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quinta-feira, 19 de março de 2009

Projeto de lei anticonversão é impedido devido a questionamentos


SRI LANKA (36º) - A controversa lei anticonversão no Sri Lanka sofreu um grande empecilho com a recente suspensão do projeto de lei pelo parlamento, como resultado da intensa oposição da população cristã.

Em um relatório, o comitê formado por parlamentares cristãos e líderes de partidos políticos examinou o projeto e concordou que ele traria grandes consequências para as atividades religiosas, incitaria conflitos inter-religiosos e possivelmente violaria a constituição do país.

O ministro de assuntos religiosos Pandu Bandaranayake, que confirmou que os cristãos pediram mais clareza em algumas palavras do projeto de lei, disse que apesar da oposição do partido budista Jathika Hela Urumaya (JHU), o projeto de lei será reexaminado pelo comitê religioso.

A mídia local disse que parte do projeto de lei rejeita o doação de presente, dinheiro ou qualquer outro incentivo à conversão ou tentativa de fazer uma pessoa mudar de uma religião para a outra, e é punível em até sete anos de prisão e uma multa máxima de 500.000 rúpias.

“Os cristãos temem que a redação esteja aberta ao abuso, e pode restringir muito as atividades cristãs no Sri Lanka”, afirma o relatório.

Segundo uma reportagem da BBC, a UNICEF no Sri Lanka informou que o conflito no país matou milhares de crianças e deixou muitos feridos. Há crianças em risco por causa da falta de comida, água e remédios e uma intensa disputa entre as tropas do Sri Lanka e os Tamil Tigers.

“Os Tigers foram retirados de grande parte do território que haviam tomado do exército. Agora, eles estão encurralados em um pequeno pedaço de floresta na área costeira de Mullaitivu”, declara a UNICEF.

A diretora executiva da UNICEF, Ann Veneman, disse que as crianças e suas famílias vivendo na zona de conflito correm o risco de morrer de doenças e desnutrição. “Precisamos de acesso regular e seguro para as agências de ajuda humanitária, para que possamos receber os suprimentos necessários.”

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: ANS

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