Milícia que controla favelas estaria por trás do despejo de Centro Pastoral de Rio das Pedras.
As milícias, grupos paramilitares que controlam mais de 150 favelas no Rio, estão começando a interferir também nas instituições religiosas. Há duas semanas, a Associação de Moradores de Rio das Pedras, em Jacarepaguá – zona oeste da cidade –, que seria controlada por milicianos, deu um ultimato à Igreja Católica: em dois meses, o Centro Pastoral que atua na comunidade e presta serviços sociais e espirituais aos moradores deverá ser fechado. A ordem foi entregue pessoalmente na pastoral pelo presidente da associação, Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba. Para reforçar o clima de terror, ele compareceu acompanhado por dois homens armados.
O imóvel, de 150 metros quadrados, foi cedido pela Associação de Moradores há nove anos, em regime de comodato – espécie de empréstimo por tempo determinado, sem custos para o beneficiário –, à Paróquia de Nossa Senhora do Loreto. A ordem de despejo do Centro Pastoral, segundo religiosos, seria uma retaliação dos líderes da milícia à Igreja Católica por não permitir o controle dos donativos e do trabalho social feito na comunidade. Nas favelas onde se instalaram, as milícias expulsaram o narcotráfico e impuseram o poder pela força das armas. Esses grupos criminosos, formados, entre outros, por policiais e bombeiros, cobram dos moradores por serviços prestados ilegalmente, como transporte alternativo, fornecimento de gás e sinal de TV a cabo – o popular gatonet.
A Igreja não recebeu nenhuma justificativa para a entrega do imóvel. A intimação fala apenas que o prédio será usado para “serviços comunitários”, embora tal ajuda já venha sendo prestada pela pastoral. Beto Bomba, que comenda a associações desde dezembro, é um dos indiciados pela CPI das Milícias da Assembléia Legislativa. Apesar da proliferação das atividades paramilitares no Estado do Rio, nos últimos anos, o poder público ainda não encontrou uma maneira eficaz de combater esse tipo de crime. “Não sei os motivos para o despejo. Mas é verdade que a Igreja não faz acordos com grupos quando percebe que o trabalho pode ser usado politicamente”, explica o padre Luís Antônio, da Arquidiocese do Rio. A luta da Igreja Católica agora é para concluir rapidamente as obras de construção da capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência e São João Batista, que está sendo erguida na comunidade e que poderá abrigar as atividades do Centro Pastoral.
(Fonte: Jornal O Dia) / Via www.cristianismohoje.combr
As milícias, grupos paramilitares que controlam mais de 150 favelas no Rio, estão começando a interferir também nas instituições religiosas. Há duas semanas, a Associação de Moradores de Rio das Pedras, em Jacarepaguá – zona oeste da cidade –, que seria controlada por milicianos, deu um ultimato à Igreja Católica: em dois meses, o Centro Pastoral que atua na comunidade e presta serviços sociais e espirituais aos moradores deverá ser fechado. A ordem foi entregue pessoalmente na pastoral pelo presidente da associação, Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba. Para reforçar o clima de terror, ele compareceu acompanhado por dois homens armados.
O imóvel, de 150 metros quadrados, foi cedido pela Associação de Moradores há nove anos, em regime de comodato – espécie de empréstimo por tempo determinado, sem custos para o beneficiário –, à Paróquia de Nossa Senhora do Loreto. A ordem de despejo do Centro Pastoral, segundo religiosos, seria uma retaliação dos líderes da milícia à Igreja Católica por não permitir o controle dos donativos e do trabalho social feito na comunidade. Nas favelas onde se instalaram, as milícias expulsaram o narcotráfico e impuseram o poder pela força das armas. Esses grupos criminosos, formados, entre outros, por policiais e bombeiros, cobram dos moradores por serviços prestados ilegalmente, como transporte alternativo, fornecimento de gás e sinal de TV a cabo – o popular gatonet.
A Igreja não recebeu nenhuma justificativa para a entrega do imóvel. A intimação fala apenas que o prédio será usado para “serviços comunitários”, embora tal ajuda já venha sendo prestada pela pastoral. Beto Bomba, que comenda a associações desde dezembro, é um dos indiciados pela CPI das Milícias da Assembléia Legislativa. Apesar da proliferação das atividades paramilitares no Estado do Rio, nos últimos anos, o poder público ainda não encontrou uma maneira eficaz de combater esse tipo de crime. “Não sei os motivos para o despejo. Mas é verdade que a Igreja não faz acordos com grupos quando percebe que o trabalho pode ser usado politicamente”, explica o padre Luís Antônio, da Arquidiocese do Rio. A luta da Igreja Católica agora é para concluir rapidamente as obras de construção da capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência e São João Batista, que está sendo erguida na comunidade e que poderá abrigar as atividades do Centro Pastoral.
(Fonte: Jornal O Dia) / Via www.cristianismohoje.combr
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