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quinta-feira, 12 de março de 2009

Lei anticonversão pode impedir trabalho social de cristãos


SRI LANKA (36º) - Líderes cristãos e budistas estão preocupados com uma nova lei anticonversão, pois alguns dizem que ela iria atrapalhar o trabalho social realizado pelos cristãos para ajudar a comunidade budista.

A Lei de Proibição à Conversão Forçada deverá ser votada no parlamento em breve.

A mídia local relata que, de acordo com a lei, oferecer um presente, dinheiro ou qualquer outro incentivo para converter ou tentar converter uma pessoa de uma religião para a outra é punível em até 7 anos de prisão e fiança máxima de 500.000 rúpias (cerca de $4.400 dólares).

No momento, um comitê do parlamento está examinando o projeto de lei para ver se ele infringe as atividades religiosas e viola a constituição do país.

O bispo Norbert Andradi organizou uma reunião em 4 de março para discutir o projeto. Padres, membros da diocese, líderes de movimentos budistas e oficiais do governo compareceram à reunião.

O pastor Tulin Colombage da Igreja Metodista Eppawela disse após a reunião: “Nós nunca falamos sobre religião quando ajudamos um morador de rua, mas agora, ajudar alguém de outra religião pode ser uma ofensa punível”. “Nós nos opomos a essa lei veementemente, porque não poderemos praticar a caridade sem sermos mal interpretados.”

O bispo Andradi concorda. “A caridade e a solidariedade formam uma parte essencial do cristianismo, e um dos nossos maiores mandamentos é ‘ame o próximo como a si mesmo’”, afirmou durante a reunião.

Os representantes budistas presentes na reunião disseram que apreciam o trabalho social da igreja, e se opõem ao projeto de lei. Koholanwala Karunapala, da associação budista Rajarata, disse que o país já está afetado pelos conflitos entre os Sinhaleses e o grupo Tamil. Então, “porque devemos trazer outro problema religioso para aumentar a disputa?”, questiona. “O que precisamos agora é de cooperação e colaboração de todas as raças e religiões.”

A constituição declara que todos têm o direito de praticar sua religião. Nunca foi estipulado que um indivíduo está preso à religião em que nasceu.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: UCA News

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