santa Catarina”.

A SBB iniciou distribuição de material bíblico às pessoas desabrigadas e desalojadas pelas águas. O assistente de Ação Social da Secretaria Regional de Curitiba, Daniel Zimmermann, percorreu cidades atingidas pelas cheias e deslizamentos no Vale do Itajaí e norte do Estado.

Em Blumenau, Daniel esteve no abrigo junto à Igreja Católica São Paulo, onde encontram-se 400 pessoas desalojadas, que receberam Bíblias, Novos Testamentos e livretos para as crianças.O representante da SBB também visitou o abrigo junto à Igreja Cristo Redentor, da IECLB, onde vivem, atualmente, 40 pessoas.

A SBB remeteu, ainda, material bíblico para Timbó, Gaspar, Indaial e Jaraguá do Sul.

Fonte: www.alcnoticias.org

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Fórum no Uruguai discute sobre religião

Na esperança de aprofundar o diálogo entre as diferentes crenças que se sentem convocadas à unidade e à construção de um mundo mais fraterno, o Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), Obsur, e o Instituto Humanista Cristão Juan Pablo Terra promoveram fórum-debate sobre “Pluralidade religiosa e cidadania”, reunido em Montevidéu, no sábado, 29 de novembro.

O evento teve como objetivo estabelecer um espaço de diálogo inter-religioso de crenças com presença institucional no Uruguai. Na ocasião, crentes que atuam no espaço público da política, educação e direitos humanos apresentaram testemunhos.

A atividade contou com a participação de panelistas como o ex-secretário do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Emilio Castro, o embaixador uruguaio no Vaticano, professor Mario Cayota, o presidente da Confraternidade Judaico Cristã do Uruguai, pastor Armin Ilhe, a líder afro-umbandista do Uruguai, mãe Susana Andrade, o ombusman de Montevidéu, Fernando Rodríguez, acadêmicos especializados na temática e o historiador Roger Geymonat.

Participaram do fórum mais de 70 pessoas da fé católica e evangélica de diferentes denominações, judeus, afro-umbandistas, bahaí e agnósticos. Alguns dos pontos cruciais da discussão passaram pelo debate laicidade-laicismo, a discriminação de grupos religiosos e étnicos, como os umbandistas, o exercício da religião como direito humano e a tarefa de promover um diálogo inter-religioso a partir de uma perspectiva plural.

Em relação ao primeiro debate, o Dr. Nestor Da Costa esclareceu que o Uruguai tem um estado laico, mas não uma sociedade plural. Ele disse que o imaginário coletivo de que “o uruguaio não acredita em nada” é falso, já que, segundo estudos, 80% dos uruguaios acreditam em Deus.

Da população do país, 54% definem-se como católicos, 10% como cristãos evangélicos, 2% são seguidores de cultos afro e 0.5% judeus. No fórum foi discutido como o religioso viveu um processo de privatização e negação desde o início do século XX, o que está mudando lentamente nesta década. O Estado começa a valorizar o religioso como parte integral do ser humano e reconhece algumas contribuições da esfera religiosa à cultura e à construção da cidadania.

“A pluralidade não significa que todos pensamos o mesmo e estamos confusos, mas que o diálogo inclui e aprofunda cada identidade”, disse o pastor Ilhe.

Emilio Castro afirmou que “podemos ter posições diferentes e opostas, mas ao colocá-las sobre a mesa as reconhecemos e dialogamos com as diferenças”. Neste sentido, prosseguiu, não se pode dialogar com “o outro diferente” como um oponente, mas como outro ser humano que tem algo valioso a dizer e que sua crença tem valor transcendente.

Fonte: ALC