ÍNDIA (22º) - A Comissão Norte-americana de Liberdade Religiosa denuncia o imobilismo do Governo da Índia diante das graves discriminações de que são vítimas as minorias religiosas. Não se fez esperar a reação de Nova Délhi: "Ingerência indevida!"
Para a Igreja indiana é sinal da preocupação da comunidade internacional para com o aumento da intolerância religiosa no país.
A comissão inseriu a Índia na chamada "Watch List", a "lista de atenção que inclui os países nos quais as minorias religiosas sofrem graves discriminações. A comissão pede ao Governo do Presidente Barak Obama que faça pressões sobre o Governo de Nova Délhi, que "merece" – alega – ser inserido na lista, em razão da "resposta inadequada" às violências fundamentalistas contra os muçulmanos de Gujarat, em 2002, e contra os cristãos de Orissa, em 2008-2009.
Veemente a reação da Índia, que se vê equiparada a países como o Paquistão, Afeganistão, Egito, Indonésia, Somália e Cuba. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Vishnu Prakash, definiu a colocação de seu país na "Watch List" como uma "solicitação aberrante" e uma "ingerência indevida" na política do país.
O porta-voz da Conferência Episcopal da Índia, Pe. Babu Joseph, explica que a decisão da comissão "é uma clara indicação da crescente preocupação da comunidade internacional pelas repetidas falências da Índia, para conter a intolerância religiosa no país".
As relações entre a Índia e os EUA, em matéria de liberdade religiosa estão agitadas desde há muito. A Relação Anual sobre a Liberdade Religiosa elaborada pela Comissão de Liberdade Religiosa apresentado em Washington, em maio passado, falava de "sinais positivos" por parte da Índia. Em julho, porém, a comissão solicitara autorização para realizar uma visita a Orissa, para verificar a situação dos refugiados cristãos na região e suas condições após a série de ataques de que foram vítimas, perpetrados por fundamentalistas hunduístas. As autoridades indianas negaram o visto de ingresso, suscitando polêmicas. Agora, a Índia foi inserida na "Watch List".
Fonte: Rádio Vaticano
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