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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Jovens enfrentam polícia para impedir passeata na Irlanda do Norte

colaboração para a Folha Online

Manifestantes católicos atiraram bombas de gasolinas e fogos de artifício contra a polícia da Irlanda do Norte nesta segunda-feira para impedir que um desfile protestante fosse realizado no dividido lado norte da capital, Belfast.

Testemunhas disseram que a multidão no conservador distrito católico de Ardoyne jogou perto de meia dúzia de coquetéis molotov contra policiais.

Mais de cem oficiais tentaram conter os ataques com escudos e cacetetes. Três canhões de água obrigavam os manifestantes a se dirigir para ruas laterais, deixando livre o caminho para a parada organizada por cerca de mil protestantes da irmandade Ordem Laranja.

Vários manifestantes e ao menos um policial ficaram feridos.

As paradas comemoram o triunfo do rei protestante William de Orange em 1690 sobre o católico que ele depôs do trono inglês, James 2º, na Batalha de Boyne, ao sul de Belfast.

Por isso, são criticadas pela minoria católica na Irlanda do Norte, que vê o tradicional evento como insulto e intimidação.

Os desfiles deste ano ocorreram em 13 de julho --um dia depois da data oficial de comemoração-- porque os protestantes não queriam que o feriado caíssem no domingo.

Hostilidade

A hostilidade católica diante das paradas protestantes ajudou a dar início ao conflito que deixou mais de 3.600 pessoas mortas entre a década de 1960 até meados da década de 1990, quando grupos paramilitares aderiram a um cessar-fogo.

Naquela época, o partido Sinn Fein --ligado ao Exército Revolucionário Irlandês (IRA, na sigla em inglês)-- liderava confrontos de rua contra os protestantes que deixaram a Irlanda do Norte à beira de uma guerra civil.

Nesta segunda-feira, em Belfast e em outras 18 localidades, líderes da Ordem Laranja enfatizaram sua imagem de vítimas de um processo de paz que premiou os agressores católicos.

Debaixo de uma fina chuva, eles lideraram partidários em preces pelos mais de 330 membros da irmandade mortos pelo IRA desde 1970.

Com Associated Press, Efe e France Presse




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