CHINA (10º) - No dia 2 de novembro, por volta das 9 horas, a polícia invadiu simultaneamente nove igrejas associadas à rede Igrejas Locais no distrito de Xiasha, cidade de Hangzhou, província de Zhejiang.
A polícia deteve mais de 30 membros da igreja; enquanto a maioria foi liberada, quatro estão cumprindo pena de reeducação por meio de trabalho, acusados de “pregar a estudantes” e “estar engajados em seitas”.
Durante um culto normal de domingo, 15 policiais entraram nas nove igrejas de Hangzhou. Testemunhas dizem que os policiais não mostraram identificações ou algum documento formal que demonstrasse que eles tinham autoridade legal para a invasão.
A polícia ordenou que as pessoas presentes não falassem ao telefone, enviassem mensagens de texto, falassem uns com os outros ou que partissem.
Cada igreja tinha aproximadamente 30 pessoas presentes, consistindo em um casal, três jovens adultos e universitários. Os policiais já tinham os nomes dos líderes de cada igreja, portanto, cada um deles foi algemado e imediatamente levado para o Comitê de Segurança Pública (PSB).
Durante a invasão, a polícia examinou todas as casas e as mochilas dos universitários e tirou fotos. Ela procurava por livros específicos, como Vida Cristã, de Watchman Nee, outros livros de Witness Lee e Bíblias, uma versão própria da Igreja Local, chamada Versão Recuperada. Ela também confiscou hinários, livros ministeriais, CDs, DVDs, agendas telefônicas e computadores.
No decorrer da investigação, foram feitas perguntas aos membros das igrejas, do tipo: Onde você conseguiu sua Bíblia? Onde conseguiu seus livros e jornais? Quem o convidou para a reunião? Como você veio para cá? Quem é o líder aqui? Existem estrangeiros entre vocês? Você tem alguma ligação com Taiwan? Você tem alguma ligação no exterior?
Os membros das igrejas foram liberados um a um. Em alguns lugares, já se passava das 2 da madrugada quando os policias partiram. Funcionários das universidades foram chamados para levar os estudantes de volta para suas respectivas faculdades, a fim de submetê-los a punições.
Advertência no histórico escolar
Todos os alunos foram obrigados a escrever um documento confessional, uma declaração de arrependimento e uma declaração prometendo que não iriam mais às reuniões.
De acordo com eles, as autoridades da universidade os questionaram muitas vezes sobre o treinamento espiritual que receberam nas reuniões. Além disso, policiais do PSB foram à Universidade de Finanças e Economia de Zhejiang e à Universidade de Ciência e Tecnologia de Zhejiang para questioná-los sem a presença de um instrutor ou mentor.
As perguntas, misturadas com ameaças, eram similares às feitas durante o interrogatório policial. Um aluno recebeu uma advertência, que é o primeiro grau formal de disciplina administrativa. Essa nota fará parte de seu histórico escolar.
Quarenta presos
Além dos nove líderes presos, a polícia prendeu mais três ou quatro indivíduos de cada reunião, na maioria as esposas dos líderes e os adultos presentes. O número total dos presos foi mais de 40. Eles foram interrogados e liberados da delegacia entre 2 e 11 da manhã do dia 3.
Um dia após o incidente, os familiares foram notificados de que os nove líderes permaneceriam presos por duas semanas. Enquanto sob a custódia da polícia, os presos foram pressionados a assinar uma declaração de que estariam engajados em seitas, mas todos se recusaram.
Dos nove detidos, cinco foram liberados após 15 dias sob prisão administrativa. Quatro deles foram sentenciados a um ano e meio de reeducação por meio de trabalho, acusados de “pregar para estudantes”.
De acordo com pessoas que foram visitar os líderes presos, eles sofrem maus-tratos na prisão. Não têm roupas suficientes e só podem usar o banheiro somente duas vezes ao dia. São obrigados a fazer trabalho pesado e recebem comida insuficiente. Além disso, apanham de outros presos.
Os quatro homens estão se preparando para apelar da sentença para defender sua liberdade religiosa.
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: China Aid Association
A polícia deteve mais de 30 membros da igreja; enquanto a maioria foi liberada, quatro estão cumprindo pena de reeducação por meio de trabalho, acusados de “pregar a estudantes” e “estar engajados em seitas”.
Durante um culto normal de domingo, 15 policiais entraram nas nove igrejas de Hangzhou. Testemunhas dizem que os policiais não mostraram identificações ou algum documento formal que demonstrasse que eles tinham autoridade legal para a invasão.
A polícia ordenou que as pessoas presentes não falassem ao telefone, enviassem mensagens de texto, falassem uns com os outros ou que partissem.
Cada igreja tinha aproximadamente 30 pessoas presentes, consistindo em um casal, três jovens adultos e universitários. Os policiais já tinham os nomes dos líderes de cada igreja, portanto, cada um deles foi algemado e imediatamente levado para o Comitê de Segurança Pública (PSB).
Durante a invasão, a polícia examinou todas as casas e as mochilas dos universitários e tirou fotos. Ela procurava por livros específicos, como Vida Cristã, de Watchman Nee, outros livros de Witness Lee e Bíblias, uma versão própria da Igreja Local, chamada Versão Recuperada. Ela também confiscou hinários, livros ministeriais, CDs, DVDs, agendas telefônicas e computadores.
No decorrer da investigação, foram feitas perguntas aos membros das igrejas, do tipo: Onde você conseguiu sua Bíblia? Onde conseguiu seus livros e jornais? Quem o convidou para a reunião? Como você veio para cá? Quem é o líder aqui? Existem estrangeiros entre vocês? Você tem alguma ligação com Taiwan? Você tem alguma ligação no exterior?
Os membros das igrejas foram liberados um a um. Em alguns lugares, já se passava das 2 da madrugada quando os policias partiram. Funcionários das universidades foram chamados para levar os estudantes de volta para suas respectivas faculdades, a fim de submetê-los a punições.
Advertência no histórico escolar
Todos os alunos foram obrigados a escrever um documento confessional, uma declaração de arrependimento e uma declaração prometendo que não iriam mais às reuniões.
De acordo com eles, as autoridades da universidade os questionaram muitas vezes sobre o treinamento espiritual que receberam nas reuniões. Além disso, policiais do PSB foram à Universidade de Finanças e Economia de Zhejiang e à Universidade de Ciência e Tecnologia de Zhejiang para questioná-los sem a presença de um instrutor ou mentor.
As perguntas, misturadas com ameaças, eram similares às feitas durante o interrogatório policial. Um aluno recebeu uma advertência, que é o primeiro grau formal de disciplina administrativa. Essa nota fará parte de seu histórico escolar.
Quarenta presos
Além dos nove líderes presos, a polícia prendeu mais três ou quatro indivíduos de cada reunião, na maioria as esposas dos líderes e os adultos presentes. O número total dos presos foi mais de 40. Eles foram interrogados e liberados da delegacia entre 2 e 11 da manhã do dia 3.
Um dia após o incidente, os familiares foram notificados de que os nove líderes permaneceriam presos por duas semanas. Enquanto sob a custódia da polícia, os presos foram pressionados a assinar uma declaração de que estariam engajados em seitas, mas todos se recusaram.
Dos nove detidos, cinco foram liberados após 15 dias sob prisão administrativa. Quatro deles foram sentenciados a um ano e meio de reeducação por meio de trabalho, acusados de “pregar para estudantes”.
De acordo com pessoas que foram visitar os líderes presos, eles sofrem maus-tratos na prisão. Não têm roupas suficientes e só podem usar o banheiro somente duas vezes ao dia. São obrigados a fazer trabalho pesado e recebem comida insuficiente. Além disso, apanham de outros presos.
Os quatro homens estão se preparando para apelar da sentença para defender sua liberdade religiosa.
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: China Aid Association
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