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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Para começar


Articulista da Seu Mundo online, Ziel Machado abre a sua coluna convidando o leitor a buscar a sabedoria que produz vida, aquela que nasce do temor do Senhor




Confie no SENHOR de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o SENHOR em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas. Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o SENHOR e evite o mal. Isso lhe dará saúde ao corpo e vigor aos ossos.




Provérbios 3:5-8...



quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal: Cristianismo ou Consumismo? O que realmente comemoramos?




Impossível não ser incomodado nesta época do ano. São tantas propagandas, chamadas, promoções, comerciais, que você se sente meio anestesiado. E de repente descobrimos que o “espírito do natal” é realizado pela empresa que faz o peru, pela outra que tem o Urso Polar tomando refrigerante e pela cerveja. Achamos maravilhoso quando saímos na rua, no sol de verão de 40 graus e vemos os “papais noeis” vestidos com roupa de frio, para enfrentar o frio da Lapônia (onde dizem que ele mora). E adoramos os filmes de natal mostrando pessoas com quilos de roupa e neve, enquanto nossos filhos brincam nas areias da praia ou nas piscinas montáveis nos quintais de casa.
 
   Vivemos a era da informação instantânea, mas também da ambigüidade instantânea, somos uma geração do fast-food integral. Não analisamos nada do que acontece ao nosso redor, simplesmente jogamos tudo para dentro de nossa mente e corpo e acreditamos que isto de alguma forma é bom. Esquecemos um conselho básico do apostolo Paulo: “Vejam e analisem tudo, mas retenham apenas o que é bom”.
 
   Nós substituímos o Deus Criador e Salvador pelo deus do consumo, do prazer e do estar bem. Sai Jesus, entra Papai Noel. Sai a manjedoura e entra a árvore de natal. Sai o Deus conosco e entra o compre mais e pague como puder. A previsão de venda para este Natal no EUA é de 400 bilhões de dólares, aqui no Brasil a previsão se aproxima na faixa dos 30 bilhões de reais.
 
   Há 50 anos atrás as atividades de natal se concentravam nas ações cristãs religiosas: Vigília de Natal, apresentações de teatro com encenação da noite de natal, Missa do Galo, Cantatas, entre outras ações. Hoje, elas se concentram nos Shoppings e suas maratonas de 48 horas abertos, nas enormes filas de pagamento e a tristeza de ter comprado o presente errado e ainda ficar pagando até o próximo natal.
 
   Por tudo isto, pense por um instante na pergunta: Qual o significado do Natal? Ah! Marcos, esta resposta é simples! – você deve estar pensando. Natal significa o nascimento de Jesus. Uma resposta pronta, objetiva e direta, mas não é isto, que estou perguntando:
 
   O que significa o nascimento de Jesus para a sua vida?
 
   O que seria dela se Jesus não tivesse nascido? Se ainda vivêssemos os anos da promessa da vinda do Messias, esperando seu primeiro advento?
 
   Vivemos no automático, em nossa vida fragmentada. Na igreja, cantamos a vinda de Jesus; no shopping, dedicamos nossos esforços ao consumo. Acreditamos piamente que podemos comprar o amor, carinho e atenção das pessoas com os presentes de natal (não é isto que as propagandas querem nos fazer acreditar?!). No natal queremos preencher nosso vazio existencial consumindo para nós e para os outros.
 
   Natal = Deus conosco. Deus em nós, Deus entre nós.
 
   Mas temos espaço para este Jesus?
 
   No meio das luzes de natal e banners, seria possível ver a estrela e encontrar manjedoura? Em nossos dias, os três reis magos, muito provavelmente, iriam acabar em alguma fila de troca de shopping acreditando encontrar algo importante.
 
   Não fomos criados por Deus para viver com o único objetivo de crescer, enriquecer e consumir. Jesus veio viver a essência, viveu com o essencial e deu siginificado à nossa existência.
 
   O que significa o nascimento de Jesus para você?
 
   * Artigo de Marcos Custódio, diretor da organização cristã A Rocha Brasil




segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Governantes têm medo de tomar decisões sobre crise climática

(ALC) Na celebração realizada na catedral luterana de Copenhagen, no dia 13 de dezembro, o líder da Comunhão Anglicana, Roger Williams, disse que o medo está na raiz das desculpas dos governantes mundiais para evitar decisões difíceis que a crise climática está exigindo.

“Reunimo-nos como povo de crentes no contexto desse momento crítico na história da humanidade para dizer – não temais”, afirmou o arcebispo de Cantuária, destacando que “o amor expulsa o temor”.

Se a humanidade quer que a Terra seja um lugar seguro para as gerações futuras, prosseguiu o líder religioso inglês, ela precisa propor perguntas, tipo: qual seria uma relação saudável e sustentável para o mundo? Quais instituições internacionais garantirão que os recursos para salvar o planeta cheguem aonde mais se precisa deles?

“Temos só um mundo, este mundo, e, se o destruirmos, não teremos nada mais", frisou o arcebispo anglicano da África do Sul, Desmond Tutu numa coletiva de imprensa, depois da celebração ecumênica em favor da justiça climática.

Para conservá-lo, é preciso atuar agora, enfatizou Tutu. O arcebispo resumiu a mensagem das igrejas aos negociadores e políticos que participam da Cúpula do clima. "Por vossos filhos, por vossos netos, cuidai deste mundo que temos”, proclamou.

Ele propôs a assinatura de acordo em que as nações desenvolvidas se comprometam a reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 40% até 2020, e em 80%, até 2050, sobre os níveis das emissões registrados em 1990. As nações em desenvolvimento necessitariam de 150 milhões de dólares/ano para implantar programas de redução de CO2.

A celebração foi assistida pela rainha Margarida II, da Dinamarca, autoridades do governo dinamarquês, representantes da ONU e de países representados na Cúpula. A cerimônia foi organizada pelo Conselho Nacional de Igrejas do país, em colaboração com a organismos de ajuda das igrejas, a Dan Church Aid e o Conselho Mundial de Igrejas (CMI).


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Casal cristão é inocentado em acusação de ofensa ao islamismo

INGLATERRA (*) - Ben e Sharon Vogelenzang foram inocentados em uma acusação de prejudicar a ordem pública por razões religiosas.

O casal foi acusado por uma hóspede muçulmana de fazer comentários ofensivos sobre o islã, mas o juiz Richard Clancy decidiu nesta quarta-feira que as provas apresentadas eram inconsistentes.

Fora do tribunal, Sharon disse: “Fomos declarados inocentes de qualquer crime”.

“Foram nove meses muito difíceis, e estamos ansiosos para recuperar nosso negócio e prosseguir com nossa vida normal.”

Ericka Tazi fez a acusação contra o casal depois de se hospedar no hotel Bounty House em Liverpool, em março. Ela alegou no tribunal que o casal a agrediu verbalmente durante uma hora, em que disseram que o profeta Maomé era um déspota e a chamaram de terrorista.

O casal negou ter ameaçado Ericka ou ter usado linguagem abusiva ou ofensiva. Eles admitiram ter questionado alguns pontos da religião de Ericka, e então ela disse que Jesus era um profeta qualquer e questionou a autenticidade da Bíblia.

O caso foi encerrado pelo juiz Clancy na tarde de quarta-feira. Ele rejeitou a versão dos eventos apresentada por Ericka, declarando que “era muito diferente do que realmente havia acontecido”.

Se o casal fosse condenado, teriam que pagar uma multa de 5 mil euros. Eles declararam que o caso provocou uma queda de 80% na freqüência do hotel.

Ben declara: “Gostaríamos de agradecer a todos aqueles que nos apoiaram nos últimos nove meses – nossa família, amigos, igreja e todos os cristãos em todo o mundo”.

Tradução: Missão Portas Abertas

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Trinta mulheres cristãs são presas em Asmara

ERITREIA (9º) - Segundo um grupo de monitoramento, o governo da Eritreia prendeu 30 cristãs idosas neste final de semana.

No dia 5 de dezembro, as forças de segurança cercaram um grupo de mulheres que estavam orando juntas em uma casa e levaram-nas para a delegacia de Asmara.

A maior parte das mulheres integra a igreja Faith Mission (Missão de fé), uma igreja evangélica com base metodista. A denominação tem cerca de 50 anos na Eritreia, mas se tornou alvo do governo após o surgimento de uma lei que obriga as igrejas a se registrarem.

No entanto, foi impossível que a igreja se registrasse, pois o governo permite apenas que três denominações existam legalmente: a Igreja Ortodoxa Eritreia, a Igreja Católica Romana e a Igreja Evangélica Luterana.

“Condenamos a prisão das 30 mulheres”, disse o diretor regional da International Christian Concern, Jonathan Racho. “Pedimos que os oficiais na Eritreia soltem todos os prisioneiros cristãos no país, e que pare de violar a liberdade religiosa de seu povo.”

Nos últimos anos, o governo da Eritreia reprimiu até mesmo as igrejas registradas. O líder da igreja ortodoxa ficou em prisão domiciliar durante anos, e há relatos de invasões em cerimônias cristãs, como casamentos.

Fontes também indicaram que a tortura de cristãos na prisão é comum. Eles ficam trancados em containeres ao ar livre, e enfrentam um calor insuportável, doenças e angústia. Diz-se que os containeres medem cerca de seis metros, e abrigam de 15 a 20 pessoas.

No início desse ano, a rede Compass relatou que muitos cristãos morrem nos campos militares da Eritreia.

Entre as últimas fatalidades, está Yemane Kahasay Andom, 43, que morreu no dia 23 de julho na prisão de Mitire. Ele foi torturado e contraiu malária, o que o levou à morte (leia mais).

Mais de 2.800 cristãos estão presos na Eritreia por causa de sua fé. Lembre-se deles em suas orações.

Tradução: Missão Portas Abertas


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ativistas gays condenados à prisão perpétua

EDIMBURGO, Escócia, 3 de novembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Um influente ativista gay e líder de grupo de jovens, juntamente com outro ativista homossexual, foram presos, em sentenças de prisão perpétua, por seu envolvimento na maior rede de pedofilia já descoberta na Escócia.

James Rennie, que já foi coordenador do grupo Jovens LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) da Escócia e ex-professor, e Neil Strachan, ex-secretário de um grupo de meninos celtas e defensor de questões homossexuais, foram condenados em maio em acusações que incluem ataques sexuais a meninos, conspiração para abusar de meninos e posse e distribuição de pornografia infantil.

Rennie e Strachan eram líderes da rede de pedofilia que foi descoberta em 2007 depois de uma intensa investigação policial, cujo nome de código era Operação Álgebra.

A investigação levou à prisão de seis outros homens além de Rennie e Strachan, e à apreensão de mais de 125.000 imagens e vídeos de abuso infantil.

Rennie, de 38 anos, foi condenado por 14 crimes, incluindo estuprar um menininho que era deixado ocasionalmente sob o cuidado dele por amigos durante um período de mais de quatro anos, começando quando o menino tinha três meses de idade. Rennie foi sentenciado à prisão perpétua, com direito à soltura condicional após 13 anos de cadeia.

Strachan, de 41 anos, foi condenado por 9 crimes, inclusive tentar sodomizar um bebê do sexo masculino de 1 ano e meio e de atacar sexualmente um menino de seis anos. Ele foi sentenciado à prisão perpétua, com direito à soltura condicional após 16 anos de cadeia.

O juiz Lord Bannatyne disse que a dupla é culpada de repulsivos e horrorosos abusos de confiança, já que ambos os homens haviam abusado de meninos de amigos entregues a eles para tomarem conta. Ambos fotografaram os abusos.

"Esses crimes envolvem crianças reais e muitas das fotos envolvem crianças sendo sexualmente abusadas, muitas vezes de forma horrorosa. Há vítimas reais desses crimes, isto é, as crianças que foram fotografadas e abusadas", disse Lord Bannatyne.

Bannatyne impôs uma ordem judicial de restrição permanente, usada para os criminosos sexuais mais violentos e perigosos, para ambos os homens, indicando que provavelmente eles "seriamente colocariam em perigo o bem-estar físico de alguém do público". Essa ordem os colocará debaixo de projetos de avaliação e administração de risco pelo resto da vida.

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com


terça-feira, 24 de novembro de 2009

A História de Esther tem investimento de R$4,5 milhões da Record


A Record está destinando um grande capital para inaugurar mais um segmento de produtos de sua teledramaturgia. A emissora, que já produz novelas em dois horários e lançou o seriado “A Lei e o Crime” no primeiro semestre deste ano, está entrando no ramo das minisséries com “A História de Esther”.
Visite: Gospel, Noticias Gospel, Videos Gospel, Musica Gospel Para viabilizar a produção da trama, a emissora de Edir Macedo está destinando R$ 450 mil por capítulo. O custo é quase duas vezes maior se comparado ao valor do capítulo de uma novela, como “Poder Paralelo” e “Bela, a Feia”, que tem orçamentos de aproximadamente R$ 200 mil e R$ 300 mil respectivamente. Serão produzidos dez capítulos, totalizando um investimento de R$ 4,5 milhões.
Em “A História de Esther” estarão Gabriela Durlo, Marcos Pitombo, Juan Alba, Ewerton de Castro, Paulo Gorgulho, Vanessa Gerbelli e outros.
Segundo o jornalista Daniel Castro, a Record promete continuar investindo em minisséries após o fim de “A História de Esther”. Uma nova produção deverá ser definida pelo diretor de dramaturgia Hiran Silveira em breve, com estreia prevista para até o final de 2010.
Fonte: Na Telinha / Gospel+

domingo, 22 de novembro de 2009

Brasil termina participação em projeto de Bíblia escrita à mão

BRASIL (*) - A participação brasileira no projeto “Povos do Mundo Escrevem a Bíblia”, que está mobilizando milhares de cristãos em 21 países, se encerra no dia 24/11, durante uma cerimônia no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), em parceria com o Vale da Bíblia e a Embaixada de Israel, está coordenando o projeto no país. A idéia é escrever à mão toda a Bíblia em diversos idiomas para que o trabalho fique exposto no Museu da Bíblia, em Israel, para a posteridade.

A Bíblia manuscrita em português coordenada pela SBB contou com a participação de brasileiros de 20 estados. “Mesmo num país com tanta diversidade cultural, como o Brasil, percebemos que a emoção dos copistas é universal. Com este gesto, de transcrever apenas um versículo das Sagradas Escrituras, perpetua-se entre nós o sentimento de herdeiros da Palavra de Deus”, afirma Erní Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da SBB, segundo nota emitida pela entidade evangélica.

Às igrejas que aderiram ao projeto, a SBB enviou de um Kit contendo um Manual de Instruções sobre como proceder a cópia dos versículos; exemplar de uma Bíblia com letra grande; folhas especiais de papel pré-impressas com o nome do livro a ser copiado; cadastros de copistas; certificados de Honra a serem conferidos aos Copistas; e caneta especial e corretivo (branco).

O projeto Povos do Mundo Escrevem a Bíblia é um desdobramento do concurso Crianças do Mundo Pintam a Bíblia, realizado em 1999 e que envolveu quase 800 mil crianças de 91 países, em cinco continentes. Os vencedores ganharam uma viagem a Jerusalém. A experiência deu origem a uma exposição itinerante e trouxe uma série de resultados positivos que motivaram os organizadores a iniciar este novo projeto em 2008, declarado o Ano da Bíblia Manuscrita, em todas as nações. Coincidentemente, a SBB desenvolveu, em 2008, uma ação com as mesmas características: o projeto da Bíblia Manuscrita, lançado para comemorar os 60 anos da entidade e que teve a proposta de produzir 29 exemplares completos das Sagradas Escrituras, mobilizando milhares de brasileiros ao longo do ano.

Cada pessoa que copia um versículo recebe um certificado de participação e seu nome aparecerá entre os cerca de 30 mil copistas de seu país no site da entidade.

Para o evento no MAM, que terá início às 10h, foram convidados o governador do estado, José Serra, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o embaixador de Israel, Giora Becher, e o fundador do Vale da Bíblia, Amos Rolnik, entre outras autoridades




Fonte: Agência Soma








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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Saúde de pastor em prisão domiciliar piora

ERITREIA (9º) - As condições do pastor Tewelde Hailom, que está sob prisão domiciliar, se deterioraram. Ele é fundador da igreja do Evangelho Pleno de Asmara.

Fontes dizem que a irmã do pastor, que cuidava dele em casa, recebeu ordens de se retirar. Agora, o pastor recebe o mesmo tipo de alimentação daqueles que estão na prisão: um pedaço de pão e uma xícara de chá pela manhã e à noite. Essa alimentação inadequada agravou o quadro de úlcera estomacal do pastor. Leia mais

Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cristãs iranianas Maryam e Marzieh são soltas

IRÃ (3º) - É com grande alegria que a Portas Abertas informa a libertação de Maryam Rostampour (27) e Marzieh Amirizadeh (30) hoje.

No domingo, 15 de novembro, a Portas Abertas foi informada de que as duas cristãs seriam libertadas no dia seguinte. Hoje, um de seus obreiros compartilhou: “Fico feliz em informar que Maryam e Marzieh foram libertadas sem ter que pagar fiança. Elas já estão em casa".

Elas passaram mais de nove meses na prisão Evin, em Teerã (saiba mais).

Embora essa notícia seja muito boa, ainda não está certo se a liberdade delas é condicional.

“Isso acontece quase sempre”, disse um obreiro da Portas Abertas que pediu para não ser identificado. “Os cristãos são libertados ao pagar uma fiança, mas as autoridades continuam a pressioná-los com o processo legal.”

Falta de atendimento médico

A prisão Evin tem sido criticada nos últimos anos por organizações de direitos humanos por causa dos abusos e execuções que perpetra. Foi dito que Maryam e Marzieh não sofreram tortura física enquanto detidas, mas não receberam atendimento médico adequado – o que se enquadraria também como abuso.

As condições físicas das duas pioraram ao longo do tempo. Elas não foram atendidas quando sofreram com infecções e febre alta. Marzieh, que completará 31 anos no dia 25 de novembro, tem problemas sérios na coluna, que lhe causam crises de enxaqueca.

No dia 5 de março, forças de segurança iranianas prenderam Marzieh e Maryam. Elas só foram indiciadas depois de um mês, acusadas de “participar de reuniões ilegais” e “agir contra a segurança do Estado”.

No julgamento que tiveram, sua fé foi questionada, mas em momento algum elas se intimidaram.

Continue a orar por Maryam e Marzieh. Serem soltas da prisão não significa que elas tenham total liberdade agora. Ore também pela saúde delas.

Interceda, da mesma forma, pela Igreja iraniana, que sofre muita opressão. No mês passado, por exemplo, uma Assembleia de Deus no centro de Teerã foi proibida de continuar seus cultos em persa a partir do dia 30 de outubro.

Tradução: Missão Portas Abertas

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A sua igreja tem o selo de “Igreja Verde”?

O deputado estadual José Bittencourt criou o através de projeto de lei o “Selo Igreja Verde” para ser entregue às igrejas comprometidas com as causa ambientais. A iniciativa visa conceder o Selo, através da Secretaria do Meio Mabiente aos templos que se destacarem pela promoção da preservação do meio ambiente, conscientização comunitária, reciclagem de materiais, economia de energia, no consumo de água e na ministração de palestras ou cursos sobre leis ambientais.

Segundo o deputado, o selo será um fomentador de ações em prol do meio ambiente, pois as medidas que visam à preservação ambiental já é um consenso em todos os setores da sociedade. “As igrejas verdes abriram espaço para conscientização ecológica, sendo elas multiplicadoras de ações ambientais, e queremos reconhecer tais trabalhos através do Selo”. Explicou o deputado que também é membro efetivo da comissão de meio ambiente da ALESP.

Igreja Verde
O programa Igreja Verde luta para implantar nas igrejas os projetos de reciclagem, economia de água e energia elétrica, reutilização de água de chuva, captação de energia solar, entre outros projetos ecológicos. O programa foi criado em 2002, mas está em fase de amadurecimento, procurando estabelecer relacionamentos e parcerias com diversas comunidades.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mais nove prisioneiros no caso de Acteal são soltos

MÉXICO (*) - Mais de 35 prisioneiros evangélicos, acusados injustamente de participarem do Massacre de Acteal, Chiapas, esperavam ser libertos da prisão na última semana, mas depois de longas deliberações, no dia 4 de novembro o Supremo Tribunal do México determinou que somente nove prisioneiros deveriam ser soltos e pediu novas audiências para outros 16.

O tribunal encerrou seu envolvimento na controvérsia sobre o caso dos camponeses ao pedir a soltura dos nove homens – sem que eles fossem declarados inocentes – e novos julgamentos para outros 16, e desta vez sem provas e testemunhos “inventados”. Esses 16 homens e outros, incluindo seis que estavam na mesma situação, permanecem na prisão.

Com 4 votos contra 1, o tribunal declarou que o advogado federal violou o processo legal, fabricou provas e falsos testemunhos, formulou crimes não existentes e não apresentou nenhum argumento concreto provando a culpabilidade dos nove homens.

José Ramón Cossío Diaz, do Supremo Tribunal de Justiça, disse que a decisão de libertar os homens não foi uma declaração de inocência, mas o reconhecimento de uma “falta de provas concretas” contra os homens.

“Esses indígenas foram condenados e declarados culpados como resultado de um julgamento que estava repleto de violações”, diz. “Não existe nenhum material que prove que são culpados.”

Quando os prisioneiros souberam que apenas nove seriam soltos, eles choraram. Alguns de alegria, mas a maior parte por desapontamento.

“Tudo foi inventado; eu não matei ninguém. Muitos de nossos companheiros na prisão também sabiam que não estávamos envolvidos no massacre”, diz um dos cristãos que foram soltos, Manuel Luna Perez.

O tribunal determinou que as autoridades federais utilizaram “provas e testemunhos inventados” ao condenar os homens, muitos deles cristãos que apoiavam o partido governante na época, que tinha disputas de terra e outros conflitos com os acusadores – a maior parte católicos romanos simpatizantes do Zapatista National Liberation Army.

Sabe-se que pelo menos cinco dos nove homens eram cristãos quando foram presos: Pablo Perez Perez, Emilio Gomez Luna, Juan Gomez Perez, Hilario Guzman Luna, e Manuel Luna Perez. Também foram soltos Mariano Diaz Chicario, Pedro Lopez Lopez, Juan Hernandez Perez and Ignacio Gomez Gutierrez.

Os nove homens foram soltos da prisão federal El Almate, em Cintalapa, Chiapas e levados para Tuxtla, onde estão morando temporariamente.

Os familiares, que esperaram pacientemente pela libertação dos prisioneiros, foram até Tuxtla, pois não puderam falar com os cristãos quando saíram da prisão.

Os homens disseram que o governo ofereceu o mesmo que prometeu para os outros 20 cristãos soltos em 13 de agosto: terras, ajuda para a construção das casas, água, energia elétrica e outras necessidades básicas, assim como ajuda monetária até que eles consigam se auto-sustentar.

Tradução: Missão Portas Abertas

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tribunal impede esforços para que garota cristã seja resgatada


BANGLADESH (43º) - Uma ordem de fiança impediu a polícia de resgatar uma garota cristã que foi sequestrada, obrigada a se converter ao islamismo e se casar com um de seus sequestradores.
De acordo com o pai Julian Sarker, quatro homens muçulmanos sequestraram a adolescente Silvia Merry Sarker no dia 30 de julho, enquanto ia para a escola no oeste do vilarejo de Sujankathi, na jurisdição policial de Agoiljhara, distrito de Barisal, sul de Bangladesh.

Julian registrou uma queixa contra Al-Amin Faria, 24, Shamim Faria, 22, Sahadat Faria, 20, and Sattar Faria, 50.

“Minha filha foi sequestrada por Al-Amin, com a ajuda de seus primos e outros parentes”, disse Julian.

Julian registrou um Boletim de Ocorrência acusando os sequestradores de “ceder à vontade de Al-Amin”. Depois ela foi forçada a se converter ao islamismo e casar com o muçulmano, no que Julian afirmou ser parte de uma tentativa de se apossar de suas terras e propriedades.

O inspetor de polícia local, Ashok Kumar Nandi, disse que a polícia continuava tentando prender os sequestradores, mas a ordem incomum teria “barrado” suas tentativas.

“Temos quatro nomes como os principais suspeitos no caso. Prendemos três deles, mas o tribunal os liberou sob fiança. Se eles tivessem permanecido na prisão, poderíamos ter encontrado a menina, ou ao menos conseguido o máximo de informação possível para efetuarmos o resgate”, disse o inspetor.

Normalmente, os suspeitos em casos envolvendo crianças e mulheres não recebem o direito à fiança tão cedo, para que a investigação seja preservada.

“Não sabemos por que eles foram soltos sob fiança. Eles estão andando normalmente no vilarejo, e não podemos prendê-los novamente sem um mandado”, diz.

O advogado Rabindra Ghosh, presidente de uma organização de monitoramento para as minorias, disse que a garantia de fiança aos suspeitos ameaça a família da vítima.

Tradução: Missão Portas Abertas

Três cristãos são presos e ameaçados


MÉXICO (*) - No dia 17 de outubro, três cristãos foram presos pelas autoridades locais e caciques por causa de sua fé, no município de Huixtan. Um quarto cristão não conseguiu enfrentar o medo de ser expulso da comunidade e concordou em obedecer as condições estabelecidas pelas autoridades. A confusão continuou durante horas depois que os cristãos foram soltos.

Os cristãos haviam sido alertados que se não abandonassem a religião cristã evangélica, seriam expulsos da comunidade, perderiam suas propriedades e direitos civis. Todos são membros das igrejas Elohim e Bíblica da Comunhão dos Cristãos no México. Os evangélicos que foram presos são Pedro Vasquez Jimenez, Sebastian Hernandez Santiz e Miguel Vazquez Moshan.

No dia 4 de outubro, as autoridades do ejido¹ Lazaro Cardenas Chilil convocaram uma reunião às 10h para tratar de diversos assuntos importantes da comunidade. Um dos primeiros assuntos abordados na reunião foi que um dos representantes do ejido, Manuel Sebastian Bolom Vazquez, contou sobre algumas pessoas que conhecia que haviam aceitado o evangelho. Ele declarou que não achava apropriado que os ejidatarios e avecinados da comunidade mudassem de religião ou que fossem qualquer coisa além de católicos.

Ele disse que ninguém em Chilil poderia praticar alguma religião que não estivesse estabelecida na tradição, e que eles perderiam suas terras e seriam expulsos da comunidade se não renunciassem ao cristianismo. Naquele mesmo dia, os oficiais da comunidade pressionaram os outros representantes para concordar em proibir a entrada do evangelho na comunidade.

Alguns dias depois, em 7 de outubro, os cristãos registraram uma queixa oficial para o presidente da região de Huixtan, onde moram, contando as ameaças feitas pelas autoridades de Chilil e a proibição contra a crença em Cristo. Por causa dessa carta, as autoridades marcaram uma reunião para o dia 17 de outubro às 17h. Na ocasião, dois assuntos seriam discutidos. O primeiro era um transformador elétrico que precisava ser substituído, e o segundo era o caso dos cristãos. “Todos no ejido estavam presentes na reunião”, disse Sebastian, um dos cristãos afetados.

Três dos quatro cristãos em questão estavam presentes na reunião. Miguel Vazquez Moshan ficou em casa para jantar com a família, mas logo foi interrompido por quatro policiais que o levaram de sua casa até o local da reunião. Assim que ele chegou, foi ordenado a parar de seguir o evangelho. Sua negação inflexível de renunciar sua fé provocou uma reação imediata na multidão que começou a gritar, pedindo que ele fosse preso juntamente com os outros dois cristãos. O quarto cristão que estava na reunião não conseguiu enfrentar o medo de ser expulso da comunidade e concordou em obedecer as condições estabelecidas pelas autoridades.

Um dos presos era Pedro Vasquez Jimenez, que aceitou a Cristo há quase três anos. Ele tem seis filhos, mas sua família rejeita o fato de que ele “mudou de religião”. Outro cristão, Sebastian, e sua família, começou a ouvir a Palavra de Deus há seis meses. Ele tem se encontrado com outros cristãos em casas e congregações em San Cristobal. Miguel era membro da igreja Elohim, nos arredores de Cascajal, também em San Cristobal. Ele e sua família começaram a acreditar em Deus há quarto anos, quando sua esposa ficou muito doente e o Senhor a curou milagrosamente.

Eles ficaram presos até às 23h. Primeiro, Miguel foi solto, e logo depois Sebastian e Pedro também. A confusão da multidão continuou durante horas. As pessoas gritavam, ameaçam e exigiam que eles negassem sua fé. Ainda assim, os cristãos continuaram firmes. Miguel dizia para a multidão: “O que estamos fazendo não é crime. Estamos apenas buscando a vida”. No entanto, a multidão continuou gritando e pedindo que eles fossem expulsos da comunidade. Alguns começaram a alertá-los, dizendo que nunca voltassem, porque se o fizessem, seria melhor “comprar gás e queimar os cristãos”. Em meio às ameaças, Pedro respondeu a multidão dizendo que “eles poderiam fazer o que quisessem contra a Palavra de Deus, mas que não seriam vitoriosos”.

Tradução: Missão Portas Abertas

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Membros da igreja Shouwang cultuam sob a neve

CHINA (12º) - Na manhã deste domingo, os membros da Igreja Shouwang se reuniram no portão oriental do parque Haidian para outro culto ao ar livre. Expulsos da igreja quando foram condenados em abril, os cristãos têm se reunido no parque há 12 semanas, até conseguirem um novo local no Huajie Plaza em agosto. Enfrentando pressões das autoridades de Pequim, os gerentes do Huajie Plaza se recusaram a renovar o contrato de aluguel da igreja Shouwang, obrigando-os a se reunir novamente ao ar livre.

De 800 a 1.000 cristãos estavam presentes no culto de domingo, cantando hinos e orando sob um “mar” de guarda-chuvas. Antes do culto começar, às 9h, um policial apareceu e fixou um cartaz no portão do parque, declarando que “Hoje o parque Haidian estará fechado para o público”. Apesar não poderem entrar no parque, os membros da igreja se reuniram em frente ao portão leste, e realizaram um culto de mais de duas horas.

Desde o início de agosto, o Huajie Plaza tem sofrido muita pressão tanto do Escritório Público de Segurança quanto do Escritório de Assuntos Religiosos de Pequim, para encerrar o contrato com a igreja não registrada Shouwang. A associação ChinaAid e os cristãos de igrejas não registradas obtiveram informações de que o Partido Comunista teria emitido uma ordem secreta, exigindo que seis igrejas não registradas de Pequim fossem fechadas – entre elas, a igreja Shouwang (saiba mais). No dia 19 de agosto, o pastor Jin Tianming e outros três líderes da igreja, foram até os departamentos responsáveis para perguntar sobre o contrato, mas sem respostas. Nos dias 20 e 26 de agosto, a igreja realizou uma reunião especial de oração por um novo local de culto. Durante o culto de 26 de agosto, o pastor Jin reiterou que a igreja não teria outra opção a não ser cultuar ao ar livre, se a igreja não conseguisse outro local disponível. Depois que o Huajie Plaza se recusou a renovar o contrato e diversas outras tentativas de encontrar um novo local de culto falharam, a igreja avisou os cristãos que no dia 30 de outubro eles iriam se reunir ao ar livre.

Os congressistas Wolf e Smith, co-presidentes da Comissão de Direitos Humanos Tom Lantos, foram a um culto da igreja Shouwang no ano passado, quando visitaram Pequim antes das Olimpíadas. Ela é uma igreja muito respeitada pela comunidade. Essa repressão constante e a mudança forçada de local faz parte de uma investida contra as igrejas chinesas não registradas.

Tradução: Missão Portas Abertas

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Professora diz que foi afastada por usar livro sobre religião de origem africana em aula

Um livro sobre mitologia africana aplicado em sala de aula está causando polêmica em Macaé, no norte do estado do Rio de Janeiro. A professora de Língua Portuguesa, Maria Cristina Marques, que se dispôs a trabalhar o livro "Lendas de Exu" com os alunos, foi afastada e agora está acusando a direção do Colégio Municipal Pedro Adami, onde ocorreu todo o incidente, de a terem perseguido por conta de sua opção. Ela argumenta que o colégio tem uma orientação cristã e que a direção não se conformou com o fato de ela ter utilizado uma literatura que abordava a cultura e a religião africana.

O colégio é localizado no distrito de Córrego do Ouro. A professora está inscrita na pós-graduação em História da África e Cultura Afro-brasileira, curso de capacitação para o cumprimento da lei federal 10639/09 — que prevê o ensino da história da África nas escolas. A pós-graduação é promovida pela própria secretaria municipal de educação, com verbas federais. A história está no blog "Fé Online", do jornal Extra.

Segundo especialistas, a Lei que regulamenta o Ensino Religioso no Brasil (Lei de Diretrizes e bases da Educação em seu artigo 33 - Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996 com redação dada pela Lei n° 9475, de 22 de julho de 1997) é bastante ampla e ambígua.

"Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997). § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores. § 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso."

A Lei deixa, segundo esses mesmos pesquisadores, várias lacunas a serem preenchidas pelos Conselhos Estaduais de Ensino, conforme realidade e vivências regionais, ficando para as Secretarias Estaduais de Educação e os Conselhos de Educação sua regulamentação. Além disto existe a possibilidade do Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar adaptar tal legislação à sua realidade vivencial. A questão central no Ensino Religioso é como serão ministradas tais aulas. Até hoje, isso não fica claro. Portanto, a partir das perguntas abaixo você pode clicar no link "Comentar", logo abaixo deste texto, e dar sua opinião:

1. Devemos considerar a pluralidade religiosa existente em nossa sociedade. Vivemos num país democrático, em que há a tradição judaico-cristã, mas há também forte influência das religiões africanas, sobretudo na Bahia. Democraticamente, todos teriam o direito de serem representados nas escolas em que há ensino público?

2. A quem interessa o ensino religioso nas escolas?

3. Este tipo de ensino seria um progresso ou um retrocesso do processo de separação do Estado da Igreja? (por Marcelo Dutra)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Partidos ameaçam governo para não alterar leis de blasfêmia

PAQUISTÃO (13º) - A agência de notícias International Christian Concern (ICC) soube que no dia 31 de outubro, dois importantes partidos políticos alertaram o governo do Paquistão a não alterar ou revogar a lei de blasfêmia. Essa lei tem sido o maior motivo de violência contra os cristãos.

De acordo com o The Daily Times, Jamaat Ahl-e-Hadith do Paquistão e o Tehreek Tahafuz-e-Haqooq Ahl-e-Sunnat, partidos políticos predominantes com muitos apoiadores, ameaçaram iniciar protestos caso a lei seja alterada. O jornal citou Hafiz Abdul Guffar Ropari, o líder do Jamaat Ahl-e-Hadith do Paquistão, dizendo que o governo paquistanês não deve modificar a lei se “quiser permanecer no poder”.

As leis de blasfêmia estipulam que difamar o profeta Maomé ou profanar o Alcorão é um crime passível de morte ou prisão perpétua, respectivamente.

Os muçulmanos têm usado a lei para incitar a violência contra os cristãos. Em agosto, um grupo de muçulmanos matou 11 cristãos e incendiou mais de 40 casas devido à falsas alegações de profanação do Corão na cidade de Gojra.

Tradução: Missão Portas Abertas

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Muçulmanos protestam contra reforma de igreja

EGITO (21º) - Na tarde de terça-feira, 27 de outubro, um grupo de muçulmanos atacou a igreja de Saint George, no vilarejo de Nazlet Albadraman, no distrito de Mawas, província de Minya. O sacerdote e a congregação ficaram presos até que o líder do vilarejo os libertou, após ter dispersado o grupo de muçulmanos. O ataque foi motivado pela restauração da torre da igreja, para a qual a congregação tem permissão.

O pastor Habib Ghattas conta que o padre Serabamon ligou para ele de dentro da igreja, e pediu que ele contatasse as forças de segurança. “Precisamos que eles venham agora e nos salvem da multidão.”

O grupo jogou pedras e destruiu as janelas da igreja, antes de vandalizar carros, lojas e casas de coptas. Uma mulher copta, Ayman Nada Landy, sofreu ferimentos graves na cabeça. As forças de segurança ainda estão no vilarejo para acalmar a situação e evitar outros ataques. O vilarejo também está sob toque de recolher.

A igreja Saint George, em Nazlet Albadraman, serve cerca de 5.000 coptas. Ele foi reformada há oito anos, com exceção da torre da igreja. Ela foi construída de tijolos muito frágeis, e era uma ameaça à vida dos freqüentadores. Após quatro anos de conflitos com as autoridades, a igreja conseguiu uma permissão para a reforma no início da semana. Assim que o documento foi entregue, a igreja demoliu a torre e começou a construir as fundações para a nova.

De acordo com o repórter da Free Copts (Coptas livres), Nader Shukry, o incidente começou às 20h da terça-feira, quando um muçulmano chamado Saber Ahmed Saleh permaneceu na frente da igreja e começou a gritar: “Desse modo vocês causam revoltas sectárias. Vocês têm que interromper essa reforma”. A segurança da igreja não conseguiu fazer com que ele saísse. A situação começou a piorar quando os muçulmanos começaram a se reunir, gritar e atirar pedras na igreja, quebrando todas as janelas.

Tradução: Missão Portas Abertas

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Muçulmanos invadem terreno usado por uma igreja

BANGLADESH (43º) - Invasores muçulmanos, falantes da língua Bengali, tomaram 5 acres de um terreno abandonado de propriedade do governo, o qual havia sido anteriormente usado por uma igreja, e acusaram falsamente os cristãos pelos danos causados à terra, localizada no distrito montanhoso Khagrachari, na região sudeste de Bangladesh, informaram líderes cristãos.

Kiron Joti Chakma, diretor administrativo da Igreja Batista da Graça do distrito Khagrachari, contou ao Compass que os invasores tomaram o prédio da igreja e os 5 acres de terra na vila de Reservechara, no mês de junho, e registraram queixa no dia 4 de agosto contra cinco cristãos indígenas. Os muçulmanos falantes de bengali tinham vindo de outras regiões de Bangladesh devido a um programa de assentamento do governo, que teve início em 1980.

“Na queixa, os invasores mencionaram que os cristãos tinham cortado as árvores e danificado as lavouras em suas terras, e por isto deveriam pagar 250 mil taka (3. 690 dólares), relatou Chakma. “Nós cultivávamos abacaxi no terreno ao redor da igreja. Porém, os invasores destruíram nossa plantação e construíram duas casas lá”.

O governo concedeu aos cristãos o uso da terra. Líderes indígenas disseram que o desapossamento de terras nas regiões de Colinas, terrenos ondulosos sob jurisdicação da polícia de Dighinala, situada a 300 quilômetros a sudeste de Daca, recomeçou durante o mandato do governo provisório apoiado pelo exército no biênio 2007/ 2008.

“A ação continua em andamento, no entanto nossas tentativas de deter o desapossamento de terra não são páreo para os órgãos de administração e aplicação da lei”, disse um dos acusados, Mintu Chakma, 32 anos.

Quando ele se apresentou à delegacia de polícia devido à falsa acusação contra os cristãos, ele contou, o líder dos invasores bengaleses estava lá e o ameaçou em frente aos oficiais, dizendo: “Eu posso acabar com dezenas de pessoas como você! - Eu vou por fim à sua vida”.

Líderes das igrejas informaram um acampamento militar das proximidades sobre a invasão. Agentes militares afirmaram que tomariam providência, entretanto, nada havia sido feito até então, informaram os cristãos.

“Nossos líderes informaram o comandante regional, o qual nos assegurou que medidas necessárias seriam realizadas, entretanto, procedimento algum contra aqueles invasores de terra e incendiários havia sido tomado até então”, disse Liton Chakma, 25 anos (Chakma é o nome da tribo), um dos cristãos acusados no caso da Igreja Batista.

Os invasores muçulmanos incendiaram o prédio da Igreja Adventista do 7° dia em 2008 na vila de Boachara, próximo à vila dos cristãos batistas da graça, em uma ação que visava intimidar os indígenas de se tornaram cristãos, relatou Liton Chakma. Ele informou ao Compass que invasores bengaleses dificultaram o trabalho de construção da igreja em agosto de 2007.

“Muitos dos recém-convertidos perceberam que os incendiários não tinham sido punidos, e muitos deles retornaram ao budismo, ele contou. “O exército e a administração local abriu espaço para que eles agissem com tal selvageria. Eles tornam sempre a nos ameaçar e a prestar queixas contra nós.

Segundo Mintu Chakma, invasores muçulmanos tomaram um terreno próximo à sua casa em 2007.

“Eles não somente destruíram minha plantação de abaxi, mas construíram uma mesquita lá”, relatou.

O inspetor da polícia local, Suvas Pal, inteirou o Compass de que nem os indígenas nem os invasores bengaleses eram os proprietários da terra. Este caso se trata de possessão do governo, terra abandonada, informou.

Tradução: Fabiane Fagundes Schütz

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Acordo entre Brasil e Vaticano foi aprovado pelo Senado

O Senado aprovou ontem o acordo entre o Brasil e o Vaticano, reconhecendo o estatuto jurídico da Igreja Católica no país. Sem polêmicas nem divergências, senadores votaram simbolicamente a favor do projeto. O texto segue à promulgação.

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A aprovação do acordo simboliza a aproximação do Estado com a Igreja, mas, na prática, pouco altera a relação entre o governo e a instituição. O acordo ratifica normas já cumpridas sobre ensino religioso, casamento e prestação de assistência espiritual em presídios e hospitais. No Congresso, o projeto foi alvo de críticas de parlamentares que questionaram o fim do Estado laico com a aprovação do acordo.

O acordo garante imunidade tributária à igreja e reconhece às instituições assistenciais religiosas igual tratamento tributário e previdenciário previsto a entidades civis semelhantes. O texto também assegura assistência espiritual aos fiéis e protege o patrimônio da igreja e dos locais de culto, os símbolos, imagens e objetos culturais. Um ponto que gerou polêmica é o que garante o ensino religioso facultativo nas escolas públicas de ensino fundamental. O texto, no entanto, assegura o ensino de outras crenças. A Constituição já prevê o ensino religioso, mas não cita especificamente nenhuma crença.

O texto ratifica que o casamento celebrado conforme as leis canônicas produz os efeitos civis, desde que haja registro próprio. Outro item deixa clara a inexistência de vínculo empregatício entre religiosos e instituições católicas. É uma medida para a igreja se proteger de pedidos de indenização de padres que deixaram o sacerdócio. ” Nada se acrescenta de leis ou benefícios ” , disse o relator do projeto, Fernando Collor de Mello (PTB-AL). ” Apenas concede mais clareza às relações. ” É um acordo entre dois Estados ” , disse, citando que o Vaticano tem status de observador na ONU e OEA.

A aprovação do acordo no Senado foi bem mais tranquila do que na Câmara. Os deputados da bancada evangélica irritaram-se com a proposta, acusaram o governo de privilegiar os católicos e ferir a condição de país laico e apresentaram um projeto semelhante para garantir o mesmo tratamento dado à Igreja Católica às outras religiões. O texto, de George Hilton (PRB-MG), ficou conhecido como a Lei Geral das Religiões e tramitou concomitantemente ao acordo da Santa Sé com o Brasil. Ambos foram votados e aprovados ao mesmo tempo na Câmara, em agosto. No Senado, a Lei Geral das Religiões não prosperou ainda: está parada na Comissão de Educação e ainda não foi designado relator.

Já o acordo do Vaticano com o Brasil foi votado rapidamente. Em questão de horas, passou na Comissão de Relações Exteriores e, em seguida, no plenário. Collor apresentou parecer favorável e foi amplamente elogiado por senadores de diferentes partidos, como os líderes do PSDB, do DEM e do PT. Em consenso, disseram que ” é um acordo entre dois Estados, que ratifica as relações já existentes ” .

Não houve manifestações dos evangélicos e até mesmo Marcelo Crivella (PRB-RJ), da Igreja Universal do Reino de Deus, disse que ” não havia motivo para preocupação ” . ” Os juristas que consultei me disseram que o acordo firmado entre Brasil e Vaticano é o mesmo que já existe em mais de 100 países. Não acredito que o governo e a Constituição permitam privilégio a qualquer crença ” , disse.

A única crítica foi feita por Geraldo Mesquita Jr. (PMDB-AC), que considerou o acordo um privilégio à Igreja Católica. ” Será a palavra não mais da igreja, mas sim de um ente que tem acordo com o Estado ” , disse. O P-SOL, único partido a se posicionar contra o projeto na Câmara, não teve a mesma posição no Senado. O senador José Nery (PA), disse ser a favor do acordo. O líder da sigla na Câmara, Ivan Valente (SP), reclamou. ” O P-SOL defende o Estado laico e o que está sendo firmado é um acordo religioso, não de natureza comercial ” , disse ontem Valente. O deputado bispo Rodovalho (PP-DF), um dos articuladores da Lei Geral das Religiões, disse não ser contrário ao acordo, mas defendeu que ” os mesmos critérios devem valer para todas religiões ” .

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Família cristã recebe ameaças e é atacada

PAQUISTÃO (13º) - A agência International Christian Concern (ICC), em Murree, uma cidade próxima a Islamabad, soube que, no dia 28 de setembro, islâmicos atacaram a casa de uma família cristã que negou a se converter ao islamismo.

Rafiq Mashi Bhatti e sua família viveram em paz com seus vizinhos muçulmanos durante anos. No entanto, nos últimos meses, eles receberam ligações anônimas e cartas, com ameaças dizendo para que eles se convertessem ao islamismo, abandonassem sua casa ou se preparasse para morrer.

As cartas de ameaça foram escritas com versos do Alcorão, incluindo Sura 5:51, que se lê, “Oh, vós os que creem! Não tenham amizade com judeus e cristãos...”

Em uma das cartas, eles disseram para a família cristã: “Vocês, cristãos, são agentes dos Estados Unidos. Portanto, é nosso dever religioso extinguir todos os cristãos da Terra Santa do Paquistão.”

A família relatou as ameaças de morte para a polícia, mas eles não conseguiram evitar o ataque. As investigações ainda estão andamento e os criminosos continuam soltos.

Tradução: Portas Abertas

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Comunidade teológica reivindica eleições democráticas em Honduras

A Comunidade de Educação Teológica Ecumênica Latino-Americana e Caribenha (Cetela) emitiu documento solidarizando-se com o povo hondurenho e a Comunidade Teológica de Honduras, vitimados por golpe de Estado que disseminou a opressão e a violência no país desde 28 de junho

Dirigido também às igrejas cristãs e organizações ecumênicas de Honduras, o comunicado enfatiza que o golpe de Estado comandado pelo ditador Micheletti amparado pelos militares representa um retrocesso no processo democrático do país, fazendo emergir experiências de suspensão aos direitos humanos, repressão e mortes.

O cenário, indica Cetela, lembra os períodos de ditadura militar e conflitos armados que assolaram o continente nas últimas décadas do século XX. “Este não é apenas um incidente isolado em Honduras, mas uma ameaça a todo o continente latino-americano, que poderá voltar a viver tempos obscuros e de dor que não queremos que se repitam”, destaca o documento.

Cetela faz um chamado para que o povo hondurenho possa ir às urnas em clima de liberdade e respeito aos princípios democáticos com o intuito de eleger um representante legítimo. Do mesmo modo, defende a paz com justica e pluralidade de pensamentos e culturas como requisito imprescindível para a transformação social e a participação protagonista da população na história do continente.

“Como educadoras e educadores de Teologia, somos chamados a nos inserir no sonhos, lutas e esperanças do povo, visando profundas mudanças estruturais em Honduras”, assinala o manifesto assinado pelo presidente de Cetela, Néstor Míguez, a vice-presidente da entidade, Blanca Cortes, e o secretário-executivo, Roberto Zwetsch.

Entre os dias 24 e 27 de setembro, representantes de 15 instituições e 12 países estiveram reunidos na casa de reitiros Schoenstad, em Santiago do Chile, para a 12ª Assembléia da Cetela, que debateu aspectos do pentecostalismo em sua relação frente a fenômenos de ordem societários, econômicos e culturais.

Fonte: ALC

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SBB apresenta caminhão ambulatório que percorrerá o Nordeste

A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) inaugurará, amanhã, o caminhão Luz no Nordeste, equipado com ambulatório para atendimento médico e espiritual a populações de risco social. Até o final do ano, o caminhão tem quatro viagens agendadas, beneficiando 1,5 mil pessoas.


O Luz do Nordeste integra o programa Luz do Brasil e será apresentado na Igreja Batista da Capunga, no Recife. A ação inspira-se no programa Luz da Amazônia, que há 47 anos tem levado esperança e mais qualidade de vida à população ribeirinha por meio de barco-hospital, o Luz na Amazônia III.

O programa social da SBB promove o desenvolvimento espiritual, da saúde, educação, cultura e cidadania. Das quatro viagens agendadas para o Luz do Nordeste, três terão como ponto de chegada cidades pernambucanas – Pombos, Abreu e Lima, Itapissuma – e uma paraibana – Alcantil.

No Sul também roda um caminhão, o Rodas do Socorro. Em 2008, o programa Luz no Brasil organizou 65 viagens, proporcionando 32 mil atendimentos, que beneficiaram em torno de 16 mil pessoas.

Fundada em 1948, a SBB tem por meta “difundir a Bíblia e a sua mensagem a todas as pessoas e a todos os grupos sociais”. Ela traduz, produz e distribuí Bíblias, e começou o trabalho social em 1962, relacionado com a propagação da mensagem cristã, quando criou o programa Luz na Amazônia.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Protestos contra ataques islâmicos a cristãos coptas

EGITO (21º) - O funeral de um cristão copta horrivelmente assassinado em uma rua ao norte do Cairo por um agressor muçulmano se transformou em protesto de centenas de manifestantes no Egito.

Galal Nasr el-Dardini (35) atacou Abdu Georgy (63) em frente à loja da vítima na vila Behnay na tarde de 16 de setembro, de acordo com as informações de um jornalista local. Outros coptas assistiram horrorizados quando Galal esfaqueou Abdu cinco vezes nas costas, conforme entrevistas dadas ao repórter Gamal Gerges do jornal Al-Youm al-Sabeh.

Quando Abdu caiu no chão, Galal pegou sua faca e golpeou-o quatro vezes na barriga. Então ele o estripou, cortou sua garganta e começou cortar sua cabeça, de acordo com o repórter. O reverendo Stephanos Aazer, um pregador copta, que conhecia Abdu e viu fotografias de seu corpo mutilado, disse que a cabeça da vítima ficou ligada ao corpo apenas por um pequeno pedaço de carne.

Depois de matar Abdu, Galal pegou sua motocicleta e dirigiu 30 minutos para outra cidade, onde encontrou um outro comerciante copta, Boils Eid Messiha (40), e esfaqueou-o duas vezes na barriga, contou Gamal. Galal imediatamente deixou a cena do crime e foi para as proximidades de Mit Afif onde supostamente atacou Hany Barsom Soliman. Hany um copta de seus 20 anos de idade que conseguiu lutar com ele.

Boils foi levado ao hospital onde foi operado cinco vezes. Ele permanece sob cuidados intensivos. Hany sofreu lacerações em seus braços, porém não houve danos sérios.

Na tarde de quinta-feira (17de setembro), cerca de 1000 pessoas compareceram ao funeral de Abdu para protestar contra o assassinato e os ataques aos cristãos coptas. Os manifestantes clamavam em coro que “o sangue de Abdu não foi derramado em vão”, carregando cartazes que diziam, “Cadê você, governo? Os terroristas vão nos matar.”

Stephanos e vários outros pregadores participaram da manifestação. Stephanos, da area Behnay, confirmou que a polícia estava monitorando os coptas locais e até rastreando conversas telefônicas dos líderes.

Galal foi preso na quinta-feira (17) no Cairo e foi acusado de homicídio. Ainda não é certo o dia que irá para o tribunal.

Ibraim Habib, presidente dos Coptas Unidos da Grã Bretanha, disse que o Egito tem estimulado o tipo de “radicalização” que tem levado a esses ataques.

"É responsabilidade do governo do Egito parar agora a perseguição e a vitimização dessas minorias coptas pelos fundamentalistas islâmicos", ele disse. “A perseguição e vitimização dos cristãos coptas no Egito tem persistido por três décadas e recentemente se expandido em uma velocidade preocupante.”

Ibraim acrescentou que o Egito precisa extirpar os extremistas islâmicos das agências governamentais, “incluindo a polícia egípcia, que frequentemente mostra complacência ou conivência com os islamitas que agem contra os pacíficos cristãos.”

Tradução: Ioná Vallim

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cristãos no Paquistão temem mais ataques incendiários

PAQUISTÃO (13º) - Depois de incendiários islâmicos que mataram pelo menos sete pessoas na província de Punjab no mês passado, o último ataque contra cristãos aconteceu em um vilarejo na sexta-feira (4 de setembro) quando um homem não identificado rasgou páginas do Alcorão e deixou-as em uma igreja. A polícia disse que podia controlar as tensões na Vila Missionária Chak, perto de Chichawatni, depois que as páginas das escrituras muçulmanas foram deixadas na Associated Reformed Presbyterian Church (Igreja Presbiteriana Associada Reformada) e em uma estrada próxima. Fontes disseram que testemunharam tentativas similares de ataques contra cristãos em várias partes de Punjab, desde que um grupo de muçulmanos queimaram sete cristãos vivos em 1º de agosto em Gojra sob a falsa acusação de blasfêmia contra o Alcorão. Em várias outras áreas da Província de Punjab, a intervenção de líderes cristãos e da polícia conseguiu evitar outros incidentes até o momento.

O superintendente de polícia Ahmed Nawaz Cheema disse que as páginas do Alcorão foram deixadas na linha de separação entre a vila missionária Chak 8 onde moram cristãos e a vila Maliks populada por muçulmanos, indicando que “isso foi plantado para criar tensões entre as duas vilas”

O pastor da Associated Reformed Presbyterian Church, Salmoon Ejaz, disse ao Compass que as mulheres muçulmanas a caminho para a colheita de algodão pela manhã acharam as páginas do Alcorão rasgadas. Elas levaram as páginas às autoridades muçulmanas locais, que por sua vez, entregaram as páginas à polícia. O pastor Salmoon disse que as autoridades muçulmanas foram aos lideres cristãos dizer que não tinham nenhuma suspeita de que os cristãos haviam rasgado as páginas e que ambos, muçulmanos e cristãos, deveriam ser vigilantes e tentar encontrar o culpado.

As tensões depois de Gojra

O rumor de profanação do Alcorão que levou ao ataque em Gojra, em 30 de julho, provocou um incêndio criminoso na vila Korian a 13 km de Gojra, que destruiu 60 casas.

Em 30 de junho, um clérigo em Bahmaniwala, vila do distrito de Kasur, usou um auto-falante da mesquita chamando para um ataque aos cristãos que resultou em mais de 500 muçulmanos roubando e saqueando pelo menos 110 casas. O ministro-chefe de Punjab, Shahbaz Sharif, ordenou a prisão de seis extremistas muçulmanos, inclusive Qari Latif, suspeito de ser o mentor.

Depois do ataque de Gojra, os cristãos decidiram deliberadamente se armar para se defender de outros ataques. Um cristão Naveed Masih, que atirou para o alto no ataque da multidão islâmica, foi considerado o responsável pela redução do número de vítimas e danos. Apelidado de Naveed, o soldado, ele era o único homem com um rifle quando a multidão investiu contra Gojra. Várias mulheres se refugiaram em sua casa.

Uma associação muçulmana situada em Gojra, a Muslim Mahaz Tanzeem for Peace, tem desde então tentado culpar Naveed pela violência e acusam-no de prover armas a três pregadores e a um outro cristão. De acordo com o Asia News, a associação tem feito ameaças para que os quatro cristãos sejam presos.

Cristãos em outras áreas como as colônias Youhanabad e Bahar em Lahore, disseram ao Compass que eles preferem morrer se defendendo a serem mortos sem fazer nada.

Pedido de Instauração de Processo

Em vista do aumento dos ataques contra os cristãos no Paquistão, o American Center for Law and Justice (ACLJ) registrou uma petição junto as Nações Unidas através do European Center for Law and Justice (ECLJ).

A petição do ECLJ pede ao Paquistão para julgar os ataques mortais contra cristãos, a qual reivindica as vidas de 60 cristãos na década passada em pelo menos 27 incidentes de violência de muçulmanos contra cristãos. A ação da ECLJ declara; “As mais de duas décadas de leis de blasfêmia ensinaram aos muçulmanos paquistaneses que a punição para um suposto insulto ao Islã é a morte. O governo do Paquistão deve repelir ou, conforme o procedimento, mudar as leis da blasfêmia.”

Tradução: Ioná Vallim

domingo, 27 de setembro de 2009

Teologia velha e nova

(Por: Augustus Nicodemus)

Tenho sempre me deparado com pastores e teólogos que acreditam que teologia boa é só aquela que está sendo feita agora. Recentemente encontrei mais um desses. Chamou-me de fundamentalista porque eu acredito que existe teologia certa e teologia errada, e porque incluo na primeira categoria os antigos credos cristãos e as confissões reformadas. Ensinou-me com aquela pachorra típica de quem é iluminado e se depara com um pobre fundamentalista obscurantista e tapado, que "a teologia é apenas um construto humano, limitado, provisório, subjetivo, que tem que ser feito por cada geração, pois não atende mais as necessidades da próxima".

Era óbvio que eu estava diante, mais uma vez, daquela cena hilária em que o relativista declara com toda autoridade e convicção que "não existe verdade absoluta, tudo é relativo".

Vamos supor, ainda que por um momento, que esses teólogos - nem sei em que categoria enquadrá-los, pois nem liberais eles são (os liberais de verdade acreditavam em certo e errado) - estejam certos. Que cada geração entende Deus, a Bíblia e as grandes verdades do Cristianismo de uma maneira totalmente diferente de outra geração e de pessoas de outra cultura, a ponto de não podermos adotar as suas reflexões teológicas como verdadeiras e válidas para a nossa geração.

Se levada às últimas conseqüências, essa perspectiva sobre a teologia criaria uma série de problemas, inclusive para os que a defendem. A começar pelo fato que cada nova geração teria de definir, de novo, o que é o Cristianismo. Explico. O Cristianismo, enquanto religião, foi definido e os seus limites estabelecidos durante os primeiros séculos depois de Cristo, quando os primeiros cristãos foram confrontados com explicações diferentes, contraditórias e alternativas da mensagem de Jesus e dos apóstolos, como o montanismo, as idéias de Marcião, os gnósticos, os docetistas e os ebionitas, para mencionar alguns.

Os grandes credos ecumênicos da Cristandade estabelecidos nas gerações posteriores nos deram de forma sintetizada a doutrina de Cristo, da Trindade, entre outras, as quais o Cristianismo histórico adota até hoje. A seguir o que esse pastor estava me dizendo, teríamos de jogar tudo isso fora e recomeçar, refazer, redefinir o Cristianismo a partir da nossa própria situação.

A segunda dificuldade é que essa perspectiva acaba pegando mal para seus próprios defensores. Pergunto: o que eles têm descoberto e oferecido mais recentemente que seja novo acerca do ser e das obras de Deus, da pessoa de Cristo e de sua morte e ressurreição? Quando não caem nas antigas heresias, repetem simplesmente o que já foi dito por outros em tempos passados. A "nova perspectiva sobre Paulo" não deixa de ser uma antiga perspectiva sobre o judaísmo. A nova "busca do Jesus histórico" não tem conseguido oferecer nenhuma reconstrução do Jesus da história que esteja em harmonia com o quadro dele que temos nos evangelhos. A teologia relacional não consegue ir adiante do Deus sociniano, que também desconhecia o futuro.

A terceira dificuldade é que essa perspectiva realmente acaba com a distinção entre teologia certa e teologia errada e anistia todas as heresias já surgidas na história da Igreja. Vamos tomar, por exemplo, a área de soteriologia, que trata da questão da salvação do homem. A doutrina de que o homem é justificado pela fé somente, sem as obras ou méritos humanos, foi estabelecida cedo na Igreja cristã e reafirmada na Reforma protestante. Depois de tantos séculos, nossos teólogos progressistas (ainda não gosto desse rótulo, vou acabar achando outro) têm algo de novo para nos dizer sobre esse ponto? Os que tentaram, caíram nas antigas heresias soteriológicas já discutidas e refutadas ad nauseam pelos Pais da Igreja e pelos Reformadores.

Não me entendam mal. Eu também acredito que a teologia é um construto humano, e como tal, imperfeito, incompleto e certamente relativo. Estou longe de adotar para com a teologia reformada uma postura similar àquela que considera a tradição aristotélica-tomista como a filosofia e/ou teologia "perene". Eu também considero que a teologia é fruto da reflexão humana e, portanto, sempre sujeita às vulnerabilidades de nossa natureza humana decaída. Mas não ao ponto de não poder refletir com uma medida de veracidade e fidelidade a revelação de Deus nas Escrituras. O problema com essa postura relativista é que ela desistiu completamente da verdade. É agnóstica. Eu creio que a teologia, se feita "levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo" (2Co 10.5), se for fiel à revelação bíblica, produzirá sínteses confiáveis que podem servir de referencial para as igrejas de todas as gerações, conforme, aliás, as confissões reformadas elaboradas nos sec. XVI e XVII vêm fazendo há alguns séculos.

Mas, os teólogos relativistas acreditam em que? Em tudo e, portanto, em nada. Eles tentam manter tudo fluido, em permanente devir, sempre abertos para todas as possibilidades. Mas, nesse caso, não teriam que, forçados pela própria lógica, de aceitar também a teologia conservadora como uma teologia legítima? Mas é aqui que a lógica relativista se quebra. Pois para eles, todas as opiniões estão corretas - menos aquela dos conservadores.

Um amigo meu que é teólogo me disse outro dia numa conversa, "a verdade é absoluta, mas minha percepção dela é sempre relativa". Até hoje estou intrigado com essa declaração. Eu o conheço o suficiente para saber que ele não é relativista. Sou obrigado a reconhecer, por força do conhecimento da minha própria limitação e subjetividade, que ele está certo quanto à relatividade da nossa percepção teológica. Mas, por outro lado, reluto em aceitar as conseqüências plenas dessa declaração. Primeiro, como podemos falar de verdade absoluta, se é que sempre temos uma percepção relativa dela? Se existe verdade absoluta, não seria teoricamente possível conhecê-la como tal? Segundo, porque embora pareça humildade, admitir o caráter sempre relativo da nossa percepção implica em admitir que ninguém tem a verdade, o que acaba com a possibilidade do certo e do errado, do verdadeiro e do falso como conceitos públicos, transformando cada indivíduo, ao final, no referencial último dessas coisas. Será que não poderíamos dizer que nós, mesmo enviesados por nossos pressupostos e preconceitos (horizontes), ainda somos capazes, em virtude na nossa humanidade básica compartilhada com as pessoas de todas as épocas - para não mencionar a graça comum e a ação do Espírito Santo -, de perceber a verdade da mesma forma que outras pessoas a perceberam em outros tempos e em outros lugares?

Aqui as palavras de Anthony Thiselton são pertinentes:
"O que será da ética cristã se adotarmos uma perspectiva relativista da natureza humana? Se a experiência da dor, do sofrimento e da cura no mundo antigo não tem qualquer continuidade com qualquer conceito moderno, o que poderemos dizer acerca do amor, auto-sacrifício, santidade, fé, pecado, rebelião, etc.? Ninguém num departamento de línguas clássicas, literatura ou filosofia de uma universidade aceitaria as implicações de um relativismo tão radical. Nada poderíamos aprender sobre a vida, o pensamento, ou ética, dos escritores que viveram em culturas antigas. Com certeza, nenhum estudioso, se pressionado com essas implicações, defenderia até o fim esse tipo de relativismo."

Uma última dificuldade que desejo mencionar é que essa visão, se levada às últimas conseqüências, acaba nos privando da Bíblia. Vejamos. Quem defende essa visão (há exceções, eu sei) geralmente tem dificuldades em aceitar que as Escrituras do Antigo Testamento e Novo Testamento foram dadas por inspiração divina e são, portanto, infalíveis. Nessa lógica, as Escrituras são apenas a reflexão teológica de Israel e da Igreja cristã primitiva. Consideremos as cartas de Paulo. Elas são a teologia do apóstolo, resultado da aplicação que ele fazia das boas novas às situações novas das igrejas nascentes no mundo helênico. Para ser coerente, quem defende que toda teologia é relativa, imperfeita e subjetiva, e que é válida somente dentro dos limites da cultura e da geração em que foi produzida, não poderia aceitar para hoje a teologia de Paulo, a de Pedro, a de João, a de Isaías. Teria de rejeitar as Escrituras como um todo, pois elas são a teologia de Israel e da Igreja, elaboradas em uma época e em uma cultura completamente diferente da nossa.

Para dizer a verdade, há quem faça isso mesmo. Os antigos liberais faziam. Para eles, a Bíblia nada mais era que a teologia (ultrapassada) dos seus autores. O Cristianismo se reduzia a valores éticos e morais, que eram as únicas coisas permanentes nesse mundo. Eu admiro e respeito os antigos liberais. Os de hoje, precisariam assumir o discurso relativista e levá-lo às últimas conseqüências. Pode ser que não conseguiriam absolutamente nada com isso, como acho que não vão conseguir. Mas, pelo menos, teriam o meu respeito - se é que isso vale alguma coisa.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Temer: projeto da 'ficha limpa' é demonstração de democracia

O presidente da Câmara, Michel Temer, defendeu nesta manhã o projeto de iniciativa popular conhecido como "ficha limpa", que deve ser entregue à Câmara na próxima terça-feira (29), às 11h30.

A proposta impede que qualquer pessoa condenada em primeira instância concorra a cargos eletivos. No caso de crimes de improbidade administrativa, conhecidos como crimes de "colarinho branco", basta que a denúncia tenha sido recebida por um órgão colegiado de qualquer instância para que a candidatura seja proibida.

O projeto reuniu 1 milhão e 300 mil assinaturas, recolhidas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, integrado por 43 entidades, entre elas a CNBB. "A iniciativa é uma demonstração prática do amálgama de democracia direta e representativa que é a Constituição", disse Temer em entrevista nesta manhã.

Temer lembrou que há 10 anos um projeto semelhante chegou à Câmara e não progrediu porque não listava critérios objetivos para definir o que é idoneidade moral. Diferentemente da proposta atual, que, segundo Temer, traz uma definição objetiva desses critérios.

Pec dos Vereadores
Sobre a promulgação da PEC dos Vereadores, o presidente da Câmara disse que o problema agora é com a Justiça e não mais com o Congresso.

Temer disse que a PEC se baseia em dois focos: jurídico e político. O presidente disse que sempre foi contra a proposta no aspecto político. Quanto à questão jurídica, Temer disse que agora os suplentes de vereadores terão de discutir no Supremo Tribunal Federal (STF) se eles poderão assumir as vagas imediatamente ou, se essas normas serão válidas apenas para as próximas eleições.

Acordo com o MP
O presidente comentou ainda o acordo fechado entre a Câmara dos Deputados e a Procuradoria Geral que resultou na criação do grupo de trabalho para atuação conjunta em investigações de eventuais irregularidades administrativas na Casa.

Temer ressaltou a importância do novo grupo para aproximar a Câmara e o Ministério Público Federal de modo que ambos consigam cumprir suas obrigações constitucionais e, ao mesmo tempo, ganhar agilidade.

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