Agências de segurança do bloco alertam contra recrutamento de jovens muçulmanos à jihad.
A ofensiva militar israelense desfechada entre dezembro e janeiro na Faixa de Gaza e as manifestações que ela gerou em diversas nações da União Europeia despertaram no bloco o temor de uma radicalização muçulmana. O alerta é de especialistas em segurança, que já observam uma movimentação de jovens islâmicos em países que abrigam grandes comunidades de imigrantes árabes, como Grã-Bretanha, França e Alemanha. Para o Conselho de Ministros do bloco de 27 nações, é hora de “prudência”.
As ameaças feitas pelas facções islâmicas são sempre consideradas "sérias" na França, Para Gilles de Kerckhove, coordenador de Política Antiterrorista da comunidade europeia, a estratégia lançada em 2005, visando prevenir o recrutamento de jovens por facções islâmicas como a rede Al-Qaeda, que mantêm células no continente, deve ser intensificada. Esse plano também pretende analisar as causas que levam os jovens a aderir às ideias radicais.
As prisões efetuadas há algumas semanas na Bélgica parecem ter estabelecido ligações diretas com as redes paquistanesas, confirmando a atração renovada pela jihad – a chamada “guerra santa”, que incentiva, entre outros atos, o martírio pela causa do Islã, principal motivação dos homens-bomba – de jovens vivendo na Europa. Os atentados praticados contra os sistemas de transporte na Grã-Bretanha, em 2003, e na Espanha, em 2005, traumatizaram o continente. De acordo com relatórios do Departamento de Justiça, Liberdade e Segurança da União Europeia, os principais focos de doutrinação islâmica são as escolas, as prisões e, sobretudo, a internet. Por isso, especialistas em terrorismo do King’s College, de Londres, têm incentivado os Estados-membros a desenvolver um contradiscurso capaz de enfraquecer a propaganda radical na rede.
Os relatórios também mostram uma queda significativa da idade média dos recrutados pela jihad. Daí a necessidade de uma ação no meio escolar, recorrendo claramente às noções de identidade, de cidadania e de multiculturalismo, resultando em uma formação avançada dos instrutores sobre esse tema. A Companhia Europeia de Inteligência Estratégica, sediada em Paris, destaca a necessidade de se financiar o ensino das línguas vernaculares, que se tornou um monopólio dos centros islâmicos. A ideia básica é favorecer uma cultura de massa europeia do Islã para os jovens vindos da imigração, substituindo assim a divulgação parcial e radical dos preceitos dessa religião aos jovens.
(Com reportagem do jornal Le Monde)
A ofensiva militar israelense desfechada entre dezembro e janeiro na Faixa de Gaza e as manifestações que ela gerou em diversas nações da União Europeia despertaram no bloco o temor de uma radicalização muçulmana. O alerta é de especialistas em segurança, que já observam uma movimentação de jovens islâmicos em países que abrigam grandes comunidades de imigrantes árabes, como Grã-Bretanha, França e Alemanha. Para o Conselho de Ministros do bloco de 27 nações, é hora de “prudência”.
As ameaças feitas pelas facções islâmicas são sempre consideradas "sérias" na França, Para Gilles de Kerckhove, coordenador de Política Antiterrorista da comunidade europeia, a estratégia lançada em 2005, visando prevenir o recrutamento de jovens por facções islâmicas como a rede Al-Qaeda, que mantêm células no continente, deve ser intensificada. Esse plano também pretende analisar as causas que levam os jovens a aderir às ideias radicais.
As prisões efetuadas há algumas semanas na Bélgica parecem ter estabelecido ligações diretas com as redes paquistanesas, confirmando a atração renovada pela jihad – a chamada “guerra santa”, que incentiva, entre outros atos, o martírio pela causa do Islã, principal motivação dos homens-bomba – de jovens vivendo na Europa. Os atentados praticados contra os sistemas de transporte na Grã-Bretanha, em 2003, e na Espanha, em 2005, traumatizaram o continente. De acordo com relatórios do Departamento de Justiça, Liberdade e Segurança da União Europeia, os principais focos de doutrinação islâmica são as escolas, as prisões e, sobretudo, a internet. Por isso, especialistas em terrorismo do King’s College, de Londres, têm incentivado os Estados-membros a desenvolver um contradiscurso capaz de enfraquecer a propaganda radical na rede.
Os relatórios também mostram uma queda significativa da idade média dos recrutados pela jihad. Daí a necessidade de uma ação no meio escolar, recorrendo claramente às noções de identidade, de cidadania e de multiculturalismo, resultando em uma formação avançada dos instrutores sobre esse tema. A Companhia Europeia de Inteligência Estratégica, sediada em Paris, destaca a necessidade de se financiar o ensino das línguas vernaculares, que se tornou um monopólio dos centros islâmicos. A ideia básica é favorecer uma cultura de massa europeia do Islã para os jovens vindos da imigração, substituindo assim a divulgação parcial e radical dos preceitos dessa religião aos jovens.
(Com reportagem do jornal Le Monde)
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