O teólogo e pastor luterano norueguês, Olav Fykse Tveit, 48 anos, foi eleito pelo Comitê Central, hoje, secretário geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Tveit é o sétimo e o mais jovem eleito para o cargo desde a fundação do organismo ecumênico, há 60 anos.
Genebra, quinta-feira, 27 de agosto de 2009
"Realmente sinto que esta tarefa é um chamado de Deus. Sinto que temos muito que fazer em conjunto", disse Tveit ao tomar conhecimento da sua escolha. Ele pediu aos integrantes do Comitê a continuar orando por ele: "Por favor, não parem!", disse.
Tveit disputou o cargo com o teólogo presbiteriano da Coréira do Sul, reverendo Park Seong-won. Ele sucederá no cargo o pastor metodista Samuel Kobia, que informou ao Comitê Central, em fevereiro de 2008, que não disputaria um segundo mandato. Kobia assumiu a secretaria geral em janeiro de 2004.
Desde 2002, Olav Fykse Tveit ocupa o cargo de secretário geral de Ecumenismo e Relações Internacionais do Conselho de Igrejas da Noruega. Ele é membro da Comissão de Fé e Constituição do CMI e integra o comitê executivo do Conselho Cristão da Noruega.
O bispo da Igreja Metodista da Bolívia e membro do Comitê Central do CMI, Javier Rojas Terán, disse ter muita fé e esperança de que com esta eleição o organismo ecumênico se fortalecerá na sua missão e no seu trabalho, comprometido com as necessidades dos povos.
"Temos muitos desafios por diante, como dar respostas ao crescimento da pobreza, da fome, os temas ecológicos. Somos mordomos da Criação e como organismo ecumênico devemos pensar no mundo que estamos deixando às gerações futuras", assinalou.
"O Espírito Santo moveu-se de maneira especial", opinou o pastor pentecostal argentino e membro do Comitê Central, Hector Petrecca, da Igreja Cristã Bíblica. "Foi extraordinária a rapidez e o espírito de unidade com que se desenvolveu todo este processo. Uma mostra mais da fortaleza de nosso compromisso ecumênico”, agregou.
Para Magali Nascimento Cunha, da Igreja Metodista do Brasil e membro do Comitê Central, a sessão prévia à eleição foi muito bem conduzida, criando-se um clima de confiança e tranqüilidade entre os delegados. "Os dois candidatos foram muito sábios ao expressar suas visões do trabalho do CMI”, destacou.
"O ambiente que se respira depois desta eleição é de esperança", afirmou o pastor metodista uruguaio, Emilio Castro, secretário geral do CMI de 1985 a 1992. "Tenho a certeza de que neste processo não teve nem vencedores nem vencidos, senão que o movimento ecumênico se fortaleceu. Estou convicto de que os melhores anos do CMI estão diante de nós”, declarou.
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