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sábado, 4 de julho de 2009

Comunidade internacional classifica testes com mísseis da Coreia do Norte como provocação

da Folha Online

A Coreia do Norte lançou neste sábado (4) pelo menos sete mísseis balísticos de sua costa leste, após ter testado outros quatro na quinta-feira (2), em um novo desafio à comunidade internacional e em uma demonstração do poderio militar do regime comunista. O episódio, que viola resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas) também é apontado como um desafio aos Estados Unidos, no dia em que o país comemora o Dia da Independência.
Os projéteis foram lançados entre as 8h e as 16h10 de hoje (20h da sexta-feira e 4h10 de Brasília de hoje), a partir da base militar de Gitdaeryong, próxima à cidade litorânea de Wonsan, situada ao sudeste da Coreia do Norte, e têm um alcance de entre 400 km e 500 km, segundo o governo da Coréia do Sul.

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Os Estados Unidos pediram que a Coreia do Norte não agrave a tensão já existente entre o país e a comunidade internacional. "A Coreia do Norte deveria se abster de ações que agravam a tensão e se dedicar às negociações sobre sua nuclearização, cumprindo seus compromissos da declaração conjunta do dia 19 de setembro", afirmou Karl Duckworth, porta-voz do Departamento de Estado. "Este tipo de comportamento dos norte-coreanos não ajuda", acrescentou.
A União Europeia (UE) considerou o lançamento uma "provocação". "A UE condena o lançamento de mísseis, considera uma provocação e exige que a Coreia do Norte volte à mesa de negociações", afirmou Cristina Gallach, porta-voz do alto representante para Política Externa e Segurança Comum do bloco, Javier Solana.

As autoridades sul-coreanas dizem que continuam estudando os testes para determinar as intenções do regime comunista e o tipo exato de mísseis que foram lançados --a suspeita é que os projéteis são do tipo Scud e parecem ter caído no Mar do Leste (Mar do Japão) sem causar danos.

As autoridades sul-coreanas não descartam também que sejam projéteis Rodong, um tipo de Scud melhorado. Esses mísseis podem alcançar uma distância de entre 1.000 km e 1.400 km, mas teriam sido modificados especialmente para a realização deste teste, com o objetivo de que caíssem antes.

Contexto

Seul considera também os testes de hoje uma mensagem política do regime de Kim Jong-il em resposta às novas e mais duras sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU à Coreia do Norte, por causa do segundo teste nuclear do regime norte-coreano, realizado em 25 de maio.
"Os mísseis lançados em 2 de julho foram analisados como manobras militares (anunciadas na semana passada pela Coreia do Norte). No entanto, os de hoje parecem ter uma intenção política, já que foram disparados no Dia da Independência dos EUA", disse uma fonte anônima do governo de Seul, citada pela agência Yonhap.

O lançamento também com um momento de incerteza sobre o futuro político do regime de Kim Jong-il, que --segundo especulações-- teria sofrido um derrame cerebral em agosto do ano passado.

O teste balístico foi recebido com consternação pelos moradores da região, com o Japão, o primeiro a reagir, qualificando-o como um "sério ato de provocação contra a segurança regional" e "contra a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas".

O governo japonês apresentou hoje um protesto formal à Coreia do Norte por este novo teste balístico, por meio dos canais diplomáticos do regime comunista em Pequim, e iniciou uma equipe especial de trabalho para estudar cuidadosamente este novo desafio.

Com Efe e France Presse

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