Folha Online
Um protesto da minoria étnica uigur no oeste da China deixou ao menos 140 mortos e 828 feridos na Província de Xinjiang, de maioria muçulmana. Um protesto contra discriminação que começou pacificamente, no domingo (5), terminou em um confronto de civis contra policiais e militares.
Segundo a agência de notícias Xinhua, entre 1.000 e 3.000 pessoas saíram às ruas de Urumqi (3.270 km de Pequim), capital da região autônoma de Xinjiang, para protestar contra a morte de dois uigures em uma fábrica de brinquedos do sul do país, após eles terem sido linchados. Os uigures criticavam a discriminação por parte da etnia han, dominante no país.
A manifestação rapidamente se tornou um ato de vandalismo na cidade. Redes de TV chinesas mostram os manifestantes quebram lojas e queimarem carros da cidade. Wu Nong, diretor do departamento de imprensa do governo local, informou que 260 veículos foram atacados e 203 casas ou lojas ficaram destruídas.
A polícia e militares do Exército chinês foram chamados para conter a manifestação. Segundo os civis, o grupo foi duramente reprimido pela polícia antes de começarem os episódios de violência. Os manifestantes acusam a polícia de atirar indiscriminadamente contra os civis.
"Ficamos extremamente preocupados com esse uso da força pelas forças de segurança chinesas contra menifestantes pacíficos", afirmou Alim Seytoff, vice-presidente da associação uigur americana, em Washington. "Pedimos que a comunidade internacional condene as mortes de uigures inocentes."
O governo chinês diz que o levante foi incentivado por grupos separatistas exilados que subverteram a ordem na região. "Depois do incidente [na fábrica], as forças externas acharam um motivo para nos atacar, incitando estes protestos de rua", afirmou Nuer Baikeli, governador de Xinjiang.
A polícia divulgou nesta segunda-feira que ao menos dez pessoas foram presas acusadas de incitar os protestos. Foi decretado toque de recolher na região e "agora a situação está sob controle", informou nota da polícia.
A cidade, com população de 2,3 milhões de pessoas, é o local de maior concentração da população muçulmana na China. Os uigures são uma minoria predominantemente muçulmana.
Muitos reclamam que estão sendo marginalizados econômica e politicamente em suas próprias terras, que possui ricas reservas de gás natural e minerais. Há entre 15 milhões e 20 milhões de islâmicos na China, quase a metade em Xinjiang. Os chineses da etnia han formam cerca 91,5% da população do país.
Com agências internacionais
Um protesto da minoria étnica uigur no oeste da China deixou ao menos 140 mortos e 828 feridos na Província de Xinjiang, de maioria muçulmana. Um protesto contra discriminação que começou pacificamente, no domingo (5), terminou em um confronto de civis contra policiais e militares.
Segundo a agência de notícias Xinhua, entre 1.000 e 3.000 pessoas saíram às ruas de Urumqi (3.270 km de Pequim), capital da região autônoma de Xinjiang, para protestar contra a morte de dois uigures em uma fábrica de brinquedos do sul do país, após eles terem sido linchados. Os uigures criticavam a discriminação por parte da etnia han, dominante no país.
A manifestação rapidamente se tornou um ato de vandalismo na cidade. Redes de TV chinesas mostram os manifestantes quebram lojas e queimarem carros da cidade. Wu Nong, diretor do departamento de imprensa do governo local, informou que 260 veículos foram atacados e 203 casas ou lojas ficaram destruídas.
A polícia e militares do Exército chinês foram chamados para conter a manifestação. Segundo os civis, o grupo foi duramente reprimido pela polícia antes de começarem os episódios de violência. Os manifestantes acusam a polícia de atirar indiscriminadamente contra os civis.
"Ficamos extremamente preocupados com esse uso da força pelas forças de segurança chinesas contra menifestantes pacíficos", afirmou Alim Seytoff, vice-presidente da associação uigur americana, em Washington. "Pedimos que a comunidade internacional condene as mortes de uigures inocentes."
O governo chinês diz que o levante foi incentivado por grupos separatistas exilados que subverteram a ordem na região. "Depois do incidente [na fábrica], as forças externas acharam um motivo para nos atacar, incitando estes protestos de rua", afirmou Nuer Baikeli, governador de Xinjiang.
A polícia divulgou nesta segunda-feira que ao menos dez pessoas foram presas acusadas de incitar os protestos. Foi decretado toque de recolher na região e "agora a situação está sob controle", informou nota da polícia.
A cidade, com população de 2,3 milhões de pessoas, é o local de maior concentração da população muçulmana na China. Os uigures são uma minoria predominantemente muçulmana.
Muitos reclamam que estão sendo marginalizados econômica e politicamente em suas próprias terras, que possui ricas reservas de gás natural e minerais. Há entre 15 milhões e 20 milhões de islâmicos na China, quase a metade em Xinjiang. Os chineses da etnia han formam cerca 91,5% da população do país.
Com agências internacionais
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