Na esperança de aprofundar o diálogo entre as diferentes crenças que se sentem convocadas à unidade e à construção de um mundo mais fraterno, o Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), Obsur, e o Instituto Humanista Cristão Juan Pablo Terra promoveram fórum-debate sobre “Pluralidade religiosa e cidadania”, reunido em Montevidéu, no sábado, 29 de novembro.
O evento teve como objetivo estabelecer um espaço de diálogo inter-religioso de crenças com presença institucional no Uruguai. Na ocasião, crentes que atuam no espaço público da política, educação e direitos humanos apresentaram testemunhos.
A atividade contou com a participação de panelistas como o ex-secretário do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Emilio Castro, o embaixador uruguaio no Vaticano, professor Mario Cayota, o presidente da Confraternidade Judaico Cristã do Uruguai, pastor Armin Ilhe, a líder afro-umbandista do Uruguai, mãe Susana Andrade, o ombusman de Montevidéu, Fernando Rodríguez, acadêmicos especializados na temática e o historiador Roger Geymonat.
Participaram do fórum mais de 70 pessoas da fé católica e evangélica de diferentes denominações, judeus, afro-umbandistas, bahaí e agnósticos. Alguns dos pontos cruciais da discussão passaram pelo debate laicidade-laicismo, a discriminação de grupos religiosos e étnicos, como os umbandistas, o exercício da religião como direito humano e a tarefa de promover um diálogo inter-religioso a partir de uma perspectiva plural.
Em relação ao primeiro debate, o Dr. Nestor Da Costa esclareceu que o Uruguai tem um estado laico, mas não uma sociedade plural. Ele disse que o imaginário coletivo de que “o uruguaio não acredita em nada” é falso, já que, segundo estudos, 80% dos uruguaios acreditam em Deus.
Da população do país, 54% definem-se como católicos, 10% como cristãos evangélicos, 2% são seguidores de cultos afro e 0.5% judeus. No fórum foi discutido como o religioso viveu um processo de privatização e negação desde o início do século XX, o que está mudando lentamente nesta década. O Estado começa a valorizar o religioso como parte integral do ser humano e reconhece algumas contribuições da esfera religiosa à cultura e à construção da cidadania.
“A pluralidade não significa que todos pensamos o mesmo e estamos confusos, mas que o diálogo inclui e aprofunda cada identidade”, disse o pastor Ilhe.
Emilio Castro afirmou que “podemos ter posições diferentes e opostas, mas ao colocá-las sobre a mesa as reconhecemos e dialogamos com as diferenças”. Neste sentido, prosseguiu, não se pode dialogar com “o outro diferente” como um oponente, mas como outro ser humano que tem algo valioso a dizer e que sua crença tem valor transcendente.
Fonte: ALC
O evento teve como objetivo estabelecer um espaço de diálogo inter-religioso de crenças com presença institucional no Uruguai. Na ocasião, crentes que atuam no espaço público da política, educação e direitos humanos apresentaram testemunhos.
A atividade contou com a participação de panelistas como o ex-secretário do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), pastor Emilio Castro, o embaixador uruguaio no Vaticano, professor Mario Cayota, o presidente da Confraternidade Judaico Cristã do Uruguai, pastor Armin Ilhe, a líder afro-umbandista do Uruguai, mãe Susana Andrade, o ombusman de Montevidéu, Fernando Rodríguez, acadêmicos especializados na temática e o historiador Roger Geymonat.
Participaram do fórum mais de 70 pessoas da fé católica e evangélica de diferentes denominações, judeus, afro-umbandistas, bahaí e agnósticos. Alguns dos pontos cruciais da discussão passaram pelo debate laicidade-laicismo, a discriminação de grupos religiosos e étnicos, como os umbandistas, o exercício da religião como direito humano e a tarefa de promover um diálogo inter-religioso a partir de uma perspectiva plural.
Em relação ao primeiro debate, o Dr. Nestor Da Costa esclareceu que o Uruguai tem um estado laico, mas não uma sociedade plural. Ele disse que o imaginário coletivo de que “o uruguaio não acredita em nada” é falso, já que, segundo estudos, 80% dos uruguaios acreditam em Deus.
Da população do país, 54% definem-se como católicos, 10% como cristãos evangélicos, 2% são seguidores de cultos afro e 0.5% judeus. No fórum foi discutido como o religioso viveu um processo de privatização e negação desde o início do século XX, o que está mudando lentamente nesta década. O Estado começa a valorizar o religioso como parte integral do ser humano e reconhece algumas contribuições da esfera religiosa à cultura e à construção da cidadania.
“A pluralidade não significa que todos pensamos o mesmo e estamos confusos, mas que o diálogo inclui e aprofunda cada identidade”, disse o pastor Ilhe.
Emilio Castro afirmou que “podemos ter posições diferentes e opostas, mas ao colocá-las sobre a mesa as reconhecemos e dialogamos com as diferenças”. Neste sentido, prosseguiu, não se pode dialogar com “o outro diferente” como um oponente, mas como outro ser humano que tem algo valioso a dizer e que sua crença tem valor transcendente.
Fonte: ALC
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