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sábado, 25 de julho de 2009

Nova gripe já matou 800 pessoas

Gripe está em 160 países

O vírus da nova gripe espalhou-se para cerca de 160 países e já matou cerca de 800 pessoas, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (24) pela Organização Mundial da Saúde.

O balanço anterior, de três dias atrás, mostrava cerca de 700 mortos.


A agência da ONU disse que o vírus H1N1 precisa ser "acompanhado cuidadosamente" caso ele sofra mutação e se torne mais severo no inverno.

"Por enquanto, nós não vimos nenhuma mudança no comportamento do vírus. O que ainda estamos vendo é uma expansão geográfica pelos países, disse o porta-voz da agência, Gregory Hartl, em entrevista em Genebra.

A OMS, agência da ONU, declarou em 11 de junho que o mundo vive uma pandemia de gripe. Na semana passada, a agência anunciou que se trata da pandemia com a mais rápida expansão já vista, e que se tornou inútil contabilizar cada caso.

porta-voz lembrou que, até agora, a maioria dos contaminados está tendo sintomas leves e se recuperando em uma semana.



Em certos países, segundo o porta-voz, também preocupa a propagação do vírus entre grupos específicos.



A organização recomendou que os países parem de fazer exames de laboratório em todos os suspeitos de ter contraído o vírus, em vista das proporções da propagação da doença, e que concentrem seus recursos na contenção da pandemia e no tratamento dos doentes com sintomas graves.

Além disso, os países devem continuar informando sobre cada morte devida ao vírus confirmada em laboratório.

Hartl disse que, "infelizmente, é normal que quanto mais casos, mais mortes ocorram", mas descartou os temores de que o vírus tenha sofrido mutação.

Ele afirmou também que a veloz propagação registrada no hemisfério sul se deve a que o vírus circula melhor em baixas temperaturas.



Vacina



De acordo com ele, as primeiras vacinas devem levar vários meses para ficar prontas. "Esperamos que as primeiras doses fiquem disponíveis para uso humano no começo do outono do Hemisfério Norte", disse.

Ainda não se sabe se será necessária uma ou duas doses por pessoa, pois os testes clínicos mal começaram, acrescentou.

A OMS por enquanto tem promessas de dois fabricantes no sentido de produzirem 150 milhões de doses para os países em desenvolvimento. A entidade negocia com outros produtores estoques que seriam destinados aos países menos desenvolvidos.

Hartl não citou as empresas, mas grandes produtores incluem os laboratórios Sanofi-Aventis, Novartis, Baxter, GlaxoSmithKline e Solvay.


Sobre o fato de que no hemisfério norte haja uma transmissão sustentada do vírus, apesar de estar no verão, o porta-voz disse que pode ser devido a que "ninguém tem imunidade frente a este vírus, porque é novo".

O maior número de casos continua sendo de adolescentes e jovens, mas não se sabe a razão disso e só existem suposições, uma das quais indica que os primeiros focos ocorreram em estabelecimentos de ensino e, nesses ambientes, o contágio é mais fácil.


Fonte: G1

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