A Associação Mundial para a Comunicação Cristã (WACC, a sigla em inglês) está empenhada em garantir às comunidades indígenas o acesso à informação e que possam criar seus próprios meios, a fim de superarem a marginalização histórica, social, política e econômica a que estão submetidos há séculos.
“O cumprimento dos direitos humanos exige o reconhecimento do direito à comunicação, direito que permite aos indivíduos e às comunidades expressarem suas necessidades, fazer escutar sua voz e participar, de modo pleno, em seu próprio desenvolvimento”, declarou o secretário-geral da WACC, reverendo Randy Naylor.
Naylor lembrou, por ocasião do Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado ontem, que a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas, aprovada pela ONU em 2007, reconhece em vários de seus artigos o direito à comunicação.
Mas esse reconhecimento deve traduzir-se em políticas específicas, defendeu Naylor. A WACC destacou que, recentemente, governos do México, Honduras e Chile reprimiram e eliminaram a possibilidade de comunidades indígenas criarem os seus próprios meios de comunicação.
“Nossos avós mayas, os da palavra antiga, os visionários do tempo e das estrelas, os tecedores de ideias, nos deixaram uma herança inestimável: sua palavra escrita nos livros e nos códigos, comentada todos os dias nas comunidades, o que é símbolo para comunicar-nos, trocar pensamentos e sonhos”, afirmou o líder do El Jornaleiro, Russel Pemba, de Yacatán, México.
Lamentavelmente, as comunidades mayas e povos indígenas de todas as partes testemunham o silenciar dessas palavras, agregou Pemba.
WACC comemora, contudo, o reconhecimento dos direitos de comunidades aborígenes, inseridos na constituição boliviana, país onde indígenas somam 57% da população total.
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